Campeonato Brasileiro, 11ª rodada.
O Flamengo fica pobre sem Arrascaeta e Everton Ribeiro. Pobre de ideias, de criatividade, de lances surpreendentes. Não significa que, com os dois em campo, o time jogará bem e ganhará sempre, ou que, desfalcado de ambos, jogará mal e perderá todas. Porém, as chances de atuar bem com e mal sem são muito maiores. Até aí Neves veio a óbito.
Jogar contra o Corinthians em Itaquera é osso. E se olharmos para cima na tabela, veremos dois times que terão de enfrentar o Corinthians lá, e o que é melhor, segurando a gambiarra das rivalidades regionais, sendo uma delas férrea e inabalável. (Trabalhei com um corintiano que não admitia que se pusesse em sua sala nenhum objeto, prático ou decorativo, que tivesse a cor verde.) Razoável supor que, tanto para Santos quanto para Palmeiras, o bicho vai pegar na Zona Leste paulistana.
Some-se um parágrafo a outro e o resultado da adição é que, independentemente de colocação ou da chance de se aproximar ainda mais dos líderes, o empate foi bom negócio. Nessa altura do campeonato, é ingenuidade querer tirar a vantagem do Palmeiras em três rodadas. Como deixamos que eles abrissem oito pontos em nove partidas, há que se ter paciência para comer pelas beiradas até encostar. Apesar da atrasada concepção de jogo de Felipão, o Palmeiras tem bom time e, sobretudo, ótimo elenco, o que lhe dá consideráveis chances de levantar o título. A questão é que houve exagerada pressa da imprensa em considerá-lo campeão – algo que li, mesmo que às vezes nas entrelinhas, escrito por gente muito boa, gente que admiro.
O Flamengo começou bem e o Corinthians passou a assustar somente a partir dos vinte e cinco minutos. Gerson tinha boa movimentação, Diego atuava numa faixa diferente, mais adiantado, e Gabriel dava trabalho. (Alguém precisa alertá-lo de que, quanto mais ele se atira no chão, menos o juiz marca. Ao que parece, na Gávea há certa dificuldade em orientar os jogadores. Talvez eles se melindrem.)
O segundo tempo foi um horror. O Corinthians é um time com problema crônico de falta de criação. Ainda bem. Tentamos facilitar-lhe a vida, cometendo uma sequência de faltas desnecessárias perto da nossa área – erro que, embora contornado, também fora cometido nas oitavas de final da Copa do Brasil, no Maracanã. Entretanto, o gol de pênalti nos deixou a todos com a sensação de que o domingo tinha ido pro saco. Nós não criávamos nada, eles sabidamente se defendem bem. Construímos nossa primeira boa jogada aos trinta e cinco minutos, e mesmo assim sem a concluir, já que Bruno Henrique furou. E achamos o gol num lance com a decisiva participação de dois proscritos. Renê cobrou muito bem o escanteio, Arão cabeceou forte e para baixo, Cássio deu uma bela mãozinha com sua luva de madeira e Gabriel estava no lugar certo – um pé atrás de Júnior Urso – e na hora certa. Fomos pressionados depois do empate, naquele jeito típico do Corinthians, algo como “bora lá, rapaziada, vamo pra cima, vamo que vamo”. Muito suor, pouco talento, e Diego Alves sem correr risco algum.
Após o empate com o Athletico Paranaense, Mauro Cezar Pereira usou um argumento bacana: todo mundo reclamando que o Flamengo tomou gol por causa da marcação alta, só que ninguém fala que Palmeiras e Bahia foram eliminados levando gol com a zaga solidamente instalada lá atrás. Ora, no futebol faz-se e toma-se gol. E se optamos pela marcação alta, é com ela que levaremos. Da mesma forma que acontecia quando tínhamos marcação careta. É parecido com a história de que o Flamengo perdeu mais uma vez no Maracanã. Queriam que perdesse no Mineirão? No Morumbi? Se é no Maracanã que jogamos, é lá que vamos vencer, é lá que seremos derrotados. Está certo que seria conveniente não perder partidas tão importantes e decisivas, mas tudo leva a crer que estamos melhorando.
