Há uma brutal contradição envolvendo o apaixonante mundo do futebol. Quando praticado por amadores, briga-se pela bola em cada lance, deixa-se o sangue na dureza da terra batida, amizades eternas se desfazem durante o embate, embora voltem a ser eternas poucos minutos depois, no brinde com cerveja que inicia o churrasco pós-pelada. No entanto, quando praticado por profissionais, e mais ainda por aqueles que são nababescamente pagos para fazê-lo, o futebol é movido a motivação.
Ao contrário do que pode parecer, não há ironia alguma no parágrafo acima, e garanto que também não vai aí nenhum tipo de protesto ou indignação. Apenas constato.
Nós, torcedores do Flamengo, passamos o ano passado inteiro abraçados à tese de que a nossa participação no campeonato estadual de 2016 deveria se dar com um time formado por reservas e recém-chegados da base. E nenhum de nós negou a decepção com a notícia de que, por motivos contratuais acertados com a Globo, mandaríamos a campo nossos titulares.
Creio que aqui cabem um parêntese e uma infeliz comparação.
Comecemos pelo parêntese. Não condeno o presidente Eduardo Bandeira de Mello por ter declarado, mais de uma vez, que não escalaríamos o time principal. Bandeira certamente sabia que a ameaça não poderia se concretizar, mas era uma forma de pressionar a – com perdão da palavra – FERJ, inflamar os torcedores com a ideia da Primeira Liga, cativar a imprensa especializada e obter apoio de outros clubes interessados em mudar o estado das coisas. Vamos combinar: deu certo.
E agora, a infeliz comparação. Acho compreensível, pelo jogo de pressões, que o nosso presidente tenha feito promessas vazias, da mesma forma que considerei aceitáveis as basófias de Eurico Miranda quanto à queda do Vasco. A balela da volta do respeito, a garantia de que não havia chance de cair, a lenga-lenga do autoexílio na Sibéria. Depois que o desastre acontece, tudo vira alvo de infindável e justa zoação, mas se o cara é presidente do Vasco, não dá para chamar os repórteres e dizer: “Olha, vocês têm razão, nosso time é uma bosta e esse ano a gente não escapa.” Claro que a prática rescende a mofo e arrogância, e seria dispensável se o nosso futebol primasse por profissionalismo e responsabilidade. Diante da CBF que temos, das federações que temos, dos dirigentes que temos, dos gramados que temos, dos estádios interditados que temos, a estratégia não surpreende e, por incrível que pareça, muitas vezes funciona.
Finda a digressão, com o necessário parêntese e a desagradável comparação – juntar no mesmo parágrafo Bandeira de Mello e Eurico Miranda beira a heresia –, voltemos à vaca fria.
Depois de tanta manifestação contrária por parte da torcida, da imprensa e da nossa direção, como extrair dos jogadores motivação para o carioqueta? Calor dos infernos, gramados perigosos, adversários dispostos a disputar contra nós o jogo mais importante de suas vidas. É osso. E nem o surrado argumento dos altos salários convence: o cara sabe que ganha aquele dinheirão todo pelo que é capaz de fazer contra o Palmeiras, o Cruzeiro e o Grêmio, e não pelo que faz contra a Cabofriense, o Tigres e o Resende.
O que nos resta é realizar algumas observações pontuais.
1) Se o nosso sistema defensivo estiver ajeitado, Juan ainda tem lenha pra queimar, embora seja uma temeridade apostar nele para uma temporada inteira. Daí que, ou a garotada sobe mostrando serviço, ou precisamos não de um, mas de dois bons zagueiros. 2) Não vai ser agora, aos 31 anos de idade, que Márcio Araújo vai aprender a passar. E não custa lembrar: nos tempos do CFZ, Zico costumava dizer que o volante tinha que ser o cara com o melhor passe do time. 3) Está certo que o momento é de testes, mas o que passou pela cabeça de Muricy ao escalar Chiquinho na zona pensante do jogo? Se um Márcio Araújo já nos apoquenta, dois ninguém aguenta. 4) Temos nos preocupado muito com a recuperação de Marcelo Cirino, mas há tempos que Everton não vê a cor da bola. 5) Fora isso, é esperar por Mancuello, Cuéllar, Ederson (estarei sendo ingênuo?), Alan Patrick, e acreditar que Willian Arão é mesmo tudo isso que está parecendo ser.
Embora certas coisas não tenham mudado – ontem já tivemos o primeiro pênalti inexistente a favor do Vasco, em São Januário –, o outrora delicioso e hoje combalido Campeonato Carioca começou ainda mais bagunçado do que se previa, superando até aquela suspeita invasão de vestiário em Macaé, no ano passado.
Como o Flamengo estará em campo, não vamos deixar de falar do carioquinha aqui no RP&A. Mas é preciso ser muito trouxa para levar isso a sério.
E essa declaração do Eurico?
“Esses programas de sócio-torcedor do Flamengo e Fluminense existem porque no Brasil não tem Procon e Defesa do Consumidor. Como um clube que não tem estádio pode comercializar um projeto assim? Me engana que eu gosto? Eu não queria abordar isso, mas isso é um engodo.”
Li essa postagem de um jornalista (eu acho) do ge.com:
“Eduardo Peixoto @edu_peixoto há 17 horas e 17 minutos via Twitter
Flamengo informou que Diaz tinha lesão muscular e só jogaria em abril/maio. Ele estreou hoje no Celta – antes de Cuéllar e Mancuello. #gefla”
Não conheço o Cuéllar (espero que seja realmente um bom volante), mas acredito o Diaz ia ser o cara do meio-campo do Flamengo.
Fazer o que? Já foi.
SRN
Corrigindo. Eu disse que vi a notícia no ge.com. Depois tentei acessar este endereço da internet (ge.com) e caí no site da General Electric. Então, não vi a postagem neste site, vi no site do globo esporte mesmo.
