Campeonato Brasileiro, 15ª rodada.
Da edição que tenho de “Fechado por motivo de futebol”, a genial compilação dos textos de Eduardo Galeano, pincei na página 158 essa frase atualíssima:
“Supõe-se que esta chateação é o progresso.”
Galeano usou-a para criticar o futebol robotizado imposto pela globalização. (Na década de oitenta, muitos profetizavam que, pela ofensividade, malemolência e criatividade, em menos de vinte anos uma seleção africana ganharia a Copa do Mundo. Quase quarenta anos depois, com todos os seus jogadores atuando há algum tempo na Europa, as seleções africanas se assemelham a subseleções europeias, e jamais ultrapassaram as quartas de final.)
É fato que no mesmo livro, na página 179, Galeano defende o uso da tecnologia, embora caracterizando-a como algo que pode ser feito “com a rapidez e a naturalidade com que se consulta outro instrumento tecnológico, chamado relógio, para medir o tempo de cada partida”. Galeano não tem culpa de ter morrido sem conhecer a morosidade do VAR no futebol brasileiro.
Há os que defendem o VAR a todo custo, entendendo alguns dos horrores a que temos assistido como compreensíveis numa fase de implantação. Há os que o condenam impiedosamente, garantindo ser ele o provável causador do fim do futebol num futuro bem próximo.
Acho os horrores imperdoáveis. Se fosse para fazer nossos principais clubes passarem por certas provações, o ideal seria testar a geringonça em competições menores (série B, Copa Sul-Americana, por aí). Mas também não vejo no VAR potencial para acabar com o jogo. Não há dúvida de que é bem esquisitão, com os coitus interruptus em que se transformaram as comemorações dos gols e, sobretudo, com a mudança radical de uma das máximas que aprendemos desde os primórdios da nossa paixão e do nosso fanatismo: juiz bom é aquele que não aparece.
Na partida entre Athletico Paranaense e Flamengo, disputada na Arena da Baixada pelas quartas de final da Copa do Brasil, a câmera se fixou por sete minutos nos bíceps de Anderson Daronco, enquanto o fortão conversava e decidia se tinha sido ou não pênalti de Renê em Cirino. No clássico entre Corinthians e Flamengo em Itaquera, pela décima primeira rodada do Campeonato Brasileiro, Leandro Vuaden foi o dono do foco durante intermináveis seis minutos, enquanto aguardava a parafernália eletrônica decidir se Gabriel estava ou não impedido no gol de empate rubro-negro.
Outra questão que vejo no VAR é a clássica história de comparar laranja com banana. No tênis, o recurso é simplíssimo: basta olhar a câmera para perceber se a bola bateu dentro ou fora. No vôlei, embora com mais alternativas, continua sendo simples: bola dentro ou bola fora, bateu ou não no bloqueio, houve ou não invasão. O futebol jamais poderá abdicar da interpretação, o que provoca demora na tomada de decisões e não elimina erros.
Se algumas coisas não mudarem rapidamente, continuarei achando que seria muito melhor, mais humano, mais futebolístico e provavelmente até mais barato investir na formação de bons juízes e bons bandeirinhas.
De todo modo, gostando ou não, uma coisa é certa: os jogadores precisam se adaptar urgentemente. Sob o reinado da traquitanda, não há como Pablo Marí cometer um pênalti como aquele contra o Grêmio. Ou Arrascaeta se embolar como se embolou com Leandro Castan – não achei pênalti, olha a interpretação aí – na partida com o Vasco.
A malandragem acabou. A picardia já era. Se jogassem hoje, alguns dos nossos grandes craques das antigas teriam que mudar radicalmente seu comportamento em campo – o que vale até mesmo para o Rei Pelé. Certamente continuariam sendo craques, porém de outro jeito.
Os clássicos entre Flamengo e Vasco têm sido marcados por inícios pegados, de muita concentração e chegadas fortes. Como ninguém suporta atuar assim por mais de trinta minutos, depois disso a coisa arrefece e se consegue ver algo parecido com futebol. Tirando uma estranha cabeçada de Bruno Henrique logo no comecinho, foi mais ou menos esse o tempo que o Flamengo levou para entrar no jogo. E desde o momento em que entrou, sobrou.
Thuler é um zagueiro voluntarioso, firme, e que ainda precisa aprimorar uma série de fundamentos. Espero que Juan o ajude a se transformar num dos melhores do futebol brasileiro. Apesar de ter demonstrado lentidão em um ou dois lances, Pablo Marí tem outras qualidades importantes. Filipe Luís, ao contrário da fama que criou, esteve vulnerável na marcação e eficiente no apoio. Cuéllar e Willian Arão muito bem. Gerson, impressionante: sete apresentações repletas de consciência tática, participação e modernidade. Jogadorzaço. Arrascaeta, a inteligência e surpresa de que os grandes times não podem prescindir. Gabriel voltou azucrinando. Agora: se já é raro ver, num clássico, um time fazer quatro gols, mais ainda é um atacante participar de todos eles. Pois foi o que fez Bruno Henrique. Atuação avassaladora.
Entretanto, vai aqui uma alusão especial a quem acredita em coincidências, sincronicidade, sinais e que tais, e para quem crê que a história se repete.