Agora, melhorar mesmo, pra valer e de verdade, sem Everton Ribeiro e Arrascaeta vai ser difícil. Que voltem logo.
Lances principais.
1º tempo:
Com 1 minuto, o Flamengo trabalhou bem a bola pela esquerda e Júnior Urso fez falta em Gabriel. Renê ameaçou levantar na área e apenas rolou para Diego, que avançou e deu um bonito chute de longe. Cássio espalmou para escanteio.
Aos 9, Pedrinho recebeu de Fagner na meia-direita, limpou e bateu. Diego Alves caiu no canto esquerdo e defendeu firme.
Aos 11, Rodrigo Caio deu um chutão para a frente, Gabriel e Manoel saíram em disparada. Manoel recuou mal, ele e Cássio se atrapalharam, quase Gabriel ficou com o gol vazio. Cássio se recuperou, roçou na bola com o pé esquerdo, mergulhou e defendeu.
Aos 22, falta de Gabriel em Gerson, na meia-direita. Diego cobrou na área. Aparecendo por trás da marcação, Léo Duarte ficou indeciso entre buscar Willian Arão no meio e tentar o gol direto. O toque de cabeça atravessou a pequena área e Cássio só acompanhou.
Aos 24, Danilo Avelar lançou Sornoza na esquerda, Léo Duarte partiu na cobertura e mandou para escanteio. Sornoza bateu, Gil sozinho escorou Renê e Diego, Pedrinho sobrou livre e cabeceou para baixo. Diego Alves deu um tapinha de segurança para fora.
Aos 42, Júnior Urso, Fagner e Pedrinho trabalharam pela direita, Júnior Urso cruzou e Sornoza tentou um voleio, que desviou em Rodinei e foi a escanteio. Sornoza cobrou, Manoel subiu mais que a zaga rubro-negra e testou com perigo, por cima do gol de Diego Alves.
2º tempo:
Aos 12, depois de escanteio cobrado por Diego na direita, Gil ganhou no alto, Pedrinho dominou e armou o contra-ataque lançando Fagner. Ele virou para Vagner Love, que entrou livre na área. Berrío chegou por trás, atropelou e Leandro Vuaden marcou pênalti. Aos 16, Clayson bateu rasteiro, no canto esquerdo, Diego Alves caiu para o lado direito. Um a zero.
Aos 35, depois de boa jogada de Renê, cortando uma tentativa de Vagner Love, o Flamengo foi tocando de pé em pé desde a zaga até a área corintiana. Renê, Diego, Léo Duarte, Rodinei, Willian Arão, Lincoln, Bruno Henrique, que tentou Berrío no meio. Gil tirou, Lincoln pegou a sobra e cruzou para Bruno Henrique na marca do pênalti, só que a bola veio um tantinho atrás, ele tentou de canhota e furou feio.
Aos 39, Renê cobrou lateral na área, Fagner subiu com Bruno Henrique e mandou para escanteio. Renê bateu, Willian Arão ganhou no alto de Sornoza e testou firme para baixo, Cássio deu rebote, Gabriel empurrou para a rede. O bandeirinha José Eduardo Calza marcou impedimento, que não havia, a turma do VAR corrigiu: seis minutos depois, Leandro Vuaden validou o gol do Flamengo. Um a um.
Aos 53, mais uma boa jogada de Pedrinho, que carregou da direita para o meio, tabelou com Boselli e serviu Everaldo na meia-esquerda. De fora da área, ele buscou o canto esquerdo de Diego Alves. Bola fora.
Ficha do jogo.
Corinthians 1 x 1 Flamengo.
Arena Corinthians, 21 de julho.
