Uma das características distintivas do torcedor rubro-negro é que precisamos de pouca coisa para nos sentirmos moralmente autorizados a encomendar trajes de festa, fazer reservas em hotéis e voos internacionais e apostar todas as geladas do mundo.
Ganhar um clássico, golear a vasca, subir na tabela e exibir um belo futebol não são eventos dos mais corriqueiros na vida do rubro-negro. Fora ganhar da vasca, que já está virando commoditiy, eles acontecem com menos frequência do que consideramos justo. É até lógico que quando tais eventos ocorrem, como aconteceu em Brasília, a torcida fique ligeiramente ensandecida.
Até os prevenidos, que ficam procurando os defeitos pra não se contagiar pela empolgação provocada quando se vê o futebol bonito, admitem que o Flamengo está jogando bola. Uma bola que não estava conseguindo jogar antes da sacudida que Jorge Jesus deu no time.
Os números são chatos e não tem muito charme, mas eles não conseguem mentir. Sob a retranca de Abel, e no curto período tampão do Marcelo Fera, o Flamengo tinha como ponto mais forte a defesa, que até a 9ª rodada figurou entre as menos vazadas do campeonato. Aí chegou Jesus pra zonear tudo, trazendo as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias.
Hoje o Flamengo tem o ataque mais efetivo do campeonato. É verdade que a defesa, descontadas as contusões, contratações e defenestrações, ainda não está muito católica, mas quem é que se importa com isso? O que todo mundo quer é ver a bola correr de pé em pé e morrer no fundo do barbante. Não é só no basquete que a melhor defesa é o ataque. Jogando pra frente e buscando o gol o Flamengo está dando pinta de que pode, em pouco tempo, ser aquele time que todo mundo quer ver jogar.
Contra a vasca o Flamengo mostrou um repertorio de altíssima qualidade. Não foi só no ataque que o time brilhou, no meio e na defesa também, cuja media acabou sendo salva por Diego Alves. O goleiro, em franca campanha para recuperar a moral perdida, excedeu na hora dos pênaltis e não deixou a desejar quando foi exigido. Levou um golzinho, um mal hábito que ele cultiva, mas fez a sua melhor atuação em muito tempo.
Sem aparentar estar fazendo um grande esforço o Flamengo controlou o jogo todo. No segundo tempo, quando acabou o gás dos caras, o Flamengo botou o bacalhau na roda. Não fosse o VAR, o atacante que mais faz gol no Flamengo esse ano, o placar poderia ser mais dilatado. Justiça seja feita, nosso 4º gol teve uma participação decisiva do VAR, que pelos motivos errados iniciou toda a pictórica jogada que culminou com um pênalti a nosso favor (uma raridade). Um pênalti raiz, old school, anotado a olho nu, sem interferência eletrônica.
Combinados à flatulência que atacou os times aos quais perseguimos, os 3 pontos obrigatórios sobre a baranga de fé acabaram se valorizando. Foi só a 15ª rodada, muita coisa pode acontecer nas próximas 23, mas a posição que o Flamengo ocupa é assaz aceitável. O que nos traz uma questão importante no campo do comportamento. A partir de que rodada do campeonato é adequado invocar os poderes místicos do Deixou Chegar Fudeu? Antes da 30ª parece ser uma tremenda falta de educação, mas quem é capaz de controlar a voz rouca das ruas?
Ganhamos duas seguidas, show, mas outro dia estávamos tomando esculacho do bahea. Tem jeito, não. Se o oba-oba é inevitável o que se pode fazer é tentar controlar o vírus com a vacina do sapatinho máximo. Mas hoje sabemos que tem muita gente que não acredita em vacina. Que se dane, somos todos, menos alguns. É assim que funciona a filosofia flamenga, o way of life mulambo.
Bons momentos são fugidios, triunfos são passageiros, escritas se quebram, a fortuna é vária. Aplauda o dibre na hora em que ele é dado, comemore o gol quando a bola cruzar a linha, zoe agora e festeje até o sol raiar. Carpe Diem, DJ! No final, seja a ultima rodada, a linha de chegada ou dia do julgamento, a única coisa que conta é o que se viveu.
Mengão Sempre
meu palpite 4×1 mengão do meu coração.
SRN !
