Mundial Interclubes, semifinal em jogo único.
O segundo semestre de 2019 nos apresentou um time como há muito não víamos no futebol brasileiro. Agressivo, ousado, vibrante, rápido, contundente. Essa foi a imagem mais marcante, porém há outros flamengos entrando em campo e nos levando a vitórias.
Um deles é paciente e harmonioso, com maturidade suficiente para reduzir os riscos em partidas que não se apresentam ao nosso jeito e se revelam embaçadas, conforme aconteceu contra o River Plate e o Al Hilal.
Tanto em um caso como no outro, houve nervosismo e afoiteza, compreensíveis devido às quase quatro décadas de espera e às elevadas expectativas de quarenta milhões de torcedores. Por mais qualidade que se tenha, é impossível não acusar o golpe. Tanto em um caso como no outro, não conseguimos fazer o jogo de imposição alcançado contra os rivais brasileiros, fomos castigados com menos de 20 minutos e tivemos que repensar a estratégia.
Jorge Jesus não tem medo de correr riscos, e nisso está um de seus méritos mais louváveis. No entanto, há que se distinguir: medo é uma coisa, precaução é outra. Se levamos um gol cedo, temos tempo de correr atrás do resultado; se tomamos o segundo, um abraço. Daí que as partidas contra River e Al Hilal exigiram a presença desse outro Flamengo, com a mesma intensidade capaz de esgotar os adversários mas sem a pressão que, embora empolgante e eficiente, nos expõe.
A competência para dar a volta por cima em momentos difíceis – e existem poucos momentos mais difíceis no universo da bola do que uma final de Libertadores que segue perdida até os 43 do segundo tempo – é reflexo de consciência e confiança, por parte de quem sabe a força que tem e preserva a crença em sua capacidade para encontrar soluções.
Apesar da diferença na qualidade técnica e na tradição dos dois, as viradas sobre o River Plate e o Al Hilal tiveram inúmeras semelhanças, sendo a principal delas a do jeito de atuar. Persistência, imperturbalidade, certeza de que o outro lado seria incapaz de manter a batida perfeita até o fim, convicção de que nossos atacantes carregam o dom de definir o jogo em uma jogada.
O primeiro tempo com o Al Hilal foi tão fraco quanto o primeiro tempo contra o River. Em ambos, merece destaque a postura de Jorge Jesus, pelo menos na maneira como as informações chegaram até nós.
No intervalo da inesquecível decisão em Lima, ele pediu que se corrigisse uma coisinha aqui, outra ali, e que acima de tudo se buscasse a intensidade, pois seria impossível ao River Plate manter o nível de marcação, concentração e erro zero. Não há melhor exemplo de acerto na previsão do que a falha tosca de Pinola no segundo gol de Gabriel. Fosse no primeiro tempo, provavelmente aquele gol não teria saído.
No intervalo contra o Al Hilal, o conhecimento da concorrência trazia segurança parecida, ampliada pela inferioridade técnica. Em condições normais de temperatura e pressão, não há chance de um adversário menos qualificado enfrentar nossos homens de frente se não estiverem 100% fisicamente e focados. Do jeito que se corre e marca no futebol atual, pouquíssimos são os times que conseguem chegar aos 25 ou 30 do segundo tempo mantendo esse padrão. (Contra o River, os gols da virada saíram aos 43 e 46; contra o Al Hilal, os da vitória vieram aos 32 e 36.)
Cansei de ver algo assim no grande Flamengo do primeiro título brasileiro, da primeira Libertadores. O início da partida era truncado, pegado, chato. Um botinudo colado no Zico, outro no Adílio, um pontinha pequenino e ligeiro importunando a vida de Júnior, e os gatos-mestres de arquibancada começavam a miar: é, os caras não são bobos não; é, hoje a parada vai ser dura; é, não sei não, tá complicado. No segundo tempo, com os botinudos botando a língua de fora – marcar é bem mais cansativo do que criar – e o pontinha posto no bolso por Júnior, a coisa fluía. Dois a zero, três a zero. As pessoas costumam esquecer que futebol tem noventa minutos.