É muito difícil um goleiro defender dois pênaltis na mesma partida. No atual Campeonato Brasileiro, isso aconteceu somente no jogo entre Atlético Mineiro e Fortaleza. Ainda assim, na verdade foi um pênalti só: Alerrandro bateu, Felipe Alves defendeu, o juiz mandou voltar. Aí, Luan bateu e Felipe Alves defendeu novamente.
Goleiro pegar duas penalidades numa só partida é algo que ainda não ocorreu em nenhum dos 148 jogos já disputados em quinze rodadas. Pois aconteceu em 2009, na vitória do Flamengo sobre o Santos por um a zero, no Maracanã. Bruno defendeu dois pênaltis cobrados por Paulo Henrique Ganso, um aos vinte minutos do primeiro tempo e outro aos vinte e oito do segundo, num momento do campeonato em que os três pontos eram essenciais.
Acabo de escrever esse post no exato instante em que termina Cruzeiro e Santos, no Mineirão. Cruzeiro dois, Santos zero. Estamos a dois pontos do líder e algo me diz que a história se repetirá.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 4 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio na esquerda, Bruno Henrique deu uma casquinha para trás, meio de cabeça, meio de nuca, a bola encobriu o goleiro Fernando Miguel, roçou no travessão e saiu.
Aos 19, Richard lançou Yago Pikachu, e Filipe Luís cortou errado de cabeça, presenteando Talles Magno que chegava na meia-lua. Apertado por Thuler, Talles completou mal, por cima do travessão.
Aos 22, ótimo lançamento de Pikachu para Raul na direita. Ele ganhou de Pablo Marí na corrida, entrou na área e, cara a cara com Diego Alves, concluiu de canhota. Diego Alves salvou com o pé, completou a defesa com um tapa na bola e Thuler afastou o perigo.
Aos 23, Yago Pikachu tentou o drible em Filipe Luís, deu sorte, a bola carambolou e sobrou à sua frente. Com Pablo Marí distante na cobertura, Pikachu invadiu a área e soltou uma bomba cruzada, que beliscou o travessão de Diego Alves e saiu.
Aos 28, uma rebatida de Rodinei caiu na cabeça de Arrascaeta. Com grande visão de jogo, ele testou de primeira para Gabriel, nas costas de Richard. Gabriel invadiu a área e chutou fraco, Fernando Miguel defendeu sem problema.
Aos 30, Talles Magno recolheu ainda no campo vascaíno, driblou Rodinei, arrancou em velocidade, livrou-se de Cuéllar e, com a chegada de Thuler na cobertura, bateu à direita do gol de Diego Alves. Talles Magno é muito bom jogador.
Aos 35, Filipe Luís tabelou com Arrascaeta, driblou Raúl Cáceres, foi à linha de fundo e cruzou com perigo. Marquinho bobeou, Willian Arão roubou e tocou a Gerson, que deu um balãozinho para Gabriel no meio. Henrique tirou e a sobra ficou com Arrascaeta. Raúl Cáceres se atirou na bola para salvar.
Aos 41, o Flamengo trocou passes com Thuler, Filipe Luís, Thuler, Arão, Filipe Luís e daí a Bruno Henrique junto à linha lateral. Ele aumentou a velocidade do lance, carregou para o meio, empurrou para Arrascaeta, recebeu de volta e, da meia-lua, chutou forte e colocado, no alto do canto esquerdo de Fernando Miguel. Golaço, um a zero.
2º tempo:
Aos 6 minutos, Filipe Luís iniciou a jogada servindo Bruno Henrique, que rolou para Cuéllar e recebeu um bolão de volta, por cima da zaga vascaína. Richard ainda conseguiu bater na bola, que tocou em Bruno Henrique e encobriu Fernando Miguel. Gabriel e Leandro Castan correram juntos para o lance, dividiram, e o gol acabou sendo creditado a Gabriel. Dois a zero.
Aos 10, Yago Pikachu lançou Tiago Reis, que matou no peito, chegou à linha de fundo e cruzou. Apesar de Thuler ter colocado os braços para trás, a fim de evitar o toque de mão, no movimento a bola resvalou em seu braço esquerdo. Leandro Vuaden acertou na marcação, mas é um absurdo que haja pênalti num lance em que o zagueiro fez tudo para evitá-lo. Uma infeliz mudança na regra. Aos 12, Pikachu bateu no canto esquerdo, Diego Alves esperou a hora exata, saltou no canto certo e espalmou para fora.
Aos 13, na sequência, Yago Pikachu cobrou o escanteio, Thuler subiu desequilibrado e, sozinho, Leandro Castan cabeceou no canto esquerdo. Dois a um.
Aos 16, excelente virada de jogo de Pablo Marí para Gerson. Ele recolheu na direita, levou para o meio e levantou na cabeça de Bruno Henrique, que testou firme, para baixo. Fernando Miguel fez grande defesa. Na sobra, Gabriel encheu o pé esquerdo. Três a um.
Aos 19, escanteio cobrado por Gabriel na direita, Arrascaeta escorou, Pablo Marí ganhou no alto de Lucas Mineiro e tocou para Gerson, livre na pequena área. A conclusão de Gerson bateu na trave esquerda de Fernando Miguel.
