Campeonato Brasileiro, 13ª rodada.
O erro de Diego Alves matou o jogo. Ok. Só que a derrota do Flamengo para o Bahia, definida ainda no primeiro tempo, precisa ser compreendida para muito além disso.
Perdemos para o Inter, no Beira-Rio, com falhas de Rhodolfo e Renê no primeiro gol, Renê e Arão no segundo. Para o Atlético Mineiro, no Estádio Independência, com falhas de Rodrigo Caio no primeiro gol e Léo Duarte no segundo. Empatamos com o Corinthians, na Arena Itaquera, levando o gol numa bobeira generalizada: o lance começou com um escanteio a nosso favor, exatamente como se repetiu – por incrível que pareça – no terceiro gol do Bahia. Nos nove gols que tomamos na condição de visitantes, só não houve falha na partida com o São Paulo, justamente quando entramos com os reservas.
Resumo da ópera: embora nada tão absurdo como o que Diego Alves fez no segundo gol do Bahia, há sempre alguém falhando. Só que o erro maior é o time não conseguir se impor fora de casa, jogando como se fosse um clube médio do futebol brasileiro e não um pretendente ao título. O que tivemos até agora foram três derrotas (Inter, Atlético Mineiro e Bahia) e três empates (São Paulo, Corinthians e Fluminense, sendo este último no Maracanã). Em nossa solitária vitória, fomos visitantes de mentirinha: o CSA vendeu o mando de campo e a partida aconteceu em Brasília, com o Mané Garrincha tomado pela torcida rubro-negra.
A inconveniente verdade é que só vencer como mandante é coisa para os pequenos. Desses que terminam o campeonato, no máximo, lá pela décima quarta ou décima quinta colocação, na maioria dos casos brigando para não passar o ano seguinte na segundona.
Na Copa do Brasil 2017, o Cruzeiro foi campeão sem ganhar nenhum dos quatro jogos que fez sem ser em casa, das oitavas de final em diante. Na Libertadores isso também é possível. Já num campeonato longo e equilibrado, como o Brasileiro, não dá para levantar o caneco sem obter algo perto de trinta pontos em campos alheios.
Tomemos como exemplo nosso último título, o de 2009. Depois de um primeiro turno em que vencemos apenas duas vezes como visitantes e tivemos um ligeiro flerte com a zona de rebaixamento, na empolgante arrancada das dez últimas rodadas conseguimos cinco vitórias em seis partidas disputadas fora. Não existe outro jeito.
Se no jogo de volta com o Emelec todos mereceram elogios, contra o Bahia não houve quem escapasse do desastre. Nem sempre se consegue explicação para tudo no futebol, e muitas vezes o que se explica assemelha-se a desculpa esfarrapada. No caso de ontem, se formos obrigados a resumir a indigente atuação em uma só palavra, creio que a mais adequada seria desmobilização – de certa forma compreensível após os esforços físico e psicológico exigidos pela necessidade de reverter a derrota em Guayaquil. Tá bom, gente, mas que tal mobilizar novamente e com urgência?
Para quem gasta o que o Flamengo gastou e se jacta de seu planejamento (embora discutível), apostar o ano em competições de mata-mata é de uma burrice ímpar. A eliminação na Copa do Brasil deveria ter sido suficiente lição.
Mais duas coisinhas. Primeira, para animar: não existe registro, na história do Brasileiro por pontos corridos, de clube que tenha precisado dos critérios de desempate para ser campeão. Portanto, se a parada é brigar por título, num dia em que tudo dá errado não há diferença alguma entre perder de um ou de cinco. (Levamos uma chinelada de cinco a zero do Coritiba, em 2009.) Segunda, para pensar: Diego Alves anda precisando de um banquinho, não?
Lances principais.
1º tempo:
Aos 5 minutos, Rafinha levou cartão amarelo por um carrinho forte em Moisés. Na cobrança, Lucca bateu na direção do gol e a bola quicou antes de chegar a Diego Alves. Nosso goleiro falhou no que deveria ser uma defesa fácil e soltou, Bruno Henrique afastou o perigo.
Aos 14, Rafinha tabelou com Everton Ribeiro e cruzou, Arrascaeta se antecipou a Juninho e desviou para o gol. Grande defesa de Douglas para escanteio. Na cobrança, Arrascaeta levantou na área, Willian Arão subiu sozinho e cabeceou mal, por cima do travessão.
Aos 20, Nino Paraíba fez um lançamento estranho, chutando mais grama – e areia – do que bola. Só que a defesa do Flamengo estava tão mal posicionada que, ainda assim, dois jogadores do Bahia entraram livres no outro lado. Giovanni não alcançou, mas Gilberto colocou no canto esquerdo de Diego Alves. A posição era duvidosa – Gilberto estava na mesma linha – e após quatro minutos de checagem da turma do VAR, Flávio Rodrigues de Souza apontou o centro do campo. Um a zero.
Aos 30, Pablo Marí recolheu uma sobra de bola na intermediária rubro-negra e recuou para Diego Alves. Apertado por Giovanni, Diego Alves cometeu um erro bisonho e presenteou Gilberto, que dominou com a direita e de canhota mandou para a rede. Gol ridículo, dois a zero.
Aos 50, o Flamengo subiu inteiro para uma cobrança de escanteio e ficou todo desconjuntado. Gilberto pegou a sobra na intermediária do Bahia, tocou a Artur, arrancou em velocidade e recebeu na frente, mais uma vez livre. Na saída de Diego Alves, colocou no canto esquerdo. Três a zero.
2º tempo:
Aos 7 minutos, Moisés saiu do campo do Bahia, recebeu livre, arrancou, invadiu a área e, perseguido por Thuler, disparou uma bomba. Diego Alves defendeu, soltou, a bola passou por baixo de seu corpo e ele tornou a defender.
Aos 10, Everton Ribeiro recebeu de Willian Arão na meia-esquerda, tentou concluir, a bola bateu na zaga e voltou a Everton Ribeiro, que empurrou para Arão. Ele dominou e arriscou, o chute saiu rasteiro e raspou a trave direita de Douglas.
Aos 13, Arrascaeta cobrou falta na meia-esquerda, levantando na área. Juninho não subiu e, sozinho, Pablo Marí cabeceou muito mal, por cima do gol.
Aos 29, Moisés achou Ramires na entrada da área. Ele se livrou de Thuler, limpando para o pé direito, e colocou com categoria no canto esquerdo. Grande defesa de Diego Alves para escanteio.
Aos 33, Moisés disparou mais uma vez no contra-ataque, driblou Thuler e bateu forte. Diego Alves defendeu com o pé.
Aos 39, Artur virou o jogo para Ramires, que empurrou a Moisés e correu para a área. Moisés devolveu e Ramires, livre, pegou muito embaixo da bola. Isolou.
Aos 41, Rafinha recebeu de Everton Ribeiro e cruzou. Berrío ganhou no alto de Lucas Fonseca e tocou de cabeça, com algum perigo, à direita do gol de Douglas.
Aos 43, Reinier fez ótima jogada, livrou-se de dois adversários e enfiou um bolão para Berrío. Ele chutou cruzado, rasteiro, à esquerda do gol de Douglas.
Ficha do jogo.
Bahia 3 x 0 Flamengo.
Arena Fonte Nova, 4 de agosto.
Bahia: Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Flávio, Gregore e Giovanni (Ramires); Artur, Gilberto (Fernandão) e Lucca (Élber). Técnico: Roger Machado.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Filipe Luís (Renê); Piris da Motta (Reinier) e Willian Arão; Everton Ribeiro, Arrascaeta (Berrío) e Gerson; Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Gilberto aos 20’, aos 30’ e aos 50’ do 1º tempo.
Cartões amarelos: Ramires; Rafinha. Cartão Vermelho: Fernandão aos 44’ do 2º tempo.
