– …ninguém sabe mais disso, mas foi esse Tião quem criou o apelido de “urubu” para nós, flamengos. Foi no Maracanã, jogo noturno. A torcida do Vasco gritava para nós, “Ô, cachorrada!”. Naquela época, a TUV ficava no meio de campo e ficou na maior raiva porque o Flamengo tomou o espaço deles nas tribunas, rê, rê… No meio dos gritos, Tião ergueu o braço e decretou: “Cachorrada, não. A partir de agora, eles vão ser urubus!”. Agora tu imagina o Flamengo sem o mascote urubu? Ou o Palmeiras sem o porco… Clube de futebol é isso, é o nosso amor somado ao ódio dos caras.
Hahahaha, muito bom! Puro extrato de carioquice. Excelente crônica para um exilado há 20 anos, como eu, matar as saudades desse caos desgraçado dos 500 demônios. Sempre que vou ao Rio me dedico a andar pelas ruas só de butuca na filosofia das esquinas, na história da cidade sendo contada pelos seus próprios personagens. Matéria-prima essencial pra quem gosta de escrever.
E ainda por cima a magnifica fotografia da Confeitaria Imperial. Coincidência: ainda ontem passei por lá (de Uber naturalmente), tive que ir ao Cartório da Real Grandeza, mais uma maldade que obrigam o velho: ir a Cartório. Deveria aproveitar a viagem e seguir logo pro cemitério. É isso aí, o velho só sai de casa pra ir à farmácia e ao supermercado. E eu ainda tive que ir a Cartório de quebra, o que o que salvou o périplo foi a bela esquina e algumas construções que ainda resistem por ali.
Vale o passeio. Os camelôs estavam inspirados?
Dunlop, já que como sempre, você retrata com maestria (epa!) a linguagem ( ou linguajar) das ruas, não sei por que, me veio lá de meus parcos neurônios, um diálogo do tempo do dinossauro: “que time teu”; a resposta: “Andaraí no seu gramado, primeiro time é meu, segundo time teu”.
Por isso lastimo esses pequenos clubes que vão sumindo. Daqui a pouco a expressão “à bangu” tampouco será compreendida, parou para pensar nisso, bravo Xisto?
É, esse Dunlop é ótimo.
Um elogio maior.
A Vivi usando roupas masculinas.
Crônica encantadora.
Ia comentar uma derrota a mais. Pensei melhor. Que coisa sem graça ! Fica pra depois. Aproveitemos a Voluntários !
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Pois é, tem rua mais longa e intransponível que a Voluntários? Um professor meu dizia que andou a cavalo por lá. Me parece uma mentira deslavada.
Antigamente, havia carroças puxadas por cavalo, muito comum no interiorzão, ainda.
Passear a cavalo, nunca vi.
E olha que nasci em 1938
Ótima crônica, como por mister, competência e hábito, Marcelo!
Valeu, dom Fred!