Uma semana depois da postagem do passatempo, seguem as soluções. Vale lembrar que a parada é um pouco diferente das palavras cruzadas: aqui, acertar os nomes ou apelidos é somente o primeiro passo, o que importa é achá-los na sopa de letrinhas. As respostas são apenas pistas, para ninguém se atirar às cegas ao diagrama. Portanto: a brincadeira ficou mais fácil, mas continua.
1) Na final do Campeonato Brasileiro de 1980, fez o Maracanã sentir um frio na barriga.
– Embora eu não tenha pensado nisso na hora de montar o diagrama, temos aí uma pegadinha. Das pessoas que tentaram resolver, a maioria cravou o nome de Reinaldo, o grande atacante do Atlético Mineiro que fez três gols nos dois jogos decisivos e, naquele dia, empatou a partida em duas oportunidades. Mas não. A resposta do caça-palavras é MANGUITO. Nosso zagueiro titular, Rondinelli, levou uma cotovelada de Palhinha quatro dias antes, no Mineirão, e fraturou o maxilar. No jogo do Maraca, foi substituído por Manguito. Havíamos entrado nos acréscimos e a torcida já festejava o título, quando Manguito fez um desastroso recuo para Raul, que saiu do gol desesperado, dividiu com o ponta-direita Pedrinho e salvou a nação. Andrade ficou com a sobra e contornou o perigo. O Maracanã gelou; eu, que estava lá, gelei junto.
2) Centroavante de outro planeta, jogou no Flamengo em 1976 e 1977.
– MARCIANO. E o pior é que Marciano era nome, e não apelido.
3) Maravilha na virada da década de sessenta para a de setenta.
– FIO. Irregular, surpreendente, imprevisível, imortalizado pela homenagem que recebeu de Jorge Benjor, ao sacudir a torcida aos 33 minutos do segundo tempo, depois de fazer uma jogada celestial e marcar um golaço em amistoso com o Benfica, no Maracanã. Fio Maravilha / Nós gostamos de você / Fio Maravilha / Faz mais um pra gente ver
4) Maravilha em 1973.
– DADÁ. Fazedor de gols e autor de tiradas divertidas, Dadá Maravilha dizia ser capaz de parar no ar, igual ao beija-flor e ao helicóptero. Ficou pouco mais de um ano no Flamengo, sem repetir o sucesso que tivera no Atlético Mineiro e voltaria a ter no Internacional – em ambos foi campeão brasileiro e artilheiro da competição.
5) Era o diabo. Louro.
– DOVAL. O narrador Waldir Amaral, craque na criação de bordões e apelidos, o chamava de Diabo Louro. Mais tarde, Paulo Nunes também virou Diabo Louro, só que o nome encontrado no caça-palavras é o de Doval.
6) Treinador do Flamengo no histórico “Jogo do Urubu”.
– TIM. Flamengo x Botafogo, 1º de junho de 1969. Famoso por surpreender os adversários com suas armadilhas táticas, nessa partida Tim pôs o volante Liminha marcando Gérson individualmente, o meia Luís Cláudio colado em Paulo Cézar Caju e o lateral-direito Murilo em cima de Jairzinho. Com o timaço do Botafogo tonto, sem entender o que se passava em campo, aos 23 minutos o Flamengo vencia por dois a zero, gols de Arílson e Doval. No segundo tempo, Paulo Cézar Caju diminuiu, cobrando pênalti, e o jogo terminou dois a um.
7) Do time titular campeão brasileiro em 1987, quantos jogadores foram convocados para Copas do Mundo?
– NOVE. Zé Carlos em 1990; Jorginho em 90 e 94; Leandro em 82; Edinho em 78, 82 e 86; Leonardo em 94 e 98; Zico em 78, 82 e 86; Zinho em 94; Renato em 90; Bebeto em 90, 94 e 98. Entre os titulares, apenas Andrade e Aílton não estiveram em pelo menos uma Copa. E o elenco ainda tinha Aldair, que participou das Copas de 90, 94 e 98, só que em 1987 acabara de subir da base e era reserva no Flamengo.
8) Tomou de seis a um no placar agregado, no Campeonato Brasileiro de 2019.
– PALMEIRAS. Três a zero no turno, três a um no returno.
9) Tomou de seis a um no placar agregado, nas semifinais da Libertadores de 2019.
– GRÊMIO. Um a um no primeiro jogo, cinco a zero no segundo.
10) Para o escritor rubro-negro Ruy Castro, foi o autor do gol mais importante entre os tantos marcados na Era Zico.
– RONDINELLI. Segundo Ruy Castro, se Rondinelli não faz aquele gol de cabeça contra o Vasco, em 1978, corria o risco do Flamengo desmantelar o time, que começava a conviver com a fama de amarelar.
11) Sensitivo picareta, seu nome virou apelido de um extraordinário ponta-esquerda.