Corinthians: Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Mateus Vital), Júnior Urso e Sornoza (Boselli); Pedrinho, Vagner Love e Clayson (Everaldo). Técnico: Fábio Carille.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar (Bruno Henrique), Willian Arão, Diego e Gerson (Lincoln); Gabriel e Vitinho (Berrío). Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Clayson aos 16’ e Gabriel aos 39’ do 2º tempo.
Cartões amarelos: Clayson; Rodinei, Rodrigo Caio, Diego e Berrío. Cartão vermelho: Berrío aos 48’ do 2º tempo.
Juiz: Leandro Vuaden. Bandeirinhas: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza.
Renda: R$ 2.223.284,60. Público: 35.039.
Carta ao Luís Airão
Querido sambista, cabeludo de plantão! Venho por meio dessas pessimamente dactilografadas linhas trazer notícias da terra do Mickey, palco de nossas vitórias consagradoras em Campos internacionais, de Elbinha, Japa, meus melequentos e do Pato, o Donald, íntimo amigo de zero três. Aqui na terra do Mickey estão jogando futebol, tem muito samba, muito choro e roquenrol, eu continuo entregando pizzas e mais pizzas e Jimenez&Gonzalez agora são fornecedores de um clube moderno, com homens de capuz e roupão brancos, que cafungam o tempo todo no cangote de Elbinha, que insiste em me ajudar nessas entregas!
Meu caro amigo, me perdoe por favor se não te faço uma visita, mas como você não gosta de Chico Buarque, acho que é melhor uma discussão com boa distância física, o que faz Elbinha saltar da poltrona e vir participar da minha conversa. Minha intenção é fazer que sua bolinha, tão porca de tão parca, se transforme em algo que o colocará os mais altos pedestais do futebol mundial!
Pense comigo, encaracoladinho, as duas vezes nesse ano que o Mengão entregou um futebol bom, vistoso e competitivo foram contra o Fortaleza e contra o Goiás. Vossa sumidade em campo há de convir que foram os dois jogos em que os três mosqueteiros, juntos com Bruno Henrique, nosso D’Artagnan, jogaram. Mesmo os primeiros 15 minutos contra o Athletico, onde os 3 estavam e bem posicionados em campo, foram excelentes. Isso aconteceu pura e simplesmente porque o Diego jogou onde ele, Paulo Henrique Ganso e Renato Augusto deveriam sempre ter jogado, não fossem os professores doutores treneros gaúchos de merdda que assolam o país das meninas de rosa e dos meninos de azul que tiveram a magnânima idéia de transformar zagueiros em cabeça de área, meia armadores em ponta de lança e pontas de lança em segundo atacantes. Então nesses dois jogos e 1/6 nós bem vestidos assolamos a burrice que impera no futebolzinho tupiniquim e até Marcelo sales fez história, explicando ao Mundo que se ele escalar os melhores, como fez Saldanha em 1969, não tem como dar errado (sem essa de lembrar Savio, Romario Edmundo, lembrem-se que o meio campo era um desastre).
Então pensei em te escrever, de adentrar pela porta aberta desse teu coração descuidado, depois que vi o Hudson, esse Aráurro paulista, se recusar a mudar de posição em campo. O idiota quer disputar com Dunga o posto de grande imbecil do nosso futebolzinho tupiniquim, depois de pedir ao Grande Mestre Cuca que não o escale mais na lateral-direita. O cara tem tudo, ou tinha tudo, pra ser um excelente lateral, mas ao contrario de Leandro, que poderia hoje jogar de “terceiro volante””, preferiu jogar fora a possibilidade de ser convocado e/ou ir para o Futebol Brasileiro, aquele que se joga hoje em dia nazoropa dos grandes centros e times.
Então indo diretamente as suas performances, vejo grande semelhança entre o seu posicionamento e o de Hudson. Você jogando no meio campo como “segundo volante”(meia armador, ou o “8”, ou “de Gerson”) é um ataque à consciência de quem ja viu Xavi, Adilio, Falcão, e obviamente o próprio Gerson passearem por aqueles tufos de relva verde como se fossem os reis, que eram, do pedaço.