Juiz: Flávio Rodrigues de Souza. Bandeirinhas: Alex Ribeiro e Miguel Ribeiro da Costa.
Renda: R$ 1.731.510,00. Público: 43.642.
Murtinho, desculpe tomar seu tempo mais uma vez, mas me explica mais essa, ontem assisti Cruzeiro e Inter, um jogo muito ruim, times medíocres, uma saraivada de passes reados e que tais, quanto a táticas e esquemas a mesmice de sempre que assola o pobre futebol brasileiro, fiquei comparando os dois times com o atual do Flamengo, e, realmente, a distância para melhor do Flamengo é muito grande, agora pergunto por que o Flamengo vivo perdendo pra esses timecos?
Grande Xisto!
Que tomar tempo que nada. Essas nossas conversas aqui são o maior barato.
Rapaz, eu não sei se é correto dizer que o Flamengo vive perdendo pra esses times.
No Campeonato Brasileiro do ano passado, ganhamos duas vezes do Cruzeiro; contra o Inter, ganhamos uma e perdemos a outra. No Brasileiro de 2017, ganhamos uma vez do Cruzeiro e empatamos a outra; o Inter estava na segundona. No Brasileiro de 2016, ganhamos as duas do Cruzeiro; contra o Inter, ganhamos uma e perdemos a outra. E na decisão da Copa do Brasil de 2017, em que o Cruzeiro nos derrotou nos pênaltis, os dois jogos terminaram empatados.
A gente tem perdido mais do que devia? Sim. Só que o que a gente tem perdido tá mais do que suficiente. Não aumentemos.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, eu quis citar esses dois times como parâmetro de outros do mesmo padrão, não necessariamente aos próprios, claro que o Flamengo ganha mais do que perde, senão não seria, com licença da má palavra vice do brasileirão do ano passado, só que na minha cabeça preguiçosa em estatísticas, ele perde as que não deveria ou não poderia perder.
Ah, sim, perfeito.
E, infelizmente, essa constatação (“perde as que não deveria ou não poderia perder”) explica a ausência de títulos significativos.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala Murtinho,
Assistiu ao jogo Cruzeiro x Inter ontem?
Honestamente, não acho que o Flamengo tenha conjunto/entrosamento, preparo físico e nem o nível de competitividade necessários para bater o Inter na Liberta.
Se passar, será o primeiro milagre de JJ no Flamengo.
O que temos é mais talento individual, mas estamos falando de um esporte coletivo, e o futebol em particular é cheio de exemplos maravilhosos de equipes menos talentosas mas bem treinadas e competitivas vencendo “seleções”.
O Flamengo tem 2 semanas para mostrar que tem uma equipe, não apenas um bando de jogadores talentosos.
SRN.
Fala, Marco.
Vi mais ou menos, e ver um jogo de futebol mais ou menos é bastante parecido com não ter visto nada.
De qualquer modo, cada jogo é um jogo. Há uma tendência em comparar o quanto o Inter jogou bem contra o Cruzeiro – se é que jogou isso tudo mesmo – com o quanto o Flamengo jogou mal contra o Bahia. E uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Quanto à segunda parte, não há o que discutir: treinado há algum tempo por Odair Hellmann – que parece bom treinador -, o Inter tem padrão de jogo. O Flamengo trocou o técnico há menos de dois meses, e o cara chegou mudando muita coisa. Isso pode pesar.
Mas é briga de cachorro grande. Dá para brigar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
A questão do Filipe Luís é simples: ritmo de jogo se adquire jogando. Se não jogasse a primeira nesse domingo, seria no outro domingo sua estreia depois de muito tempo parado, e estaria tão sem ritmo quanto.
Se não tivesse jogado, e fosse o Renê, provavelmente teríamos tomado os mesmos 3 x 0 (os gols não foram por culpa de nenhum dos laterais) e estaríamos aqui vociferando porque o FL ficou no banco.
Eu acho que reforço tem que jogar logo. FL tava jogando a Copa América até anteontem, não tá há 6 meses parado voltando de uma lesão ou retornando de férias de 2 meses da temporada europeia. Tem que jogar mesmo.
Talvez o que não fosse necessário era jogar de forma tão exposta, dadas suas condições físicas. Mas linhas altas parece ser algo inegociável do JJ. Que bom. Que continue assim e não dê ouvidos às viúvas de retrancas.
Mas uma coisa que merece atenção sobre o FL nesse sentido é o seguinte: ao contrário do Rafinha, que jogava no sufocante Bayern, acostumado a ter os 11 jogadores dentro do campo adversário o jogo inteiro e golear de 5, 6 toda semana, o FL veio do retrancadíssimo Atlético do Simeone, onde jogava com muita proteção e cobertura. Não é muito diferente na pragmática seleção do Tite. Em outras palavras, não é tão acostumado a esquemas ultra-ofensivos e correr atrás de garotada em lançamentos às suas costas sem cobertura.
Isso sim é uma questão que merece reflexão. Talvez não seja a característica ideal de lateral para o estilo de jogo do Jesus. Terá que se adaptar.
Tem capacidade para se adaptar rápido. Mas a perda do Léo Duarte, com seu ótimo senso de cobertura, pode vir a dificultar isso.
A conferir.
Sim, Trooper.
Concordo que o fato de Renê ser um lateral com boas qualidades defensivas – o que, aliás, também é o caso do Filipe Luís – não teria interferência no que houve na Arena Fonte Nova.
Filipe Luís teria mesmo que ser posto para jogar, o grande problema aí é outro: é a história de montarmos o time no meio da temporada, algo que vem ocorrendo ano após ano. Claro que, se não fosse desse jeito, não teríamos o Filipe Luís, e aí entra a discussão a respeito de ser alto ou baixo o preço a se pagar. Só o final da temporada nos dirá.
Muito boa a observação a respeito de Rafinha/Bayern, Filipe Luís/Atlético de Madrid. E aí, volta a questão: só o final da temporada nos dirá se a contratação foi ou não adequada, devido ao esquema que Jorge Jesus deseja implantar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Eu tenho umas saudades esquisitas, preciso ver isso, de repente, não mais que de repente, como no soneto do Vinícius me baixou uma saudade do pouco tempo que Dorival Jr dirigiu o Flamengo. Por que será? Cartas para a redação.
Grande Xisto!
A primeira carta acho que é a minha: algo a ver com o nome Diego?
Afinal, Dorival Jr. teve a treta com Diego Alves e botou Diego Bom Cabelo no banco.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, veja só o que é o inconsciente, quanto ao Diego Alves acho que pensei, mas quanto ao bom cabelo ou dura lex sed lex no cabelo é só gumex nem me toquei, pensei mais no time como um todo que estava jogando muito bem e perdeu por falhas individuais ( aquele gol, ou melhor não gol do Paquetá contra o Palmeiras ainda queima minha alma). Agora estamos jogando muito mal e continuamos perdendo por falhas individuais. Obrigado, pela psicanalizada.
Sim, Xisto.
E uma semana depois desse que o Paquetá perdeu contra o Palmeiras, no Maracanã – foi bem perto dos quarenta do segundo tempo, provavelmente venceríamos o jogo por dois a um -, tivemos o que o Vitinho perdeu no último minuto da partida com o São Paulo, no Morumbi, e que nos daria a vitória por três a dois. Dureza.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Vou ser curto e grosso, muito mais grosso do que curto, pois sou prolixo por natureza e profissão.
Primeiro lugar –
Coloquemos em pratos limpos.
Levamos um banho de bola do Baea e ponto final.
A derrota foi mais do que natural e só não foi por placar mais dilatado graças ao Diego Alves, apesar de sua enorme falha técnica (que não se confunde com frango).
Fizemos um arremate a gol, pra valer, qual seja a cabeçada do Arrascaeta. Mais nada.
Passemos a um segundo ponto, agora fora da partida baiana.