E claro que o Flamengo está entusiasmando como há muito não fazia, e eu embarco mais uma ver no velho, “agora vamos que vamos” e espero continuar navegando tranquilo em mares azuis, ou melhor, rubro-negros, cheios de vitórias, agora tenho lá meus medos, essa defesa em linha, me assusta, talvez num futuro que espero esteja próximo, os caras de trás bem treinados sem precisar correrem como bolts de chuteiras corrijam o problema, qualidade técnica os caras têm. A minha mini síndrome de pânico ( pensando bem acho que não é tão mínima assim) deve-se ao que tenho visto ultimamente, noutro dia foi o Florminense que dominou, martelou, martelou e…perdeu o jogo, quer dizer, o Diniz, já devidamente defenestrado por tamanha ousadia em querer que um time medíocre, se tanto, jogasse um mínimo de futebol; ontem o Grêmio dominou inteiramente a partida e se esboroou contra uma desavergonhada retranca daquele que foi responsável pela maior vergonha do futebol brasileiro e é ainda considerado pela crônica especializada (epa!)um dos maiores técnicos do país. Quer dizer, um monte de gente na defesa, chutões para frente, ligações diretas, única tática vigente e a assim chamada bola parada, o fazem ser considerado um professor de elite aqui por essas bandas tupiniquins, depois não sabem por que vivemos a ver navios quando jogamos com outras equipes que jogam, na pior das hipóteses, futebol. Falem o que quiserem do Renato assim como do Diniz mas eles são destemidos e tentam a seu modo resgatar o que de mais parecido com futebol se joga no país. É bom lembrar que os dois, Diniz e Renato, foram os responsáveis pelo jogo mais eletrizante nesse campeonato. É esse o meu medo, neurótico confesso que sou, desse novo Flamengo corajoso, jogando para fazer gols, enfim esse novo time que se desenha a cada jogo. Espero que meus temores sejam infundados.
Seus temores são, sim, infundados.
Especialmente no que tange às suas preocupações com a “defesa em linha”.
Simplesmente porque toda defesa tem que e defender em linha. Se possível, o meio de campo também.
É assim que se joga futebol.
“Sincronicidade”, foi como Jung conceituou duas ou mais pessoas tendo pensamentos semelhantes.
Desde ontem, durante as 3 refeições e no intervalo entre elas, ouço as mais diversas resenhas no YT e percebo o sedutor apelo do oba-oba se aproximando perigosamente do seio de uma torcida já por natureza chegada a uma marra única e exclusiva no universo futebolístico. O título de Maior do Mundo exige comprometimento e criatividade.
E oba-oba.
Claro que o clima contamina. Do meio pra frente, não tem pra ninguém, concordam os “especialistas”.
E foi por ver em 2 jogos seguidos esse do meio pra frente, começando pelo Cuellar, ajustado e sendo mais eficiente, que um novo ânimo invadiu minh’alma rubro-negra sedenta de ver o Manto sendo envergado por quem o merece e o honra com grandes atuações.
Cuellar-Arão-Gérson-Arrascaeta-Gabriel e BHenrique, artilheiro e vice do Brão.
Gérson foi o caso mais rápido de adaptação do século XXI. Pegou o bonde andando assim que atravessou os portões do Ninho e não desceu até agora. Éverton Ribeiro no banco enquanto consolida a cura. Vitinho e Rodrigo Caio voltando.
Não dá pra negar, o time tá quase engrenando, alguns ajustes no sistema defensivo e vai ser difícil segurar. E, melhor, subindo na hora certa. A tendência é chegar no fim da temporada com um excelente desempenho.
É impressionante a imagem desse ataque chegando junto na área adversária e finalizando com 2 dos nossos entrando com bola e tudo.
Me lembrei dos tempos do Rolo Compressor.
É ainda 3ª feira de manhã e sinto aquela velha sensação de que a partir desse momento nada mais importa.
Daqui até o fim do jogo, qualquer outro assunto está fadado a cair no desinteresse espontâneo da conversa brochante.
Esse nervosinho, por exemplo, que vai do sorriso moleque à excitação juvenil, fazia tempo não dava as caras.
E tédio é horrível! Que era exatamente o que eu sentia vendo os jogos do Flamengo de Abel e seus antecessores.
Há maneiras e maneiras de se encontrar Jesus.
Eu e a torcida do Flamengo preferimos essa.
srn p&a
PS – Sei que é quase impossível disfarçar a autoconfiança do torcedor, mas se passarmos pelo Inter, só o oba-oba nos tira o título.
Vida louca!!
O Flamengo de Jorge Jesus ainda está vivendo a vida louca…
Não conseguiu ainda o equilíbrio entre atacar bem e se defender bem. Toma sustos em todos os jogos, mesmo o Vice conseguiu fazer nosso goleiro trabalhar bastante no último jogo. Foram, se não me engano, 3 grandes defesas além dos pênaltis defendidos. É muita coisa.