– URI GELLER. Nascido em Tel Aviv e naturalizado britânico, Uri Geller se dizia dotado de poderes sobrenaturais, o que costumava comprovar entortando colheres em frente às câmeras de televisão, nos anos setenta. Por sua genial capacidade de entortar os laterais adversários, nosso ponta-esquerda Júlio César ganhou o apelido.
12) Deus.
– ZICO.
13) Em algarismos romanos, o ano em que o RP&A entrou em campo.
– MMXV. As primeiras postagens aqui no blog foram feitas em janeiro de 2015.
14) Eto’o não amarrava as chuteiras dele.
– OBINA. Um dos mais bem-humorados cantos da torcida rubro-negra, que começou a ser entoado em 2006, garantia que Ôô / Obina é melhor que Eto’o. O camaronês era, na ocasião, um dos melhores e mais valorizados centroavantes do mundo.
15) Chamado por um idiota de “jogador de condomínio”, engoliu a bola em 2019.
– RODRIGO CAIO. Quem disse a sandice foi Rodrigo Gaspar, quando era assessor da presidência do São Paulo. O que talvez explique por que o time do Morumbi está há onze anos sem levantar um título importante.
16) Sério. Técnico. Eficiente. Uma pena ter ido embora.
– PABLO MARÍ. Desconhecido do torcedor brasileiro, chegou no sapatinho e tomou conta da posição. Tacada precisa do conjunto Jorge Jesus-Diretoria de Futebol. Custou pouco, jogou muito.
17) Eterna gratidão: levou Uribe e Pará, mandou pra gente o Bruno Henrique.
– SANTOS. E ainda há quem diga que não tem mais bobo no futebol.
18) Cidade do título da Libertadores de 1981.
– MONTEVIDÉU. Com a vitória do Flamengo no Rio e do Cobreloa em Santiago, foi disputado um terceiro jogo, em campo neutro. Era um tempo em que havia espaço no calendário para que situações de empates não fossem decididas nos pênaltis.
19) Estádio do título da Libertadores de 2019.
– MONUMENTAL. Pertencente ao Clube Universitario de Deportes, um dos mais tradicionais do Peru, herdou a final da competição devido aos protestos que paralisaram Santiago do Chile, a partir da segunda quinzena de outubro.
20) Técnico que transformou o elenco do Flamengo numa espécie de consulado mineiro.
– NEY FRANCO. A primeira de suas duas passagens pelo clube começou em maio de 2006 e durou até julho de 2007. Nesse período, o Flamengo teve doze jogadores nascidos em Minas ou formados no futebol mineiro. O goleiro Bruno, o lateral-direito Luisinho, os zagueiros Irineu, Moisés e Thiago, os volantes Jaílton, Paulinho, Léo Medeiros e Leandro Salino, os meias Gérson Magrão e Walter Minhoca, o centroavante Diego Silva. Dessa lista, Léo Medeiros, Walter Minhoca e Diego Silva chegaram um pouco antes – embora, possivelmente, já por indicação do treinador – e os outros nove foram levados por ele.
21) Sucesso nas redes sociais, musa do RP&A e da torcida rubro-negra.
– NIVINHA. Faltou dizer que é coautora do livro “Festa na Favela”, mas eu não quis entregar a resposta da questão 29.
22) Primeiro nome do cara que fez o gol de falta mais espetacular de todos os tempos.
– DEJAN. Alguma dúvida quanto a ter sido o mais espetacular de todos? Pela distância e o grau de dificuldade, por ter superado o plástico voo do ótimo goleiro Helton, pela curva que a bola fez e o lugar onde entrou, pelo momento do jogo e por valer um tricampeonato estadual, com a terceira conquista consecutiva em cima do Vasco. Claro: não há quem não saiba que o prenome do Pet é Dejan.
23) Excelente cabeceador, tinha o apelido de Bode Atômico.
– DIONÍSIO. Com pouco mais de 1,70m, subia uma barbaridade. Jogou no Flamengo de 1967 a 1972, e fez uma boa dupla de ataque com o Fio da resposta número 3.
24) Maior lateral-direito que o mundo já viu jogar.
– LEANDRO. Um monstro, e não somente na lateral-direita: também na zaga central, no meio-campo e onde quer que fosse escalado.
25) Entrou no time na 4ª rodada do segundo turno, com o Flamengo em 11º lugar, e ajeitou a meiúca para a arrancada ao título brasileiro de 2009.
– MALDONADO. Apesar de não ser reconhecido como um dos nomes importantes daquele campanha, foi ele quem deu consistência ao time do meio para trás.
26) Volante baiano, valente e folclórico, é recordista de expulsões nos Fla-Flus.
– MERICA. Difícil? Nada: bastam dois cliques no Google.
27) Técnico poliglota, gostava que seus times atacassem by the right, by the middle e by the left.
– JOEL SANTANA. Entrou na brincadeira por causa da antológica entrevista de 2009, quando dirigia a seleção da África do Sul.
28) Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci.
– ADRIANO. Salve o nosso Imperador! E que Deus perdoe as pessoas ruins.
