Ainda não foi dessa vez que a gente viu a diretoria do Flamengo demitir treinador que nem gente. Infelizmente, os caras que são tão bons pra contratar ainda precisam trabalhar muito as suas habilidades sociais para que uma decisão administrativa banal e absolutamente necessária para o bem do clube não chegue ao público como se o Flamengo estivesse fazendo algo errado.
A demissão do Ceni em si é uma decisão absolutamente acertada, que se não fosse uma condenável hesitação da diretoria já deveria ter sido tomada muito antes. Não havia menor necessidade de ligar o AirFryer pra fritar o cara sem gordura e deixar o treinador, e o time, expostos durante tanto tempo. Se as coisas tivessem sido feitas a tempo poderíamos ter salvado uns seis pontos entre os doze que perdemos durante o bate-cabeça entre treinador, elenco e cartolada.
Assim como não havia necessidade de anunciar uma demissão inevitável e a qual ninguém se opunha às tantas da madrugada. Além de não parecer profissional, é mais um detalhe sórdido numa história repleta de baixarias, fofocas e áudios vazados por uma turma alheia aos melhores interesses do clube.
Rogério Ceni sai do Flamengo e não deixa saudades, não deixa amigos e não deixa legado. Mas tanto a sua contratação quanto a sua demissão serviram para deixar bem claro para todos que a excelência em gestão do Flamengo no futebol é fruto muito mais do acaso do que de um planejamento bem estruturado e executado. O que não deixa ser um alívio pra quem é raiz. Aqui é Flamengo, porra!
A questão agora é quem substituirá Rogério Ceni. Na impossibilidade de promover o segundo advento de Jesus devemos colocar o sebastianismo momentaneamente de lado e torcer pra que venha o menos ruim. Já aprendemos esse ano que com o nosso time dá pra ser Campeão Brasileiro com qualquer um de treinador.
Mesmo tentando evitar fazer qualquer elogio indevido à diretoria do Flamengo, que na minha opinião de pedestre deu muito mole, não podemos deixar de reconhecer que ela está tomando, de um modo muito gauche, todas as medidas pro Flamengo ser campeão outra vez.
Entre estas medidas obrigatórias se inclui demitir o treinador no meio do bagulho sem ter um nome já certo pra substitui-lo. Ainda assim, convém não mergulhar muito fundo na busca pelo novo professor. É melhor nem pensar em inventar um treinador. A torcida do Flamengo, e até mesmo a sociedade brasileira, que hoje se diz conservadora, não está preparada para um novo Apolinho.
Mengão Sempre
Diálogo entre Braz e Spindel, às 4 da manhã, após demitir o chato:
– E agora? Ficamos sem treinador.
– Liga pra algum aí.
– A essa hora? Só deve ter um técnico acordado, deixa eu ver se ele atende…
Atendeu!
Tomara que saibam o que estão fazendo. Eu não acho o cara certo pro momento, mas eu não apito nada…
Arthur, deu Renight! Boleiro das antigas, vai fazer o básico: “vamos lá porra!””.
E ainda é capaz de ganhar alguma coisa, mas não demora muito e cá estaremos: “Fora Renight!”.
Se alguma vez tivemos um tecnico sem a menor margem para errar, a partir do primeiro minuto, é esse dai – o fanfarrao Remanita.
Nao vejo a hora dessa égua sair.
vou te atualizar !
renato gaucho é o novo treinador do flamengo.
SRN !
Porra, Mulambo. Cobrar habilidade social de bolsonarista empedernido é o mesmo que cobrar fidelidade da sua puta preferida.
Comparação genial
Perai, nao entendi o sub-entendido: “Nao mergulhar muito fundo” quer dizer por ventura o Remanita?
Efetivamente, nao mergulharam muito fundo.
Me fizeram lembrar do livro do Rubens Paiva:
Bummmmm ….
Seus textos são sempre um deleite! Viva o Muhlenberguismo!