Meu excelente aviãozinho, aquele cara que ninguém suporta mais, mas que é o fornecedor da maconha da galera, achei a única solução para que você galgasse voos muito mais altos que esses highs que você consegue com seu segundo trabalho!
Não me agradeça, não cheguei a essa conclusão sozinho, tive o apoio de Japa! Quando Japinha estava observando desde o mundo quântico sua forma de jogar, sua incapacidade de girar e de se apresentar onipresente no meio de campo (o extremo oposto do que fazem os “de Gerson”) e suas boas cabeçadas e chutes de curta distância distância, me lembrou dizendo: “pai, lembra do Gaúcho (irritação extrema e quase abuso fisico)? Ele não era aquele zagueiro que virou centroavante e foi campeão em 1992?” eu me estremeci de emoção, assim como Jimenez se estremece quando Elbinha vem me visitar na pizzaria! Você, anti andrógeno, é centro avante!
Jesus, que Deus o mantenha, quer um centroavante. Você cairia como luva naquela posição, já que parte da magnética se esqueceu completamente de quem é Henrique Dourado, e alguns incautos andaram a exaltar a possibilidade dessa inhaca podre voltar ao Mengão!
Você tem mais bola ali naquela posição que Gabriel Jesus e Firmino, e menos bola na “sua posição” que o Dionisio, Bode Atômico, se ele fosse deslocado de 9 pra 8!!!
Pense nisso, Japinha tem Doutorado pela Harvard em Física Quântica, se recusa a trabalhar na NASA pela falta de massa cinzenta dos engenheiros de lá! Imagina se ele não sabe mais de futebol do que aquele imbecil que te colocou como meia quando você estava no Sub-20?
Abanando meu lencinho, me despeço de ti, jumento! Elbinha manda beijos, e ao ver sua cabeleira diz que faria barba, cabelo e bigode de grátis pra tu!
Japinha pede compreensão!!
Saudações Rubro Nigérrimas
PS: Tite é o Caralho!!!!
SP2: Abel é a puta que o pariu!!!
SP3: LEMBREM-SE DO JAÍLTON (e do Aráurro!!)
Grande Bill!
No meio do inconfundível estilo brilhante e caótico, quero destacar uma observação.
Você lembra do Roberto Dias, volante do São Paulo que virou quarto-zagueiro? Do Leônidas, volante do Botafogo que fez o mesmo caminho? Do nosso grande paraguaio Reyes, que idem? Era a tendência: o cara jogava de volante, marcava bem, tinha ótima noção de cobertura, era recuado para a quarta-zaga, onde todas essas qualidades permaneciam e o time ganhava saída de bola. Agora é o contrário. A gente vê um monte de gente com DNA de zagueiro distribuindo pancada no meio-campo. É a tal da dinâmica de jogo. Concordo com a observação a respeito de Renato Augusto e Ganso, e a eles acrescento mais um exemplo: Philippe Coutinho.
Arão de centroavante? O que vocês andam botando nas pizzas que o Japa tem comido?
Abração. SRN. Paz & Amor. E beijos – respeitosos, claros – na nossa querida Elbinha.
De Centro Avante porque é o caminho mais curto pra linha de fundo
Pra nossa graça e gáudio, queimei minha língua. Gabriel vem enfiando um caroço atrás do outro e, mais do que isso, tendo atuações produtivas pro time. Certamente alguém chamou sua atenção pro ridículo e prejuízo para o time de suas cenas acrobáticas ao receber petelecos e reclamar acintosamente da arbitragem. Isso não quer dizer que tenha virado craque. Longe disso. A habilidade que ele não tem, nunca teve e vai continuar não tendo, continua fazendo falta e obrigando a um passe pra trás quando está na lateral do campo. Ele não passa pelo marcador com um dibre desconcertante, como aquele do Blecaute contra o Botafogo. Mas se ele conseguiu, quem sabe um dia o Gabriel consiga!