Nada como um dia após o outro já dizia o poeta. 2 × 0 com gol de Wallace que antes de finalizar a jogada deixou o Juan na cara do gol, mostrando não ser assim tão cego como muitos insistem em afirmar, no segundo gol uma jogada brilhante do menino Jorge digna de saudoso Júlio César Uri Geller dando um drible desconcertante no lateral do Macaé e cruzando de 3 dedos para finalização do Cirino, Jorge que com 18 anos ja titular da lateral esquerda com um potencial enorme ainda por desenvolver ja esta sendo cornetado pelo apressadinhos de plantao aqui do RPA por essas e outras cornetadas é que queimamos muitos jovens de nossa base como a equipe campeã da copinha de 2011 que não se repita com nossas jovens promessas campeã de 2016 e com o Jorge o mesmo erro. Atire a primeira pedra quem nunca cometeu erros na vida.
Grande Schwarzenegger!
Sempre bom ver você aqui nesse humilde espaço.
Rapaz, eu sugiro a leitura do último post do Arthur (mas tem que ser rápido, porque com o furor que o homem tá publicando, é capaz de o último já ser outro). Ler o que o Arthur escreve sempre vale a pena, mas só o título do post já é suficiente: “Não deixem Macaé subir à cabeça.”
Portanto, devagar com o andor.
Wallace chegou ao Corinthians no começo de 2011 e ficou até o final de 2012. Nunca, jamais, em tempo algum, conseguiu ser titular. Posso estar enganado e não vou checar escalações na internet, mas quando ele chegou a dupla de zaga era formada por Chicão e Leandro Castán. Depois do time levar um monte de gols de cabeça, quase no estilo Flamengo 2015, Paulo André entrou no lugar de Chicão. Após a conquista da Libertadores, Leandro Castán foi vendido e a dupla de zaga passou a ser Chicão e Paulo André. Wallace só era lançado quando alguém estava suspenso ou lesionado, e nunca conseguiu se firmar. Nada contra a pessoa ou o profissional de futebol, pelo contrário: me parece um cara sério, dedicado e que honra a camisa do clube que defende, mas é um zagueiro limitado. Não é zagueiro para time de ponta – que é o que todos nós queremos que o Flamengo seja. O gol e a jogada do gol em Macaé são pequenos demais para mudar isso.
Já no caso do Jorge, a história é outra. E creio que o que alguns comentários aqui no RP&A pedem – inclusive uma resposta minha ao André – é que a gente fique atento a ele. Não podemos queimá-lo (sua preocupação é justíssima, pois já vimos isso acontecer várias vezes no Flamengo), mas também não podemos passar a mão na cabeça em todos os erros e fingir que não há o que evoluir. Um exemplo bobo: em alguns lances de bola parada no nosso ataque, Jorge fica como último homem da sobra pelo lado esquerdo. E ele é tão técnico e tão habilidoso, que muitas vezes aposta tudo nisso e nos faz correr riscos desnecessários. Último homem é último homem, tem mais é que jogar pro mato.
Para ampliar o que estou dizendo, peço a você que leia o post “A lição do Mozer”, que publiquei em 13 de fevereiro de 2015 aqui no RP&A e que trata de um episódio envolvendo nosso estupendo quarto-zagueiro e o treinador Dino Sani. Um puxão de orelhas bem dado não faz mal a ninguém, e pode ajudar bastante.
Grande abraço e vê se não some. SRN. Paz e Amor.
Caro Murtinho, não estou fazendo defesa do Wallace, conheço bem suas limitações técnicas, aliás quem, não as conhece não é mesmo ? E seu argumento de que ele foi reserva no Curintia em tempos passados também não serve como comparativo amigo, senão quantos jogadores fracassaram em muitos clubes e fizeram sucesso em outros concorda ? Vejamos um exemplo recente, aquele botinudo do tal do Jonas, era quase que endeusado por alguns aqui, eu não felizmente, onde Jonas foi parar, graças a Muricy, na Ponte Preta e desejo firmemente que de lá não regresse nunca mais ao Flamengo. Não aceito que o cara seja crucificado sozinho, será que somente ele errou naquele gol do Boavista ? eu me lembro bem o sei la quezinho do jogador do Boavista tinha a bola na ponta direita veio pro bico da grande área voltou pra ponta acompanhado o tempo todo pelo Jorge que parecia arroz de festa, só acompanhava o cara, esse sei la quezinho toca pro outro jogador do Boavista na linha lateral a grande aérea, de costas pra nosso gol e acompanhado por Juan e Márcio Araújo o sei la quezinho do Boavista se vira sem ninguém incomodá-lo e cruza nas costas do Wallace, também, mal colocado e saiu o gol dos caras, só aí temos outros elementos que falharam na jogada, por que só o Wallace deve ser criticado ? E você escreve que não podemos julgá-lo por ter jogado bem uma partida, porém, podemos crucificá-lo por uma falha ? Um peso e duas medidas ? E a partidaça que o cara fez contra o Galo na estréia da Primeira Liga ninguém se lembra, ninguém elogia, só vale porrada ? Todo rubro negro sabe das deficiências do Wallace, todo rubro negro deseja que contratemos um zagueiro de ponta pra, quem sabe, acertarmos a zaga, porém o cara que a diretoria queria esse Henrique que foi pros Flores é tão ruim quanto Wallace, você deve ter visto a gloriosa estreia dele nos Flores contra o Voltaço não ? Será que teremos que aturar outro César Martins, esse um bonde muito pior do que o Wallace, minha opinião. N]ao entendo como uma pequena parte da RRN ontem em Macaé já vaiava o cara com 2,3 minutos de jogo parece coisa pessoal, Wallace não deve ser desses caras que financiam torcedores com dinheiro e ingressos pra jogos, nem tem perfil baladeiro, jogadores assim torcedores do Flamengo adoram.
Quanto a sua colocação, puxão de orelha sempre faz bem, evidentemente, dentro de determinados limites, pode ser pro bem, porém pode ser pro mal. Temos que dar tempo ao Muricy para entrosar o time, ainda haverão muitas mudanças e o desentrosamento será evidente, cobrar agora, quem quer que seja, me parece precipitado e cometeremos injustiças e repito o que dizia sobre o RUBÃO 2015, pra mim, vale pro RUBÃO ou FERJÃO ou EURICÃO 2016, ESTADUAL NÃO VALE NADA, é extensão da PRÉ TEMPORADA, o que vale é COPA DO BRASIL e BRASILEIRO neste ano de 2016.