Aproveito a excelente observação da Bia Rago e dou nome aos bois.
O nosso Flamengo, pela sua atual Diretoria, está mais do que nunca se transformando em um autêntico ^novo rico^, pior ainda, coxinha e sofisticado sem saber ser.
A pretensa contratação do maluco do Balotelli não poderia ser exemplo melhor.
Só se houve falar em Neymar e cia ltda.
Aproveitamento da base – MÍNIMO
Contratação barata e eficiente – nerusca de pitibiriba.
Como todo novo rico adora também uma demagogia barata, coloca-se o pobre garoto das favelas como uma demonstração de preocupação social.
Tal qual a palhaçada que fizeram ao desfilar pelo Maracanã o último Garoto do Ninho a sair do Hospital de queimados.
Pagar o que deve, jamais. Exibir-se, sempre.
Pra encurtar. Não suporto tais atitudes, apesar de reconhecer que são bem próprias do Brasil de hoje.
Mais do que emputecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos.
Você tocou num ponto fundamental: a quase nula produção ofensiva do Flamengo no jogo com o Bahia. Se um time se propõe a jogar de forma agressiva, correndo os riscos inerentes à escolha, e o ataque constrói uma única jogada de gol em toda a partida, não há defesa que aguente. Isso não serve de desculpa para as falhas individuais – como já dito, joga-se de forma arriscada, é preciso concentração e seriedade -, mas boa parte das falhas defensivas se explica pelo que não se produziu lá na frente.
O interesse em Balotelli é, sem dúvida, polêmico. Agora, quanto a Neymar, desculpe, é assunto exclusivo para as cada vez mais alucinadas redes sociais. Não dá pra levar a sério.
Abração. SRN. Paz & Amor.
assunto Neymar –
Concordo plenamente. Loucura típica das redes sociais.
Com um porém. A Diretoria deveria vir a público e desmentir. Arrotando grandeza, nada faz neste sentido.
Não entendi.
Qual é o problema do Neymar dizer que quer jogar no Flamengo?
E do Flamengo, dizer que gostaria de ter o Neymar?
Eu hein. Tudo é motivo pra criticar a diretoria que melhor contratou e que tem vencido os títulos que disputa, em muitos anos. Pessoal deve estar com saudade da época em que o clube pagava 900 mil/mês para Geuvânio, 500 mil/mês para Rômulo, outros 500 mil/mês para Conca, e tinha no seu time principal nomes como Gabriel, Vaz, Márcio Araújo e outros quejandos.
Quanto ao Balotelli é um atacante absolutamente acima da média dos que jogam por aqui. Titular da Itália em Copa do Mundo, só com times gigantes no currículo, baita experiência internacional. Ano passado fez gol a rodo jogando pelo Olympique. Isso que está “em baixa” na carreira. Vai jogar em campeonato que He-Man é chamado de “matador”.
É uma contratação de risco? Claro. Mas quem não arrisca não petisca. Lembro que o Flamengo abriu mão do Felipe Melo para contratar Rômulo, porque o primeiro tem “personalidade difícil”. Legal. Tem duas taças de Brasileirão lá na sala de troféus do Palmeiras, com Felipe Melo sendo seu jogador mais regular no período. Já o Flamengo com Rômulo… bem, não preciso detalhar.
Comparam a contratação do Balotelli com a do Adriano. Excelente comparação. É muito parecido mesmo.
Ganhamos nosso único Campeonato Brasileiro em 27 anos graças a ela.
De minha parte, já imagino um ataque com BH, Balotelli e Gabigol recebendo passes do Arrascaeta.
Não queria ser o zagueiro adversário.
Nâo me tome por implicante, mas se há uma coisa que me deixa fulo de raiva é a afirmativa de que o título de 2009 se deve ao Adriano.
Foi importante na conquista, ninguém contesta.
Petkovic e Bruno, no entanto, foram bem mais, em especial o genial sérvio.
O tema, temos que reconhecer, já pertence ao passado, mas nunca resisto à tentação de me manifestar.
Mania, quem sabe, de fazer justiça.
Pela ordem de importância – Petkovic, Bruno e Adriano, seguindo-se os demais, sem nunca esquecer que, entre estes, há uma figura simbólica, grande exemplo da paixão rubro-negro por parte de um jogador, talvez o único, o Ronaldo Angelim.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Adriano, Pet e Bruno foram as cartas na manga, mas, como dizem os “especialistas”, o time como um todo cresceu. Zé Roberto, o Zé Cachaça (não sei se é ou não, apenas pra identificar) p.ex., nunca jogou tanta bola na vida. O mesmo vale pro Álvaro que de repente virou um zagueiraço. Juan e Léo Moura rebentaram nas laterais e David Bráz está até hoje colhendo frutos daquele gol na final contra o Grêmio. Fora o Maldonado que, se não me engano, àquela altura, era dado como morto.
Meu amigo Carlos.
Se a diretoria tiver que vir a público para desmentir todas as maluquices paridas pelas redes sociais, não vai fazer outra coisa na vida.
Abração. SRN. Paz & Amor.
vou discordar ….
2009 foi imperador,bruno e pet.
SRN !
Fala, Chacal.
Acho que os três foram igualmente importantes, e bem acima da importância dos demais.
Apenas um esclarecimento: você não discordou de mim (o que, se fosse o caso, não teria o menor problema), e sim do Carlos Moraes ou do Trooper.
Abração. SRN. Paz & Amor.
murtinho,discordei do meu grande amigo carlos moraes.
SRN !
Mais do mesmo. Troca o técnico e contrata jogadores no meio da temporada, o time não engrena, entra em parafuso nas partidas decisivas mas comemora vaga na Libertadores do ano que vem.
Nem São Judas dá jeito
Fala, Ricardo.
Pois é, rapaz, esse me parece ser o pior dos nossos problemas.
E é por isso que me arrepio todo quando o pessoal começa a falar – ainda que com razão – em barca. Barca significa começar do zero.
Além disso, temos insistido no erro de montar o time no meio do ano. Rodrigo Caetano defendia essa estratégia, dizendo que era a única maneira de repatriar bons jogadores. O problema é que ela empurra os objetivos para o ano que vem. E para o outro. E para o terceiro. Como um certo país que conhecemos bem, viramos o eterno time do futuro.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caro Murtinho,
É engraçado porque há umas temporadas atrás o Flamengo cansou de ganhar fora de casa no Brasileirão, foi a temporada em que não pode jogar no Maracanã, ainda tinha essa de todo jogo praticamente ser fora de casa. Se eu não me engano o Flamengo teve que jogar como mandante em Juiz de Fora, Espírito Santo etc. Eu não sei se já vieram com o papo de perdedor de que é normal perder fora de casa, mas quando vierem, alguém tem que lembrar a história recente.
O Diego Alves precisa de um banquinho desde que chegou, o problema é que o Flamengo não contrata goleiro. Quer contratar o maloqueiro do Balotelli, que se subir o morro com o Didico não desce mais, mas deixou o Marcelo Grohe ir para a Arábia Saudita e o Walter do Corinthians ficar quase cinco meses sem o Corinthians querer renovar o contrato dele. O Flamengo só contrata se for a maior contratação da galáxia, trazer um goleiro para discretamente colocar uma pressãozinha no titular é muito pouco para o departamento de futebol/departamento de marketing do Flamengo. Só vão fazer alguma coisa, como sempre, muito tarde e do pior jeito possível, que é quando o Jorge Jesus perder a paciência e barrar o Diego Alves.
Bia, como sempre, fazendo comentários precisos e inteligentes.
A lembrança do Marcelo Grohe (goleiraço) e do Walter é perfeita e poucos ou nenhum rubro-negro (eu, p.ex.) sequer se deu conta desse detalhe, detalhe que custou uma derrota e pode custar um campeonato.
O departamento de marketing do Flamengo vem demonstrando a cada postagem ou ação que é um verdadeiro horror.