Fábio Luciano deu uma declaração que acho pertinente: “Na hora de recepcionar jogador com aero-fla torcedor não é vagabundo nem marginal. Na hora de cobrar, tem todo direito”. É assim, mas não é bem assim. A coisa é mais ampla e mais complexa. É fato que a razão de existir do Flamengo, de ser o foco principal da mídia esportiva do país, de ser o mais bem pago pela Globo e até mesmo da reestruturação financeira e estrutural, é a torcida, que detém hoje 8 dos 10 maiores públicos no Brasil. O que falta é um interlocutor que possa chegar junto aos jogadores e/ou comissão técnica e fazer, educada e civilizadamente, as reivindicações que achamos necessárias. Alguém que tenha capacidade de dizer o óbvio e, usando o último exemplo, pedir ao Diego que não só não bata mais pênalti, mas também faltas, escanteios ou qualquer bola parada que ele, arrogantemente se adiante pra bater. A menos que treine e treine muito, até acertar em sequência, o que com certeza não faz dado o baixíssimo índice de acertos. Guerrero, por exemplo, seguiu o conselho de Deus e tornou-se um excelente batedor de faltas. É só seguir o que funciona. Aliás, deveria ser obrigatório. Num time recheado de estrelas não há um só batedor confiável que coloque pânico no goleiro adversário. A possibilidade de engavetar a redonda é quase zero.
Mas quem seria esse nobre e evoluído interlocutor? Sugestões são bem vindas.
srn p&a
Fala, Rasiko.
É muito assunto, né, rapaz? E como começa a se aproximar a hora do jogo, tentarei ser sucinto.
Não acho Gabriel mau jogador, embora esteja longe de ser o que dele se dizia no início da carreira. Tem participado de muitas das nossas jogadas ofensivas, sobretudo caindo pelos lados do campo. Contra o Athletico Paranaense, além de ter feito o gol, foi ele quem pôs aquela bola na cabeça do Arrascaeta, na pequena área, logo no início da partida. Também foi ele quem iniciou, com um bom passe para o Rafinha, o lance em que o complemento de Lincoln acabou batendo na trave. Tem contribuído. Agora, esse drible aí que você está querendo, esse não vai rolar. Não é a característica. Além disso, Gabriel continua com a insuportável mania de se atirar no gramado em toda disputa de bola que perde. Isso é irritante.
Quanto à declaração de Fábio Luciano, concordo: não é bem assim. Pra começar, o cara que vai recepcionar jogador de futebol no aeroporto pode não ter nada de marginal, ok, mas certamente carrega algum resquício de vagabundagem. Porque, francamente, não é possível que o sujeito não tenha mais o que fazer. Claro que não dá pra defender quem vai no aeroporto ou na concentração ou seja onde for para espancar ou ameaçar jogador, mas não acho correto nossa diretoria de Futebol tirar o corpo fora. Repito: não defendo a violência ou a ameaça de, mas se os mandachuvas do futebol percebessem os sinais e tomassem algumas providências com maior presteza, muita coisa poderia ser evitada. Exemplos: o caso André Santos, o bullying em cima de Muralha e, agora, os malditos pênaltis do Diego. Já era para, há muito tempo, alguém ter chegado pra ele e falado assim: bonitão, ou você desiste disso, ou vai treinar até aprender. Henrique Dourado é um bonde, um caneleiro, mas é preciso nas cobranças. Como não acredito que nasceu sabendo, só há uma explicação: muito treino. Quer bater pênalti, bom cabelo? Vai treinar muito, que nem fazia um cara que jogava um pouquinho mais do que você e se chama Arthur Antunes Coimbra. A diretoria de Futebol do Flamengo tem deixado o copo derramar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, como sempre suas análises são irretocáveis.
Peço vênia para questionar qual o motivo do reconhecido péssimo assoprador de apito, nosso velho conhecido, não ter lançado mão do VAR para checar um pênalti pra lá de discutível?
Aliás, o VAR foi criado justamente para eliminar essas dúvidas. Ou não? E aquele monte de assopradores de apito defronte às centenas de terminais de vídeo, naquela salinha sinistra? Servem para quê?
