O Paraná não é lá um defunto que mereça muita vela, mas batucar ou ler umas mal traçadas sobre o jogo não vai arrancar pedaço de ninguém. Foi um domingo rubro-negro sensacional. 60 mil bem vestidos no Maracanã deram show na arquibancada e viram o Flamengo passar por cima do Paraná praticamente sem tomar conhecimento da presença do adversário em campo. Houve quem só percebesse que o Flamengo não estava sozinho no gramado quando no 2º Tempo entrou em campo o querido come-e-dorme Carlos Eduardo, jogador símbolo da maldição de contratar errado da Chapa Azul.
Com esse exemplo exagerado e ficcional até os mais desatentos percebem a extensão do domínio do Flamengo na partida. Que mesmo sem ter nenhuma de suas estrelas em noite exuberante construiu o placar com tranquilidade e método. Como fez contra o Flor, o Flamengo deu pressão nos 45 minutos iniciais, arrumou o seu gol e voltou para a fase complementar disposto a chamar o adversário pro seu campo para provocar um contra-ataque que permitisse a estocada final, o golpe de misericórdia. Foi exatamente o que aconteceu.
O Flamengo continua mostrando consistência e consciência do que está fazendo em campo. Um óbvio sintoma do trabalho do Barbieri, que por mais recente que seja já mostrou uma característica muito forte: escalar sempre os melhores, sem panelagem ou protecionismo. Pode parecer pouca coisa, uma obrigatoriedade lógica da função do treinador, mas há muitos e muitos anos a torcida do Flamengo não assinava embaixo das escalações do time com tamanha convicção e unanimidade. Ponto pro Barbieri, aquele interino que todo mundo respeita.
Ao lado das circunstâncias, a sorte, menina levada e inconstante, também tem ajudado ao estudioso treinador a colocar em campo os melhores. Principalmente na defesa, a cada dia mais sólida sob o inegável comando moral de Diego Alves, há dias e dias sem levar gol. Verdade que bastou que os zagueiros velhos e fora do prazo de validade cedessem seus lugares cativos para Léo Duarte e Thuler para que a vulnerabilidade da defesa, sobretudo pelo alto, se tornasse uma mera lembrança de tempos ruins. Todo o respeito aos veteranos e à suas folhas de serviço prestados, mas os números atuais da defesa confirmam o que quase todo mundo sabia, mas não tinha coragem de dizer: o tempo de Juan e Rever já passou.
Mas a sorte de Barbieri não serve para explicar a fase espetacular de Cuellar, o ex-reserva de Márcio Araújo. A bola que El Fosforito vem jogando está destruindo a cada rodada, em tempos distintos, a boa imagem que dois zés levaram anos para construir, o Ricardo e o Pekermann. A não ser que tenham descoberto um Beckenbauer colombiano para o lugar de Cuellar na selección cafetera, é evidente que o treinador argentino assinou um atestado de burro em 3 vias autenticadas. Azar o dele, Cuellar já renovou contrato com o Mengão é a multa é pesadona.
Quem também vem jogando sempre bem é o Everton Ribeiro, que demorou pra se adaptar, mas que agora é um fator de desequilíbrio, no meio ou na ponta. Paquetá foi substituído pelo Jean Lucas, que não fez feio e segurou a onda. Diego foi quem mais sentiu a falta do Rabiscador e teve que voltar muito pra buscar jogo, coisas do esporte. Quem também vai deixar saudade é o Vizeu, que nos últimos 3 jogos foi decisivo. Sem ele no banco a cobrança sobre Dourado será ainda maior. E correta, afinal, um centroavante de 17 paus que não joga no Florminene não pode viver só de pênalti. É bom começar a ceifar que nem homem porque se não o fizer Lincoln vai atropelar.
Mas a falta que vamos todos sentir demais será a de Vinicius Junior. Inegável sua importância na ascensão do Flamengo de time caro e frouxo para a solidez do líder inconteste do Brasileiro. O moleque é especial mesmo, por isso nada mais natural que o Real o convocasse assim que o contrato e as leis permitissem. Quem já pagou 45 milhões de euros por um jogador do sub-17 sabe do que estamos falando.