Tenho várias opiniões divergentes do ANDRÉ, já concordei em muitas também, mais não vejo necessidade de você monitorar ou moderar seus comentários. creio na sinceridade das palavras dele é o jeitão dele e como rubro negro que ele é com seus defeitos e qualidades tenho certeza ser uma cara do bem e olha que já fui xingado pra caraléo por ele…deixa o cara…
Meu caro Schwarzenneger.
Deixa eu me defender aqui.
Você não leu uma linha sequer escrita por mim crucificando o Wallace por causa daquele gol. Pelo contrário: tenho batido na tecla de que devemos usar esses jogos para observar e fazer projeções, mas não para condenar ou enaltecer quem quer que seja. O problema do Wallace não foi o gol do Boavista, é o conjunto da obra. É o punhado de gols de cabeça, por exemplo, que tomamos no ano passado, seja com ele jogando ao lado do Marcelo, seja ao lado do Samir, seja ao lado do César Martins. É a falta de jeito para sair com a bola. A lentidão na cobertura. É tudo isso e mais um pouco. E se a história do Corinthians não permite um diagnóstico preciso, é no mínimo um sintoma.
Não tenho procuração para falar em nome de ninguém, mas creio que o sentimento da torcida também é esse. O tal do site do “forawallace”, que acho um tanto pesado, foi criado bem antes do gol do Boavista – que, repito, não teve importância alguma.
Concordo com você em relação à dificuldade para se contratar um bom zagueiro, sobretudo quando não se tem dinheiro sobrando. Esse monte de argentinos e uruguaios de que andam falando por aí, na boa, sei lá. Tenho minhas dúvidas.
Também discordo do exemplo do Jonas. O cara era endeusado pelo que jogava no Sampaio Corrêa. Aí não rola, certo? Arthur Maia também comia a bola não sei aonde. Jogar em time grande é outro papo, e no Flamengo mais ainda. Foram duas apostas que deram errado como tantas outras, mas enquanto não tivermos grana para pagar 100 milhões de euros pelo Bale (mesmo que nadasse em dinheiro, eu não pagaria a metade, mas acho que foi isso o que o Real Madrid pagou por ele), temos que apostar.
Concordamos irrestritamente quanto à valia (ou melhor, não valia) disso aí em que infelizmente o Campeonato Carioca se transformou. Dá uma dó dos diabos, mas, fazer o quê? E, também, que é preciso dar tempo para o Muricy, embora não apenas para o Muricy: também para o Rodinei, o Cuéllar, o Mancuello. Mas, aqui entre nós, será que o Márcio Araújo ainda precisa de tempo? Merece?
Rapaz, desculpe, mas não entendi a história sobre moderar os comentários do André. Você já deve ter percebido, por um monte de coisas que já foram publicadas aqui, que eu absolutamente não modero comentário algum – dentro do sentido que entendo o verbo “moderar”. O comentário chega, eu subo e pronto. Todos são bem grandinhos e a responsa sobre o comentário é de quem o fez. Mas, beleza: talvez eu não tenha compreendido bem.
Por fim: acho que teremos um ano melhor do que foi 2015, mas, como respondi em um dos comentários do Chacal, acho que os grandes brilhos ainda não virão agora, um pouco pela questão do faz-me-rir (pagar dívidas e ser financeiramente responsável são coisas distantes de ter grana sobrando) e pela ausência do Maracanã.
Mas vamo que vamo.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
Muhlenberg afirmou em seu último post, quanto ao campeonato carioca, que “… os debates que ele suscita além de inconclusivos, repetitivos e paroquiais, ofendem a nossa inteligência…”
Entretanto, creio estar trazendo um fato novo para debate.
O campeonato carioca já vem se arrastando há muito tempo.
Quem pode elogiar um campeonato disputado em campos esburacados e desnivelados, em estádios acanhados e sem os devidos alvarás que atestem a sua segurança, em horários malucos, e por times, na sua grande maioria, compostos por jogadores de medíocre qualidade técnica?
Errou quem disse ninguém.
A TV Globo, a cada intervalo, vem anunciando o jogo do Flamengo contra o Macaé, como se fora uma final de copa do mundo; como se o campeonato carioca fosse a oitava maravilha.
Eu ouso discordar do meu querido Murtinho e, assim, afirmar que o campeonato carioca, que é uma verdadeira merda, somente sobrevive graças à venda dos seus direitos de transmissão à TV Globo. Basta constatar o ridículo público pagante da primeira rodada. No momento em que a TV Globo desistir de transmitir esse arremedo de competição, ele estará pronto para ser enterrado.
E do jeito que essa bagunça vai, qualquer hora a Globo abandona o barco, e o Flamengo abandona o barco, e o Fluminense abandona o barco, e aí eu quero ver quem vai querer comprar banana.
E sem Flamengo e sem televisão, o antigo “mais charmoso” vai acabar se equiparando ao campeonato da 4ª divisão americana, onde, se o álcool permitir, Adriano poderá encerrar sua carreira.
S R N !
Deixo uma pergunta no ar –
Será que a Globo, espontaneamente, com a presença do Flamengo, irá deixar, em algum dia, de transmitir os jogos do Carioqueta (int.).
Sinceramente, a minha resposta é NÃO.
O Campeonato, como quase todos os estaduais, é deficitário, não, no entanto, para a Globo, que continua auferindo lucros, mesmo que eventualmente em queda, com toda a sua estrutura de patrocínios, PFC, etc. e tal.
Isto não impede de se constatar que vivemos um momento vergonhoso, eis que 30.000 em BH e no jogo dos gambás, 18.000 no do Palmeiras, são considerados um verdadeiro SUCESSO, embora seja um total inferior ao público médio da Premier League e da Bundesliga.
