Dizem que Nietzsche, por não ter chupado laranja com ninguém, não entendia muito de futebol. Contudo, o sábio tedesco de bigodes épicos entendia um pouco do mundo e do ser humano, o que nos habilita a usar suas ideias como muletas para tentar entender o que está acontecendo com o Flamengo. Para Nietzsche a principal força motriz em seres humanos era a Vontade de Poder, ou Vontade de Potência, depende do tradutor.
O filósofo entendia que essa força, manifestada através da realização, da ambição e do esforço para alcançar as posições mais altas na vida, está presente nas mais altas e baixas esferas da existência. A Vontade de Poder não é algo criado, ou que dependa de condições especiais, como na religião ou em teorias precedentes, mas ela advém da própria realidade das coisas. E concorde você ou não com o conceito de Nietzsche, está mais do que evidente que essa Vontade, e não é de hoje, está em falta no Flamengo.
Na hora da dura, na hora que o bambu quebra no meio, na hora em que a gente vê quem é malandro e quem não é, o Flamengo tem assumido, com irritante contumácia, o papel de otário. A ausência, ou insuficiência, da Vontade é uma moléstia da alma, que precede em muito a chegada do Abel e cujas sequelas mais visíveis são os vice-campeonatos e as desclassificações que temos colecionado nos últimos anos. A despeito da afluência de recursos que abarrotam nossos cofres como nunca antes se viu.
O Flamengo x Vasca do sábado valia muito pouco, em consonância com o próprio campeonato. Valia tão pouco que o Flamengo mandou a campo uma plêiade de renegados, barrados, injustiçados e desprestigiados na intenção de poupar os preferidos do treinador para o compromisso muito mais sério com a LDU pela Libertadores. E individualmente alguns até se saíram bem, mas não bem o suficiente para salvar a reputação de um time que tem se acostumado a peidar na hora que a chapa esquenta e que os resultados se definem. Comportamento reprovável e que foge completamente à tradição de time de chegada que o Flamengo levou mais de um século para construir.
O Flamengo ainda não mostrou que sabe definir uma partida. Mesmo com toda a bufunfa e enfrentando equipes de mui discutível qualidade o Flamengo tem dificuldade pra se impor. A responsabilidade maior por esse comportamento desviante é o treinador, lógico. O time é um reflexo da sua visão, ou da falta dela. E o Abel, descontando-se a minha antipatia e a sua histórica folha corrida de fracassos treinando o Mengão, taticamente parou no Catenacio de Helenio Herrera.
Sua ideia de jerico de abrir mão voluntariamente da posse de bola é o que faz com que o Flamengo se acomode depois de fazer um gol e fique esperando o gás final e desesperado dos adversários. Uma espera que vem sendo executada de boca aberta e que culmina com alguém buscando a bola no fundo do nosso gol. Defensores do treinador já mandaram aquela passada de pano gostosa argumentando que os jogadores têm falhado individualmente e ainda não assimilaram por completo o ideário tático abeliano.
Discordo do argumento, mesmo porque o time já exibe vários cacoetes emprestados ao treinador. Como a ridícula e vergonhosa postura de assediar a arbitragem ao fim do jogo e colocar na conta dos erros de terceiros a má sorte do time. Assistir à cena de meio time do Flamengo tentando enquadrar árbitros e bandeirinhas protegidos por um círculo de policiais no meio de campo foi uma facada nas costas dos rubro-negros. Mas devemos nos acostumar, pois é um comportamento típico dos times treinados por Abel.
Um desperdício de energia, uma falta de foco, uma truculência sem propósito que faz lembrar tempos trevosos que uns psicopatas querem reviver. E uma tremenda mácula na imagem do clube que se pretende cidadão e respeitador das regras. Queria ver essa fúria justiceira na hora que os atacantes adversários vêm fazer gracinha na nossa área. Queria ver essa disposição pro grito e pro esporro na hora em que não tem um beque nosso saindo no chão pra cortar cruzamento. Ou na hora de voltar pra marcar um contra-ataque. Isso, até agora, a Globo não mostrou.
Não incentivo ninguém a cultivar o desprezo pela nossa pitoresca competição rural, mas é fato notório que a única coisa essencial é a Libertadores, sendo todo o resto, acessório. A postura do Flamengo diante do Flor e da Vasca enseja preocupação. É muito difícil prognosticar que esse time, jogando desse jeito, vá fazer algo notável na competição continental.