De todo modo, as dificuldades encontradas contra o River Plate e o Al Hilal escancaram a mediocridade tática que domina o futebol brasileiro. Não se trata de complexo de vira-latas e nem de uma inglória comparação com as mais fortes e organizadas ligas do futebol europeu. É, apenas, uma verdade inconveniente. Em 2019, alguns dos nossos grandes clubes foram eliminados, em competições continentais, por gente com poder de fogo muito menor. São Paulo pelo Talleres, Corinthians pelo Independiente del Valle, Atlético Mineiro pelo Colón. O atropelo a que o Flamengo submeteu os rivais nacionais, tanto no Brasileiro quanto na Libertadores, não se repetiu nesses dois jogos com times de fora.
Acabo de escrever esse post no exato instante em que termina a outra semifinal do Mundial Interclubes, com o Liverpool fazendo o gol da vitória sobre o Monterrey no último minuto.
Sábado, o Liverpool briga para ter o mundo pela primeira vez. O Flamengo, para ter o mundo de novo.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 6 minutos, escanteio na esquerda do ataque do Al Hilal, Gabriel e Arrascaeta bobearam na marcação, Carrillo bateu rápido e rasteiro para Giovinco dentro da área. Giovinco chutou, Rafinha salvou para novo escanteio.
Aos 14, jogada entre Filipe Luís, Arrascaeta e Bruno Henrique, Filipe Luís chegou à linha de fundo e cruzou, Jang Hyun-Soo cortou para escanteio. Arrascaeta cobrou, o goleiro Al Muaiouf tirou de soco para a frente da área e Gerson pegou de primeira, tentando encobrir o goleiro. A bola passou perto da trave esquerda.
Aos 15, o zagueiro Al Bulayhi dominou em seu campo e partiu. Passou por Gerson, Everton Ribeiro e Willian Arão, adiantou para Giovinco e daí um leve toque a Al Dawsari, que se livrou de Rodrigo Caio e ficou cara a cara com Diego Alves. O goleiro saiu muito bem, fechando o ângulo, e fez ótima defesa. No rebote, sem a posição ideal para o chute, Gomis isolou.
Aos 17, o sistema defensivo do Flamengo ficou vendo o Al Hilal jogar. Cuéllar virou bem a Al Burayk na direita, ele empurrou a Carrillo e daí a Giovinco perto da meia-lua. Com espaço e tempo para pensar, Giovinco escolheu Al Burayk na direita. Cabeça erguida, Al Burayk cruzou de primeira, rasteiro, para Al Dawsari no meio da área. Ele chutou, Pablo Marí desviou e Diego Alves ainda tocou na bola, que morreu no canto direito. Um a zero.
Aos 29, Arrascaeta recebeu de Willian Arão um pouco além do círculo central, girou rápido e lançou rasteiro, na medida, para Bruno Henrique, nas costas de Al Burayk. Bruno Henrique invadiu a área pela esquerda e, na hora do complemento, Al Burayk conseguiu se recuperar, se atirando na bola para mandá-la a escanteio.
Aos 48, Filipe Luís sofreu falta na esquerda. Arrascaeta cobrou, levantando por trás da zaga, e Bruno Henrique, livre, cabeceou fraco, nas mãos de Al Muaiouf.
2º tempo:
Aos 2 minutos, Everton Ribeiro ligou o contra-ataque com Rafinha, que disparou sem perceber Bruno Henrique entrando em velocidade, livre, pelo lado esquerdo. Rafinha preferiu Gabriel na direita. Ele devolveu a Rafinha, recebeu na frente, chegou à linha de fundo e buscou Bruno Henrique na pequena área. Al Muaiouf interceptou o cruzamento, defendendo firme.
Aos 3, ótima jogada de pé em pé, começando lá na zaga, no melhor estilo do atual Flamengo. Filipe Luís, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Rafinha, Rodrigo Caio, Willian Arão, Pablo Marí, Gerson, que se livrou de Cuéllar e tocou novamente a Rodrigo Caio, daí a Rafinha mais à frente. Rafinha empurrou a Gabriel no meio, e Gabriel enfiou ótima bola para Bruno Henrique entre os zagueiros centrais, dentro da área. Parecendo que ia chutar cruzado, Bruno Henrique apenas tirou do goleiro, rolando para Arrascaeta, na marca do pênalti e com o gol vazio. Um a um.
Aos 5, Willian Arão ganhou uma disputa de bola no alto, no meio-campo, Gerson recolheu a sobra e fez bom lançamento longo a Gabriel, na direita. Ele arrancou, foi à linha de fundo e, com Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Arrascaeta chegando para a conclusão, tentou Everton Ribeiro. Cuéllar se atirou na bola e fez o corte.