Sábado último, no Camp Nou, o público foi simplesmente de 94.996 espectadores, o que se tornou impossível no Brasil, eis que nossos estádios, por uma política comercial imbecil, minguaram.
O excelente jogo de hoje do Leicester, LOTOU o pequeno estádio local, com mais de 32.000 espectadores, ou seja, a lotação máxima.
Para mim, a vergonha brasileira NÃO é do Carioqueta (ou não é somente), mas de toda uma estrutura defasada e superada, em todos os sentidos, inclusive (talvez SOBRETUDO) pela PÉSSIMA qualidade dos jogos (o Brasileirão ainda se salva um pouco).
De qualquer forma, parabéns ao Áureo por ter achado um tema que se me parece válido para debate, quando parecia ser impossível.
Preocupadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Telegraminha pro meu amigo Socialista (este de verdade, existem provas)
Me lembro de ir ver Flamengo x Bonsucesso as 9:00 da noite, quarta ou quinta feira, no Maracana com 45, 60.000 pagantes. Estádio vazio…
Me lembro de ver na segunda rodada do Campeonato Carioca um Flamengo X Vasco com 165.000 pessoas presentes.
Me lembro de ver um America X Atletico BH num sábado a tarde com 30.000 pagantes.
Hoje os caras tem um estádio pra 78.000 pessoas mas colocam 55.000 ingressos a venda, que esgotam rápido. O próprio Engenhao, que tem capacidade pra 60.000 pessoas, so tem autorizada a venda de 40.000 ingressos. A sensação eh de que o estádio esta vazio.
E esse papo de que não tem condição de policiar 80.000 pessoas hoje em dia eh paupo de aranhas, porque como vai me convencer que os caras perderam a capacidade de policiar menos da metade do publico, que hoje eh muito mais civilizado que a 30 anos atras,? Desculpem os defensores da ideologia de que as torcidas organizadas são baderneiras (são, sim!) e afastam o publico (isso não, porque quando o jogo eh bom, ta todo mundo lah, inclusive os baderneiros).
Minha modesta mas perfeita, sem contestação e talentosa opinião eh que os campeonatos anteriormente eram feitos para os clássicos. Tinha um clássico por fim de semana, sempre. E eram dois , três turnos com todo mundo contra todo mundo. Se a gente contar que o Ameriquinha era razoável e que o campeonato tinha 12 clubes no primeiro turno e as vezes caia pra 8 nos segundo e terceiro turnos (versão 1979), era clássico atras de clássico mesmo.
Junte se a tudo isso essa tabela ridícula, com o primeiro clássico sendo jogado sei lah quando, com os 4 grandes NAO se enfrentando sempre no primeiro e no segundo turno, e com 16 clubecos, fica difícil de acompanhar.
E os paulistas que vai tomar bem no meio do cu deles!!! O campeonato inteiro deles tem 6 clássicos na primeira fase (e jah desvalorizados) e que venham os playoffs!!! Também ridículo, porque tem 13 rodadas pra fazer doh nas costas do povo, ninguém em estadio nenhum, e o caso do Corinthians eh canto de cisne, porque foi campeão logo ali, mas quando começar a cair a ficha do time mequetrefe que eles tem agora, o publico cai!!! Quero ver 30.000 na rodada 12 contra o XV de Jau!!!
Em suma, mataram uma das galinhas dos ovos de ouro, modalidade de esporte na qual o Brasil, em especial no futebol, eh campeão Mundial fácil, todo ano!!!
Saudações Rubro Nigérrimas
“Mataram MAIS uma das galinhas dos ovos de ouro”
Pois é, Bill Duba, eu também vivi intensamente essa fase de ouro do futebol carioca. Já disse uma vez, mas vou repetir: eu era tão conhecido no Maracanã, que bebia fiado nos bares lá de cima do anel superior. Estava presente no famoso FlaXFlu de 1963, o maior público do futebol mundial entre clubes, com 194.
continuando (cliquei errado)
com 194.603 torcedores.
Eu creio que as transmissões diretas dos jogos reduz sobremaneira o comparecimento de torcedores aos estádios.
Entretanto, também acredito que poucos se animariam a ir até Macaé para assistir ao “clássico” Macaé X Flamengo, às 10 horas da madrugada, mesmo não sendo transmitida pela televisão.
Enfim, este é um assunto para maiores reflexões.
S R N !
O texto do notável Bill Duba, acompanhado pelos excelenes comentário do Áureo Rocha, é, como ele mesmo afirmou, INCONTESTÁVEL.
O Cariocão, era o ^mais charmoso^, quando era, de fato, cariocão, sem penetras de Macaé, Campos, Bacaxá e adjacências.
Em 1963, na decisão do título, como já escrevi um porrilhão de vezes no Blog, também estava, com a minha mulher (à época namorada) e entramos sem pagar.
Nós e um mundo de gente.
Ela, que nunca gostou de futebol (só foi para me prestigiar), entrou literalmente no meu colo, quando a massa ignara – bem umas trezentas pessoas – que não conseguira ingressos (acredito que alguns deveriam ter, mas não conseguiam entrar) apelou para a ignorância, forçou a barra e fomos lá nós assistir no camarote de uns caras desconhecidos mas que acolheram os companheiros de paixão flamenga.
Certíssima a observação dos clássicos a cada rodada, praticamente, até porque não só o Ameriquinha mas também o Bangu eram considerados GRANDES.
Não havia essa de dois grupos, que só passaram a existir pela impossibilidade de se fazer um campeonato com dois turnos de quinze rodadas.
Naquele fantástico tri de 53/54/55 – o do time de botões do Áureo – tivemos três turnos,
o terceiro só com seis times, ou seja , os seis grandes (houve um ano, não me lembro mais qual, que o Bonsucesso entrou, também não me recordo no lugar de quem).
Eram jogos sensacionais, com rendas espetaculares, sobretudo para o nosso Flamengo, que, mesmo assim, vivia sempre no vermelho, não me perguntem a razão.
Deixaram o leite coalhar, agora não há mais como se fazer um bolo de primeira.