Aos 22, Gerson recebeu na direita, driblou Richard e foi derrubado. Em jogada ensaiada, Arrascaeta levantou, Bruno Henrique se deslocou com inteligência e ficou livre para cabecear. Fernando Miguel defendeu firme, no centro do gol.
Aos 28, outro ótimo lançamento de Pablo Marí, dessa vez para Gabriel. Ele carregou da direita para o meio, livrou-se de três adversários e, da risca da área, chutou para defesa segura de Fernando Miguel.
Aos 31, Bruno César bateu escanteio na esquerda, Leandro Castan novamente ganhou no alto de Thuler e cabeceou. Dessa vez, Diego Alves conseguiu dar um tapinha por cima do travessão.
Aos 32, em novo escanteio cobrado por Bruno César, Arrascaeta e Leandro Castan se embolaram, Leandro Vuaden checou o lance com ajuda da turma do VAR e marcou pênalti. Discutível. Aos 35, Bruno César bateu firme no meio do gol, Diego Alves espalmou, Arão evitou que Bruno César pegasse o rebote, Diego Alves tirou com um tapa e Arrascaeta afastou o perigo.
Aos 36, na sequência do segundo pênalti defendido por Diego Alves, o Flamengo saiu com muita velocidade no contra-ataque, Cuéllar tocou a Rodinei e daí a Berrío, que disparou pela direita e cruzou. Arrascaeta recolheu do outro lado e, enquanto pensava a jogada à frente de Pikachu, o zagueiro Henríquez derrubou Bruno Henrique na pequena área. Pênalti. Arrascaeta bateu bem, no canto esquerdo, Fernando Miguel caiu para a direita. Quatro a um.
Ficha do jogo.
Vasco 1 x 4 Flamengo.
Estádio Mané Garrincha (Brasília), 17 de agosto.
Vasco: Fernando Miguel; Raúl Cáceres (Bruno César), Henríquez, Leandro Castan e Henrique; Richard, Raul e Lucas Mineiro (Andrey); Yago Pikachu e Marquinho (Tiago Reis); Talles Magno. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Thuler, Pablo Marí e Filipe Luís; Cuéllar, Willian Arão, Gerson (Everton Ribeiro) e Arrascaeta (Piris da Motta); Gabriel (Berrío) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Bruno Henrique aos 41’ do 1º tempo; Gabriel aos 6’, Leandro Castan aos 13’, Gabriel aos 16’ e Arrascaeta aos 36’ do 2º.
Cartões amarelos: Rodinei, Piris da Motta e Arrascaeta.
Juiz: Leandro Vuaden. Bandeirinhas: Kleber Lúcio Gil e Jorge Eduardo Bernardi.
Renda: R$ 5.285.443,00. Público: 65.418.
Caro Murtinho,
O VAR foi uma das maiores decepções que eu tive com futebol.
E não dá nem pra dizer que a ruindade é brasileira ou da América do Sul, porque o VAR consegue ser horrível até na Europa, até em jogos de seleções, até em competições femininas.
Se eu gostasse de teorias da conspiração, poderia pensar que a FIFA e as subsidiárias tramaram de avacalhar o VAR para provar que aqueles que pediam o uso de imagens em decisões capitais estavam errados.
Mas eu não acredito nisso porque, como alguém disse (eu não lembro agora, mas acho que eu ouvi no filme Boleiros), para um juiz manipular uma partida ele tem que ser um excelente juiz – e não me parece que esses árbitros que usam o VAR sejam excelentes no que eles fazem.
Grande abraço!
A descrição que você fez do 3º gol me revelou com clareza porque me encantei com o time, especialmente nos 2 últimos jogos, o que já mostra um mínimo de regularidade. 4 jogadores – Marí, Gérson, BHenrique, Gabriel) – chegam ao gol em 4 toques. Isso, pra mim, é a essência e beleza do futebol. Chapéus, canetas e outras pirotecnias são interessantes e dão graça e colorido ao espetáculo, mas a capacidade de botar a bola no barbante em poucos passes
É interessante notar que há um agrément de que Gérson é a unanimidade do momento. É ele e + 10. E olha que bem ao lado tem 3 ou 4 (Arrasca, Gabriel, BH e ERibeiro) disputando cabeça com cabeça a primazia do protagonismo. A torcida por sua vez quer que todos os jogadores sejam protagonistas, cada um na sua posição e função executada com a máxima qualidade.
Acho que a última vez foi em 2009, naquela arrancada comandada pelo Pet. Morando na época em Portugal, de repente no bar do Fla-Lisboa já não cabia toda gente e o desalento do fado deu lugar à esperança e daí à empolgação, 2 jogos bastaram.
Tô empolgado, sim, pelo que vi e pelo potencial de crescimento a curto prazo que tem. Como escrevi em outro comentário, me impressionou a imagem de rolo compressor que ficou gravada na minha mente com o ataque chegando em autêntica blitz e entrando com bola e tudo.
Fazia tempo, sim, e que seja eterno enquanto dure.
srn p&a
A revisão é fundamental…
“… mas a capacidade de botar a bola no barbante em poucos e precisos passes é a marca do time (team), literalmente.”
O tema VAR é de extrema importância, mas vou deixar para depois.
