Campeonato Brasileiro, 25ª rodada.
Nenhum dos jogadores inscritos em nossas séries A ou B era nascido. 21 de abril de 1974. Foi nesse feriado de Tiradentes que, com gols de Zico e Paulinho, um ponta-direita baixinho e perigoso, o Flamengo conseguiu sua única vitória curitibana em cima do Athletico Paranaense – então sem agá e com acento –, em toda a história do Campeonato Brasileiro. Quarenta e cinco anos, cinco meses, vinte e três dias depois, aconteceu outra vez.
Se o nosso treinador não se chamasse Jorge Jesus, eu diria que ele vem operando milagres. O sobrenome impede a tolice. Além disso, creio ter ficado claro a todos que não há milagre algum, e sim trabalho.
O cara é frenético, perfeccionista, exigente. E pragmático. Ao considerar firula condenável o toque de calcanhar de Reinier contra a Chapecoense, sacou o garoto. Ao avaliar que a partida com o Athletico requeria um posicionamento tático diferente, optou pela maior capacidade de recomposição de Lucas Silva. Ao perceber que Rhodolfo, pela lentidão, não conseguiria ajudar o trêmulo João Lucas a barrar as investidas de Rony, com apenas seis minutos do segundo tempo trocou-o por Thuler. Treinadores brasileiros não fazem isso. Temem as reações do grupo, receiam queimar o jogador. Também acho importante manter o astral lá no alto e os aspectos psicológicos ajustados, só que todos são crescidinhos e muito bem pagos para andar por aí de beicinho. Não está num dia bom, sai, volta melhor na próxima oportunidade, aproveita e vida que segue.
Entretanto, há duas coisas fundamentais para que isto seja feito sem deixar sequelas: desempenho e resultados. Se eles vêm, tudo vale a pena.
Lembro de uma história do universo pop que me parece encaixada ao tema, a respeito dos irmãos brigões da banda inglesa Oasis. Liam Gallagher começou a fazer alguns ensaios de garagem com outros músicos, até que um dia chamou Noel para assistir. Ao fim do ensaio, pediu-lhe a opinião. Sincerão toda vida, Noel falou do pouco que havia de mais ou menos e do muito que era péssimo. Os músicos enfiaram a guitarra no saco, aceitaram as críticas e o convidaram para fazer parte do grupo. Noel topou, com apenas uma condição – a que valeria por todas: o Oasis jamais faria algo que ele não dissesse para ser feito.
O desempenho e o resultado dão a Jorge Jesus a necessária moral para mandar prender e mandar soltar. Para escalar quem quiser e sacar qualquer um na hora que achar melhor. Para seguir o que julga mais adequado ao sucesso do time e, consequentemente, à alegria da torcida – que, em primeira, segunda e última instâncias, é quem banca a bagaça.
Comecei a escrever o post pensando em, novamente, empilhar uma série de números. O recorde de pontos conquistados na 25ª rodada, o número de gols assinalados, o percentual de aproveitamento do time sob o comando de Jorge Jesus. No meio do caminho, desisti. Os números são espantosos, o rendimento individual de quase todos os jogadores é fantástico, a qualidade de vários deles é indiscutível, porém tudo parece funcionar exclusivamente por estar debaixo da filosofia e do rigor do técnico.
Piris da Motta é um meio-campista limitado. Todavia, sua entrada no lugar de Vitinho, no intervalo da vitória por dois a um sobre o Cruzeiro, e no lugar de Lucas Silva, no segundo tempo da vitória por dois a zero ante o Athletico Paranaense, reequilibrou o time. Vendo a tranquilidade, a seriedade e a simplicidade de Pablo Marí, e por mais que tenhamos consciência das diferenças entre o que se joga lá e o que se joga cá, fica difícil entender por que esse cara não conseguiu se destacar no futebol europeu. Diego Alves, que em algumas partidas costuma desfrutar da invejável condição de torcedor privilegiado, sempre que solicitado tem se mostrado um goleiraço. Exigido como há muito não víamos, sua atuação contra o Athletico Paranaense foi impecável.
Talvez seja o caso de retificar o título do post, pois não há nada de inexplicável na transbordância de coisas boas que estão acontecendo. A explicação tem nome, sobrenome e nasceu em Amadora, a menos de quinze quilômetros de Lisboa.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 7 minutos, o Athletico Paranaense saiu jogando perigosamente. O goleiro Léo rolou, perto da pequena área, para Thiago Heleno, que devolveu. Léo empurrou a Wellington, na meia-lua. Apertado por Gerson, Wellington girou de qualquer maneira, presenteando Willian Arão, que se precipitou na conclusão e bateu em cima do goleiro.
Aos 8, depois de defender sem dificuldade o chute de Arão, Léo repôs mal a bola em jogo, nos pés de Lucas Silva. Ele tocou a Willian Arão e daí a Vitinho, que concluiu à esquerda do gol.
Aos 16, Márcio Azevedo escapou pela meia-esquerda, rolou para Thonny Anderson e daí a Marcelo Cirino. Ele empurrou a Márcio Azevedo, Rhodolfo cortou e se atrapalhou, Thonny Anderson pegou a sobra, invadiu a área, chutou forte e cruzado. Diego Alves espalmou, Willian Arão tirou e Gerson afastou.
Aos 17, Lucas Silva foi lançado na direita, matou no peito, entrou na área, driblou Léo Pereira, houve o choque e o juiz Bráulio Machado deu pênalti. Chamado pela turma do VAR, ele reviu o lance e anulou a marcação. Discordando da massacrante maioria da comunidade rubro-negra, pra mim não foi.