Com o passar dos anos, América e Bangu sumiram, o Vasco, que tinha uma grande torcida, mingou, Fluminense e Botafogo passaram a usar Kombis, enquanto os intrusos do interior (nada contra as respectivas cidades, até porque sempre adorei Petrópolis – do também falecido Serrano – e Friburgo, cujo representante, todos estes anos, foi sempre uma merda) jamais prestarm para coisa alguma, bem ao contrário do que acontece em São Paulo (aliás, já acontecia nos anos 50).
Para resumir – fudeu e não vejo solução
Saudosistas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Aureo, Bill, Carlos.
Esse nosso tempo não tem mais volta.
Assisti aos primeiros 45 minutos da estreia de Paulo Cezar Caju no Flamengo, em 1972, pendurado em um daqueles ferros que ficavam acima do túnel de entrada da arquibancada.
Assisti aos dez primeiros minutos da decisão com o Atlético Mineiro, em 1980, pelo basculhante – pasmem – de um dos banheiros do Maracanã. Minha sorte foi que o gol de Nunes saiu cedo e, na comemoração, consegui me encaixar na arquibancada.
Dá dó quando vejo locutores e repórteres empolgados com o recorde de público no novo estádio do Palmeiras. 40 mil espectadores. Francamente, isso pra mim é plateia de vôlei. Ridículo.
Mas é o que temos.
Abraços.
aureo rocha,meu amigo !
tremenda moral beber fiado no maraca…pena que hj em dia isso não seja mais possivel.
antigamente tinhamos esse tipo de camaradagem.
atualmente isso se torna impossivel por diversos fatores…um deles é que ninguem é de ninguem.
a fila anda e cuidado com quem vem atrás .
adoro seus comentários e espero te ver no dia 27…
SRN !
CONTAGEM REGRESSIVA E PROGRESSIVA
A torcida do Flamengo criou um site pedindo a saída de Wallace, com uma contagem regressiva para o fim do seu contrato. Acho que já existe também um nos mesmos moldes pedindo a saída de Márcio Araújo. Concordo em gênero, número e grau com a torcida. Não vejo a hora dessas duas “pragas” se escafederem do Flamengo.
Mas eu sugiro a esses criativos torcedores, que criem também algumas contagens progressivas. Tipo assim: “Fazem quantos dias que os laterais Rodinei e Jorge não acertam um cruzamento que termine em gol? ”. Outra: “Fazem quantos dias que Everton não acerta um chute a gol ou uma assistência? ”. A data inicial pode ser a do primeiro amistoso da temporada contra o Ceará. E por aí vai.
Mais em: http://www.marcotuliotudo.com
Disse TUDO meu caro MARCO TÚLIO CÍCERO.
Pensei que só EU reparasse nessas coisas…..
SRN
Fala, Marco.
Concordo que Wallace e Márcio Araújo já tiveram algumas temporadas de oportunidades e não convenceram. Vale para o Márcio Araújo o mesmo que escrevi sobre Wallace na resposta ao Schwarzenegger. Profissional sério e dedicado, mas tecnicamente muito fraco. Se queremos – e é óbvio que sim – que o Flamengo seja um time de ponta, não dá pra ter Wallace e Márcio Araújo na escalação.
Também reclamei do Everton no texto do post. Não sei se vem sendo escalado no lugar errado, mas há muito tempo que não joga nada. Entretanto, não me parece um jogador a ser descartado, e sim recuperado.
Discordo em relação ao Jorge e ao Rodinei. O primeiro ainda tem defeitos e precisa de muita orientação tática, mas daí a se criar uma contagem progressiva que lhe acentue as falhas, vai uma distância enorme. O segundo completou contra o Macaé apenas cinco jogos com a camisa do time, e também parece ter qualidades. Não possui tanta técnica, mas é rápido demais e tem boa força ofensiva. Creio que, ali, um pouco de paciência nos fará bem.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
O titulo do post se encaixa perfeitamente na dificuldade (seria preguiça?) que o Mengão tem em regularizar jogadores…a janela para transferencia internacional vigora desde o dia 28 e até agora Mancuello e Cuellar não tem condições de jogo…Quem sabe pro segundo turno do brasileirão eles ja possam atuar?…
Verdade, meu querido Bruxolobo.
Que porra pode haver de tão difícil nisso aí?
Abração. SRN. Paz e Amor.
PS: Conseguirás aparecer na próxima reunião da Confraria? Sei que não é tão simples, mas faz uma força aí, irmão.
Acho que o Wallace tem que ser incluído sim na próxima partida… próxima partida para a China.
SRN
Eu quero ver até quando o JORGE vai ter VAGA CATIVA na lateral esquerda do Flamengo….
Um jogador técnico mas de uma INEFICIÊNCIA À TODA PROVA…..
Não me lembro mais do jogo em que ele teve PARTICIPAÇÃO EFICAZ E CONTUNDENTE numa vitória, num gol marcado que seja….
Isso além da PATENTE INABILIDADE na marcação…..
Acho que o CHIQUINHO teria que ser EFETIVADO naquela posição, até que o JORGE reencontre o bom futebol que o levou a titular….
Com o CHIQUINHO teríamos uma nova AVENIDA LÉO MORTO pela esquerda, mas, pelo menos, teríamos alguma opção EFICAZ nas jogadas de ALA….
Então voltamos àquela piada….TIRA CHOOOOORGE….BOTA CHOOOORGE…..
SRN
Um 352 não acabaria com esse problema ? me pergunto. temos um problema de marcação na nossa zaga . bota 3 zagueiros.. temos problema nas laterais .. joga no 352. e libera os laterais pra fazerem ‘oque sabem de melhor , e sobra 3 jogadores um volante cuellar, 2 meias mancuello mais pra esquerda e alan patrick mais pela direita,, ataque sheik mais recuado guerrero mais a frente. o’que acha ?
Mais continuo preferindo um 442. acho mais seguro e equilibrado..
SRN
Meu caro Amigo Tripa
Venho por meio dessas mal escritas lembrar que por culpa da alta do dólar eu estou na condição de mandar cortar as orelhinhas de nosso técnico, trenero preferido da terra onde Cada um trata de Si, no caso desse filho da puta escalar 3 zagueiros no Mengão.