Vejamos redundandemente como vi Flamengo 4 x 1 Vasco da Gama, balizando-me, é bem verdade, no excelente trabalho do nosso amigo sensacional Jorge Murtinho.
Todos elogiaram, em uníssono, Diego Alves (a meu sentir, o personagem do jogo) e os 4 Cavaleiro do Apocalipse, a saber, pelo posicionamento em campo, Gerson, De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel.
Sem questionamento. São ótimos jogadores que, além do mais, estão se somando, o que nem sempre acontece, por absurdo que possa parecer.
Tenho para mim que, neste sentido, muito importante o dedo português do JJ, que está me saindo um baita técnico.
Gostaria de, em cima do que o Murtinho observou (e eu também), chamar a atenção para dois lances capitais da partida – além das defesas do Diego Alves – que, culminando com os citados 4, iniciou-se, de forma exuberante, por outros dois jogadores.
No segundo (e confuso) e no terceiro tentos rubro-negros, as jogadas foram iniciadas (razão, provavelmente, de não terem sido tão valorizadas em papos de botequim) em dois passes sensacionais, de quem vê muito bem o jogo.
Já está lá em cima, no ^resumão^, mas vou repetir.
A enfiada do Cuellar para o Bruno Henrique foi majestosa, melhor ainda a do Pablo Mari para o Gerson, coisa de cinema.
Dois lances aparentemente bobos, mas, na minha opinião, refletindo o poderio do time, evidentemente em crescimento, sob a nova gerência.
Mesmo sabendo que o time do Vasco é fraquinho (mais uma vez vou seguir o Murtinho, pois gostei muito do garoto Talles, bem superior, em princípio, aos nossos badalados Lincoln e Victor Gabriel), que jogávamos em casa, pois o predomínio da nossa torcida em Brasília é espantoso, foi uma BELA partida.
Os demais resultados nos favoreceram, pelo que o Brasileirão está totalmente em aberto, com pelo menos SEIS times de boca aberta para conquistá-lo (os atuais seis primeiros), deixando-nos entusiasmados.
Amanhã, teremos um papo totalmente diferente.
Apesar de uma fortíssima gripe que me surpreendeu em pleno domingo, impedindo-me de assistir o jogo em companhia de uma figura exponencial do ^nosso^ grupo, o Carlos-SP, já reservei o meu assento preferencial no sofá em frente da TV.
Reservei também alguns remédios e estimulantes, pois, segundo acredito, a cana vai ser difícil.
Acredito na vitória, mas respeito as bruxas coloradas.
Felizes, apesar de preocupadas, SRN.
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Ponto importante do seu comentário: o fato de que os talentos individuais estão, como se costuma dizer, dando liga. Isso é essencial num time de futebol que se pretende ganhador de títulos.
Sabe o que mais me impressionou no lançamento do Pablo Marí? Foi que, logo depois, houve outro, bem parecido, só que para o Gabriel. Ou seja: nada de sorte ou acaso, o cara sabe das coisas.
Creio que há muito tempo o Campeonato Brasileiro não tem, na décima quinta rodada, seis candidatos reais ao título. De todo modo, torço muito para que a previsão do Trooper se concretize e que, com três rodadas de antecedência, a fatura esteja rubro-negramente liquidada.
Abração. SRN. Paz & Amor.
gente a frança campeã da copa do mundo está cheia de afro-decendente,
não precisa ser uma seleção africana pra ter negão.
cada uma…..
SRN !
Muita picardia no seu texto, Murtinho. Falou e disse.
Agora, com VAR ou não tá com cara de 2009 esse campeonato. Técnico trocado no meio do caminho, time comendo pelas beiradas, líder do primeiro turno despencando…
E quem sabe técnico gringo campeão de um torneio nacional sessenta anos depois. Nosso Volante foi campeão da Taça Brasil com o Bahia em 1959.
Acho que a Taça a ser ganha esse ano é mesmo a do Brasileiro. Afinal o time está tomando forma ao longo do caminho. Só temo pela saída do Cuellar.
E para não desprezar os números fomos campeões em 82 e 92, porque não em 09 e 19?
Fala, Ricardo.
É isso aí. Mas o mais importante é que agora temos um time que dá gosto.
Chato insistir nisso, mas precisamos urgentemente resolver a questão da inexistência de vitórias fora de casa. Quem sabe no próximo domingo essa história não começa a virar?
Abração. SRN. PAz & Amor.
Só não vê quem não quer.