Aos 9, Pablo Marí errou a saída de bola e Al Burayk ganhou no alto de Filipe Luís. Carrillo, Giovinco, Gomis e Al Dawsari trocaram passes rápidos, a jogada ficou confusa, houve um bate-rebate na entrada da área e o último toque, de Rodrigo Caio, acabou servindo Carrillo, um pouco antes da meia-lua. Ele chutou forte, por cima do travessão.
Aos 22, o goleiro Al Muaiouf deu um chutão para a frente, Rodrigo Caio tirou de cabeça, a segunda bola ficou com Carlos Eduardo, que tocou a Giovinco. Ele arrancou e, a três passos da área, foi derrubado por Gerson. Depois de muita catimba na arrumação da barreira, Giovinco bateu mal, à direita de Diego Alves.
Aos 30, excelente jogada de Rafinha. Recebeu de Rodrigo Caio ainda no campo rubro-negro, acelerou, ganhou na corrida de Al Dawsari, carregou para o meio em velocidade e tocou a Gabriel, que não conseguiu dominar. A bola sobrou para Bruno Henrique, que empurrou para Arrascaeta dentro da área, na meia-esquerda. Ele tentou Gabriel no meio, mas pegou mal na bola e praticamente recuou para o goleiro Al Muaiouf.
Aos 32, mais uma jogada construída com bola no chão, paciência e objetividade. Al Burayk evitou uma tentativa de Gabriel pela meia-esquerda dando um chutão para o meio-campo. Rodrigo Caio fez ótimo corte, antecipando-se a Gomis e tocando de primeira para Willian Arão, daí a Pablo Marí, a Filipe Luís, a Rodrigo Caio e a Diego – que, da mesma forma que acontecera contra o River, entrou muito bem na partida. Diego acelerou, enxergou Rafinha escapando pela direita e abriu um bolão. O cruzamento de Rafinha foi perfeito, quase na risca da pequena área, entre os zagueiros Jang Hyun-Soo e Al Bulayhi, para a entrada em velocidade de Bruno Henrique. Ele testou firme, no canto esquerdo. Dois a um.
Aos 36, Rafinha recebeu de Rodrigo Caio e tentou Gabriel, pelo alto, na entrada da área. Al Bulayhi tirou de cabeça presenteando Arrascaeta, que matou no peito com a costumeira elegância e tocou a Diego. Ele dominou, esperou o momento certo e empurrou para Bruno Henrique, nas costas de Al Burayk. Bruno Henrique chegou à linha de fundo e cruzou para Gabriel na pequena área. A bola passou pelo goleiro Al Muaiouf e, no desespero, Al Bulayhi bateu na bola do jeito que dava e ela entrou no canto direito. Gol contra, três a um.
Aos 42, Rodrigo Caio cortou mal o cruzamento de Omar Khrbin e a sobra ficou com Al Abid. Ele avançou, preparando o chute, e foi derrubado por Diego. Omar Khrbin bateu a falta, Diego Alves saltou de um jeito esquisito mas conseguiu espalmar.
Aos 44, bola bem enfiada por Al Shahrani nas costas de Willian Arão. Carlos Eduardo invadiu a área, ficou meio sem ângulo e, na saída de Diego Alves, tocou cruzado. Diego Alves conseguiu salvar, com o pé esquerdo, para escanteio.
Ficha do jogo.
Flamengo 3 x 1 Al Hilal.
Estádio Internacional Khalifa (Doha, Catar).
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão; Everton Ribeiro, Gerson (Diego) e Arrascaeta (Piris da Motta); Gabriel e Bruno Henrique (Vitinho). Técnico: Jorge Jesus.
Al Hilal: Al Muaiouf; Al Burayk, Jang Hyun-Soo, Al Bulayhi e Al Shahrani; Cuéllar e Carlos Eduardo; Carrillo, Giovinco (Omar Khrbin) e Al Dawsari (Al Abid); Gomis (Otayf). Técnico: Razvan Lucescu.
Gols: Al Dawsari aos 17’ do 1º tempo; Arrascaeta aos 3’, Bruno Henrique aos 32’ e Al Bulayhi (contra) aos 36’ do 2º.
Cartões amarelos: Pablo Marí, Diego e Bruno Henrique; Al Bulayhi, Giovinco e Al Dawsari. Cartão vermelho: Carrillo aos 37’ do 2º tempo.