Se nos não temos 2, imagina 3.
E também gostaria de deixar claro que não sou contra o 352, desde os 3 sejam o Leandro, o Luis Pereira e o Beckenbauer. Caso contrario, orelhas no chão, custam 150 reais e veem numa caixinha cor de rosa, linda e com lacinho amarelo.
Saudações Rubro Nigérrimas
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, concordo totalmente, Bill Duba. Não sou contra o 3-5-2, até gosto do esquema, desde que se tenha as peças corretas para fazê-lo. No caso do Flamengo, isso abriria uma brecha para o tal zagueiro pedido pelo Muricy ser contratado e manter o Wallace no time.
Sai de retro, rsrsrs.
Abraços
SRN
Excelente, Legolas. Muito bem sacado. É melhor não dar chance a esse azar.
Abração.
HUEHUEHUEHEUHEUE, pois é Bill, mas não corta as minhas não. senão eu não ouço seu cavaquinho, que deve ter um som dahora.. ihAIUSHiuahsiuAHSIUahsiuAHSIUASs
SRN
Eu já acho que um 765 resolvia isso aí rapidinho.
Abs
Srn
Meu caro Tripa Seca.
Eu acho que o Bill Duba tem razão. Nosso problema não é de quantidade, e sim de qualidade. Imagine a encrenca que seria se, no ano passado, escalássemos uma zaga com Marcelo, Wallace e César Martins, sob a devida proteção do Márcio Araújo. Tremendo bate-cabeça. Muita gente em campo com enorme capacidade de fazer bobagem. Melhor não.
Abração. SRN. Paz e Amor.
andré,
tbm acho que o muleke tá muito verdinho para assumir a titularidade da lateral mas,vc não acha que o muricy já percebeu isso e colocou o chiquinho ali justamente pra ajudar o garoto(inter)
se for pra escolher um ,eu prefiro o chiquinho.
SRN !
Migo Chacal,
pelo que vi na televisão no 2o. tempo do jogo do Recife, NÃO escalaria o tal de Chiquinho em posição alguma. Levou um passeio do pontinha reserva do reserva do Santinha …
Esclareço, em tempo.
Não vi o jogo contra o Ceará, quando dizem que ele jogou bem.
Pelo que vi – aí incluindo o jogo contra o Boavista, fora de posição – custo a acreditar. Um HORROR !
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Tripla Seca, confesso que sou meio DEVAGAR nesse negócio de escolher esse ou aquele ESQUEMA TÁTICO…
Sou mais de apenas observar o desempenho individual de cada jogador.
Da parte tática pouco sei, mas sei que , time que joga com alas, tem que ter volantes para a cobertura…
No caso do JORGE, acho que ele deixa a desejar (na parte defensiva e pode ser por falta de cobertura) mas quando vai à frente NADA PRODUZ, não tem velocidade, não tem força para proteger uma bola com o corpo, enfim…acho que tem que ser MELHOR PREPARADO….
CHACAL, também prefiro o CHIQUINHO, pelo menos por agora, desde que se coloque alguém para fazer a cobertura dos AVANÇOS DELE.
Se for pra escolher, também prefiro o CHIQUINHO!
SRN
OUTRA deficiência do CHOOOOORGEEEE….
CHUTA MAL PRA CARALEO!
SRN
André, concordo.
Jorge é um jogador bastante técnico, mas a gente sabe que no futebol isso está longe de ser tudo. Anda merecendo um bom puxão de orelha, e não há melhor maneira de puxar a orelha de jogador de futebol do que deixá-lo no banco.
Abração.
murtinho,
eu sou carioca e adoro nosso campeonato rural…apesar dos dirigentes que temos.
se formos ver por esse lado(dirigentes)não tem competição na america latina que valha a pena ver …só tem pilantra nas confederações,ferj,cbf,comenbol.
se fizer uma enquete pra ver qual campeonato tem mais dirigente safado(carioca,brasileiro e libertadores)acho que terminaria empatado a tal pesquisa.
hoje não escapa nem a fifa…é um escandalo atrás do outro.
platini,blatter,e tantos outros ,tudo farinha do mesmo saco.
devemos ficar muito feliz por ter um dirigente sério,eduardo bandeira de mello é um exemplo de administração e seriedade.
falo isso com muita liberdade pq varias vezes o critiquei pelas contratações mal feitas no inicio da gestão.
hoje ele aprendeu com seus erros e deu continuidade aos seus acertos.
tenho certeza que esse ano vai ser um dos melhores anos de nossas vidas torcendo pro flamengo.
SRN !
Meu querido Chacal.
Talvez não tenha deixado claro, mas naquele momento do texto não quis me referir especificamente aos dirigentes cariocas – embora eles abusem. (Por piores que sejam todos os outros, não consigo acreditar que exista algo parecido com Rubens Lopes e Eurico Miranda.)
Foi com o Campeonato Carioca – e também com a seleção brasileira, justiça seja feita – que aprendi a gostar de futebol. Mas como o pessoal diz por aí, a fila anda. Os caras tanto fizeram que aquela competição maravilhosa virou algo totalmente dispensável. Pena.
Não sou tão otimista quanto você em relação ao que vai acontecer em 2016, sobretudo pela ausência do Maracanã, mas a partir de 2017 não dá outra. É nóis.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor. E faça-me o favor: dia 27 lá no Clipper.
apesar de dia 27 ser o aniversário do meu irmão…em primeiro lugar está o flamengo depois de esposa e filhos.
hehehehehehehehehe.
alguem sabe se nossa musa vai(inter)
SRN !
Vou copiar a Cristina.
Excelente texto (como sempre), porém NÃO penso exatamente igual.
A começar pelo excepcional Grande Otelo, no excelente Macunaíma, vibrei com um artigo irrepreensível, até ^vacas frias^.