Tomara, Eduardo. Tomara.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, não vou falar sobre o Flamengo já que pela enésima vez estou imbuído(epa!) pelo “dessa vez vamos”. Já que você falou em futebol robotizado, quero expor o que vi ontem no jogo Fluminense e CSA. O Fluminense encurralou o adversário, 90 minutos martelando os caras e perdeu o jogo. Uma das grandes injustiças desse chamado violento esporte bretão, e olha eu não vou muito com os cornos dos florzinhas e cheguei a essa conclusão. O Fluminense jogou futebol, ou o mais parecido com isso e que seu pobre elenco permite, pobreza nada de diferente da que se joga atualmente aqui. O outro timeco defendeu-se o tempo todo e foi lá na chamada bola do jogo e marcou, ganhando. Provavelmente o Fernando Diniz a esta hora que escrevo já estará demitido. Quer dizer um cara jovem, com talento, tentando recuperar o que de melhor se tinha no nosso futebol, não consegue resultados pelo simples fato que colocam em suas mãos um monte de rebotalhos, deixou o campo sob imensa vaia da sua própria torcida e provavelmente será demitido. E ainda de quebra, tive que ouvir idiotas de cronistas que a vitória do tal CSA foi merecida. Porra, esses caras podem entender de tudo, menos de que eles julgam ser a sua especialidade. O feiticeiro Solich tinha essa frase como lema: ganó el mejor, sempre dizia isso, talvez pra que não enchessem o saco dele com perguntas idiotas. É bom lembrar que esse time do Fluminense há pouco tempo atrás deu uma das maiores viradas contra o Grêmio, numa eletrizante partida onde ambos jogaram futebol. E tem mais, não quero entrar no mérito, teve três pênaltis não marcado, talve juiz também não goste de quem jogue futebol. Por isso eu tenho horror a time pequeno, quero mais que todos se fodam com retranca ou sem retranca. Mais um motivo de eu ser a favor que o nosso Flamengo, que é useiro de vezeiro em dar mole pra esses enganadores, a esmagá-los sem dó nem piedade.
Grande Xisto!
Como talvez dissesse Kid Morengueira, acertaste no milhar. Fernando Diniz já era como técnico do Fluminense. Eis aí um cabra corajoso: pegou um elenco fraco, perdeu o ataque inteiro no meio do campeonato e continuou apostando num futebol diferente do que os acovardados treinadores brasileiros costumam fazer seus times praticarem. Tomara que encontre logo um clube com elenco qualificado.
Abração. SRN. Paz & Amor.
murtinho,tbm lembrei do jogo contra o santos em 2009,estava no maracanã na noite iluminada de bruno.
já venho falando que o flamengo vai ganhar coisa importante este ano,se tivesse que escolher não teria dúvidas,o brasileirão.
SRN !
PS-murtinho estamos muito bem na libertadores e brasileirão,isso tudo por causa da nossa imensa torcida que vem contribuindo com o SÓCIO-TORCEDOR.
peço para que vc possa incentivar seus leitores a se tornarem sócios torcedores do flamengo.
Fala, Chacal.
Na verdade, o segundo pênalti cobrado pelo Ganso foi o quarto consecutivo marcado contra o Flamengo, naquele campeonato, que não entrou. Vagner Love, do Palmeiras, cobrou por cima do travessão em nossa vitória por dois a zero na 30ª rodada. Lúcio Flávio, do Botafogo, bateu e Bruno defendeu, em nossa vitória por um a zero na 31ª rodada. E aí, na 33ª, houve os dois pênaltis a favor do Santos, ambos defendidos por Bruno. Aquela vitória foi fundamental: tínhamos perdido, no meio da semana, para o Barueri, e se não tivéssemos derrotado o Santos, em casa, dificilmente a arrancada teria acontecido. Jogo histórico.
Concordo com você que o PST é muito importante para o crescimento e a consolidação do clube. Sou sócio-torcedor, mas acho que o programa ainda precisa melhorar bastante, sobretudo para a imensa maioria da torcida – que não mora no Rio. (Se a cidade do Rio de Janeiro tem pouco mais de 6 milhões de habitantes, os outros 34 milhões de rubro-negros vivem fora, certo?)
Volta e meia vejo notícias de que o programa está sendo reestudado. Vamos aguardar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
1) BH + Gabigol + Arrascaeta = 50 gols e 34 assistências na temporada. Que contratações da nossa diretoria coxinha e fascista, não é mesmo? Quem tá com saudade de Everton, Gabriel e Geuvânio aí levanta a mão.
2) Jesus = muita intensidade, variações táticas, gols, gols e mais gols. Quem tá com saudade do Abelão aí levanta mão.
3) VAR brasileiro = caça pênalti. Ridículo. Não é assim em lugar nenhum do mundo. Só fortaleceu o tradicional intervencionismo da arbitragem brasileira. Solução proposta: tirar dos juízes a autonomia para seu uso. Quem deveria pedir revisão de lance é o capitão ou treinador do time que desejar ter seu lance revisto. Em quantidade limitada de vezes, nos moldes do tênis.
4) Venceremos os campeonatos brasileiros de futebol de todas as idades: sub-17, sub-20 e profissional (com 3 rodadas de antecedência). Já ganhamos o de basquete também. E se bobearem, tascamos a Liberta. Galera do mimimi aí por causa da fotinha do Brás com o Bolsonaro, por favor, gelo no sangue, tá OK?
Fala, Trooper.
1) Confesso que não entendi o que uma coisa tem a ver com a outra. Independentemente de preferências políticas, quando a diretoria acerta, aplaudo. Quando erra, reclamo. Creio que é assim que tem que ser, mas respeito opiniões diferentes.
2) Também tô gostando bastante do trabalho que Jorge Jesus vem fazendo. E não gostava do time comandado por Abel.
3) De acordo. Só acho que a sugestão inspirada no tênis tem que ser bastante estudada, porque no futebol é de difícil implantação.