A quantidade de mancadas seguidas beira ao cômico – pela mancada em si e pela manutenção das antas nos cargos.
O mais impressionante é que nenhum filadaputa de um repórter questione tantas barbeiragens.
abração srn p&a
PS – Gostaria de recuperar o comentário que vc fez a respeito da mafiosa ligação Crefisa-Palmeiras. Se acontecesse algo parecido no Flamengo, eu também denunciaria.
Perfeito. Só acrescento que:
1 – Acho que você mesma comentou mais abaixo, o Flamengo começou o ano com um orçamento respeitável e não traduziu em resultados. Agora sabe-se lá o que faz. como faz.
2 – A Crefisa tentava abater como despesa suas doações à SEP, reduzindo o faturamento a fim de pagar menos impostos.
Sds.
Obrigada, Rasiko, pelas palavras sempre tão gentis.
A Crefisa é uma pouca vergonha. Parei de pagar meu sócio-torcedor há uns dois anos, quando a Dona Leila conseguiu ser aprovada como conselheira no tapetão. Se o Palmeiras tem o dinheiro da Crefisa sem questionar, então não precisa do meu.
O único que eu vejo questionar a diretoria do Flamengo é o Mauro Cézar Pereira, e toma porrada de todo lado. Mais fácil ser da turma do vinho, é mais confortável.
Grande abraço para vc. Paz e amor
Minha querida Bia.
Você tem razão. Em 2016 o Maracanã foi fechado para as Olimpíadas, e o Flamengo aproveitou para faturar Brasil afora. Cariacica, Brasília, São Paulo. Curiosamente, foi aí que o clube obteve sua maior sequência de vitórias na história do Campeonato Brasileiro, na condição de mandante. Mas veja bem: como mandante. Era fora do Rio, mas não como visitante, com torcida contra, climão pesado etc. É isso que o time atual precisa aprender a encarar.
Quanto ao papo de que é normal perder fora de casa – sim, é normal, para quem não se diz candidato ao título -, quem veio com essa conversa mole foi Abel Braga. Normal perder pro Inter em Porto Alegre, normal perder pro Atlético em Belo Horizonte, enfim, normal perder.
Discordo de você em relação ao Marcelo Grohe. Excelente goleiro, mas não há chance de competir com o que os caras pagam lá.
Concordo plenamente quanto às contratações marqueteiras. De algum tempo pra cá, o Flamengo tem se especializado em buscar contratações midiáticas, em vez de procurar aquelas que são pontuais, feitas para resolver problemas técnicos do time. Além disso, não compreendo o motivo de algumas obsessões. Há dois anos, o clube cismou porque cismou que queria o Marinho. Não se falava em outra coisa, não se pensava em outra coisa. Enquanto o Palmeiras ia lá no Santa Cruz e pegava o Keno, ia no Criciúma e pegava o Róger Guedes, o Flamengo queria Marinho, Marinho e Marinho. Um cara que tinha brilhado em clubes menores e passado pelo Cruzeiro sem deixar saudades. Marinho acabou indo pro exterior. Voltou ano passado, pro Grêmio, e fracassou. Agora está no Santos e pode ser que jogue. (Parece que qualquer um joga bola com Sampaoli, né? Com exceção do Uribe.)
No caso dos goleiros, a coisa é ainda mais grave: como escrevi na resposta a um comentário do Rasiko em outro post, o Flamengo dispensou (ou nada fez pra segurar, dá no mesmo) os dois atuais titulares absolutos da dupla Gre-Nal.
Não há como negar: tanto quanto o seu Palmeiras, o Flamengo é um clube difícil de entender.
Beijo grande. Paz & Amor.
“Não há como negar: tanto quanto o seu Palmeiras, o Flamengo é um clube difícil de entender.”
Negativo – facílimo. Basta ligar o console ou PC e jogar PES enquanto estuda stats e valores de mercado dos jogadores. Obviamente, o bonequinho com o número maior, corre mais e custa mais caro. Vamos contratar, segundo estes critérios a nata da nata. Quanto a todo o resto? Sei lá, nem me interess motivar esses vadios. Eu pago eles caro e em dia, portanto eles vão fazer o que eu quero porque sim e ponto final! Não precisa de especialista em boleiro coisa nenhuma!
Calma gente – o Pelaipe está conversando com os atletas e garante que não vai acontecer de novo.
Dinheiro, dinheiro, dinheiro… eu estou precisando de dinheiro mas eu sei usar. O Carlos saberia usar. O/A Rasiko (perdão mas o nick é ambíguo). E tantos outros.
Pela 1ª vez na vida o meu gênero é colocado em cheque.
Me sinto lisongead…
Você foi promovido, parabéns
Então, Willard.
Quando falei sobre a dificuldade a respeito de entender o Palmeiras e o Flamengo, estava me referindo, especificamente, a um certo climão político que é marca registrada dos dois clubes.
Nesse sentido, acho, inclusive, o Flamengo muito mais parecido com o Palmeiras do que com o Corinthians. Ok?
Só esclarecendo: Rasiko é O.
Abração. Paz & Amor.
Jorge, quem lhe deu autorização pra desvendar o mistério sobre o meu gênero? 🙂
Opa! Desculpe, tem toda a razão. Tenho nada com isso.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caro Murtinho,
Obsessão pelo Marinho é difícil de entender… É a isso mesmo que eu me refiro quando falo das contratações malucas do Flamengo. Não fazem o menor sentido.
Vc mencionou o Sampaoli – estou até com pena do tanto de olho gordo que ele deve estar recebendo. Dá até uma vontade de torcer para o Sampaoli e para o Jorge Jesus só de birra.
Grande beijo e vamos em frente!
Fala Jorge, realmente nós ficamos loucos com repetições que coisas que não deram certo…
Matar o elenco fisicamente é “filme repetido”.
Na outra vez por conta de um pequeno elenco e agora pelo aparente excesso de treinos físicos, com um detalhe muito ruim/estranho e injustificável : ” Por que para contratar um técnico, seja este quem for, mandamos embora todos os que trabalhavam ligados ao futebol, inclusive e especialmente, fora de campo, como o pessoal do centro de excelência (ou que nome tenha…) que avaliava as condições físicas dos jogadores ???? Em 40 dias tivemos mais contusões musculares do que no ano passado todo. Precisa de mais alguma coisa para concluirmos que essa medida foi um grande erro ???
Ok, temos um elenco numeroso e muito bom, mas uns 08 estão no DM e uns 14 caindo pelas tabelas ……
Vai dar merda, infelizmente .
Gde abraço
SRN
Com relação à mudança radical no departamento de futebol, incluindo tudo e todos, eu pensei e disse a mesma coisa, Eduardo.
Que o treinador tenha autonomia na escolha dos nogadores, tudo bem, mas VP e outros executivos do futebol – que estão acima do treinador – têm a responsabilidade de intervir quando e pedido for esdrúxulo, como foi (é) o caso.
E é de levantar as orelhas que o JJ não tenha tido a sensibilidade de se informar de como era o treinamento físico anterior e de como deveria ser feita a transição pra que não acontecesse o que vem acontecendo.
Além, claro, de algumas escalações estapafúrdias como a do Filipe Luís, Arrascaeta e ERibeiro, os 3 vindos de contusão e completamente fora de forma.
Não dá pra adivinhar, mas se o Renê tivesse iniciado jogando, dificilmente o resultado seria o mesmo.
Sem o Cuellar, a natural cobertura do lateral, a defesa ficou que nem buceta de velha carente: arreganhada e pedindo pra tomar dentro.
Não deu outra.
srn p&a
Diego foi lesão por trauma.
Vitinho, trauma.
Arrascaeta, muscular. Mas não fez a inter-temporada com o Jesus, pois estava na Copa América.