Mas, se o ataque continuar a fazer 3 ou 4 gols por jogo (que é quase a média do JJ), não teremos problemas de pontuação e classificação até que o nosso sistema defensivo seja totalmente ajustado. O potencial de crescimento é impressionante. E isso porque não temos o tal “camisa 9” tão requisito pelo gajo.
Algumas coisas nós já nos acostumamos: Arão se transformou em outro jogador; Diego Alves joga mal em jogos pouco convidativos e se torna um “muro” nos jogos mais pegados (San Jose, Peñarol e Emelec pela Libertadores – nos jogos que não poderíamos levar gol e nos jogos pegados do BR19). Quando o jogo é meia-boca ou pós-grande atuação do time, acho melhor colocar o reserva (e mais motivado) César pra jogar.
Além desses, Rafinha é um colírio aos olhos na lateral direita e Filipe Luís não preocupa porque sabemos que ele será essencial quando estiver totalmente em forma.
Do nosso ataque não preciso falar muita coisa. Quando Gérson, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol estão minimamente inspirados (já que estão bem treinados – ao contrário da época “abelística”), temos a certeza de que teremos a rede balançando.
De resto, como já disse, basta fazer a sintonia fina para que a recomposição seja feita de modo mais bem coordenado. E que nossa defesa volte a ter números mais confiáveis daqui pra frente. O quanto antes conseguirmos fazer isso, mais forte e difícil de ser batido será o Flamengo.
O jogo contra o Internacional é daqueles que todo jogador quer jogar. Portanto, é jogo para NÃO levar gol (como dito acima) e fazer o adversário sofrer no Maracanã.
Cumprida essa etapa, e levando uma vantagem de pelo menos 2×0, a final da Libertadores estará logo ali.
SRN!!!
É complicada a vida de treinador.
O time fazendo 4 gols por jogo e comentarista com ares doutorais reclamando “números mais confiáveis” para a defesa.
Ou seja, não basta meter 4. Tem que ser 4 a ZERO.
Não é porque contratamos o Rafinha que viramos o Bayern, campeão. Devagar com as exigências.
Quem falava muito em equilíbrio eram Abel e Zé Ricardo. Os honrosos atuais treinadores de ninguém e Fortaleza, respectivamente.
Eu prefiro ver meu time atacando sem parar, ainda que isso signifique levar contra-ataques às vezes. O que é natural quando se joga com linhas altas, pressionando o adversário até que ele ponha dois palmos de língua pra fora, como aconteceu com o vasco.
Gelo no sangue, tá OK?
*Equilíbrio, na definição de Abelão, Zé Ricardo, Mano Menezes, e outros enganadores do futebol brasileiro:
-Priorizar não levar a gol a fazer gol (sugestão do Vagner como forma do Flamengo jogar contra o Inter amanhã).
– Caso, apesar disso, faça um gol, recuar imediatamente para jogar no contra-ataque por uma bola para matar o jogo, levando pressão mesmo de times inferiores.
– Jogar sempre pelo empate fora de casa, mesmo contra times inferiores.
Vagner, prepare-se para sofrer bastante, porque, caso ainda não tenha notado, não vai ter jogos assim com JJ. Quem acompanha a carreira dele sabe, os jogos dele são abertos, malucos e, geralmente, fantásticos.
Ainda bem.
Flamengo é isso.
Chega de técnico retranqueiro e medroso.
Gelo no sangue, tá OK?
Galera precisando de curso de interpretação de texto.
Jogar com equilíbrio pra mim é jogar ao estilo Guardiola. Não deixar o adversário ter sossego depois que o time perde a bola. E, de preferência, roubá-la ainda na intermediária adversária.
Priorizar não levar gols NÃO É, nem nunca será, jogar com equilíbrio para o Flamengo.
Só que, no momento, a sintonia fina ainda não está ajustada. E estamos sofrendo gols “iguais” que não podem mais se repetir.
E isso principalmente em um jogo de mata-mata.
Para o jogo de amanhã, é melhor fazer 2×0 que 4×2. Então, tem que saber dosar as forças e não dar ao bom adversário que teremos a chance de sair na frente do placar.
Vc diz que gostaria de ver o time jogando ao Guardiola (Manchester City), corroborando EXATAMENTE a minha crítica ao teu comentário (a diferença foi que eu usei o Bayern), e diz que falta interpretação de texto à “galera”.
Legal.
Gelo no sangue, tá OK?