4) Rapaz! Olha só! Três rodadas de antecedência! Boa! Quanto à fotinha, sou obrigado a vestir a carapuça, já que aconteceu numa postagem publicada por mim. Escrevi isso em várias respostas a comentários daquele post: o problema não foi a foto ou a preferência política (da qual, pessoalmente, discordo, mas é direito de cada um ter a sua). O problema foi a contradição entre a foto e a nota oficial publicada pelo clube, reiterando que manifestações políticas são vedadas pelo estatuto. Apenas isso.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Relaxa, Murtinho. A coerência de seus textos ressalta aos olhos.
Minhas provocações políticas não são dirigidas a você, e sim aos intolerantes, radicais e mal-educados que se acham o supra-sumo da inteligência humana e gostam de posar de superiores morais e intelectuais.
Advogar gratuitamente pra político bandido, apesar de patético e ridículo, é direito de qualquer homem livre desprovido de vergonha.
Mas querer sujar a imagem do Flamengo para fazer proselitismo político rasteiro, como vi em um texto lamentável por aqui, e alguns ainda aplaudirem, desculpe, mas não é coisa de flamenguista.
Teve gente aí dizendo que essa diretoria afastava o Flamengo de suas origens, porque era composto por “coxinhas da Zona Sul”. Sim, a diretoria que abaixou radicalmente o preço dos ingressos quando comparados à perdedora gestão anterior foi chamada de “coxinha”. Tudo porque deixa claro que não tem orientação de esquerda. Pois bem, quem aparentemente tinha se LIXOU para os pobres e cobrava uma fortuna pelos ingressos. Como sempre, a demagogia é a arma dos que não têm argumento.
Pra essa gente, a diretoria do Flamengo é obrigada a prestar homenagem para Stuart Angel, independentemente da natureza da atuação do grupo guerrilheiro do qual ele era um dos dirigentes, mas não pode tirar uma foto com o presidente da república que compareceu a uma partida do clube, porque ele é “fascista”. Coerência mandou abraço.
Desde então, a minoria inconformada com seu ídolo preso critica de forma raivosa QUALQUER ato da diretoria, aproveitando-se da volúpia que a imprensa tem demonstrado em publicar coisas negativas do Flamengo. A história da “favela”, termo que a própria imprensa não usa há anos, é uma das mais bizarras nesse sentido.
Então, Murtinho, não precisa vestir carapuça alguma, a provocação não é contigo. Quem é, sabe.
Enquanto choram, o Mengão voa triunfante rumo às glórias, com um elenco bem estruturado e jogando futebol ofensivo (isso sim, raiz rubro-negra), algo que não se via há muito, mas muito tempo pelas paragens da Gávea.
E o “gelo no sangue, tá OK?”, uma mistura de bordões, para que não se esqueçam da foto do Brás com o presidente democraticamente eleito e da maravilha que é viver em um país livre onde as pessoas podem tirar fotos com quem quiserem e terem a orientação política que bem desejarem.
Assim como o choro é livre aí nas respostas.
Chorem mais que está dando certo. Flamengo tá fazendo gol até em dia de folga.
Meu caro Murtinho, há vários pontos no seu excelente resumo merecedores de uma abordagem mais ampla. Vamos por parte:
Muito antes da década de 80, João Saldanha já profetizava: “Amigos, num futuro próximo, as seleções de futebol africanas irão ganhar quase tudo que disputarem.” Afirmava isso porque entendia ter o negro mais ginga, mais balanço, mais habilidade mais malemolência do que o branco para jogar futebol. Talvez, influenciado pela enorme quantidade de craques negros e pardos que existiam no futebol brasileiro, naquela época (1950/1970).
Eu também comungo com esse pensamento. Entretanto, creio que ainda demora um pouco para isso acontecer. Observe que o futebol no Brasil começou no ano de 1895 e somente 63 anos depois conseguiu conquistar a sua primeira copa do mundo.
Já a Confederação Africana de Futebol foi fundada em 1957, e somente em 1970, uma seleção africana disputou uma copa do mundo: Marrocos.
Hoje tem jogadores africanos ou descendentes vestindo a camisa dos maiores clubes europeus. Cada um desses negros vale uma grana preta.
Em 17 edições da Copa do Mundo de Futebol Sub-17, os africanos conquistaram oito; já no sub-20, em 22 edições, levaram apenas um caneco, mas foram vices cinco vezes. Tudo isso, num futebol que praticamente começou ontem.
Quando o futebol estiver bem robotizado pelos brancos, os negros irão passar a perna em todo mundo. Não sei quando, mas que irão, lá isso irão.
Quanto ao pênalti supostamente cometido pelo Arrascaeta, você é a primeira pessoa que eu vejo colocar dúvida na sua marcação. Pois não é que eu também penso da mesma forma. (temos que concordar em algo)
No lance da penalidade, o Leandro Castan estica o braço esquerdo sobre o pescoço do Arrascaeta e o puxa numa espécie de alavanca. Vejam o vídeo, a partir de 5:09, no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=vdXWYfgoFMg
Relativamente ao VAR, comentarei em outra oportunidade.
SRN!
CORRIGINDO: vejam o vídeo, a partir de 4:23
Caro Aureo,
O centro-avante que mais me agradou, dos que eu acompanhei a carreira ou assisti jogadas antigas, foi o Samuel Eto’o.