Rodrigo Caio sim. Talvez a única que possa ser atribuída a eventual sobrecarga nos treinos.
O Flamengo enfrentou uma sequência absurda de decisões e clássicos jogando quarta e domingo. Esperar que não fossem ter baixas não passa de ilusão.
Estamos bem vivos no Brasileirão e classificados na Libertadores. Saímos da Copa do Brasil, a meu ver, o menos importante dos 3. Dos males o menor.
Prefiro isso a passar 38 rodadas de Brasileirão jogando com time reserva e estádio vazio, como faz o queridinho do flamenguista com problemas de memória de médio e longo prazo, Renato Gaúcho. Com menção honrosa pra outro fanfarrão embusteiro pedante, Mano Menezes.
Jesus é um treinador diferente, sim. Veio lá da Europa, onde não tem moleza em treino e talvez por isso hoje estejam praticando um esporte totalmente diferente dessa várzea que vem sendo praticada alno Brasil.
Detalhe, para encerrar: tudo, rigorosamente TUDO, que estavam falando do Jesus agora falava-se do Sampaoli no seu início no Santos, quando chegou a levar goleada até do Ituano, tomando gols idênticos ao que levamos do Bahia, com bola nas costas em linha de defesa alta.
Quem prefere retranca e chutão pra frente, tem uns 300 técnicos à disposição aqui, vai lá na porta do CT fazer protesto pedindo deles. Eu vou continuar apoiando o mister, até vê-lo praticar um jogo covarde como Abéis, Zés Ricardos, pofexôres, Muricys e outros…
Fala, Eduardo.
É uma equação complicada.
A gente queria – quer dizer, eu queria, não tenho procuração pra falar em nome de ninguém – um treinador que apresentasse novidades, que fugisse do rame-rame a que o futebol brasileiro se acostumou. Sai Mano, entra Vanderlei; sai Vanderlei, entra Abel; sai Abel, entra Mano. Isso sem falar nos cristóvãos, nos neys francos, nos dorivais. O fato é que não dá pra montar um esquema de jogo ousado e diferente, ao menos para os nossos padrões, sem puxar a rapaziada nos treinos – algo de que sempre reclamávamos. Alguns vão se lesionar? Vão. Paciência.
Claro que o tema merece discussão, mas eu não sei se é possível mudar as coisas, do jeito que se queria mudar, mantendo o pessoal que fazia tudo de um modo que não se aguentava mais. Enfim, ao debate.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Eduardo e Murtinho
(não menciono os outros dois eis que não tocaram neste ponto)
É muito comum, na Europa, os grandes técnicos – Guardiola, Klopp e outros menos votados – pouparem também seus titulares, em razão da sequência de jogos.
Dizem que lá jogam menos vezes. É uma meia verdade. Veja-se o momento atual. Não houve jogos em junho e julho e boa parte do atual mês. Aí está a diferença. CEM dias, praticamente, sem qualquer jogo. Logo, no restante, há tantos jogos como aqui.
Há campeonatos estaduais disputadíssimos e as inúmeras taças, somente nacionais e as internacionais.
Diferenças existem, a principal delas mais do que compreensível.
Técnico nenhum troca, como fazem aqui, o destrambelhado Renato Gaúcho à frente, os 11 jogadores.
É de todo inconsequente.
Tomemos o Liverpool como exemplo.
Jogo pela Copa A e pela Premier League.
Havendo, como há, a possibilidade do jogo da Copa ser contra um time da QUARTA DIVISÃO, aí, e somente aí, o Klopp escala todos os reservas.
Por outro lado, mesmo contra uma equipe do Championship, não vai poupar ao mesmo tempo Salah, Firmino e Mané, ou, no setor defensivo, Van Djck e Robertson.
Há critério para tanto, sendo que, não tenho (e nem poderia ter) a menor informação a respeito de eventuais problemas físicos, a ditar os jogadores a serem poupados.
Agora mesmo, acredito piamente que o destrambelhado vá escalar o Grêmio só com reservas, em razão do jogo contra o Athletico, no meio da próxima semana, pela Copa do Brasil.
Parênteses – pela má posição dos gaúchos no Brasileirão, considero uma semifinal da Copa (como, adiante, as quartas da Libertadores) MUITO mais importante.
Aguardemos, para conferir.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Fala, Murtinho! Concordo que Diego Alves precisa de um banquinho pra se ligar. Ele falhou no 1º gol do Emelec no jogo de ida, nos dois gols do Botafogo e no 2º gol do Bahia. Acho que ele só não falhou no jogo de volta contra o Emelec, porque não foi exigido. Como ele pegou um pênalti, a tendência é a galera se esquecer das falhas. Essa regularidade tá complicada! A pergunta é: Depois daquele episódio com Dorival Júnior, em que Diego Alves se recusou a viajar com a delegação do Flamengo porque pegou um banquinho, e depois que a diretoria reintegrou o jogador, como se nada de grave tivesse acontecido, será que tem alguém do comando técnico ou da diretoria com culhões para fazer isso? A conferir… Outra regularidade que incomoda é a irregularidade desse time. O Flamengo é capaz de fazer um belo jogo à europeia e outro à várzea em pouco espaço de tempo. Esse problema crônico não é atual e remonta os tempos de Zé Ricardo. Acho que com Muricy o Flamengo nunca teve uma atuação de gala. O que mais me preocupa disso tudo é que esse time não aprende com velhos erros. Uma atuação dessas na Libertadores é fatal. Em tempo, Gilberto não vai fazer mais nenhum hat-trick até o final desse campeonato brasileiro, só contra o Flamengo mesmo! 🙁 Saudações Rubro-Negras!
Fala, Serginho.
Como tudo o que acontece no futebol brasileiro, o episódio Diego Alves x Dorival Júnior permanece muito mal explicado.
A regularidade da nossa irregularidade é um conceito genial. Passei pelo tema no post publicado em 10 de junho, com o título “Para o novo técnico perder o sono”. Lembrando uma declaração de Abel Braga (ele tinha dito que o Flamengo ainda não fizera, no ano, duas partidas seguidas ruins), escrevi que o oposto também era verdade: o Flamengo ainda não fizera, no ano, duas partidas seguidas boas. E você tem razão: isso vem de longe.
Além de levar três gols do Gilberto – já deve ter gente pedindo a contratação dele -, me incomoda o Flamengo não ter feito um golzinho sequer contra uma defesa que tem Lucas Fonseca (talvez o zagueiros mais grosso da série A) e Juninho (um dos mais lentos).
Abração. SRN. Paz & Amor.
Prezado Murtinho,
Dentre os tantos fatores que explicam essa derrota humilhante, já tão bem expostos aqui no seu blog, destaco a impressionante capacidade do nosso Flamengo de “levantar defunto”. Infelizmente, não é novidade.
Até quando teremos que conviver com essa coisa?
SRN! Volta por cima e pra cima deles, Mengão!
Fala, Fernando.
Eu acho, rapaz, que isso faz parte da vida de todo clube que, por um motivo ou outro, se destaque claramente dos demais. Seja pelo tamanho da torcida, seja pelo poderio econômico, seja pela qualidade do time, seja pela arrogância dos dirigentes, seja por fake news (no caso do Flamengo, essa bobagem de que é “o time da Globo”), etc.
A história que eu falei da desmobilização tem, obviamente, o contraponto da mobilização. É evidente que qualquer time, e qualquer jogador desse time, vai se sentir muito mais motivado em enfrentar o Flamengo do que o Boa Esporte. (Costumo citar o Boa Esporte aqui por ser uma dessas pragas do moderno futebol brasileiro, esses clubes itinerantes, que pertencem a empresários e se ligam aos prefeitos que lhes oferecerem maiores vantagens.)
Não acredito que aconteça só com o Flamengo. Temos essa impressão porque o que olhamos é o Flamengo. Mas vale para o Corinthians, para o Palmeiras, no Sul certamente vale para a relação entre os clubes pequenos e a dupla Gre-Nal. E aí, se você não estiver num dia bom, o defunto levanta mesmo.