Aos 29, Márcio Azevedo cobrou escanteio na esquerda, Thiago Heleno ganhou no alto de Vitinho e cabeceou com estilo, tentando encobrir Diego Alves, que saltou e deu um tapa na bola, fazendo uma difícil defesa.
Aos 36, o goleiro Léo deu um chutão para a frente, Thonny Anderson fez falta em Pablo Marí, Bráulio Machado nada marcou. Thonny Anderson invadiu pela direita, driblou Rhodolfo e tentou tocar para o meio. Diego Alves saiu bem do gol, fechou o ângulo e abafou.
Aos 40, Lucas Silva recebeu de Rafinha, nas costas de Márcio Azevedo, e cruzou forte. Com o goleiro Léo batido, Vitinho se antecipou a Madson e tocou com a coxa. A bola passou rente à trave direita.
Aos 44, com Bruno Henrique, Willian Arão, Everton Ribeiro e Vitinho apertando a saída de bola, Léo Pereira recuou para o goleiro Léo, que tocou a Thiago Heleno, recebeu de volta, empurrou a Wellington, recebeu novamente e tornou a buscar Wellington no meio da área, numa tremenda fogueira. Bruno Henrique deu o bote, roubou, ajeitou e bateu no canto direito. Gol de pelada, um a zero.
Aos 46, Rony escapou pela esquerda e cruzou, nas costas de Renê. Sozinho, Léo Cittadini cabeceou em cima de Diego Alves, que defendeu firme.
Aos 48, Márcio Azevedo tocou a Léo Cittadini, e daí a Rony. Ele entrou na área pela esquerda, chutou forte, Diego Alves rebateu, Rafinha tirou.
Aos 50, Bruno Henrique roubou outra bola de Thiago Heleno, na saída errada do Athletico, mas demorou para tocar a Everton Ribeiro, que entrava livre pelo meio. Madson chegou na cobertura e cortou para escanteio.
2º tempo:
Aos 2 minutos, Willian Arão recebeu de Rhodolfo na meia-lua, demorou a sair com a bola e, apertado por Thonny Anderson, acabou chutando em cima do atacante, que ficou cara a cara com Diego Alves e bateu forte. Diego Alves fez uma defesa espetacular para escanteio.
Aos 4, Rony arrancou pela esquerda, driblou João Lucas, deu uma travada e rolou para o chute colocado de Thonny Anderson. Passou bem perto da trave direita.
Aos 8, Thuler, que acabara de substituir Rhodolfo e é bom zagueiro, cometeu mais uma das faltas que precisa parar de fazer, dessa vez quase em cima da linha e com o atacante Rony driblando para trás. Levou cartão amarelo. Léo Pereira bateu mal, em cima da barreira.
Aos 13, Márcio Azevedo cobrou escanteio da direita, Gerson cortou de cabeça no primeiro pau e a sobra ficou com Léo Pereira, do outro lado. O chute do quarto-zagueiro do Athletico não pegou de jeito, bola fora.
Aos 31, o Flamengo respirou. Willian Arão apertou a saída de bola do Athletico, roubou de Léo Pereira e adiantou a Bruno Henrique. Ele avançou pela direita, não viu Gerson acompanhando o lance pelo meio e chutou cruzado, à direita do gol de Léo.
Aos 45, cercado por dois adversários, Everton Ribeiro carregou a bola até a bandeirinha de escanteio, como se fosse prendê-la para ganhar tempo. No entanto, ao perceber a infiltração de Renê, deu um lindo toque de calcanhar. Renê recebeu livre, ergueu a cabeça e tocou rasteiro na pequena área. Bruno Henrique escorou de pé esquerdo, meio sem jeito, meio de letra, para o fundo do gol. Dois a zero, mais de quarenta e cinco anos depois.
Ficha do jogo.
Athletico Paranaense 0 x 2 Flamengo.
Arena da Baixada, 13 de outubro.
Athletico Paranaense: Léo; Madson, Thiago Heleno, Léo Pereira e Márcio Azevedo (Adriano); Wellington, Lucho González (Marco Ruben) e Léo Cittadini; Marcelo Cirino (Everton Felipe), Thonny Anderson e Rony. Técnico: Tiago Nunes.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha (João Lucas), Rhodolfo (Thuler), Pablo Marí e Renê; Willian Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Lucas Silva (Piris da Motta), Bruno Henrique e Vitinho. Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Bruno Henrique aos 44’ do 1º tempo e aos 45’ do 2º.
Cartões amarelos: Thiago Heleno, Léo Cittadini, Rony; Thuler, Renê, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Vitinho.
Juiz: Bráulio Machado. Bandeirinhas: Helton Nunes e Éder Alexandre.
Renda: R$ 1.326.180,00. Público: 25.473.
Uau, incrível como estamos atrasados no futebol, correção, como conseguimos retroceder o nosso futebol, chegando ao fundo do poço com os 7x 1 em plena semifinal de copa do mundo em nossa casa, até nos comentários o pensamento é diferente, o Brasil está caindo de conceito desde da copa de 94, o que segura é o talento que já está ficando mais difícil de achar por culpa de nossos dirigentes, técnicos e comentarista de resultados.
Espero que o Flamengo siga na contra-mão da maioria dos times brasileiros, e assim vamos ser campeão todo ano.
Como é bom ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama ele Flamengo e segue religiosamente em todos os lugares assim como eu.
Esse comentário era no vídeo português que o Rasiko postou.
Não li nem ouvi ninguém comentando o fato. Mas o flamengo foi campeão brasileiro sub 17, está no topo do sub 20, e muito provavelmente será campeão nos profissionais. Salvo engano um feito inédito, se isso não for uma tríplice coroa não sei mais o que poderá ser.