Há quem perceba no cumprimento do contrato celebrado entre Vinicius, Flamengo e os espanhóis traços de um mau planejamento atribuído ao Rodrigo Caetano. Uma afirmação discutível se levarmos em conta os direitos de quem está pagando a conta sem chiar. É triste que tenhamos curtido tão pouco a presença de Vinicius Junior em campo, mas antes de Barbieri todos os professores insistiam em só deixa-lo entrar no segundo tempo e com o placar desfavorável. Se alguém merece ser vaiado por isso são eles e não o ex-diretor.
E tem mais uma coisa, Vinicius Junior é cria, raízes e sangue rubro-negro ali são mato, é Flamengo da cabeça à ponta das chuteiras, porém, é um moleque. E não se pode culpar um moleque por querer viver o sonho de jogar no atual céu do futebol. Ele chorou a se despedir da galera no Maracanã, óbvio, mas é óbvio que ele também está amarradão e ansioso pra descobrir o que o destino reservou pra ele. Se Vinicius Juniroestiver sendo bem orientado, e tudo indica que está, já aprendeu que o destino é igual ao dinheiro, não aceita desaforos.
Que Vinicius Junior vá em paz e que arrebente com tudo por lá porque fez muito por merecer. Se por acaso acharem que ele não está pronto pra se unir ao time A dos blancos, beleza, no Flamengo vai sempre ter lugar pra ele. Mas é muito improvável que isso venha a acontecer, não existe mais bobo no futebol. E se por acaso existirem certamente não estão ganhando Liga dos Campeões todo ano.
O Flamengo vai bem, obrigado. A liderança até a volta da Copa está garantida e consolidada. Festa na favela, baile do Jaca, Borel, Borel. A torcida pode dançar até o chão, chão, chão, mas não tem o direito de se iludir. A janela, etapa decisiva do Campeonato Brasileiro, já começou a nos fuder. E nada nos garante que esse será um coito rapidinho. Bola pra frente, segue o líder.
Mengão Sempre
Já que está todo mundo caladinho, vou dar uma opinião: acho que o nosso Diego não faria vergonha naquele meio campo desse time do Brasil. Aliás, o Tite deu a entender que gostaria de ter um jogador com aquele ritmo do Diego (enceradeira ou não) e, pelo menos nesse primeiro jogo, o Diego está coberto de razão em se autovalorizar.
Se tem uma coisa que eu não aguento é ver a cara do Banana de Merda reclamando que o juiz prejudicou o Flamengo depois do jogo.
Esse filadaputa não tem culhão pra encarar a cbf, botar o pau na mesa e fazer valer a autoridade que o Flamengo tem, exigindo que se tome uma providência imediata com relação a esses erros sucessivos, jogo sim, jogo também.
Se é mera incompetência ou puro roubo, não sei e não me interessa. Mas sei que foram 2 pontos contra o Vitória, pelo menos 1 contra a Chapecoense e mais 2 ontem. Ou seja, já podíamos testar nadando de costas.
O que me deixa mais revoltado é constatar como tem idiota que acha que esse verme é O Cara.
Não por acaso, em plena ebulição furiosa, vejo essa entrevista do Wallin pro blog Ser Flamengo.
https://www.youtube.com/watch?v=8Z3J_rovZCk
* estar nadando de costas
Tem muito mais idiotas do que vc imagina achando que o Bandeira de Mello é o cara (dê uma olhada nos comentários das redes sociais). Eu não acho que ele seja o cara mas, como tenho memória, não hesito em afirmar que certamente foi um dos melhores presidentes na história do Flamengo. Honesto, educado, trabalhador, transparente. Seu maior erro foi ser tão apaixonado pelo Flamengo a ponto de defender jogadores fraquíssimos (Muralha, Vaz, etc.) e técnicos cagões (Zé Ricardo) para não depreciar o patrimônio do clube.
Minha opinião é que ele MERECE ver esse time campeão, e entendo que muito do que vemos nesse time em campo hj, jogando um futebol de primeira linha, se deve ao brilhante trabalho feito nas categorias de base do clube, que tb não ganhava nada e revelava jogadores fraquíssimos para o profissional. Hj temos jogadores em todas as seleções de base, e ganhando até mundial em cima do Real Madrid.