29) Nome do livro que, se você não comprar imediatamente, a praga vai ser forte: Márcio Araújo de volta.
– Tesconjuro, pé-de-pato, mangalô, três veiz. Pra não dar chance ao azar, melhor entrar na Amazon e comprar logo seu exemplar de FESTA NA FAVELA.
As respostas estão aí. Agora é ter paciência para caçar cada uma delas no diagrama. SRN.
tava lendo que o flamengo vai demitr 62 funcionários ….nem equanto estava por cima da carne seca(antes do coronavirus)eles falavam em acertar com as familia das vitimas do incêndio no ninho do urubu.
mas está negociando salários milionarios com o JJ
essa diretoria não entende nada de vidas humanas.
SRN !
Como já havia dito, acertei todas, tal como o Xisto.
A mais difícil, DEJAN, o nome do extraordinário Petkovic.
Curiosamente, no Buteco da Távola, havíamos conversado naqueles exatos dias, a respeito de alguns do temas surgidos no teste, tais como o gol do Rondinelli e a interpretação do Ruy de Castro, Dionísio o Bode Atômico, Doval o Diabo Louro argentino,
Não falamos da terrível falha do Manguito, sendo que, inicialmente, procurei o nome do mineiro Reinaldo, que nos deixou apavorados no Maracanã. Jogou muita bola, como sempre, em sua carreira, enquanto teve condições físicas.
Repita a dose.
Em tempos de prisão domiciliar é uma diversão a mais, entre tão poucas, fora as notícias políticas.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos Moraes.
Acho que uma possível dificuldade na questão do Petkovic seria a de pensar exclusivamente nos muitos golaços do Zico – incluindo, por exemplo, o que ele fez na final da Libertadores, em Montevidéu. (Nesse caso a resposta seria, obviamente, Arthur.) Mas a dramaticidade e a plástica do gol do Pet em 2001 são inigualáveis.
A falha do Manguito é inesquecível. Como dizia meu pai, naqueles breves segundos “não passava nem agulha azeitada”.
Vamos ver se há outras brincadeiras nessa linha que eu consiga montar, pra gente se distrair.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Foi você que montou esse emaranhado esquizofrênico? Tá usando máscara na cabeça? 🙂
Jorge, você tem a lista dos 50 maiores ídolos do Flamengo publicada no Globo? Como não tenho assinatura, não tenho acesso. Tô curioso em saber as posições do Leandro e do Adílio.
abraço, srn p&a
Putz! E foi-se o Aldir Blanc. Vai ver, esperto é ele. E nós aqui com as opções de sertanojos, anitas, funks pornôs e afins. Ou seja, sem opções. Não tenho jeito pra deprê, mas que tá ficando osso, tá.
A filha dele, Isabel, sem recursos pra manter o pai internado, teve que pedir doações pra fazer a transferência e o tratamento dele. Enquanto isso esses sertanojos ganham milhões em cima de milhões. Que nojo!
Acabei de postar um texto lá no blog.
E encerro usando, exatamente, a mesma expressão que você. Tá osso.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Fala, Rasiko.
Acho que a lista do Globo tem trinta nomes, e não cinquenta.
Leandro em terceiro, atrás do Zico e do Júnior. Adílio em sétimo, atrás do Zico, do Júnior, do Leandro, do Dida, do Gabigol e do Zizinho.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
PS: Quanto ao emaranhado esquizofrênico, tem uma manha aí, depois te conto no sapatinho. Que nem você me contou o nome do paraíso.
só me preocupei em achar a nivinha…..
por falar nisso,por onde anda a nossa MUSA?
SRN !
PS- #volta nivinha
Acertei, mas por eliminação. Achei o nome acidentalmente, procurando outros, o nome me pareceu familiar, fui ver a escalação de 1980 lá estava o cara, fiz o diagnóstico diferencial com o Merica que encontrei a informação doo número de expulsões nos flaflus, parece que foram duas em três jogo. Além de tudo o Manguito não se encaixava em nenhuma das outras dicas, aí foi fácil.
Murtinho, como já disse colei o tempo todo, mas valeu a revisão, acertei tudo, inclusive achando no diagrama o nome correspondente, fiquei com algumas dúvidas, Deus, o Rondinelli também teve seu momento de deus, Deus da raça. Mas acabei ficando com a opção mais óbvia e certeira.
Grande Xisto!
Quando se trata de Flamengo, somos todos monoteístas. Inclusive os incréus.
Além disso, Rondinelli já tá na resposta à questão número 10. Aliás, tremendo vacilo meu: a número 10 é que tinha de ser a do Zico, né?
Uma curiosidade: você acertou o Manguito?
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Acertei, mas por eliminação. Achei o nome acidentalmente, procurando outros, o nome me pareceu familiar, fui ver a escalação de 1980 lá estava o cara, fiz o diagnóstico diferencial com o Merica que encontrei a informação doo número de expulsões nos flaflus, parece que foram duas em três jogo. Além de tudo o Manguito não se encaixava em nenhuma das outras dicas, aí foi fácil.