Muito interessante a análise tática dos comentaristas portugueses do canal 11 sobre o Flamengo. Mostra como o time ainda tem o que evoluir; ou seja, mesmo com o belo e eficiente futebol que está encantando até os adversários, há margem pra crescer e corrigir condicionamentos típicos do jogador brasileiro, como receber a bola de costas, p.ex.
https://www.youtube.com/watch?v=Agq5AG52XZs
Não há dúvidas.
Excelentes comentários, mas, acima de tudo, que PORTUGUESINHA LINDA !!!!!
Linda! As portuguesas, com exceção das de bigode, são muito bonitas. Essa aí é o meu número sem folga.
Acho que muitos deixaram uma análise de lado nesse jogo, a projeção da tabela da comissão técnica. A postura do time e as escolhas de Jorge Jesus para esse jogo deixaram bem claro qual era a programação da tabela, a derrota.
Já que a derrota era previsível o técnico tirou o jogo, aproveitando os desfalques, para testar peças e o time, ele nunca iria admitir que “perder é normal”, mas era jogo onde a derrota era aceitável segundos os cálculos.
Assim entramos um pouco mais leve, diferentemente de hoje, que vamos entrar com a obrigação da vitória, por isso não deve ter muita invencionice na escalação, por isso não se surpreendam se Rodinei for o titular…
Fla-flu chegando e a formula deve se repetir, véspera de Liberta e nos cálculos um empate… Se beliscarmos estas duas próximas vitórias, independente do que aconteça na quarta, começo a engrossar o caldo de que estará com uma mão no caneco do brasileiro.
O português é bom, gosto do trabalho dele, não há como não gostar, mas o time deu liga e isso ajuda a tirar vitórias da cartola, acho que manter os pés no chão dará a possibilidade dele fazer um trabalho mais duradouro no clube. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Seja na terra, seja no mar… vencer, vencer, vencer!
Fala, Renato.
Pois, cá entre nós, eu também achava – e creio que cheguei a escrever isso em resposta a algum comentário do post do jogo contra o Atlético Mineiro – que esse era jogo para perder. Mudei de ideia no decorrer da partida, quando percebi que iríamos entrar bem quebrados contra o Fortaleza. Como ganhávamos por um a zero, manter a vitória sobre o Athletico Paranaense passou a ser fundamental.
Acho apenas, Renato, que você não considerou o fato de que há muito (na verdade, quase tudo) do trabalho de Jorge Jesus no fato de o time ter dado a liga. Não é possível dissociar uma coisa da outra.
Vamo que vamo!
Abração. SRN. Paz & Amor.
É noixxx… Pra cima deles Flamengo! SRN
hahaha. Minha teoria foi pro espaço, mas o que interessa é que veio mais 3 pontos!!! SRN
Eu assisti uma senhora comentarista de arbitragem, não sei o nome dela, ela é até simpática com sua carinha de ovelha, que fez tanto contorcionismo para dizer que não foi pênalti, que ela viu até uma pisada do nosso jogador no adversário que cometeu a falta. Coisa curiosa, os facínoras que estavam atrás de algo pra inventar o pênalti foram pressurosos “que foi esse mesmo o motivo da anulação”, e ainda por cima cumprimentaram-na, dizendo que ela tinha olhos de lince, etc.( só não mostraram a imagem). E ela, a nossa simpática cara de ovelha, acreditou, ficou toda prosa. Agora, pelo amor de Deus, evitar pisadelas num jogo de futebol só se amputar os pés dos jogadores.
Como bem dizia meu bisavô: “águas passadas não movem moinho.” Então, agora é se preocupar com a próxima partida de amanhã contra o Fortaleza. Sim, para mim, é um jogo que requer atenção redobrada.
E quem imagina que vai ser moleza está redondamente enganado. Rogério Ceni, depois que reassumiu o comando do Fortaleza, endureceu duas partidas jogando fora, perdendo para o São Paulo de 2 x 1 e para o Vasco de 1 x 0 – fruto de um pênalti maroto – e ganhou em casa de 2 x 0 a Chapecoense.
Por outro lado, o Flamengo jogará desfalcado de cinco absolutos titulares: Rafinha, Filipe Luiz, Arrascaeta, Everton Ribeiro e Bruno Henrique.
No primeiro turno, sob o comando de Ricardo Sales, vencemos o Fortaleza por 2 x 0, com dois gols de Gabigol. Naquela oportunidade, o time entrou no Engenhão com a seguinte formação: Diego Alves, Pará, Leo Duarte, Rodrigo Caio e Trauco; Cuellar (Piris da Mota) Willian Arão, Everton Ribeiro (Vitinho), Diego (Berrio) Arrascaeta e Gabigol.
Provavelmente, entraremos em campo amanhã com a seguinte formação: Diego Alves, João Lucas (ou Rodinei), Rodrigo Caio, Pablo Mari e Renê; Willian Arão, Gérson, Lucas Silva e Reinier; Gabigol e Vitinho.
Já o Fortaleza, em relação à partida do primeiro turno, terá um time com no mínimo sete modificações.
Mesmo com todas as dificuldades que o Mister terá para escalar o time para amanhã, eu confio numa vitória, embora bem apertada.
Jogaremos ainda 5 partidas fora do Rio de Janeiro, ao menos duas precisamos vencer, a saber: o Fortaleza amanhã e o Goiás daqui a 15 dias. Quanto ao Grêmio, Palmeiras e Santos, apenas um empate já está de bom tamanho.
Sempre Flamengo.
OBS.: Murtinho, a supressão do gerúndio é uma homenagem ao Mister?