O Wallim seria melhor do que ele? Who knows. A única coisa que espero é ver novamente gente honesta e transparente dando continuidade ao legado do Bandeira. Como é bom saber que o Flamengo não é mais berço de cartolas oportunistas e jogadores marginais, como o tal Felipe Mello.
SRN.
Jogamos muito bem mais uma vez, merecíamos vencer, no campo esmagamos mais um. Depois o meu querido Carlos Moraes fica criticando quem fala mal de juiz, pois vou entrar para o rol dos criticados, mais uma vez fomos roubados, pelo menos em 3 minutos. Conclusão: mais um juiz ladrão, tentando atrapalhar nossa trajetória gloriosa (royalties aos poetas românticos).
Não sou de reclamar de árbitro, mas esse de ontem passou do ponto. Mal intencionado, fraco e covarde. Só repudiava os atos rubro-negros. Deixou de expulsar o meliante. E, para sacramentar a desfaçatez, após as expulsões, somente deixou jogar os de casa. Na reposição de jogo, ele encerrou a partida faltando 03 minutos. Quando o adversário estava sem goleiro.
A Diretoria palmeirense adora posar de vítima. É, agora?
Tendo em vista o repetido mimimi de que a tabela para o Fla é facinha e coisa e tal…, ladainha repercutida por alguns e algumas jornalistas, que não param 5 s para analisar antes de dizer o que já foi dito e redito, resolvi examinar os confrontos dos quatro primeiros times da tabela do Brão: Falmengo, Atlético MG, São Paulo e Grêmio.
Considerando que, pelos critérios de tradição, títulos conquistados, rivalidade regional e time atual, os doze principais times do Brasil são: Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Inter, Cruzeiro e Atlético MG, cada um desses doze times terá 11 confrontos difíceis em cada turno.
Assim, verifiquei contra quais desses times considerados mais fortes os quatro primeiros da tabela terão jogado após a 12ª rodada e o resultado foi que Flamengo; Atlético MG; São Paulo e Grêmio terão enfrentado, cada um, 6 dos 11 times fortes supracitados, na 12ª rodada do Brão.
A conclusão vem com uma pergunta: que porra de tabela facinha pro Fla é essa??
Saúde e Sorte
Sobre esse mesmo assunto, tem um bom post do jornalista da ESPN, Mauro Cezar Pereira.
A análise que ele fez é um pouco diferente. Ele considerou todos os times e a pontuação média que eles alcançaram até a décima primeira rodada.
Vale a pena dar uma olhada.
http://www.espn.com.br/blogs/maurocezarpereira/753557_flamengo-pegou-tabela-facil-para-chegar-a-lideranca-veja-calculo-a-partir-do-desempenho-de-cada-time
Sobre as comparações que vêm sendo feitas atualmente entre VJ e Paquetá, sobre quem faria mais falta ao time, gostaria de dar uns pitacos.
Vejo-os como 2 jogadores completamente diferentes e… complementares. São os pilares do Flamengo.
Paquetá é o faz-tudo. Corta bola aérea na defesa, desarma em frente à área e na cobertura aos laterais, faz saída de bola, arma o time, chega bem ao ataque, é perito em bola parada… não duvido que agarre melhor que alguns goleiros que andaram defendendo nossas traves ultimamente. É o jogador que dá consistência ao time, tá em todo lugar do campo, joga muito com e sem a bola e dá fluência ao nosso jogo.
Já VJ é o jogador agudo. É o cara que nunca vai dar passinho de lado. Sua função não é de dar consistência a nada, é de agredir, partir pra dentro, buscar linha de fundo sempre, entrar na área. “Ah, mas erra muito, parece o Neguebinha”, diz o néscio. Sim, o néscio espera que o VJ faça 1 gol por bola recebida. Com 17 anos. Com menos de 6 meses tendo sequência no time titular. Mesmo sendo o artilheiro do time no ano, e só estarmos ainda na Libertadores por causa dele, o néscio acha que ele é o neguebinha. Tem desses.
Pois bem, ele é o cara que, mesmo tomando decisões erradas na maioria dos lances, segura 2, 3 marcadores com ele, abrindo espaço para os meias. Mesmo errando, dificilmente não chega à linha de fundo quando recebe a bola pelo lado do campo, conseguindo ao menos um escanteio ou um cruzamento perigoso.
Mesmo tomando decisões erradas, é o único jogador do time capaz de desmontar a defesa num drible. Um dos poucos do Brasil.