Quanto à convivência com isso, não tem jeito: irá acontecer enquanto gostarmos de futebol.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Balotelli tem a cara do flamengo…!
SRN !
Fala, Chacal.
Confesso a você que não acompanho a carreira do Balotelli. Sei que passou por grandes clubes europeus, como Inter de Milão, Manchester City, Milan, Liverpool, e ultimamente, em baixa, esteve no futebol francês. (O fato de estar em baixa na Europa não significa que não sirva para o futebol brasileiro.)
Lembro de ter visto um ou dois jogos dele pela seleção italiana. Boa movimentação, chute forte, me pareceu um atacante perigoso. Agora, é temperamental, não? Imagine esse cara fazendo dupla de área – como fez na Inter de Milão – com Ibrahimovic. Não sei como o clube sobreviveu.
Abração. SRN. Paz & Amor.
balotelli é a cereja do bolo,cara cascudo sem medo de cara feia,vem pra ser temido pelos adversários,diferente de Diegos entre outros.
cara já sofreu racismo e nunca peidou por isso.
ele é o que falta nesse time de mauricinhos.
SRN !
Então, Chacal: isso aí foi mais ou menos o que o presidente Rodolfo Landim disse. (Claro que ele não falou mal do Diego, nem poderia.)
Mas é curioso: quando interessa à diretoria, eles falam que o Flamengo mudou, que o Flamengo está em outro patamar, que o Flamengo agora é outro, que etc. e tal e isso e aquilo. Quando o interesse muda, o discurso muda junto e vira discurso-raiz.
Nunca liguei a mínima para o que os jogadores fazem fora de campo, apenas acho que, no futebol atual, se o cara não se cuidar não tem como desempenhar. Se Balotelli vier – acho difícil por causa da grana, mas como o Gabriel veio, ele pode vir também -, espero que não tumultue e jogue bola.
Temos uma bela carta na manga para convencer o cara: se houver necessidade de alguém para adaptá-lo à cidade, e que fale italiano, o nosso grande Didico está aí de bobeira.
Abração. SRN. Paz & Amor.
perfeito !
SRN !
Pois é, Murtinho, desmobilização…esse estranho fenômeno que se repete sempre após uma vitória épica/sofrida/na raça.
Sua pergunta é simples, mas parece que, no Flamengo, ela nunca foi feita.
Dá pra mobilizar de novo, urgente?
SRN
Com toda a sinceridade afirmo que não me surpreendeu um pouquinho sequer a derrota do Flamengo para o Bahia.
Surpreendeu-me, isto sim, o placar dilatado (mas justo) fruto de uma exibição mais do que medíocre.
Vejam no resumão do Murtinho.
A rigor, tivemos UMA chance em todo o jogo.
Ainda com 0 x 0 o excelente goleiro Douglas Friedrich, o Alemão, fez portentosa defesa em uma cabeçada do Arrascaeta.
Nada mais.
Já os baianos, no segundo tempo, obrigaram o Diego Alves a fazer duas portentosas defesas, impedindo uma goleada histórica,
A grande interrogação. Qual o motivo de tamanho fracasso.
Como quase todo mundo, acho que Arrascaeta e Everton Ribeiro são os dois melhores jogadores do nosso excessivament badalado elenco.
Por outro lado, entendo que Cuellar e Gabriel são os dois jogadores mais necessários ao time.
Cuellar é o responsável por 90% do nosso poder defensivo, enquanto Gabriel por 100% do ofensivo.
Assm sendo, a ausência de um diexou entregue às baratas a nossa ainda inexperiente zaga de área, ao passo que a do outro transformou o nosso ataque em pó.
Acresça-se a surpreendemente PÉSSIMA partida do Rafinha e a deplorável estréia do Filipe Luis, aqui sim, um lamentável equívoco do JJ, pois o jogador não tinha a menor condição de jogo.
Além do mais, como já suspeitava, Piris da Mota é muito fraco, primo irmão do Márcio Araújo, Willian Arão não dá a menor eserança,
Salvou-se da catástrofe, até certo ponto, o Gerson, já que Everton Ribeiro, De Arrascaeta e Bruno Henrique, sem serem pesos mortos, ficaram bem longe de jogar bem.
Diego Alves, um caso à parte. Nada poderia fazer para impdir dois gols e, como já afirmei, salvou outros dois, que a maior parte dos goleiros brasileiros não defenderiam,
No segundo gol, em que pese o alto grau de responsabilidade do Pablo Mari, que fez exatamente o que NÃO PODERIA FAZER, foi de uma infelicidade extrema, dando de presente um sarapatel para os baianos saborearem.
De forma alguma, no entanto, pode ser responsabilizado pela tenebrosa exibição, sequer pela derrota.
Jesus errou – e feio – ao escalar um jogador sem condições físicas.
Felipe Luis trouxe-me à memória o Conca em suas pouquíssimas e paupérrimas apresentações no nosso Flamengo.
A cena dele correndo atrás, esbaforido, do Gilberto, no lance do terceiro gol, foi GROTESCA.
Será que haveria ainda algo pior, indago.
Por incrível que pareça, HOUVE.
O Flamengo que amo é rubro-negro.
A camisa de ontem, cor de burro quando foge, foi algo DIABÓLICO.
Portanto, nada se salvou.
Vamos, mais do que provavelmente, ganhar do time do Grêmio, na próxima rodada, eis que os sulistas certamente irão se apresentar com o time reserva, como faz parte do repertório de maluquices do Renato.
Os coxinhas de plantão retornarão alegres a garantir – temos um time praticamente imbatível.
Entristecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Bela análise.
Como sempre, há discordâncias aqui e ali, mas foi bem ampla e embasada.
Por exemplo: há dúvidas quanto ao que Diego Alves poderia ou não fazer no primeiro e no terceiro gols. Claro, com Gilberto entrando cara a cara, defender as conclusões era praticamente impossível, mas eu, o João Neto e o Trooper achamos que, no sistema que Jorge Jesus vem tentando implantar, o goleiro tem que atuar mais adiantado, quase como um líbero, e antever lançamentos como aqueles. Diego Alves saiu do gol quando nada havia a fazer.
Talvez eu tenha sido injusto no post, e você em sua crítica, ao dizermos que ninguém se salvou. Gerson continua sendo um bom exemplo do tipo de contratação que o Flamengo deve perseguir, mas não sei se ele chegou a ser o melhor ou se foi apenas o menos pior.
Também acho que Jorge Jesus errou na escalação. E que se deve parar, de uma vez por todas, de discutir se a camisa é bonita ou feia. Ela pode ser a coisa mais maravilhosamente fashion do mundo, só que não é Flamengo. Ponto. Mas enquanto continuarem comprando, eles vão continuar lançando.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Saudações.
Meu caro Carlos Moraes, há um ponto ou dois de concentração da torcida gremista na Internet (em blogs, já que rede social não conta – vale tudo).
Há o debate mas já é de anos que o Grêmio abre mão do BR por questões de calendário, prevenção de lesões, limitação de elenco…
Esteja certo de que o Flamengo enfrentará no mínimo time misto. Ainda mais depois do fiasco cruzeirense que praticamente selou a classificação do rival à decisão.
Aqui, claro, além de “visitante”, predomina mais a razão. Lá no meio de nós todavia “ai” de quem ousar questionar o Portaluppi. Ganhou uma LA poupando em 2017 e foi eliminado – não adianta esconder atrás de subterfúgios – por não atentar ao detalhe. O jogo teve a sua história, e o Grêmio permitiu que fosse assim. MAS estávamos nas finais até os 44 do segundo tempo. Poupando. Por isso neste tocante sou obrigado a concordar com o Portaluppi.