A minha discordância –
^Depois de tantas manifestações contrárias por parte da torcida, da imprensa e da nossa direção, COMO EXTRAIR DOS JOGADORES M-O-T-I-V-A-Ç-Ã-O PARA O CARIOQUETA (int.)^
Para mim, com toda a SINCERIDADE, uma simples DESCULPA ESFARRAPADA.
A verdade (que não existe, embora insista em afirmar o contrário) é que JOGAMOS MUITO MAL, durante todos os 90 minutos, como já fizéramos nos primeiros 45 de BH.
Fizemos um LINDO gol, mas só tivemos mais duas chances, uma antes e outra depois, sempre em lançamentos preciosos do William Arão, com defesas do goleiro adversário em chutes do Guerrero (cara a cara) e do Marcelo Cirino (com ângulo difícil).
MAIS NADA, RIGOROSAMENTE NADA !
Parece-me muito fácil encontrar uma desculpa bem apropriada (posto que INACEITÁVEL), como a da falta de MOTIVAÇÃO.
Garanto que estes mesmos jogadores – concordando que há muitas ausências sensíveis, como as do Cuellar e do Mancuello, além do não aproveitamente do Ronaldo e do Léo Duarte, este com algumas reservas, mais pelo notória mediocridade do Wallace – vão ganhar do Macaé (teem a obrigação de fazê-lo) e ninguém vai falar de falta de motivação.
Houve, na minha opinião, uma PÉSSIMA exibição, que não se PERMITE de jogadores profissionais, REGIAMENTE PAGOS.
O campo, o calor, etc e tal, afetavam a todos, não apenas aos nossos jogadores.
Além do mais, o Muricy (que fez uma baita bobagem ao inventar Chiquinho no meio) já havia dado entrevistas em que afirmava que era FAVORÁVEL à utilização do time principal, que, além do mais, precisava ganhar entrosamento, o que, da minha parte, ganha total aplauso.
Como a primeira fase é meramente classificatória, mudado que foi o esdrúxulo Regulamento, não se tornam importantes os dois pontos perdidos.
A se considerar, isto sim, a PÉSSIMA exibição, notadamente contra um adversário fraquíssimo, que, mais do que tudo, foi pouquíssimas vezes incomodado.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos.
Por favor, dá uma lida na resposta que escrevi ao comentário do Roger. E junte com a parte sobre dinheiro que coloquei na resposta ao comentário do Legolas.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor. E faça-me o favor: dia 27 lá no Clipper.
Excelente texto(como sempre), penso exatamente igual.
Obrigado, Cristina.
Sempre bom saber que você está por aqui. E melhor ainda saber que está gostando.
Beijo enorme. SRN. Paz e Amor.
Uma coisa: Henrique fazendo lambança na zaga do Flu.
Sou bem mais nosso geriátrico Juan que esse integrante da seleção 7×1. E o cara ainda me ganha 450 mil kg de alcatra por mês, segundo notícias.
Que bom que o Flamengo perdeu a disputa por esse “craque”.
Henrique foi desintegrante da turma do 7×1. No dia do 7×1 era ele que deveria estar no lugar do Tiago Silva, mas estranhamente (assim como a convocação do Ronaldao na Copa de 94 no lugar do Renato Gaucho) o cara não jogou e o Felipao fez duas substituições ao invés de uma.
Saudações Rubro Nigérrimas
By the way, acho ele uma merda!
Pois é, Pedro.
Eu também nunca me empolguei com a possibilidade da vinda do Henrique. Claro: melhor que o Wallace seria, mas pra isso teríamos os sobrinhos e afilhados do Edvan, que viriam por bem menos.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Verdade que o carioqueta não vale nada, mas, se o Flamengo está disputanto, tem que jogar pra ganhar.
SRN
Caro Roger, somos NÓS, torcedores e TIME que agregamos valor ao carioca. Temos que ganhar sim mas sem se iludir com o título (vide Vice da Gama, campeão e rebaixado.
SRN!
Perfeito, Xará. Também tem isso: a perigosa ilusão que o Campeonato Carioca é capaz de causar.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
Meu caro Roger.
Quando escrevi o post, achei que ia levar uns bons sopapos aqui. Até que foram poucos, o que se explica pelo fato de o vagabundíssimo Campeonato Carioca nem pra isso estar prestando.
E se no post eu já previa pancadas, na resposta a seguir creio que elas podem vir ainda mais fortes.
Bora lá.
Rapaz, torcer para o Flamengo transcende. É uma cachoeira de emoções e alegrias, algo que marca nossas vidas e as deixa muito mais bacanas. Isso, ninguém discute.
Só que, às vezes, tenho a sensação de que torcemos para um clube que só existe na nossa imaginação (lá vem porrada, paciência).
Tomemos o período de títulos e glórias do maior time da nossa história, o que esteve em campo de 1978 até 1983, com quatro ou cinco mudanças da primeira temporada até a última.
Pois mesmo aquele time espetacular e empolgante, que conquistou o mundo e se tornou unanimidade, jamais conseguiu levantar, num mesmo ano, todos os títulos que disputou. Em 1978 e 1979, ganhamos o Estadual – mas só o Estadual. Em 1980, quando beliscamos nosso primeiro e inesquecível Brasileirão, o campeão carioca foi o Fluminense. Em 1981, ano da nossa Libertadores, também fomos campeões cariocas, mas o Botafogo nos eliminou nas quartas de finais do Brasileiro. Em 1982 voltamos a ganhar o Brasileirão, mas o carioca ficou com o Vasco. Em 1983 outro Brasileiro, mas com o carioca vencido pelo Fluminense. Ou seja, é estatístico: não dá.
Esse grito de “aqui é Flamengo, porra!” (que identifiquei e critiquei no discurso do Cacau, no post “Falta o anticandidato”) me parece um tremendo papo furado.