Apesar do físico franzino típico da idade, ganha de jogadores adultos na velocidade e na força física. Imagina depois de 2, 3 anos na Europa, quando ganhar força muscular…
Enfim, Paquetá é o melhor jogador do time, mas VJ é o cara que faz a diferença. Não sei se me fiz compreender.
VJ é o diferente. É o responsável por fazer o Fla deixar de ser aquele time arame liso, sem penetração (com duplo sentido, por favor), sem a tão falada “incisividade” (palavra feia da porra).
VJ é muito mais difícil de substituir que o Paquetá.
E o Paquetá não será o mesmo sem o VJ.
Eu abriria mão dos 15 milhões que faltam em troca do Real deixar o moleque mais um ano aqui.
Tenho 99% de certeza de que isso significaria pelo menos o título Brasileiro, e com sério risco de vir uma Liberta a reboque.
E isso vale bem mais que 15 milhões…
Seria bom para todas as partes.
SRN
Agora está todo mundo vociferando que o Paraná é time pequeno e nas entrelinhas a desconfiança que “não é vantagem nenhuma”. Vencermos, ora porra, num passado recentíssimo o Flamengo cansou de tropeçar nesses timecos aí da vida a ponto de eu achar que o grande problema do Flamengo era dar muita confiança a tais equipes ( motivo até de um crônica do Murtinho com direito a estatística e tudo). No momento em que o time vem esmagando grandes e pequenos, a ponto de eu nem precisar tomar meu Rivotril regado a Teacher doze minutos, ficam aí com desconfiados mimimis. vou ser curto e grosso: ora, vão se ralar nas ostras, agasalhar uma brachola ou enfornar um bom robalo antes que eu me esqueça.
http://colunadoflamengo.com/2018/06/ze-ricardo-enumera-qualidades-de-paqueta-e-rasga-elogios-ao-meia-do-fla/
Destaque para os comentários, hahahaha.
E ainda há quem chore a saída dele até os dias atuais.
E quem chamasse (chama?) de falso flamenguista e botafoguense quem falava tudo isso aí que estão falando nestes comentários.
Tem que rir.
Hahahahahaha
“Teça comentários sobre Cuellar”
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Mas que bando de falsos flamenguistas, criticando o grande professor Zé Ricardo.
Deviam todos ser condenados a receber umas aulainhas de verdadeiro flamenguismo de alguns professores aqui do RPA. Começariam aprendendo a não serem torcedores de PlayStation, que acham que sabem mais de futebol do que o grande mestre Zé Ricardo, que estava lá no dia-a-dia do clube.
Depois, precisariam aprender a valorizar o “trabalho tático” de atletas como Vaz, Horroroújo, Gabriel e Everton, tão enaltecidos pelos verdadeiros flamenguistas deste espaço, grandes ases do conhecimento sobre o velho esporte bretão. Verdadeiras enciclopédias de conhecimento esportivo e rubro-negrismo.
Parece que não viram o maravilhoso trabalho que “o iluminado” fez no nosso pequeno rival.
SRN
FLAMENGO ACIMA DE TUDO E TODOS
Verdade que a escalação está perfeita, porque alguns dos pernas-de-pau que destruíam nossas quartas e domingos impunemente foram vendidos e porque os outros intocáveis foram aos poucos e por diferentes razões dando lugar aos jovens da base, que estão voando.
Mas não é só esse o mérito do Barbiola, digo, Guardieri…
Não me lembro qual foi a última vez que o Flamengo saiu do campo de defesa para o ataque na base do chutão, por exemplo. Se vê tabelas, triangulações, passes rasteiros, jogadores próximos da bola, o tempo inteiro. No ataque, é nítido que os pontas se esforçar para não jogar a bola a esmo na área. Procuram sempre a tabela, os demais jogadores, em vez de correrem pra área pedindo bola aérea, se aproximam para triangulações. Assim saíram os segundos gols contra Flor e Paraná.
O Paraná é mesmo um time fraco, mas o Flamengo cansou de se enrolar contra times piores nos últimos anos.
Enfim, parece que finalmente o Flamengo achou seu rumo.
