República Paz & Amor

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O som que vem das ruas

Por | 30 de setembro de 2019
8 Comments
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    Rasiko 5 anos ago Responder

    O Renato Gaúcho deve ter ido pra casa sem qualquer dúvida de quem joga o melhor futebol do Brasil. O Flamengo amassou o Grêmio no 1º tempo e não deixou que o adversário jogasse; no 2º tempo houve mais equilíbrio, com o Grêmio ameaçando duas vezes com defesas espetaculares do Diego Alves. A defesa falhou clamorosamente não cobrindo o espaço do Filipe Luís que tinha se machucado no campo de ataque e não houve ninguém pra isolar a bola ou parar a jogada com falta. Além de Marí e Rodrigo Caio terem o minúsculo Pepê entrar sozinho e concluir o passe do Cebolinha, no único lance que levou perigo junto com a finalização que terminou com a defesaça do DAlves. Com exceção desses 2 lances, o jogador mais perigoso foi engolido pelo brilhante esquema do JJ.

    O pior jogador do Flamengo foi o Gabriel. O gol do Éverton Ribeiro foi anulado porque ele, Gabriel, fez uma falta estúpida, absurda e inconsequente no zagueiro do Grémio fora da jogada e sem nenhum propósito, já que não estava participando do lance. Quando fez o gol, que também foi anulado, já deveria saber a essas alturas que atacante só se movimenta em direção ao gol adversário no momento em que, estando focado, vê seu companheiro tocar na bola pra fazer a assistência. O impedimento foi confirmado por um joanete a mais, que não importaria se ele tivesse prestado atenção. E mais uma vez proporcionou uma quizumba com o Cortês sem nenhuma necessidade o que poderia ter custado um cartão. Teve também um lance em que recebeu a bola na esquerda, dentro da área, tendo pela frente só o fraquíssimo Galhardo, a quem tirou da jogada com um toque pra direita, e um enorme espaço tanto em direção ao Paulo Vitor quanto à sua direita e foi incapaz de invadir e concluir como quisesse. Reconheço a grande fase dele, mas, por essas e por outras não estou inscrito entre os maiores admiradores do seu futebol. É muito mascarado pro meu gosto e jogador mascarado pensa primeiro em si mesmo e não no time.
    Ou seja, poderíamos ter matado o jogo com, sem exagero, uma goleada e coloco na conta dele a não-vitória que poderia ter sido acachapante diante da espetacular exibição de um time comandado por um técnico excepcional.

    Que partida do Arão! Que baita jogador é o Gérson!

    srn p&a

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    eduardo leao 5 anos ago Responder

    Sensacional o texto Marcelo.
    Por acaso já teve oportunidade de ler o livro do seu xará Yuca ” Não se Preocupe Comigo” ? Vale muito à pena.
    SRN

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      Dunlop 4 anos ago Responder

      Ainda não li, Leão. Boa dica!

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    Evandro Pereira Silva 5 anos ago Responder

    Que porrada. Boa, Marcelo.

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      Dunlop 5 anos ago Responder

      Valeu, Evandro!

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    Rasiko 5 anos ago Responder

    Pois é, Dunlop, na prática, em 34 anos, passei rápidos e amedrontados 6 meses no Rio em 1991, quando tive que voltar ao Brasil pra estar ao lado do meu pai nos seus finalmente. Morador da Gomes Carneiro em Ipanema, no 6º andar, de frente pra ladeira dos Tabajaras, meu pai me mostrou o enorme buraco de bala 20 cms. acima do sofá da sala. Dormi na sala de tv e acordei com um tiroteio que, na sonolência, achei que fosse de algum filme da madrugada. Não era. Era vida real. Logo me enrosquei com uma namorada tão carente quanto eu e fui morar com ela no Cosme Velho, embaixo do Cristo. Menos de uma semana depois, descendo pra comprar jornal, tiroteio nas ruas em plena luz do dia, polícia correndo e atirando nos jênios que tentaram assaltar a casa do Roberto Marinho, sobrou bala prum colégio na praça São Salvador, pegaram um dos caras refugiado num prédio dentro da lixeira e executaram o cara ali mesmo. De tarde, no mesmo dia, fui ao Arpoador com um amigo e ficamos imóveis, sem ar, contemplando o relógio digital marcando 41º. Não demorou e o típico corre-corre do arrastão se fez presente. Voltei pra casa e perguntei pra namorada se ela não queria conhecer o interior do interior de Goiás. Foi assim que conheci Alto Paraíso.

    Minha infância e adolescência no Rio foram maravilhosas. Quando comecei a fumar maconha ia buscar “a dóla” no morro e o único perigo eram os PM lá embaixo. O máximo de violência eram as brigas de cafetão com navalha na Lapa, porrada no futebol de praia (fui um lateral-direito, no Lá Vai Bola, quase tão pereba quanto o Rodinei – eu disse, quase) e as turmas do Leblon e do Leme se enfrentando às custas de um nariz quebrado aqui, um olho roxo ali e garrafada na cabeça era motivo de reprovação até dos mais exaltados.

    Nunca mais voltei ao Rio, que continua lindo, no cartão postal.

    srn p&a

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      Dunlop 5 anos ago Responder

      Sensacional o relato, amigo Renato. Somos governados, administrados e presididos por pessoas sem o menor bom senso desde os tempos do Lá Vai Bola. SRN!

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        Rasiko 5 anos ago Responder

        Desde sempre. No próximo dia 10 completo 75 anos e nunca votei – meu mantra é “Político é tudo farinha do mesmo saco” nada passa pela cabeça desneuronada deles além dos interesses pessoais. Mas vcs, aí no Rio, estão sendo governados por um sóciopata, talvez pior que o Boçalnaro, se é que é possível.

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