Bem que eu queria afirmar que o próximo jogo contra o Fortaleza é o mais importante agora. Mas cortei do meu comentário por acreditar um exagero.
E não é que o Gerson, na entrevista coletiva, confirmou o que eu penso.
– Primeiro, temos um jogo importante contra o Fortaleza, depois o Fluminense e só quarta contra o Grêmio. Estamos muito focados. Temos compromissos e só depois vamos falar do Grêmio.
O Mister deve estar passando a seguinte mensagem para o elenco: é um jogo de cada vez.
Sempre Flamengo.
Fala, Aureo.
Também não acho que vá ser fácil. Entretanto, a maior mudança, como botei no final do texto, tem nome, sobrenome e nasceu em Amadora, a menos de quinze minutos de Lisboa.
Sim, meu amigo: a supressão do gerúndio é uma homenagem ao Mister, além de uma cutucada de leve no padrão telemarketing.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Saudosismo.
Uma das minhas idas a Portugal foi em 1990, pouco antes da Copa do Mundo italiana.
No início do mês de junho, decidia-se a Copa de Portugal, que acabou sendo vencida por um time pequeno, pois, lá como cá, o interesse era bem menor, permitindo que Criciúma, Juventude, Paysandu, Santo André e Paulista se transformassem em campeões.
Lá deu o Estrela de Amadora, da terra do Mister, grudadinha a bela Lisboa, que muito melhoraria em anos posteriores que pude visitá-la, assim como os técnicos e a própria seleção da terrinha.
“Sua opinião é muito importante para nós”. Mas, se vc diz que não foi pênalti, peço que descreva o lance com detalhes pra justificar tal assertiva. Afinal, além de toda a Nação, comentaristas e as diversas centrais do apito pelaí, confirmaram o que, pra nós, foi uma penalidade óbvia. E, pior, muito pior, foi despenalizada depois da interferência indevida do var, que só deve se pronunciar em lances onde há dúvida do árbitro de campo, e não foi o que aconteceu. Caso contrário, qual o sentido dele estar ali?; deixa então o var apitar através de um alto-falante.
Devo lembrar ainda os 3 cartões amarelos do ERibeiro, BHenrique e Vitinho, que o árbitro justificou por ter sido ofendido pelos atletas, mas sem descrever as ofensas e em que circunstâncias. E o pênalti, também claro, no Vitinho? Tenho as barbas de molho contra possíveis armações pra prejudicar o Flamengo – acho que é incompetência mesmo e, no caso anterior em que o juiz volta atrás, falta de autoridade pra sustentar sua marcação, uma vez que estava a 2 metros do lance e ele não vacilou em apontar a marca do cal-, mas que é sintomático, é. Como disse num outro comentário, a reunião dos presidentes dos 4 grandes de Sampa é muito suspeita.
Já está havendo uma gritaria, especialmente do narrador Gustavo Villani numa rede social e do Gilmar Ferreira no Extra, contra a entrevista do Marcos Bráz e do JJ reclamando da arbitragem desastrosa e, em ambos os casos, comparando-as as dos presidentes de Palmeiras e Santos. A grande diferença é que tanto o Bráz quanto o JJ reclamaram, com toda razão, de fatos ocorridos durante um jogo do clube que dirigem, dentro e fora do campo, o que é direito deles, enquanto os outros levantaram suspeitas de armação do var a favor do Flamengo em jogos que não eram dos seus clubes, sem que a cbf tomasse qualquer providência. E, como disse o Mauro Cézar, queriam que os dirigentes do Flamengo se omitissem e enfiassem o rabo entre as pernas? Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O Landim estabeleceu uma política (odeio o significado dessa palavra – pra mim é sinônimo de hipocrisia) de harmonia com a cbf com a boa intenção de não prejudicar o Flamengo. Perfeito. Mas tudo tem limite. Até porque a torcida, que, quando chega a conta, é o que importa, por menos consciência que tenha dessa verdade absoluta, na hora do vamu vê não tem nada de polida – ainda bem.
Respeito é uma coisa; omissão e opção pela zona de conforto, outra completamente diferente. Aí seria covardia pura e simples.
srn p&a
Acabo de ouvir as palavras do Ser Supremo direto do Japão confirmando o pênalti claro. E com Ele não se discute nem duvida. 🙂
Vixe, agora quebrou minhas pernas.
N’Ele cremos.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, Rasiko.
Eu achei que o Lucas Silva botou a bola e o corpo à frente, a bola pelo lado e o corpo na direção do zagueiro. Não fez por excesso de malícia, não quis cavar, não vi nada de simulação, nada disso, apenas entendi a ação do Léo Pereira como normal e o choque – sutil, por sinal – como algo natural do jogo. De qualquer modo, como eu disse na resposta ao comentário do Carlos Moraes, tenho mil implicâncias com pênaltis, acho que eles só devem ser marcados em casos de verdades absolutas. Creio que esse não se encaixou nisso aí.
Quanto à história dos paulistas, por favor, dá uma olhada em minha resposta ao comentário do Xisto. Só para ilustrar: você imagina o falecido Eurico Miranda participando de um comitê para barrar um possível título do Corinthians, correndo o risco de entregá-lo ao Flamengo?