Trio de arbitragem norte-americano. Juiz: Ismail Elfath. Bandeirinhas: Kyle Atkins e Parker Corey.
Renda não divulgada. Público: 21.588.
O idioma alemão tem diferentes modalidades para o nome JORGE.
Uma delas é JURGEN.
Logo, o nosso JORGE Murtinho está com tudo e não está prosa.
JORGE Jesus de um lado e JURGEN Klopp de outro.
Parabéns ao xará do futuro campeão, restando saber se em português ou em alemão.
Depois de tamanha baboseira, deixo para comentar AS semifinais para mais tarde.
Não vou atrapalhar tanta cultura inútil.
Jorgescas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos Moraes.
Trata-se, portanto, de um caso clássico de Salve Jorges. Sem falar que o Sampaoli também é xará.
Abração. SRN. Paz & Amor.
acho que se o flamengo for campeão,o jorge jesus vai meter o pé do brasil…..
o cara não trouxe a familia para morar com ele e sempre que perguntado se fica pro próximo ano,não diz que sim e nem não.
sabe que o titulo vai elevar sua carreira pra OTO PATAMAR(creditos para o bruno henrique) e ai faz todo sentido o argentino não ter acertado com ninguem até o momento.
pra mim se o português não quiser prolongar o contrato até o final do ano,mengão acerta com o sampaoli.
SRN !
Pois é, isso é mesmo um problema, e aí vai depender do tamanho da ambição do Mister.
Quanto ao Sampaoli, o cara continua voando por aí. Só que, ao que parece, o cara tem um padrão de exigências que supera a maior de todas as megalomanias. Difícil.
Abração. SRN. Paz & Amor.
eu falei aqui nesse espaço que o flamengo seria campeão do mundial e só não sabia se o vice seria o liverpool…
pois agora sei que o destino colocou os ingleses pra dançar de novo.
o mengão vai ser bi-campeão mundial !!!
SRN !
Deus te ouça, Chacal! Deus te ouça!
Abração. SRN. Paz & Amor.
Pra mim já deu. Haja o que houver, tô batendo palma e comemorando.
O Mister é o melhor treinador que o Flamengo já teve, em todos os sentidos.
Isso sim é um homão da porra, grandioso, nobre.
Não é à toa nem por acaso que chegou onde chegou em menos de 6 meses.
Não é só trabalho, dormir apenas 4 horas por noite vivendo futebol até em seus sonhos, sendo os sonhos o reflexo do inconsciente, daquilo que a mente lógica não percebe, que está lá, no arquivo vivo, pronto pra ser usado, mas principalmente uma personalidade sincera e espontânea, um caráter comovente.
Esse time que ele conseguiu dar cara e coração está marcado na história.
Ele tirou o melhor dos jogadores como atletas e como homens.
Por isso o Marí declarou que o Mister tinha mudado sua vida e até o Diego não só recuperou seu melhor futebol como abandonou de vez seus discursos mídia-training, falando com a voz da emoção.
Pelo que vi hoje do Liverpool, sábado é jogo de cachorro grande e não vejo favoritismo pra lado nenhum, mas se o Flamengo jogar à Flamengo desde o início até o fim, teremos o mundo de novo.
A confiança é grande, mas, se não vier – no futebol o imponderável sempre entra em campo -, nada vai apagar o que já foi feito.
srn p&a
Excelente, Rasiko.
Eu acho que o Liverpool é favorito, mas certamente não na proporção em que eles mesmos acreditam que sejam.
Pra nós, o jogo deve ser dificílimo, como já tivemos vários na temporada. Da mesma forma que, na versão inversamente proporcional, eles pegaram algumas molezas que francamente. Vi um pedaço da partida com o Watford no sábado passado – dois a zero, dois gols de Salah – e fiquei assustado com a ruindade do adversário. Então, devagar com o andor.
Mas o mais importante do seu comentário está na frase “haja o que houver,tô batendo palma e comemorando”. É assim que todo rubro-negro deve se sentir, independentemente do resultado da final do Mundial Interclubes.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Grande Murtinho, suas análises pós jogos são de sobriedade sem tamanho, como é bom ter isso pra acalmar os nervos.rsrs.