Lembro do Andrade com essa mesma conversa no início de 2010, quando se discutia a priorização ou não da Libertadores em detrimento do Campeonato Carioca: não tem essa de priorizar, Flamengo é Flamengo, tem que entrar pra ganhar tudo. Resultado: levamos ferro nas duas competições. Fizemos uma primeira fase de Libertadores tenebrosa (só conseguimos passar adiante devido a uma sofrida vitória sobre o Caracas, no Maracanã, por três a dois, e ainda tivemos que torcer por outros resultados) e perdemos, para o Botafogo, a chance de levantar um inédito tetra carioca. Concordo que, depois do Brasileirão de 2009, aquele time ficou praticamente inadministrável, mas quem garante que o resultado não seria outro se tivéssemos optado pela priorização?
Tirando um pouco o foco do Flamengo: o último time empolgante que tivemos no futebol brasileiro foi o do Santos no primeiro semestre de 2010. Com Neymar, Ganso e Robinho, tinha uma enorme alegria de jogar bola, e por isso ganhava de quatro, cinco, seis, chegou a enfiar dez a zero no tal de Naviraiense, pela Copa do Brasil. Levou o Paulista dando show de bola, ficou com a Copa do Brasil e aí, por causa desse diabo dessa fixação pela Libertadores que tomou conta dos torcedores brasileiros, se achou com o dever cumprido e largou o Brasileirão de mão. Qual foi o problema? Claro: falta de motivação.
É cultural? Sei lá, talvez. É possível mudar isso? Provavelmente. Mas a história nos mostra que é assim que funciona o futebol brasileiro.
Enfim, acho que é mais ou menos por aí. E repito o que creio ter deixado claro no post: se nós, torcedores, estamos pouco ligando para o Campeonato Carioca, fica difícil cobrar empenho e dedicação dos jogadores. Deixa os caras se acertarem, vamos aproveitar para corrigir os muitos erros que ainda precisam ser consertados e tentar nos preparar para o que realmente vale a pena.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
O que me empolga no RPA é constatar que os posts e comentários se completam quando nós – posteiros e comentaristas -, meio, objetivamos o mesmo fim: Tudo pelo FLAMENGO, Nada do FLAMENGO, mesmo com divergências pontuais aki e ali.
Jorge, esse post não carece de acréscimo e acho que é o que sempre disse em relação aos anteriores. Teu impressionante poder de síntese me ajuda – e muito – a aprimorar o meu, que às vezes se perde no delírio. Deve ser a tua prática na publicidade que há muito perdi na poeira do tempo.
Ainda não tenho como ter uma avaliação do trabalho do Muricy e sua autoridade sobre os jogadores. Pouco tempo e condições gerais longe do ideal, embora, me parece, raramente venhamos a ter essas condições e isso também deva ser levado em conta na programação. Mas o papel do torcedor não é ter paciência. Somos 100% emoção e zero de razão e compreensão extra campo. Queremos resultado agora e não em um possível futuro promissor. A insistência com o Márcio Araújo e o Wallace, tendo duas promessas como o Ronaldo e o Léo Duarte, que poderiam/deveriam ter sido testados num momento em que a pressão é mínima – embora já sensível, basta dar uma bisolhada nas redes sociais -, mostra uma certa falta de ousadia que a mim incomoda. Sou apaixonado pelo risco e desprezo a zona de conforto. A vida, em toda e qualquer instância, só evolui e vislumbra o novo através do 1º e se torna um poço estagnado quando o 2º prevalece.
PS-Jorge, meu computador deu pau e na reformatação perdeu uma série de documentos, inclusive o original do livro finalizado. Se vc puder me enviar, te agradeço. Tudo indica que surgiu uma grande oportunidade pra publicação. Tenho que aproveitar a maré e investir na divulgação.
Não sei se vc viu no último post do Arthur o link que coloquei do Face sobre os comentários de um dos capítulos do livro. Caso não, aki vai – https://www.facebook.com/groups/1034872376523729/
Aproveita e manda também teus emails que se perderam no bloqueio do Google.
grande abraço
srnp&a
Muito obrigado, Rasiko. Fico bem feliz, pelo elogio e pela possibilidade da publicação das aventuras do Teco.
Me diz uma coisa: pra qual e-mail você quer que eu mande os originais do Teco? Aquele que você usou continua valendo?
Abração. SRN. Paz e Amor.
Meu lado torcedor acredita que em toda competição que o Flamengo entrar, tem que ser para ganhar. Mas parando para pensar, é isso aí mesmo. É até perigoso colocar o patrimônio do clube (jogadores caros) em jogo em partidas de nível amador como essas. Já pensou o Mancuello se lesionar numa parida dessas contra um Três Coquinhos F.C. da vida, em um campo de terra batida misturado com um pouco de gramado? Toc, toc, toc!!! Nem os reservas deveriam entrar em campo. Deveriam perguntar para os torcedores quem gosta de bater uma bolinha no fim de semana, escolher uns 20 e relacionar para o ferjão 2016 (como bem denominou a Nivinha). No fim, quando formos campeões (sim, com o time formado por torcedores barrigudos), paga-se um churrasco pra galera e tá tudo certo. Eu me candidato.
Abraços.
SRN
Correções (maledito giz):
– “em jogo em partidas” = “em jogo, em partidas”;
– “se lesionar numa parida” = “se lesionar numa partida”;
As vezes num parto o pessoal também se machuca….
Ou em um futevôlei… por coincidência, se não me engano o Kayke se lesionou assim (futevôlei) e hoje vi uma notícia que o filho dele nasceu (não confirmei se realmente era isso, vi a imagem dele com uma criança no colo). Será que agravou a lesão?
Abraços
SRN
Pô, Bill, qualé? Apelou.
Espero que a gente possa discutir isso pessoalmente, no próximo dia 27, lá no Clipper.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
Pois é, Legolas.
Vontade de ver o Flamengo ganhar a gente tem sempre, mas é preciso decidir: ou esse campeonato vale ou não vale. Ou queremos levá-lo a sério ou não. E se não quisermos levá-lo a sério, é difícil exigir que os jogadores queiram.
Além disso, insisto: a história da grana, dos altos salários, do pagamento em dia, etc., na boa, não sei se isso é argumento. Motivação é motivação, é algo meio intangível, e nem tudo na vida se resolve com dinheiro.
Abração. SRN. Paz e Amor.