A perda do VJ é muito triste, especialmente pra quem passou 5 anos vendo Everton pela ponta-esquerda. A diferença é tão brutal que a tabela de classificação não nos deixa mentir. VJ é o artilheiro do time no campeonato e no ano.
Mas me arrisco a dizer que o time está tão redondo que se Flamengo contratar um cara mediano pra posição, dará conta do recado.
Dinheiro não falta. Não pode é errar agora. Já falaram em Love, Walace, Wendel…. Porra, será que o Rodrigo Cai-Tanto ainda tá dando pitaco?
Fla precisa de poucas, mas certeiras contratações.
Inclusive, oferecer um desconto pro Real pra deixar o moleque aqui mais um ano seria um excelente investimento. Chance alta de o retorno ser um Brasileiro e uma Liberta.
Devia-se pensar nisso.
SRN
“A perda do VJ é muito triste, especialmente pra quem passou 5 anos vendo Everton pela ponta-esquerda. A diferença é tão brutal que a tabela de classificação não nos deixa mentir. VJ é o artilheiro do time no campeonato e no ano.”
Meu caro, o que eu já escrevi e falei por aí sobre o povo que quer dizer que nós perdemos um “grande jogador” com a saída do Éverton não está no gibi. Parece até que foi o V.Jr que saiu, não só o Éverton que, para mim, era esforçado e experiente, mas não acrescentava nada que fosse impossível de substituir. Sem falar que, além do Pará, era o último remanescente do famigerado “Bonde da Stella”. Não tinha mais como ficar, já tinha expirado a validade do cara e o Flamengo ainda vendeu muito bem!
SRNs!
Pois é Marcus. A verdade é que nos acostumamos tanto à mediocridade que perdemos em boa parte a capacidade de avaliar os jogadores. Qualquer um que seja “esforçado” (como se não fosse obrigação), tende a ter a simpatia do torcedor médio. Vide a semi-idolatria por Márcio Araújo que uma boa parte da torcida nutria até bem pouco tempo, a ponto de ofender quem o criticava.
Hoje é um reserva caro da Chapecoense.
Everton tem seu valor, que não é 500 pilas mensais, que recebe no São Paulo.
Talvez nem 20% disso, haja vista os resultados pífios que entregou nos últimos 5 anos em que foi titular intocável e não ganhamos rigorosamente nada. Nas verdade, no último título importante que ganhamos, o Everton era jogador do adversário que derrotamos na decisão.
Podia ter se tornado um belo lateral. Talvez até de seleção, dada a escassez da posição, em que Marcelo deve ser titular até a aposentadoria.
Mas algum professor-doutor deve tê-lo convencido de que seria um bom atacante, e ele acreditou. Infelizmente, a futebolísticamente néscia diretoria do Fla também….
Agora, felizmente, é problema do São Paulo.
O VJ, ainda que com atuações inconstantes típicas da idade, serviu pra mostrar à torcida o papel de um ponta de verdade.
Que o legado seja aproveitado.
SRN
O time vem jogando muito bem, há tempos não vemos o Flamengo tão concistente e equilibrado, o Barbieri deve ser efetivado, já provou sua competência.
Acredito que VJ fará falta, mas seria muito mais trágico esse ano perder o Paquetá, é o motor do time, podemos tentar a substituição de VJ com o Marlos, Thiago Santos, Berrio, não é na mesma coisa mas mantém a velocidade.
Só tenho que concordar, em gênero, número e grau.
O adversário, o pobre do Paraná, que subiu e ainda por cima vendeu os seus jogadores um pouquinho mais interessantes, não impunha o menor respeito e, consequentemente, tomou um tremendo vareio, apesar da evidente tranquilidade (assim fica melhor) de nossos principais jogadores.
A destacar, apesar da fragilidade adversária, mais uma exuberante exibição da zaga dos garotos, parecendo mesmo que Thuler e Léo Duarte devem se firmar como titulares, não só dando o justo final à notável carreira do Juan e à do esforçado Rever, como também à do próprio Rhodolfo, esta ainda pendente de dúvidas.
Por outro lado, venho, pondo de lado a modéstia, há muito tempo espinafrando o nosso ex-treinero, o desempregado Zé Burro e o responsável pela seleção colombiana, o Zé Pekerman.