No mais, estou convicto de que, haja o que houver (ou não haja nada, sei lá), vamos levantar esse Campeonato Brasileiro. Libertadores é outro papo, porque me parece que, em matéria de malandragem, a Conmebol consegue o prodígio de ser mais profissa que a CBF.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Entendo teus argumentos em relação a uma possível conspiração dos presidentes paulistas contra o Flamengo, mas nessas horas lembro sempre da declaração de, na época, outro presidente, o Kalil do Atlético sem h. “Se o Flamengo se arrumar, não vai ter pra ninguém”. Bom, eles já viram que JÁ estamos arrumados, começando a botar dinheiro pelo ladrão (soube que a verba pra contratações em 2020 supera a deste ano) e os frutos estão amadurecendo. Agora, só pra efeito de exercício de projeção com os 2 pés plantados na realidade, imagine que ganhemos Brão e Liberta. Isso se traduziria não só em premiações que enriqueceriam ainda mais nossos cofres de forma direta, mas também de forma indireta com o provável aumento exponencial de sócios-torcedores, aumento do valor dos patrocínios, valorização no contrato com a Adidas, estádios sempre lotados, dentro e fora do Rio, jogadores valorizados… a lista é grande. E se eu, um neófito, não mais que um abelhudo, enxergo todas essas possibilidades, imagine as cobras-criadas com pleno conhecimento dos bastidores temerosas de nosso domínio absoluto!? Suspeito que eles enxerguem uma hegemonia em que só vai lhes restar brigar por vaga na Libertadores e olhe lá. Lembrando que os presidentes de Curíntia, Palmeiras e Santos não são flor que se cheire (o do São Paulo, não sei).
srn p&a
Meu amigo Rasiko.
Eis aí um comentário para nos deixar com pulgas atrás das orelhas. É vero: se os caras se tocam que daqui pra frente será preciso se conformar com as migalhas, aí o bicho pode pegar.
Boa!
Abração. SRN. Paz & Amor.
Acabei de ler uma declaração do Tardelli e fiquei meio sobre o apreensivo e espantado também, eu sou burro velho, mas ainda me espanto sim, com muita honra, queridos ouvintes. Ele deu a entender que o Flamengo vai ser presa fácil, pois está todo estropiado, que isso mais ceido ou mais tarde iria acontecer, etc., deixou nas entrelinhas que o esperto é o Renato que poupa jogadores, desrespeita competições em nome de o que ele acha glória maior que é a Libertadores. Acho isso de uma mediocridade sem limites, e o pior que é assim mesmo, e se o Grêmio vencer vamos ter que aturar o Renato que malandro sou eu mesmo. Será que isso tem alguma ética, ou pelo menos provoca algum orgulho, entrar na luta para derrotar um adversário combalido? Que porra de competição é essa que o cara confessa nas entrelinhas que só pode vencer o adversário se os outros fizerem o trabalho sujo que, aliás, estão fazendo, que é quebrar sistematicamente todo um time. É de dar engulhos. Sem falar nos juízes ladrões e o VAR covil de covardes a soldo da paulistada desvairada. Tem gente que adora chutar um cachorro morto, mas que não seja o nosso aguerrido Flamengo. Espero que o nosso JJ esteja bem atento a esse tipo de mesquinharia..
Deixa falar… O Maraca lotado/alucinado vai suprir os desfalques. Não vai passar nada na nossa defesa. Confio no time e no comandante. Chegou a nossa vez, porra!, nem que seja na marra. 2 x 0, Vitinho e Gabigol.
Fala, Rafael.
Pois é. Quem quer ser campeão precisa passar por cima de tudo. Como o Flamengo vem fazendo.
Apesar de achar o time do Grêmio muito bom, também confio.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Grande Xisto!
É um tema delicado. Visto de forma passional e no conjunto de obra, parece mesmo algo orquestrado, mas sei lá. Vejamos.
O lance em que Rafinha se machucou foi um desses tantos choques de cabeça que vivem acontecendo no futebol atual. Filipe Luís se contundiu numa dividida normal com Maicon, que jamais se mostrou um jogador desleal. Confesso que não lembro em que situação ocorreu a lesão de Arrascaeta. Não sei.
Concordo com a mediocridade da decisão de abandonar o Campeonato Brasileiro – o time do Grêmio é superior ao do Palmeiras, e tinha todas as chances de brigar pelo título -, mas ela decorre do embotamento do torcedor brasileiro, que transformou a Libertadores no último biscoito do pacote.
Também tenho algumas observações a respeito da “paulistada desvairada”. Significa que os paulistas atuam em bloco, para tirar o Flamengo da reta e fazer com que o título fique com um deles? Isso não existe. Você lembra que, numa das últimas rodadas do Campeonato Brasileiro de 2010, as torcidas organizadas do Palmeiras ameaçaram os próprios jogadores palmeirenses, caso eles vencessem o Fluminense e com isso beneficiassem o Corinthians? Neste momento do campeonato, não acredito que alguém ainda aposte no Santos, o que vale dizer que o Palmeiras é o único clube capaz de incomodar. Garanto que não é razoável supor que Santos, Corinthians e São Paulo movam uma palha sequer para o Palmeiras ser campeão.
Aliás, não lembro exatamente qual era a situação, mas no final de 2018 ou no início de 2019 houve uma votação qualquer na CBF em que Flamengo, Corinthians e Athletico Paranaense foram os únicos a se posicionar contra os interesses da entidade. Na ocasião, Andrés Sanchez chegou a afirmar que, muito provavelmente, os três seriam prejudicados no decorrer da temporada. E quem foi o campeão da Copa do Brasil?
Tudo é possível. Mas tenho mil dúvidas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Trës pontos básicos a serem analisados.
1o. – Jorge Jesus e seu TRABALHO, analisado de forma genérica.
De fato, impressionante a mudanç;a imposta pelo Mister, refletindo-se, sem a menor dúvida, no modo de jogar de vários de nossos jogadores, querendo crer que o caso mais evidente seja o do Willian Arão.