Desculpa pela minha ignorância, mas a internet é a mãe dos burros, então agora já sei o que significa the Trooper, ou pelo menos seu gosto musical, hehehe, então fiz uma interpretação , já que está na moda , mal interpretada, hehehe,
Espero que releve minha ignorância
Você vai tentar tirar a minha vida
Mas nos vamos tirar a sua também.
Você vai disparar seus mosquete mas nos temos artilharia pesada e vamos mandar ver.
Então quando estiver esperando o próximo ataque.
É melhor você ficar de pé, não tem como saber de onde vem, não há como voltar atrás.
Oh oh oh
Oh oh oh
A corneta soa quando o juiz apitar e a massa vermelha começar a gritar.
Oh oh oh
Oh oh oh
Mas neste campo místico de batalha , ninguém ganha, só o urubu plana.
O cheiro de fumaça rubro-negra ácida para respiração colorada.
É como mergulhar em uma certa morte.
Oh oh oh
Oh oh oh
Oh oh oh
Oh oh oh
O inte está suando de medo e nós quebramos pra vencer.
O poderoso rugido das armas mulambas.
Enquanto corremos para a massa vermelha em euforia.
Os feitos de dor enquanto meus companheiros lutam sem desistir.
Os colorados disparam seus ataques. Nós chegamos tão perto e tão longe. Nós vamos viver pra chegar e lutar outro dia .
Oh oh oh
Oh oh oh
Oh oh oh
Oh oh oh
Kkkkkkkkkk, hehehe, kkkkkkkkkk, nem sei o que significa the Trooper, kkkk, mas meu amigo, seus comentários estão sendo ótimos , e esse em resposta ao excelentíssimo professor pardal Vagner foi hilário, kkkkkk. Lembrei de um antigo comentarista , o André, por onde andas esse cara , outro que faz uma falta danada é o bom baiano Edvan, hehehe, com suas crônicas inteligentes e altamente engraçadas, mas enfim.
Obrigado the Trooper por seus comentários que até agora estou gostando e rindo muito, kkkkkk, um abraço.
Como é bom ser flamenguista e saber que temos uma nação que vive intensamente e ama o Flamengo assim como eu e o the Trooper.
Não sabia que o cara é professor, mas considerando o nível atual dos nossos professores, não me surpreende.
Gostei da tradução flamenga do hino The Trooper, bem que podia ser entoado pela torcida hein.
Mas cuidado, que tem gente aqui que tem tamanha paixão incubada por homens de farda, que não pode nem ouvir falar. RS
Abraço, Alessandro.
E gelo no sangue sempre, tá OK?
Independente do comando técnico, a lembrança de vitoria em campo adverso foi contra o Corinthians pela Copa do Brasil. Somente. Para quem almeja conquista de título em Campeonato Brasileiro é obrigatório o triunfo fora de seus domínios.
As vitórias contra Vasco e CSA foram em Brasília, com maciça presença de rubro-negros. Falar que o mando de jogo foi dos adversários… é piada.
De momento, no meu conceito, o rubro-negro é um time caseiro. Sob a pressão dos torcedores – o famoso bafo no cangote- é que demonstra gana. Longe destes, é um time desligado, descompromissado.
Ofensivamente, o time está em plena evolução. Defensivamente, requer um melhor equilíbrio. Uma melhor organização defensiva.
O time já foi eliminado da Copa do Brasil. Não tem sentido qualquer tipo de empolgação. Enquanto não ganhar sem mando de campo, não há a mínima possibilidade de conquista. Elementar.
No conceito do treinador, todo o elenco vai ser utilizado. Analisando-o, na titularidade, apenas 04 posições estão definidas. São elas:
Ataque: Gabriel e Bruno Henrique.
Meio-campo: Gérson e Arrascaeta.
Nas demais posições, a disputa está em aberto.
Que comecem os jogos.
SRN
Arthur, na boa: sem essa de deixou chegar fudeu; to sentindo um cheirinho; segue o líder e outras presepadas incentivadas pela imprensa paulista pra nos derrubar e nos sacanear. O pior é que boa parte da torcida cai nessas babaquices… O time tá se acertando, mas ainda tem muito campeonato pela frente… Que tal calçar as sandálias da humildade? Afinal Jesus está conosco…
SRN
Los Maricas do internacional já estão prevendo o apocalipse rubro negro, deixou chegar, fudeu! Agora, discordando do amigo Ricardo aí em cima, cheirinho é o caralho, já estou degustando o brasileirão e libertadores. Digo mais, Se não ganhar de 3×0 na quarta, nem comemoro. SRN