Afinal, se essa estrovenga foi criada, que os assopradores de apito façam bom uso da estrovenga. E quando a usarem, que sejam mais ágeis.
Ansiosamente no aguardo do seu artigo sobre o VAR, despeço-me, não sem antes agradecer por mais um brilhante texto!
Forte abraço, com toda a Nação amanhã em Guayaquil! SRN!
Fala, Fernando.
Valeu pela moral.
Então, rapaz, quanto a isso aí que você falou do VAR eu tenho uma dúvida. Creio que o VAR foi consultado sim e os “três caras do ar-condicionado” (a expressão é do Rogério Ceni) devem ter conversado com Vuaden pelo intercomunicador, confirmando o pênalti. Nesse caso, ele não precisa checar o vídeo. Quer dizer: no campo ele achou que foi, na cabine os caras confirmaram que foi, não há necessidade de rever. Acho que é assim.
Eu gostaria de ter feito o post sobre o VAR, porque ia dar um debate bom aqui, mas não consegui. Só sei que tô achando tudo muito estranho e também tenho um monte de críticas. Por enquanto, fico com a opinião do meia croata Modric: ainda na fase de testes, ele participou de um jogo com a utilização da “estrovenga” e saiu aborrecido, dizendo algo como “isso não tem nada a ver com futebol, tomara que não vá adiante”.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Verdade mr. Murtinho, não há equipa nesse mundo que não sinta a falta do uruguaio e do ER7. SRN
Fala, Marcos.
No mundo, não sei. Mas aqui no Brasil, isso é indiscutível.
Mr. Murtinho foi engraçado. Equipa também. Vamos na onda de Jorge Jesus.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ótimo texto, Murtinho, e justa homenagem ao poeta rubro-negro Paulo César Pinheiro que completou 70 anos em abril.
Só queria destacar que o ex-gigante Cuellar, de antes da Copa América, depois da birra pra ir jogar na Europa se transformou num jogador estranho, deu dois moles imperdoáveis que nos custaram os empates com o genérico paranaense e o curica. Banco nele e nada de aumento salarial!
SRN
Fala, Mauricio.
Valeu pela moral.
Paulo César Pinheiro é fantástico. E, é verdade, o Cuéllar não tem sido tão fantástico assim. Ainda tenho esperança de poder atribuir a queda de produção à ausência de treinamentos com o time e a uma temporária inadaptação ao novo esquema. Tomara que seja isso.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jogo horrorendo, só uma coisa de bom, não sei se pelo histrionismo do JJ, aos trancos e barranco lutamos até o fim, o que não acontecia há algum tempo. Já é alguma coisa E o nosso Berrío, hein? Ele deve arrebentar nos treinos, só assim se justifica ainda entrar no time. Eu já falei simpatizo com ele por me lembrar o Blecaute, um cantor popular extremamente simpático, sorriso largo, sucesso de muitas marchinhas, Maria Candelária e outras, nosso eterno general da banda. Todos os anos desfilava à frente dos meninos da Casa do Pequeno Jornaleiro pela Rua Sacadura Cabral, eu trabalhava lai perto e via a alegria contagiante que ele transmitia aos meninos e a todos nós. Desculpe a nostalgia, mas pra aturar esse Flamengo só mesmo voltando ao passado.
Grande Xisto!
Rapaz, o general da banda Blecaute era uma figuraça! E o Berrío parece mesmo com ele.
Na resposta ao comentário do Marco Gama, citei Márcio Araújo. Agora, cito Gabriel, aquele das perninhas finas. Eu pensava a mesma coisa: “Tenho muita vontade de assistir aos treinos do Flamengo, porque o Gabriel deve arrebentar. É a única explicação pra ele ainda estar no time, no elenco, no Rio de Janeiro, no Brasil.” Dito e feito: foi parar no Japão.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Bela análise da partida, Murtinho.
Só eu que achei o Léo Duarte o melhor em campo disparado?