Soube impor a mentalidade de que o trabalho sempre é necessário. Jogadores preguiçosos transformaram-se. Notável !!!!
2o. – Jorge Jesus no jogo de Curitiba.
Confesso, que não tinha reparado.
Assistindo a partida com dois dos meus filhos, um deles me fez ver a mudança capital, muito bem observada pelo Murtinho e, no artigo do Arthur, por um colega chamado Calil.
João Lucas entrou pessimamente no jogo. Tenho uma tese. Em razão de ser uma mudança forçada, logo inesperada. Esse, no entanto, não é o assunto a ser observado.
JJ não titubeou. Não demorou e colocou o Thuler em campo, eis que o Rhodolfo só prejudicava o garoto.
Atitude de quem sabe comandar. Mais ainda, de quem sabe ver o jogo e descobrir soluções.
Mais uma vez, NOTÁVEL !!!
3o – Maioria massacrante.
Faço parte dela.
Sempre, seja aqui ou em qualquer outro lugar, discordo de se atribuir às arbitragens a responsabilidade sobre o resultado dos jogos.
Podem constatar em todos os meus comentários, até em debates com colegas repianos de primeira classe.
Desta vez, fiquei chocado, mas vou confessar. Principalmente após ouvir os responsáveis, seja o árbitro de campo, seja o da cabine.
Pareceu-me evidente que havia a intenção de desfigurar, de qualquer forma, a penalidade.
Para mim, pênalti claro.
Respeito as opiniões em contrário.
Não aceito, no entanto, a vergonhosa troca de idéias entre os partícipes da confusão.
Se fosse membro do STJD, chamaria o feito à ordem.
Pediria até a instalação de Inquérito Administrativo.
Lamento o destino do futebol brasileiro, apesar da redenção ocorrida pela chegada do JJ.
Os paupérrimos jogos da Seleção, assisti a ambos, trazem a convicção de que algo precisa ser feito. Urgentemente !!!
No mais, tranquilo quanto ao HEPTA, fico na expectativa da segunda partida da semifinal.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Fiz uma rápida citação ao posicionamento e à participação do Arão na resposta ao comentário do João Neto. Por favor, dá uma olhada lá. Da água pro vinho.
Jorge Jesus foi na mosca. Além do João Lucas ter entrado nervoso, Rony é um atacante chatíssimo e razoavelmente habilidoso, que não para de correr e de tentar. Rhodolfo é pesado. No que percebeu que ia dar ruim, o treinador prontamente fez a troca pela juventude – um tanto afoita, é vero – de Thuler e resolveu o problema.
A conversinha no VAR ficou mesmo mal contada. Só que eu devo ter algum trauma forte com essa história de pênalti, porque não me convenço tão fácil. Pênalti, pra mim, não é uma falta como outra qualquer, só que cometida dentro da área. Claro que respeito a opinião de quem acha que foi – mesmo porque, quase todo mundo acha -, mas tenho minhas dúvidas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Até que enfim !
Só poderia ser mesmo o nosso Murtinho !
Desde sempre defendo a ^tese^ de que uma eventual falta dentro da área tem que ser sopesada de forma diferente daquelas cometidas em qualquer outra parte do campo.
Só podem ser marcadas com evidência total, pois as consequências – e isto é o óbvio – são extremamente diferentes.
É algo único.
Não sei se o VAR surgiu para o bem ou para o mal.
Os lances que dependem de interpretação continuam, a meu ver, sem solução matemática.
De qualquer forma, tenho a plena convicção de que Teorias da Conspiração devem ser sempre repudiadas.
Já escrevo depois do jogo contra o Fortaleza.
No meu grupo social, houve uma baita ^gritaria^ depois da marcação do pênalti do Marí. Arrumação, complô paulistano, culpa da CBF, etc e tal.
Poucos minutos depois, a casa caiu, com a marcação do pênalti a nosso favor.Totalmente pelo VAR, ao contrário do anterior que apenas foi ^sacramentado^ pela engenhoca.
Além do mais, você está absolutamente certo.
Além do exemplo dado, envolvendo o Fluminense, não se pode esquecer da ^nossa^ final, em 2009.
Mais ainda, das torcidas pelos europeus em finais de Mundiais de Clubes, quando o eventual representante brasileiro é do mesmo Estado, principalmente.
De qualquer forma, bola pra frente, pois o HEPTA é nosso.
Esperemos o Grêmio, com o devido respeito.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
#NÃONOSESQUECEMOS
https://www.mundorubronegro.com/flamengo/semifinal-entre-flamengo-e-vasco-termina-em-pancadaria-generalizada
Vascaíno é foda
Gostaria de propor alguns momentos de reflexão. Começando pelo que me parecem fatos:
1) Jorge Jesus mudou drasticamente (para melhor) o flamengo em 3 meses, coisa que nenhum treinador conseguiu nos últimos 3 anos.
2) Jorge Jesus não está entre os top 5 da europa, talvez não esteja nem dentro do top 5 dos treinadores de portugal.
3) Como está atrasado o nível dos treinadores do brasil, basta ter capacidade (e disposição) para provocar um furacão na terra brasilis.
Agora provavelmente haverá uma revoada em busca de treinadores estrangeiros, o que talvez melhore o nosso nível. Não me importa o que acontecerá até o final do ano, foi muito feliz este 2019. E 2020 promete ainda mais.
Não quero puxar a brasa pra minha sardinha (nada mais português), mas morei 6 anos em Portugal até 2013 e JJ era considerado o melhor treinador lusitano disparado. Idolatrado pelas torcidas rivais de Benfica e Sporting e reverenciado pela crônica esportiva. Quanto a não estar entre melhores da Europa, há controvérsias, como diria o personagem da Escolinha do Prof. Raimundo. Digo isso porque não sei, sinceramente, o que podem fazer a mais Guardiola e Klopp, pra ficar apenas nos 2 mais famosos. Mourinho, por exemplo, eu não queria ele no Flamengo.