Nos veremos na semifinal. Copa do Brasil já tenho cinco, o Binter que ganhe a desse ano: em 2022 empatam conosco.
Saudações Tricolores do Sul
Também acho que no jogo do próximo sábado o Renato deva escalar um time reserva.
Desta vez, como já está fora da disputa, poderia trocar até todos os 11 titulares. a menos que haja algum suspenso na Copa do Brasil.
É evidente que, diante da vitória colorada de ontem, toda atenção seja dada para alcançar a final, que seria integralmente gaúcha.
A rivalidade é intensa, valendo mais que qualquer título brasileiro.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Fala, Willard.
Poupar ou não poupar é uma grande discussão. Defendo o meio termo. Poupar quatro caras num jogo, poupar outros quatro em outro jogo, e assim vai. Escalar onze reservas acho doideira, até pelo aspecto psicológico: é como se o clube e o técnico assumissem que estão pouco se lixando para a competição.
Me corrija se eu estiver errado, mas creio que houve um Campeonato Brasileiro recente – não sei qual dos últimos três – em que o Grêmio poderia até ter levado o título se não fossem os pontos perdidos nos jogos que disputou com o time inteiro reserva. Tô enganado?
Aproveito seu comentário pra fazer um registro importante: ok quanto à história do detalhe na eliminação da Libertadores 2018 (o gol perdido por Everton, que mataria o jogo, foi fatal), mas aquele pênalti que o diabo do VAR marcou foi o fim do mundo. Tanto que, logo depois ter chutado a bola, o próprio Scocco ergueu o braço, pedindo ao juiz uruguaio Andrés Cunha que marcasse escanteio. Nem o Scocco tinha visto o pênalti, que com VAR ou sem VAR, com mudança ou sem mudança na orientação a respeito de bola na mão ou mão na bola, pra mim foi um absurdo.
Abração. Paz & Amor.
A multa do Léo Duarte era de € 50 milhões.
Se foi vendido por 10 e, ainda por cima, no meio da temporada, significa que o Flamengo está com a corda no pescoço.
Pelo menos é o que diz a lógica.
Então que papo é esse de finanças em dia, clube rico e blábláblá?
Alguma coisa não fecha nessa equação.
Porque a pressa dessa venda fora de propósito, exatamente de uma diretoria que caiu de pau em cima do Banana por ter vendido o Paquetá abaixo da multa?
E olha que foram só £ 15 milhões abaixo e não € 40.
O time foi mal escalado – falei antes do jogo começar, quando imaginei que o Filipe Luís entraria no 2º tempo com a parada já resolvida -, colocando Arrascaeta e Everton vindos de contusão, insistindo com o sonolento Arão (foi mais horroroso que o normal) e o Piris da Motta se candidatando a ser o novo Pará, quando o Hugo Moura já deu fartas provas de ser melhor que os 2 juntos.
Tudo indica que aquele papo de que o JJ não é pedófilo não é fake News.
Meu novo mantra até que o time embale uma sequência de vitórias e atuações convincentes (contra Goiases não conta): #odeiofutebol.
srn p&a
PS – #FORADIEGOALVES
Perfeito Rasiko, perdemos o nosso melhor zagueiro no meio da temporada, e os super dirigentes agora me vem com essa de Balotelli, quando qualquer sujeito que entenda minimamente de futebol percebe que o que mais precisamos hj é de um volante à altura do Cuellar pra dividir a responsa no meio.
SRN.
Fala, Rasiko.
Acho que essa história de multa rescisória serve apenas como valor de referência. Vinicius Júnior foi uma exceção, é possível que haja mais um ou outro cara, mas dificilmente alguém é vendido pelo valor total da multa. É só um jeito de começar a conversar, na hora do vamos ver o valor sempre cai.
Outra coisa, Rasiko: também acho que não existe esse papo do clube dizer “não vendo, pronto, tá acabado”. Veja o exemplo do Arthur, da seleção brasileira, vendido pelo Grêmio ao Barcelona. Li que a família dele tinha 20% dos direitos. A multa do Arthur era de 50 milhões de euros, o Barcelona pagou 31 milhões de euros. O jogador ficou com 6,2 milhões de euros (mais de 26 milhões de reais), além de um salário de aproximadamente 2,5 milhões de euros anuais, equivalentes a mais ou menos 900 mil reais por mês. Como é que o clube vai chegar para um cara de 21 anos e dizer: não vou te vender, não vou deixar você ganhar essa grana, não vou permitir que você decrete a independência financeira da sua família. Não dá, né?
Quanto à história do Paquetá, aí é política. Concordo que a venda foi pessimamente conduzida, já que foi decidida e comunicada num momento crucial do Campeonato Brasileiro e nem teve esse papo de esperar janela. Mas, na questão dos valores, acredito que se fosse com a atual diretoria teria acontecido o mesmo. Como dizia Caetano, política é o fim.
Sobre o jogo em si: também achei o time mal escalado. Arrascaeta e Everton Ribeiro deveriam ter atuado um tempo cada um. Arão jogou mal – como de resto todo o time -, mas pior do que ele foi o Piris da Motta, outra contratação pra lá de esdrúxula. Aí, concordo: para contratar jogadores desse naipe, claro que é melhor ficar com o que há na base. Mesmo sem muitas opções, eu teria poupado Bruno Henrique, que tinha corrido uma barbaridade contra o Emelec e qualquer hora dessas estoura.
Enfim, foi feio, mas não foi tão grave assim. Muita coisa ainda vai acontecer no campeonato – lembre-se que o Santos tomou uma pancada de quatro a zero do Palmeiras – e o que precisamos é nos manter na turma de cima, sem deixar os times paulistas escaparem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Pois é, Jorge, entendo mas não compreendo. Se o Flamengo tá bem de grana, significa – ou deveria significar – que não está com a corda no pescoço e, portanto, com poder de barganha. Vender por 40 milhões a menos da multa e, pior, num momento inteiramente inapropriado, no mínimo levanta suspeitas. Sempre lembrando o caso do Dudu do Palmeiras que queria sair seilápraonde, o clube disse não, ele ficou e arrebentou. Bons exemplos são pra serem seguidos.
srn p&a
Fala, Rasiko.
Eu insisto: a gente não deve levar muito a sério esse valor total da multa.
A multa do Reinier é de 300 milhões de reais, que equivalem a mais ou menos 70 milhões de euros. Nunca tinha visto Reinier jogar – essa é uma indesculpável falha minha -, porque não tenho a menor paciência com sub-isso e sub-aquilo. Mas quando ele entrou contra Emelec e Bahia, me pareceu bom jogador. Você acha mesmo que alguém vai chegar aqui e dar 70 milhões de euros nele? Se chegar com 40, 50, leva na hora.
Outra coisa: vi uma entrevista do Landim dizendo que o clube não está nadando em dinheiro. Tem as dívidas equacionadas, salários em dia, vem honrando os pagamentos etc. e tal, mas daí a nadar em dinheiro vai uma diferença. E, como em qualquer grande clube brasileiro, vender jogadores da base valorizados faz parte das previsões anuais de receita. A gente é pobre, uai, não há muito o que fazer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, não custa lembrar que o Muralha já vinha fazendo estrago. A cereja do bolo foi o jogo de adivinhação na decisão das penalidades máximas contra o Cruzeiro em que pulou para o mesmo canto nas 5 cobranças.
A Diretoria cedeu aos apelos dos torcedores que exigiam a contratação do afamado Pegador de Pênaltis.
Deu no que deu. Muralha continua fazendo escola. Me fez lembrar até dos meus tempos de craque. Também, com esse tipo de goleiro de Botão, qualquer atacante se cria. Até, eu!