Eu não gosto de centro-avante, mas se for para ter centro-avante, o Eto’o é o que um centro-avante tem que ser no que é o futebol para mim. (Deve ser algum tipo de sacrilégio eu escolher o Eto’o uma vez que o jogador que mais marcou minha infância foi o Alan Shearer, centro-avante, mas gosto é gosto e a gente não escolhe. O Shearer fica com a menção carinhosa.)
Mas acho que o Eto’o e outros jogadores africanos que gravaram sua marca no Hall da Fama do Futebol nunca tiveram uma chance real de fazer nada muito grandioso com suas seleções nacionais e os atuais também não terão.
Por muito tempo aqui no Brasil nós nos enganamos em acreditar que um time poderia ser vencedor apesar dos bastidores, com o “campo e bola” prevalecendo, mas campeãs mundiais como Argentina e Itália esfregam na nossa cara que, não, não dá.
As federações africanas continuam no mesmo esquema implantado pelo João Havelange, são meros votos a serem comprados para a Copa do Mundo. Se alguma algum dia quiser se rebelar, vai ter chance. Se não, o mito das seleções africanas vai continuar um mito.
Grande abraço!
Em pleno 2019, ainda tem gente querendo diferenciar seres humanos em razão da sua etnia.
Zico não tinha “malemolência”? Bebeto? Careca? Cruyff? Messi? Maradona?
Posso passar a vida aqui listando craques brancos com muito mais “malemolência” que 99% dos jogadores negros.
O que impede uma seleção africana de ganhar uma Copa é a POBREZA e CORRUPÇÃO existentes em seus países, que impedem o desenvolvimento e manutenção de seus talentos em seus territórios. Assim como a desorganização de suas federações e a pobreza tática, pelos mesmos motivos, e não a ETNIA de seus jogadores, pombas.
Tá mais do que na hora de tratarmos a todos como IGUAIS.
E quem acha que o futebol europeu tá “robotizado”, ou não tá assistindo a futebol europeu ou ainda está preso a velhos preconceitos, há muito superados. Em outras palavras, são retrógrados.
Robóticos são os sulamericanos, em especial nós brasileiros, com nosso futebol pobre e covarde de retranca e jogar por uma bola, mesmo com nossa grande maioria de jogadores pardos e negros.
Hoje, precisamos de um treinador europeu branco para ensinar nosso time a ter “malemolência” e a fazer 4 gols por jogo.
Gelo no sangue, tá OK?
Fala, Aureo.
Obrigado pelo elogio.
A questão do tempo que você citou é ótima, mas acho que há uma diferença fundamental: no período de, digamos, maturação, o futebol brasileiro nunca deixou de ser brasileiro (historicamente, deixou de ser há pouco tempo). O africano, não, já que todos os selecionáveis agora jogam na Europa.
A questão do pênalti: é grande a possibilidade de que o VAR – pelo menos do jeito que tem sido utilizado no Brasil – produza uma lamentável indústria de cavação de pênaltis e, ao contrário do que sugere o título do post, faça surgir uma nova malandragem. Feito aquela, já bastante citada aqui, em que Pelé se enroscava no braço do adversário para dar a impressão de que estava sendo agarrado.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, na subida do morro me contaram que o escritor acreditou nos africanos, como Pelé acreditou nos colombianos.
Esses senhores da fotografia são Jards Macalé e Kid Morengueira?
Dava alegria assistir aos jogos das seleções africanas em Copas do Mundo. Muita disposição, ofensividade, dribles…lembram o futebol do Vinícius Júnior. Em contrapartida, nenhuma obediência tática e sistema defensivo. Tal qual o atacante madrileno, uma total falta de aptidão para a finalização. Quantos gols perdidos bisonhamente.
O estranho é que quando começaram a tomar consciência defensiva, a alegria ofensiva quase desapareceu. Não há seleção exponencial, apenas craques com talento individual. Mané e Salah isoladamente não conseguem um sucesso coletivo.
A Inglaterra está aprimorando o uso do VAR. Nas primeiras rodadas da Premier League há pouca participação. O árbitro de jogo prepondera. Sequer há utilização do vídeo. A equipe em completa sintonia agiliza o seu funcionamento.
Espera-se que no Brasil haja o aprimoramento e agilização de seu uso. O que ficou demonstrado no campeonato inglês é que há uma sintonia de interpretação. A utilização somente em situações extremas.
Quanto ao jogo, o adversário surpreendeu no primeiro tempo. Como é comum, bem fechado. Após o segundo gol, se perdeu taticamente.
Até que enfim uma participação positiva do contumaz entregador. Foi contratado para substituir a inoperância de Muralha em sua incansável tentativa de pegar pênaltis. Foi decisivo.
O sistema defensivo é que ainda não transmite segurança. Do meio para o ataque a evolução é crescente. Com as atuações de Gérson vai ficar difícil encaixar os advindos do estaleiro no meio-campo. O banco de reservas vai ser bem disputado.
Melhor para nós, torcedores. Desde que venham vitórias e títulos não importa quem vá para a reserva. Desde que não sejam Gérson e Arrascaeta. Lógico!
SRN
Fala, João.
1) O texto talvez tenha passado essa impressão, mas a previsão da conquista da Copa por uma seleção africana não foi do Eduardo Galeano. Vários narradores e comentaristas achavam, é até possível que Galeano também acreditasse, só que eu não me lembro de ter lido isso escrito por ele.
