Flamengo, tocarei seu nome pra poder falar de amor. Ele me contou que no Hexa rolou uma coisa muito forte. É sempre assim. Tudo muito, tudo intenso, tudo a mais. Tinha comprado uma camisa e logo depois do jogo contra o Palmeiras, em 2009, mandou estampar a palavra HEXA em cima do número 6. Andava em sua cidade com ela. No Rio todo mundo dizia que dava azar. O final da história e tudo mais, pura rotina, jazz. Depois do título ele encontrou o Andrade e contou a história para o técnico campeão. O “autor do sexto gol” autografou o manto. Flamengo é isso. Coração, desejo e sina. Queria ter contado para ele que contrariando o sol e o dom, programei minhas férias no início daquele ano, com a tabela do campeonato brasileiro em mãos, determinada a viajar pra ver os últimos jogos do Flamengo no brasileirão. Meu coração rubro-negro estava do avesso. Eu só sei que é assim. Que fica assim. Que pulsa assim. Não encontrei o Andrade depois para contar minha saga na reta final. Mas, na decisão do Maracanã agradeci pelo que senti muito antes da arrancada. Ele, sem saber, me disse que eu tinha a “intuição para entender o destino do Fla”.  Nem sina, nem intuição. Só paixão. Que só eu, meus 11 leitores e a torcida do Flamengo sentem.

Depois de um semestre de trevas, a fúria desse front fala baixinho no meu ouvido…quase como um sussurro: o hepta vem. No meio de uma gestão amadora da vice-presidência de futebol, com Márcio Araújo em sua mediocridade latente, com Cirino sendo Cirino, sendo NADA. Com Guerrero sem alma, noção, tesão. Sem gol. O HEPTA VEM. Tem Zé Ricardo acertando a defesa, recriando esperanças. Tem retranca que não é punida. E a vitória mantida. Tem a necessidade de um ataque eficaz. Viver é preciso. Morrer não é preciso. E o que fazemos agora? Acreditamos. Não tem segredo. Sequência de vitórias. A torcida com a camisa SETE e a palavra HEPTA nas costas. O técnico da casa. Nada mais existe. Não tem crise. Não tem vida. Tem Flamengo.

No meio de tudo isso, desse acreditar tem um ELE. Tem um EU. Tem um VOCÊ.  E tem Milhões. E tem abraço de comemoração de gol de título bem apertado com massaginha nas costas. Tem fantasia. E realidade. E tem debate que surgiu como uma avalanche em nossas redes e vidas: estádio do Flamengo. A ideia é a construção do tão sonhando…em GUARATIBA(!!!!!). Nossa casa é o Maracanã. Nosso estádio é o MARACA. O resto é debate. Por isso defendo o tema só para que tirem a bunda gorda do SoFá e que prestem contas do que estão fazendo por uma casa nossa. No meio do caminho tem um FlaxFlu, em Natal. R I O G R A N D E D O N O R T E. Eu vivi para não ir a um FlaxFlu. Eu vivi para isso. E já estou aqui fazendo contas, colocando moeda no cofrinho para ver o Flamengo pelo mundo. Com o time acertadinho. Com a defesa fechada. Com o ataque eficiente. Com os erros, os mesmos, sempre os mesmos, corrigidos. Contratem o Zé. Seguimos torcendo e pressionando. Quando o “planejamento” não acontece, a cobrança impulsiona. O HEPTA vem. Afinal, o que há dentro do meu coração rubro-negro, eu tenho guardado para te dar Flamengo. E todas as horas que o tempo tem pra me conceder…são tuas ATÉ MORRER.

Pra vocês,
Paz, Amor e Libertadores Qualquer Dia Tamo aê.