Um abraço
Eu sou feito de contadições, sou um poço delas, eu diria, e até onde assisti o jogo de ontem nem pensei em tocar no velho professor para gáudio do Miki e da Ana, não que estivesse tranquilo, mas achava que o time estava fazendo direitinho aquilo que ele sabe fazer muito bem: ter a maldita posse de bola. Claro que já entro em campo meio sobre assustado pela linha lá de trás, alguma coisa me lembrando da linha burra do Saldanha e fico pensando na solução, contrata-se quatro Bolts, transforma-se o que lá estão em algo parecido através de treinamentos específicos para corredores de curta distância? A verdade é que o futebol brasileiro se acostumou, ou melhor dizendo, mal acostumaram nossos professores a dar boa vida aos zagueiros pra não perder jogos, pratica-se aqui nesse nosso paupérrimo futebol há longo tempo exigir pouco de zagueiros, quase chegam a ser come-dormes, tem sempre gente dando a famigerada “proteção à zaga”, quer dizer zagueiro fica ali à espreita e só sai na boa ou nas divididas correr que é bom atrás de lateral ou qualquer avante rápido não o fazem, desaprenderam ou se desacostumaram. O dilema do JJ, já que daqui a pouco vai começar a ser cobrado, ou volta a jogar como as velhas raposas treineiras sempre quiseram, ou seja, nesse conservadorismo do “jogar pra não perder”, e mudar tudo pra tudo para tudo continuar como estava , ou ainda vaos sofrer muito. Escolham
Grande Xisto.
Pelo que venho percebendo, a maior parte da torcida do Flamengo tem apoiado Jorge Jesus. Mas você está certo: perde duas aqui, sofre uma eliminação ali, abraço. Entretanto, ele não me parece ser do tipo que cede a pressões: ou implanta o esquema de jogo como acha que deve ser, ou pega seus borzeguins e volta à terrinha.
Perfeita a interpretação da história da “proteção à zaga”. (Como não cansa de dizer Bill Duba: “Lembrem-se do Márcio Araújo. Lembrem-se do Jaílton.”)
Minha escolha é para continuar mudando, mesmo que à custa de alguns sofrimentos. Deixa o homem trabalhar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
1) Em time que pretende jogar com linha de defesa alta, goleiro não pode jogar plantado embaixo dos paus. No primeiro gol de ontem, se o Diego Alves estivesse bem posicionado e atento, teria interceptado o passe até com certa tranquilidade. Já tinha acontecido algo parecido no gol do Atletico-PR na nossa eliminação na CB. Não sei qual será a solução pra isso, se o César sabe jogar com os pés, mas do jeito que está não dá.
2) O torcedor médio geralmente só repara no jogador quando o mesmo está com a bola ou participando diretamente do lance. Léo Duarte não era um virtuoso com a bola nos pés e não tinha um ímpeto que chamasse a atenção nos confrontos individuais, muitas vezes marcando à distância, mas tinha um senso de cobertura excelente, que é o que chama a atenção de grandes clubes europeus e é o que nos fará muita falta jogando com a defesa alta o tempo todo. Thuler nem de perto possui essa qualidade. Ainda. Até isso se resolver, vamos sofrer. Garotos da base nunca jogaram na vida com linhas altas.
3) Entre ganhar do Bahia e ser eliminado da Libertadores, prefiro o contrário. Então a semana foi boa. Dos males o menor.
Fala, Trooper.
1) Sabe o que acho estranho? É que na estreia de Jorge Jesus, contra o Athletico Paranaense lá na Arena da Baixada, Diego Alves atuou fora da área e participou bastante do jogo. Fez a lambança de pegar aquela bola com a mão na meia-lua, mas no mais pareceu atento ao novo esquema. Inexplicável a decisão de se plantar debaixo dos paus no primeiro e no terceiro gols do Bahia. O problema: eu creio que o César não sabe jogar com os pés. E aí, nesse esquema, fica difícil.
2) Essa história que você falou do torcedor médio é que dá emprego a centroavantes que empurram a bola pra dentro. O cara só vê o toque pro gol e não percebe o quanto a opção por um poste – mesmo que com seus golzinhos aqui e ali – atrapalha o time. Léo Duarte tem mesmo essa qualidade que você falou, além de ser rápido e não brincar. Thuler ontem estava completamente perdido.
3) Sem dúvida. Muita água ainda vai rolar no Brasileiro. Só não podemos é varrer os problemas para debaixo do tapete.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Errar é humano. Persistir no erro é burrice.
Nos momentos mais difíceis ou negativos, sempre há um mensagem positiva a ser assimilada. Um ensinamento. Como já venho costumeiramente alegando, o indivíduo que enverga a camisa número 1, não reúne as mínimas condições técnicas e físicas para sequer fazer parte do plantel rubro-negro. Houve um grave erro de avaliação por parte da Diretoria. Contrataram um goleiro com fama de pegador de pênalti, entretanto, esqueceram que a penalidade máxima é apenas um detalhe no transcorrer do jogo. Embaixo das traves, não passa de um medíocre. Na minha avaliação, um péssimo goleiro. Mal fisicamente. Horrível, tecnicamente. Um T-Rex ( braços curtos). Na fauna brasileira, um jacaré. Bateu no canto…pode correr pro abraço. E é exatamente a agonia que sinto nas bolas chutadas a gol. A total falta de segurança.
Fazendo uma analogia com um atacante, podemos citar Henrique Dourado. Um excelente cobrador de pênalti. Quase infalível. No entanto, é necessário a ocorrência de uma penalidade máxima para a sua consagração. No transcorrer do jogo, seu desempenho é sofrível.
Em relação ao goleiro, a ocorrência do pênalti não é certeza de que ele vai agarrar, mas a falha, com certeza, vai acontecer.
A avaliação positiva da partida é de que ainda dá tempo para melhoras de desempenho. A começar pela mudança no gol. De imediato, seu reserva. A curto prazo, um experiente goleiro com excelente nível embaixo das traves, que saiba usar os pés e se posicione como um líbero, já que a postura atual do time exige.
O cara tem braços curtos e ainda se posiciona embaixo das traves…Um autêntico peladeiro. Lembro dos jogos de infância em que disparava em direção ao gol e o tolo do goleiro se mantinha fixo, propiciando a escolha de um dos cantos. Exatamente o que aconteceu ontem. Estático, aguardando a finalização imprecisa do atacante. Como diria um certo comentarista: Patético!
A atuação coletiva em nada me surpreendeu. Até a 13a rodada, nenhuma vitoria em campo adverso. O time longe da cobrança da torcida manteve o seu desempenho regular. Com exceção de Gérson.
Fica difícil imaginar uma conquista sem vitórias no campo do adversário. Desconheço essa proeza em Campeonatos Brasileiros.
Espero que o treinador consiga analisar o desempenho coletivo, físico e individual para uma melhora. Principalmente, Mentalizar a obrigatoriedade de sucesso em jogos longe da cobrança dos torcedores.
SRN
Fala, João.
Eu custo a crer que a diretoria do Flamengo tenha contratado Diego Alves devido à fama de pegador de pênaltis. Só que eu também custava a crer, pelo que o via (não) jogar no Fluminense, que a diretoria do Flamengo fosse realmente contratar Henrique Dourado. O fato é que somos useiros e vezeiros em contratar mal, e tudo é possível.
Num clube que afirma em alto e bom som ter um elenco qualificado, devem sempre jogar os que estiverem bem. E não há mal algum em alguém passar quatro ou cinco partidas no banco, até recuperar a melhor forma e aproveitar situações que são irreversíveis em um campeonato como o brasileiro: suspensão, lesão etc. Ninguém deveria ter vaga cativa no time. E da mesma forma que cobrei aqui uma postura diferente de Diego quanto às cobranças de pênaltis, isso vale pra qualquer um que tenha o mínimo de autocrítica. Reconhece que tá mal, sai, descansa, treina e, quando voltar, arrebenta. Simples.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Desculpe, a resposta foi publicada no local errado.
Imagina, João! Tá tudo certo.