Só para registrar: mais uma vez o Renê interrompeu, com um corte preciso, um ataque perigosíssimo do Curica no segundo tempo. Sem falar no escanteio muito bem batido na cabeça do Arão, que de fato vem jogando bem nos últimos jogos, tenho que reconhecer.
Tá difícil é aturar o Berrio, o Rodinei e o Vitinho. O sub-20 do Flamengo é o líder do brasileiro, difícil de acreditar que não tenha ninguém ali que possa ser aproveitado no lugar desses aí. Aliás, não entendi o empréstimo do Bill pra Ponte.
Abraço, SRN.
Fala, Marco.
Valeu pela moral.
Léo Duarte fez um jogo muito bom, mesmo porque o Vagner Love é um atacante muito chato, que se movimenta bastante. Também gostei do Arão, embora hoje em dia a gente tenha que ter um certo cuidado pra dizer isso.
A jogada do Renê a que você se refere é a que consta do post, aos 35 minutos do segundo tempo, iniciando talvez nossa única troca de passes de pé em pé, da defesa até o ataque, em toda a partida, e que terminou com a furada do Bruno Henrique. E o Renê teve muito trabalho com Pedrinho, que pra mim foi o melhor jogador em campo.
Dentro dessa história aí que você falou, de sub-20 e tal, eu costumava dizer o seguinte: o Brasil tem mais de duzentos milhões de habitantes. Não é possível que, no meio desse bando de gente, não tenha ninguém que jogue de volante melhor que o Márcio Araújo.
Vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Paulo César Pinheiro, um dos maiores compositores brasileiros, em vários estilos. Não sei se é rubro-negro, mas o compadre João Nogueira, era. Boa lembrança para lembrar a carência criativa do jogo chato e modorrento de ontem. Deu sono. É impressionante a mudança de comportamento do time rubro-negro longe da cobrança dos torcedores. Lento e previsível.
Ante à derrota do líder, era imprescindível uma Vitória para se aproximar. Se vencedor houvesse, o time paulista mereceria. O rubro-negro atuou por mera formalidade. Capitaneado pelo indigesto camisa 10, mostrou o mesmo futebolzinho dos tempos de outrora. Muita preguiça e falta de objetividade.
A Diretoria contrata jogadores, mas a falta de competitividade longe da torcida não muda. Como ser campeão se não derrota os adversários em seus domínios?
Se não há criatividade, a força de vontade supre. Mas sem vontade, não tem jeito. Vira um joguinho insosso e desprezível. Igual ao de ontem.
Quando se pensa que as coisas vão mudar…voltam Diego, a enceradeira e a pasmaceira de sempre.
Vou voltar para a minha rede. Que venha o sono.
SRN
Acho que é vascaíno
É não, Bill.
Rubro-negro, sim senhor. Bambas vascaínos, que eu saiba, são Paulinho da Viola e Aldyr Blanc. Paulo César Pinheiro se veste bem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Aldir Blank, isso! Tinha esquecido, confundido, os “letreiros” dos Joões!!
Dois grandes mestres, né? Um escrevendo para o Bosco, outro para o Nogueira.
Fala, João.
Além do natural e compreensível desabafo, há um ponto técnico no seu comentário que é fundamental: é impossível ganhar o Campeonato Brasileiro sem vencer jogos fora de casa. Até agora, o único que vencemos não foi fora de casa coisíssima nenhuma – contra o CSA, em Brasília.
Já vi o Arthur defender outra tese bastante interessante: é impossível ser campeão brasileiro sem ganhar dos paulistas. É verdade.
Volte para a rede, mas deixe a tevê ligada. A gente não consegue se livrar dessa cachaça.
Abração. SRN. Paz & Amor.
É verdade! Estou aguardando a chegada, via correio, da atual camisa do Flamengo. Número 10. De Zico. O eterno.
Sempre será a referência da “Camisa Número 10”. Como narrava o indivíduo competente Waldir Amaral.
Um abraço.
Não há defesa possível.