Acredito e torço muito pra que sábado às variedades desse nosso Flamengo seja as que saiba ter paciência mas que tenha a intensidade para matar os Liverpool logo de cara, pois o setor defensivo deles não passa a segurança de um time com meias e atacantes muito acima da média, apesar que esse Alisson é foda , vai dar trabalho , espero que falhe uma , hehehe.
Agora, os cara são rápidos na frente, temos que ter todo cuidado possível e impossível.
No mais , temos sim um.time que pode bater de frente com eles, é ter fé e acreditar , pensamento forte e raça, concentração total.
Jesus saberá transformar tudo que passamos esse ano , mastigar na cabeça dos jogadores as situações e assim com.o talento de nossa equipe vamos pra glória eternizar mas estrelas cada um que estiver em campo.
Que o Flamengo de sábado seja o melhor Flamengo de todos os tempos e possamos guardar na alma essa época jornada que vai ser concretizada no sábado , com um final feliz pra nós flamenguistas.
Como é maravilhoso ser flamenguista e passar por essa experiência magnífica que estamos vivendo , sabendo que tem uma nação amando e seguindo religiosamente o Flamengo assim como o Murtinho e eu.
Foi mal pelos erros de portuga , não sou escritor como você Murtinho que estar em outro patamar..
* Épica jornada.
* Nas estrelas
Foras as pontuações ,rsrsrs.
Ora, ora, ora.
Quem está em outro patamar é o Flamengo. Nós aqui estamos juntos.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, Alessandro.
Então, rapaz, nas vezes em que vi esse timaço do Liverpool jogar, achei que um dos poucos defeitos dele era, justamente, a ausência de meias. E eu sou fã de armadores, sempre fui.
Claro: o Liverpool compensa, com um trio atacante infernal e entrosadíssimo, além de dois laterais talentosos e de enorme eficiência. São eles que, além da inteligência tática dos grandes laterais europeus, suprem a ausência de um meio-campista organizador, que o Liverpool não tem e nem faz questão de ter.
Não existe time perfeito. Não há o que não perde nunca. Apesar da distância na organização, no planejamento e na capacidade financeira, é possível que o Flamengo tenha algumas armas para surpreender o grande time dirigido por Klopp. Pode ser que eu me engane, mas tô achando que vai ser um jogão.
E a gente já aprendeu que, quando um jogo é jogão, qualquer um dos dois pode ganhar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Salve, Murtinho!
Lembro com muito prazer do dia em que, no início dessa nova Era Flamengo, você nos escreveu que, caso o coração aguentasse, veríamos os títulos da Libertadores e do Brasileiro.
Olha onde a gente chegou!
Confesso que sinto um pouco de pena dos demais torcedores que nunca terão a oportunidade de viver o que estamos vivendo – que coisa linda! Que time é esse?! Que torcida é essa???!
Parabéns para o nosso Flamengo!
Parabéns para você, Mestre!
Só falta um jogo, campeão.
Obrigado, Murtinho!
Vaaaaai, Flamengoooo!
SRN
Fala, Marco.
Obrigado pela moral de sempre, mas não tenho nada de mestre não.
Aliás, essa coisa de mestre em futebol é complicada. Um dia eu vi uma definição do Marcelo Barreto, do SporTV, que gostei muito. Ele disse que entender de futebol é algo discutível. Segundo o Barreto, futebol a gente acompanha mais ou acompanha menos, mas entender mesmo, pra valer, ninguém entende. E por isso é tão bacana.
Penso mais ou menos por aí.
Só falta um jogo. E, independentemente do resultado contra o Liverpool, 2019 ficou muito acima do que qualquer um de nós podia esperar. Os parabéns são para todos nós.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Boa Murtinho!
Vc viu a entrevista do Abéu na apresentação no Vice? Pra mim, é o retrato fiel do que se tornou o futebol brasileiro. Vive do passado, há muito tempo não faz nada que preste e ainda assim mantém a empáfia típica dos incapazes.
Graças a Deus (e Jesus) o Flamengo tá aí pra mostrar o caminho da salvação!
SRN
Fala, Marcos.
Confesso que não vi. Tomei conhecimento de alguns trechos (comparação com o número de títulos do Sampaoli, por exemplo), todos lamentáveis. Mas não chega a ser surpresa: é a cara do futebol brasileiro.
Não é à toa que o Inter acertou com treinador de fora, o Santos quer treinador de fora, o Atlético Mineiro também. A ficha começou a cair.
Abração. SRN. Paz & Amor.