Realmente, barrar o Cuellar pelo Márcio Araújo é coisa demoníaca, suficiente para explicar o porquê do Flamengo ficar, durante os últimos dois anos, cheirando tão somente, sem nada de bom conseguir.
Já os colombianos não vejo amiudadamente, mas, pelo pouco que tenho oportunidade de fazê-lo, não consigo, EM HIPÓTESE ALGUMA, ver futebol no Carlos Sanches, no Aguillar, no Lerma para superar ^El Fosforito^ (vou repetir, até porque desconhecia).
Uma das qualidades que estou começando a ver no nosso técnico Barbieri é a de não ter favoritismos, exatamente o maior, entre muitos, defeito do Zé Burro, e, ao que tudo indica, também o do Pekerman.
Quanto a este, vou dar uma contribuição que recebi do queridíssimo colega Bill Duba, cujas ^cartas^ continuam a fazer muita falta neste RPA.
Pekerman, na Copa do Mundo de 2010, foi o ^gênio^ que conseguiu barrar, na Seleção da Argentina, nada mais nada menos do que o Messi.
Tá tudo nos conformes, eis senão quando.
No mais, amanhã temos uma prova de fogo, contra o time que, apesar de certos tropeços inacreditáveis, como o de domingo, parece-me o mais forte do Brasileirão. pelo menos o nosso mais perigoso adversário.
Vamos que vamos, pois o Palmeiras é TIME GRANDE.
Esperançosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – gostaria de saber, dado o meu notório analfabetismo científico, como seria possível ouvir uma rádio ^you-tubeabana^ onde o nosso insuperável Arthur estaria comentando os jogos do Pyka das Galáxias.
Quem puder, dê uma dica, aqui mesmo neste espaço sagrado dos rubro-negros.
Desde o início do ano, venho dizendo o óbvio: passou da hora do Juan se aposentar e sair por cima. Falhou muito neste ano. Até por respeito à sua carreira, que não fique nem no banco, para não correr o risco de precisar entrar.
Quanto ao Vinicius, que brilhe muito por lá. Gostaria de ver em seu lugar o Pedro Rocha, que foi do Grêmio. Acho que encaixaria muito bem. E segue o líder…
Se o Flamengo ganha do Palmeiras 4ª feira e, na volta, massacra o SP e, com alguma sorte, passa tanto na CB quanto na Libertadores, aí vai ser difícil manter o tão saudável sapatinho na moral. Mas eu juro que vou manter a tenra compostura que a meia idade permite aos que sabem usá-la para o bem maior. Torcer jogo por jogo sem querer levantar odores desnecessários ou descalçar as famigeradas e aposentadas, porém eternas, sandálias da humildade. Algo típico de um Flamenguista consciente, característica que parece ambígua se olharmos a mania de grandeza e oba-oba que nos cerca.
Por enquanto, aguardemos o jogo da 4ª feira. Depois, que nossos invejosos da arco-íris aproveitem para assistir a Copa do Mundo e todos os seus jogos, porque até para seguir o líder, eles terão que esperar. Até meados de julho (e se Deus e São Judas Tadeu quiserem – e o Barbieri e seu time também), quem quiser dar aquela espiada marota na classificação do Campeonato Brasileiro verá lá nada mais do que aquele que lidera não só o certame, mas também a maioria das pesquisas sobre maior e melhor torcida, público, renda, domínio territorial e supremacia em campo sobre nossos carentes e quase-falidos concorrentes.
Saudações Rubro-Negras!
O que mais vem me impressionado no Barbieri é a ousadia.
Quando Lucas Paquetá levou o terceiro amarelo, eu cá me perguntei:
– quem ele vai escalar?
Qualquer veterano “professor” escalaria Willian Arão, um segundo volante tarimbado. Mas, que nada! Barbiere mandou prá campo um moleque de 20 anos, que tem mais características de meia do que de volante, assim como Paquetá.
E quando o jogo estava 2 x 0, já no momento derradeiro da partida, ao invés de colocar o Jonas, um volante defensivo, para segurar o meio de campo e o resultado do jogo, como faria 9 entre 10 treinadores, ele me surpreende armando um time ofensivo com dois pontas atacantes: Vinícius Jr pela esquerda e Marlos Moreno pela direita.