2) Sim, dois craques e ilustres rubro-negros. Salvo engano meu, a imagem é dos dois interpretando um samba de breque do Macalé que tem o genial título de “Tira os óculos e recolhe o homem”.
3) Interessante a associação entre o então futebol-moleque africano e o do Vinicius Júnior.
4) Poucas horas antes de Flamengo e Vasco, vi Manchester City e Tottenham. Dois a dois. No finalzinho do jogo, Gabriel Jesus fez o que seria o gol da vitória do City. A turma do VAR alertou o juiz (Michael Oliver) que a bola roçara no braço de Laporte – mais uma vez, a regra é absurda, mas é a regra – e ele rapidamente anulou. Não fez desenho de tela com as mãos, não ficou horas vendo replay do lance, tudo muito simples. Bateu na mão? Bateu. A regra agora diz que, em jogadas ofensivas, bateu na mão tem que parar (que nem nas minhas saudosas peladas na Rua Lauro Muller)? Diz. Então pronto. Juiz tem nada que ficar se exibindo para as câmeras por não sei quantos minutos.
5) O Vasco fez aquela marcação pesada que ninguém aguenta fazer por mais de 25 ou 30 minutos. Por isso precisamos ter paciência nessas partidas em que as chances demoram a surgir, e lembrar que o jogo tem noventa minutos – na verdade, hoje tem cem.
6) É, dessa vez, nada a reclamar de Diego Alves. Pelo contrário: o homem foi o grande responsável por esfriar qualquer possibilidade de reação vascaína.
7) Então, rapaz, eu acho que a gente vai ter que se adaptar a isso. A mediocridade dos treinadores brasileiros nos acostumou a um estilo de jogo muito controladinho, muito marcadinho, muito comportadinho. E a não ser quando existe uma desmesurada disparidade entre os dois times, não há como um deles atacar o tempo inteiro, criar um monte de chances e não se expor. Ou seja: sempre correremos riscos. A questão é, mesmo com os riscos assumidos, criar e aproveitar mais chances que o adversário. É tenso, mas prefiro assim.
8) Impressionante como, em tão pouco tempo, Gerson se tornou unanimidade. Palmas para a diretoria.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Escrevi que iria comentar, um pouco depois, a respeito do VAR.
Aproveito a oportunidade, pois também vi o clássico inglês, por sinal de excelente categoria.
Fiquei impressionado.
Para quem não viu o jogo, cabe relembrar certos aspectos.
Diante da dificuldade, Guardiola resolveu substituir o Aguero pelo Gabriel Jesús.
O argentino ficou literalmente putos. Saiu esbravejando.
Guardiola não fez por menos. Espinafrou em bom espanhol o seu comandado, Um espetáculo à parte.
Nos minutos finais, já nos acréscimos. vem o gol que seria anulado, marcado exatamente pelo Gabriel Jesús.
O atacante brasileiro exulta, o que seria muito justo.
Corte rápido.
Na nova cena, na comemoração da hipotética vitória, Guardiola e Aguero fazem as pausas, em um profundo abraço, até com direito a beijos de parte a parte.
Ópera bufa, pois Sua Senhoria, com a maior tranquilidade do mundo (talvez seja atualmente o principal árbitro inglês), pega a bola, levanta o braço direito na clássica marcação de irregularidade, colocando-a para ser reposta em cobrança de falta.
Gabriel Jesús, coitado, não entendeu nada e, sinceramente, acredito que não tenha entendido até agora.
Tudo, segundo o pessoal da ESPN, em menos de meio minuto.
Qualquer semelhança é mera coincidência.
Assim, dá para aplaudir o VAR.
Pela regra, recentíssima, em deliberação da International Board que não nos cabe criticar, apenas cumprir. toque de mão inquestionável do zagueiro Laporte.
Cabe acentuar que, pelo toque, a bola desviou a trajetória, oferecndo-se ao Jesús que não é o rubro-negro, para uma bela conclusão.
Seria um gol IRREGULAR, que modificaria o resultado da partida (cuíca do campeonato), pois era dar a saída e apitar o fim.
A utilização da engenagem diabólica pode, fica comprovada, ser abençoada, como foi o caso.
Resta saber utilizá-la, sem os exibicionismos que acontecem em terras tupiniquins.
Agora, que foi, no seu todo, uma tragicomédia, não resta a menor dúvida, cabendo salientar que Gabriel Jesús, após o apito final, foi atormentar a vida do ^referee^ (aliás, é vaR exatamente em função do Referee).
Ainda não aprovo, mas balancei na minha posição.
Parece-me importante, que os árbitros de cabine sejam COMPETENTES, que não demonstram ser entre nós.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Fazem as pausas … não sei a razão do equívoco.
Como de todo óbvio, fazem as pazes, os dois que tinham ficado putos (plural errado, pela pressa em teclar)
Ótimo texto.
Pra mim está tudo certo pra 2009 se repetir!
SRN.
Valeu, Felipe.
Obrigado pela moral e apareça sempre.
Quanto à repetição de 2009, o grande lance é que esse ano temos time para sonhar. Veremos.
Abração. SRN. Paz & Amor.