Foi um jogo PÉSSIMO, em todos os sentidos.
Jogadores apáticos, errando tudo o que tentavam.
Para nossa sorte como torcedores e infelicidades como apreciadores de um bom futebol, a mediocridade foi de todos os 28 jogadores utilizados na tarde de ontem.
Não salvo vivalma. Foi muito CHATO o jogo e perdi uma tarde inteira.
Assim, não dá.
Ainda bem que o próximo adversário é o pavoroso Emelec, freguês de caderninho.
Teremos a obrigação de ganhar, pois, contra tal adversário, até empatar seria vergonhoso.
Chateadérrimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos.
Gozado. Não sei explicar direito: o Flamengo criou pouquíssimas chances – no caso do Corinthians, isso não é novidade -, houve muitos erros de lado a lado, mas não achei o jogo chato. Por mais paradoxal que pareça, achei ruim mas não achei chato. (Definitivamente, não consigo explicar.)
Quanto à obrigação de ganhar do Emelec, rapaz, morro de medo dessas obrigações e torço para que você esteja certo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Com o time mais arrumado todo mundo vai render mais. É preciso um tempo, no mínimo umas cinco ou seis semanas.
Nosso campeonato esse ano é o Brasileiro que pela duração permite essa evolução.
E pra quem criticava a contratação do Gerson ele já começou a ser útil. Com o tempo da pra dar uma rodagem para o Reinier e quem sabe uma chance para o Vitor Gabriel. Tem muito jogo pela frente
Fala, Ricardo.
Sim, tem muita água pra rolar e também acho nosso elenco muito mais adequado ao Brasileiro do que à Libertadores. O grande problema é que, como vem acontecendo em todos esses anos, estamos arrumando o time no meio do ano, durante as competições. A desvantagem é grande em relação a Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio etc.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O melhor jogo que eu já assisti foi Flamengo 5 x 4 Santos. A dois dias do meu aniversário. Um dos melhores presentes que ganhei foi ver o Flamengo jogar daquele jeito tão Flamengo. Abraço e SRN!
Fala, meu irmãozinho.
Neymar comendo a bola de um lado, Ronaldinho Gaúcho comendo a bola do outro.
Por partidas como aquela é que considero Ronaldinho a maior decepção da história do Flamengo. O cara tinha tudo pra virar o segundo maior ídolo do clube, bastava ser profissional por um ano – um aninho só. Abriu mão. Uma pena.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Explicações para mais um resultado brochante, há várias. Inclusive a suposta grandeza de um time muito mais barato e inferior ao nosso.
A verdade, pra quem não quer passar pano, é que foi mais uma partida importante em que o nosso camisa 10, capitão, que ganha 1 milhão/mês e que deveria ser a referência desse time, não fez nada em campo além de rodopios e passes para o lado e para trás, normalmente na fogueira.
E que bom que o Renê bateu aquele escanteio, porque as cobranças de bola parada do Diego me dão saudade do Fábio Baiano vestindo a 10.
Enquanto Diego for titular e capitão desse time, esquece. Nossa vida será a busca por explicações por empates e derrotas.
Fala, Trooper.
Eu não sei, rapaz. A primeira linha do seu comentário me deixou bolado, porque uma das graças do futebol está, justamente, nisso aí.
Se não fosse a possibilidade de times mais baratos e inferiores engrossarem, não seria futebol, seria vôlei. Isso faz parte. Lembre-se do Leicester.
Depois do meu último post – senti sua falta na caixa de comentários -, preferi deixar Diego sossegado, pra não ficar parecendo perseguição. Mas achei curioso o fato de que, nas redes sociais, vários torcedores afirmaram que ele foi nosso melhor jogador, tanto contra o Corinthians quanto contra o Athletico Paranaense. Futebol pra mim é outra coisa.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: No post anterior, o Roberto Jr., lá de Cuiabá, se disse saudoso do Henrique Dourado. Agora, você me diz que tá com saudade do Fábio Baiano. A coisa tá mesmo feia pro nosso lado.