Nos top 5 da Europa, de forma alguma.
Nos de Portugal, creio que sim.
Na terrinha, já foi campeão muitas vezes, pelo Benfica, além de ter treinado o Sporting.
Há muitos técnicos bons por lá, Fernando Santos (atual da Seleção), Carlos Queiroz (já foi, mas agora está com a Colômbia) e o mais famoso, o Moutinho.
De qualquer forma, no seu país, JJ é técnico de ponta.
De qualquer forma, novamente, muito interessantes os seus ^momentos de reflexão^.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Lembrando que apesar de não ter sido campeão pelo Sporting, este foi considerado o melhor time da temporada perdendo o título na última rodada.
Insisto, porque não sei, o que podem fazer de melhor os assim chamados técnicos de ponta da Europa que o JJ não faz?
Sim, Flavio.
Não sei se ele vai topar (o problema da falta de grana lá é sério), mas parece que o Santos está doido para garantir Sampaoli no ano que vem. E o Inter acaba de se acertar com o argentino Eduardo Coudet, atual treinador do Racing de Avellaneda.
Que se cuidem os manos e abéis, pois o sarrafo vai subir.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Olha Murtinho, se até pra vocês mais experientes e que viram o histórico esquadrão dos anos 80 tá um troço espantoso, imagina para torcedores forjados no calvário infernal do Flamengo na década de 90…
A questão agora é ganhar os títulos para que esse time garanta de maneira insofismável o lugar na história que já faz por merecer.
SRN
Pois é, Marcos.
Para muito gente, o que está aí é, sem dúvida, o melhor Flamengo já visto em campo. Resta levantar as taças para o reconhecimento absoluto e justo.
Ah, muito obrigado pelo “experiente”, apesar de eu achar que estou mesmo é velho.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Apenas para complementar o irretocável texto, um importante dado: nunca fomos tão prejudicados por seguidas arbitragens criminosas.
O que aconteceu na quadra de campo sintético ontem é motivo para afastamento imediato de todos os envolvidos e investigação do ocorrido.
O áudio publicado dos operadores do VAR comprova que os mesmos procuravam pelo em ovo para anular o pênalti marcado a nosso favor, o que poderia ter sido decisivo para o placar da partida, não fosse a bobeira do goleiro deles, pois o Atlético jogou de igual para igual conosco.
Os árbitros de ontem entraram em campo nitidamente decididos a evitar a vitória do Flamengo. Ao perceber que seria difícil, o soprador de apito começou a distribuir cartões inexplicáveis para nossos jogadores pendurados. Um absurdo.
Noves fora a inacreditável convocação do Tite, tão criminosa quanto.
Além disso, o Flamengo ainda foi alvo durante o ano de oposição descarada por parte da imprensa e da sua própria torcida, por razões políticas. Ao emitir nota afirmando não ter patrocinado homenagem a guerrilheiro comunista, a diretoria passou a ser alvo de frequentes ataques da imprensa, que culminou com a ridícula história da utilização do termo “favela”. Pelo menos serviu para as organizações Globo voltarem a utilizá-lo, já que há décadas só usavam “comunidade”.
Veja que o clube, desde a trágica ocorrência que vitimou dez jovens, vem realizando acordos extrajudiciais com as famílias, toda semana isso é noticiado. O que é muito importante, pois se a questão é judicializada, os familiares não veriam um centavo sequer em vida. Quem viveu em Marte nos últimos anos e não conhece a história, pesquise sobre o caso Palace II e saberá como funciona. Isso vai muito além de simplesmente “pagar o que os pais pedem”, o que não os impediria de acionar o clube judicialmente, movidos por seus advogados.
Entretanto, ainda assim, há “grandes flamenguistas” que preferem ignorar o melhor Flamengo desde a era Zico, e o incrível momento que estamos vivendo, com todos os seus incríveis números, seus golaços, seus shows de bola, seus recordes e tabus quebrados, às portas de ser o primeiro time brasileiro a vencer Brasileiro e Libertadores na mesma temporada, para fazer textão contra a diretoria, contra o Flamengo, contra a foto do Braz com o Bolsonaro, etc.
Esquecem-se, por conveniência ou por ignorância, que há uma investigação em curso – conduzida por autoridades competentes e não por comentaristas de blog -e que a mesma recai primordialmente sobre membros da administração ANTERIOR, responsável pela instalação dos contêineres e não sobre a atual.
É o Flamengo contra tudo e contra todos, até mesmo contra parte dos flamenguistas.
Faremos História.
Prezado The Trooper,
Comentário, no meu ponto de vista, nota 10.
SRN! Prá cima deles, Flamengo!
Fala, Trooper.
Há um certo exagero aí nessa história de “irretocável”, de qualquer modo agradeço pela moral.
Você chegou a ver uma série da HBO chamada “FdP”? Trata da carreira e dos aspectos pessoais do personagem Juarez Gomes da Silva, um juiz de futebol vivido por Eucir de Souza. (O alucinado Paulo Tiefenthaler, do infelizmente finado “Larica total”, interpreta um bandeirinha hilário.) Em um dos episódios da série, Juarez sofre uma tentativa de suborno e comenta o caso com a ex-mulher. Escandalizada, ela pergunta se ele tem que inventar um pênalti, anular um gol claramente legal, algo assim. Juarez responde que nada disso. E que, se fosse o caso (Juarez é honesto), o ideal seria fazer de um jeito que ninguém percebesse. Marcação de uma série de faltinhas inexistentes, alguns laterais invertidos, um cartão amarelo para o principal defensor, enfim, coisinhas capazes de irritar um time e fazê-lo sair do sério. Não sei se o objetivo de Bráulio Machado era impedir a vitória do Flamengo – ele poderia, por exemplo, não ter assinalado o pênalti e, assim que a bola parasse, recorrer ao VAR -, mas que foi uma calamidade, não há dúvida. Admito minha ingenuidade, mas continuo acreditando no despreparo e na ruindade dos nossos juízes.