Aqui vou fazer um parêntesis, a fim de explicar o meu entendimento sobre essa questão:
Na época em que comecei a querer descobrir o futebol, o sistema tático usado pelo treinadores era o WM, em que as pontas eram ocupadas por jogadores reconhecidamente ofensivos.
Em 1953, por exemplo, Esquerdinha jogava na ponta esquerda, posição ocupado por Zagalo, a partir do ano seguinte.
Eu entendo que foi com Zagallo (na época com um “l” somente) que o futebol brasileiro conheceu o primeiro ponta esquerda a jogar recuado, para, como terceiro homem, ajudar na armação do meio de campo, num constante movimento de inda e vida, o que lhe valeu o apelido de “Formiguinha”.
O 4-3-3 nasceu no Flamengo com Zagalo, do paraguaio “Dom” Fleitas Solich, ouso afirmar.
A seleção brasileira de 1958 jogava no mesmo esquema do Flamengo, com Zagallo pela ponta, fazendo a função de terceiro homem de meio de campo.
A partir dessa época, o futebol brasileiro abandonou o WM e passou a adotar o 4-3-3, como sistema vencedor, extinguindo de vez um ponta ofensivo.
Até que em 1970, jogando magistralmente sem pontas de origem, já que Jairzinho era centroavante e Tostão nunca havia sido ponta, a seleção brasileira incentivou a criação do futebol sem pontas.
A nossa seleção de 1981, também jogava sem pontas de origem, uma vez que Tita e Lico eram meia atacantes, na época conhecido como “camisa 10”.
Lembro-me dos comentaristas esportivos perguntando:
– Cadê os pontas?
Pois bem, voltando aos dias atuais, Everton jamais teve características de ponteiro ofensivo, como foi dito aqui no RP&A. Muito Longe disso. Sempre exerceu a função de um terceiro homem de meio de campo. Aliás, vou além, em algumas circunstâncias, jogando como um verdadeiro lateral esquerdo.
Barbiere é quem anda inovando, ao armar o time com dois verdadeiros pontas com características de atacantes ofensivos.
E é exatamente a ousadia do Barbieri que vem me surpreendendo, não só nessa questão dos pontas, mas também em muitas outras atitudes, que em outra ocasião comentarei.
S R N !
Obs.: Por uma tremenda coincidência às minhas reminiscências, o filme “Janela Indiscreta”, um clássico de Hitchcock, foi lançado em 1955, ano de nosso segundo tri campeonato. Na foto, James Stewart e Grace Kelly, mais tarde a Rainha de Mônaco.
[…] Reprodução: Arthur Muhlenberg | República Paz & Amor […]
Não vejo nada de desesperador na venda do jogador ainda em formação. O Clube vendeu muitíssimo bem. Na minha avaliação, ele teve algumas ótimas atuações com desempenhos pifios em sua maioria. Paquetá é muito mais importante no atual momento do time. Vida que segue.
De positivo mesmo, e até surpreendente, é a maturidade de nosso treinador. Conseguiu ressuscitar William Arao no que ele tem de melhor- As ultrapassagens pelo setor direito. O time está em ascensão. Bem armado taticamente. Há seis jogos não leva gol.
O certo é que deverá ser renovado parte do elenco, dando preferência à base. Um novo atacante deverá ser adquirido. Vitinho é uma boa opção.
No mais, o treinador terá tempo para melhor armar o time, bem como, a Diretoria para adquirir novos jogadores. Desde que o cego vidente não seja o observador, como foi comum nas últimas aquisições.
Avante, Mengão!
SRN
“Pode parecer pouca coisa, uma obrigatoriedade lógica da função do treinador, mas há muitos e muitos anos a torcida do Flamengo não assinava embaixo das escalações do time com tamanha convicção e unanimidade. Ponto pro Barbieri, aquele interino que todo mundo respeita.”
Também acredito ser esse o sentimento da maioria da torcida. Barrar medalhão pra colocar garotada é especialidade do treinador. Joga quem tem bola, e não aqueles de nome.
Ontem, em um dia que não ocorreu de um jogador se destacar individualmente, tivemos no Barbieri o ponto de desequilíbrio. Mexeu bem e no momento certo. Tirou do Paraná qualquer ilusão de que poderia crescer na partida.
Agora, Palmeiras. Depois, a janela e a paralisação, nossos maiores adversários até aqui nessa temporada.
SRN