Quanto à política do clube, creio que não tem jeito. Venham as vitórias que vierem, venha o título que for, vai ser sempre assim.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, esse era o teste de capacitação e desempenho que tanto aguardava. Não que tenha sido perfeito. Longe disso. Mas a equipe manteve um equilíbrio e maturidade para suplantar todas as dificuldades apresentadas.
É notória a freguesia rubro-negra carioca. Na Arena da Baixada, nunca havia ganhado. 17 partidas. 12 derrotas e 05 empates. Desempenhos vergonhosos ao longo dos anos.
A torcida adversária estava possuída. Fiquei observando o comportamento deles na lateral do campo. Rafinha e, principalmente, Renê, mantiveram uma calma absurda. Os sujeitos em êxtase, gritavam palavras de baixo calão e impunham gestos agressivos. O coitado do jovem lateral passou um dobrado com a turba enlouquecida. O sanatório estava em peso nas arquibancadas.
Corroboro todos os seus argumentos no tocante ao Mister. O Flamengo de hoje é outro time. Uma equipe madura que sabe dosar as energias e a capacidade ofensiva. Há um equilíbrio em todos os setores de campo. O sistema defensivo melhorou acentuadamente. O goleiro é pouco exigido.
Insisto em dizer que além do excelente treinador, o acaso foi um dos maiores reforços do elenco. A contusão de Diego ocasionou a imediata escalação de Gérson. E, a cada saída dos demais jogadores contundidos ou afastados por cartões, era deslocado e seu rendimento era sempre o mesmo. Esse jogador deu o real equilíbrio ao time. Arão, surpreendentemente, começou a desenvolver um novo estilo de jogo. O setor pensante ganhou um esforço de peso com a utilidade do talento do craque uruguaio. Um simples olhar de quem tem a sensibilidade de encaixar a melhor formação.
Com esse desempenho espetacular, a previsão do colega Trooper, vai se mostrando real a cada dia. Os fatores externos implicam em revolta, mas se mostram incapazes de atrapalhar o caminho das conquistas.
Contra tudo e contra todos, avante Mengão!!
SRN
Fala, João.
Na transmissão do PFC, a comentarista Ana Thaís Matos falou algo que se encaixa nisso aí. Ela lembrou que, no Brasileiro, o campeão sempre tem vitórias como a desse jogo. Cheio de desfalques importantes, grama sintética, arbitragem esquisitona, um monte de coisa contra, pois o campeão vai lá e ganha.
Se eu tivesse que escolher uma única palavra do seu comentário, não titubearia: maturidade. Pensei, inclusive, em montar o texto em torno dela, mas preferi partir da improvável vitória (pelo contexto) mais de quarenta e cinco anos depois.
Sim, essas arenas favorecem a pressão sobre os adversários que jogam pelos lados. É preciso se acostumar. Existe um ótimo documentário chamado “Maracaná”, dos diretores uruguaios Andrés Varela e Sebastian Bednarik, que aborda a Copa de 50 e traz vários depoimentos bacanas. Tem uma hora em que Obdúlio Varela fala que não importa se há duzentas mil pessoas no estádio, nem o que elas cantam ou gritam para pressionar: quem decide o jogo são os caras que estão lá dentro. É isso. Tem que estar blindado.
A respeito do comportamento dos nossos jogadores em campo, repare em dois momentos registrados lá nos “Lances principais”. Nossa primeira jogada de perigo aconteceu aos 7 minutos, e foi concluída por Willian Arão. Nosso primeiro gol aconteceu aos 44, com Bruno Henrique, Arão, Everton Ribeiro e Vitinho apertando a saída de bola do Athletico. Ou seja: Willian Arão, que ao menos em tese é o primeiro volante, estava marcando pressão quase na área adversária. (Desculpe a triste lembrança, mas você se recorda de como atuava o Márcio Aráujo?) Hoje, a Folha de S.Paulo publicou um texto do Mestre Tostão em que, entre muitas outras coisas, ele cita a dificuldade que é, pela movimentação, participação e intensidade, enquadrar o sistema tático do Flamengo. E tem o já famoso vídeo do Gerson (o Canhotinha de Ouro da Copa de 70) afirmando que o meio-campo da seleção brasileira tinha que ser Willian Arão, Gerson e Everton Ribeiro. Tomara que Tite não tenha visto, porque em novembro tem convocação.
Que Trooper tenha razão!
Abração. SRN. Paz & Amor.
A pressão da torcida é normal em estádios em que o torcedor se posiciona rente à lateral de campo. O chamado alçapão. A Arena da Baixada , apesar de moderna, mantém a característica. O que é inadmissível é o excesso. Os caras estavam tresloucados. Renê foi alvo de racismo. Via-se claramente o gestual bucal. Um total desrespeito.
Admite -se a pressão com vaias. Mas, a utilização de gestos e palavras depreciaticas vão muito além do campo de jogo.
Cenas lamentáveis.
Desculpe, João, não reparei nisso.
Nesse caso, estou totalmente contigo.
Abração. SRN. Paz & Amor.