Pra agravar a situação já não há nem mais tempo hábil pra investir numa campanha de Fora, Abel! Não é que nos falte vontade, mas com o calendário apertado mordendo nossos calcanhares mandar o cara embora agora seria um erro enorme, só comparável ao erro de contrata-lo. E o Flamengo, ficou mais do que comprovado, não pode mais errar.
Reinvente-se, Abel. Saia da caverna, vem pra luz. Vem pro século XXI.
Mengão Sempre
” …. mandar o cara embora agora seria um erro enorme, só comparável ao erro de contrata-lo… “, sábias palavras essas.
Eu já tinha usado mil adjetivos para tentar enquadrar o erro na contratação, mas agora vc matou a charada.
Perfeito com respeito ao Filisteu do Abel.
Cês ainda perdem tempo escrevendo sobre essa merda desse time, desse técnico, dessa diretoria? Cabô gente boa! Cabô! Mengô se fudeu quando enricô. Flamengo é time de favelado, mulambo, desdentado, geraldino, despentelhado, é outra vibe, não essa porra mauricinha de Diegos e assemelhados. Enquanto vcs assistem essas peladas insuportáveis que não sei como é que aguentam, eu vou pro YT e me deleito com o passado cheio de glória. Recordar é viver.
PS-Bem que alguém podia colocar uma sicutinha no vinho do abel.
SRN
Parece que a palavra laranja anda incomodando a muita gente. Por exemplo, o K. Chagas não passou da segunda linha. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
SRN!
Sai Aaaaarão, entra Diego Ribas e Cuellar. Bota os caras de técnica na frente e vamos golear!
Chega de medo.
Avante, Mengooooo
carai… eu ia até opinar mas de cara leio as 2 primeira linhas de um comentário chatão.
To fora.
(assim como deveria estar o rodinei)
Em primeiro lugar, parabéns ao Grão Mestre pelo artigo NOTÁVEL, a ponto de gastar o grande tedessco, aquele do filme bem feitinho, para justificar o seu raciocínio.
Vou dizer uma coisa.
Cá entre nós, sem filosófo e sem filosofar, nós temos aqui em Brasília um grupo de torcedores rubro-negros que, DE HÁ MUITO, vem batendo nesta tecla.
Nosso amigo Bruxolobo à frente, dia sim e dia sim, ficamos a indagar algumas coisitas estranhas que vêm acontecendo no Ninho.
Treino, que se saiba, de meia hora, quando muito,
Nada de chutes a gol, de ensaio de tabelinhas, até mesmo de exercícios físicos puxados, eis que a turma está cheia de erva, condição ^sine qua non^ para pouco se trabalhar.
Pior é que, saindo do Ninho e adentrando o MaraacANÃO a falta de vontade multiplica-se por CEM.
Assim vem sendo há bem uns cinco anos, vergonhosamente.
Não dá para aguentar, minha gente.
Ainda por cima quando ^seu^Ribas voltar.
Este,então, é o Rei da Nonchalance.
Não quer nada com o batente.
É por esta e por outras que o Vice, com um time raquítico e bem pobrezinho, continua INVICTO.
Acreditem que é VERDADE.
Aborrecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
O que anima é que o time jogou bem melhor do que nos outros jogos, o que não quer dizer nada, continuo a achar que o Dorival Jr., conseguiu manter o toque de bola do time ( sem essa porra de DNA, pelo amor de Deus) e criar a famigerada penetração ( seus mentes sujas, não é essa a penetração que vocês estão aí se masturbando) que esteve ausente do time sob vários técnicos e o aprendiz Barbieri que nem de tango entendia, sepultou definitivamente. Mesmo com Abelão vislumbro uma tênue luz ( chama de vela) no fim do túnel.
Agora, pra não dizer que não falei de gols perdidos e o Rodinei, hein, que coisa, o que deu raiva nem foi o gol perdido em si, mas a pose de enfaro com que ele bateu na bola, já antecipando a consagração junto a galera. Deus castiga.
O Abel já começou com aquele discurso de que o Arrascaeta vai buscar um lugar no time pelas beiradas do campo, reforçando a premissa de que ninguém mexe com seus protegidos Diego e Arão, respectivamente seu capitão e o cara que pisa na área na frente e atrás. Originalmente o uruguaio jogava pelo meio desde os tempos de Defensor e só foi deslocado para a esquerda por causa do Thiago Neves.
Mas o Abel vai insistir com o capitão Ribas assim como o Zé Ricardo morreu abraçado com o Saraújo.
Já vimos esse filme antes.
Arthur, sou admirador nato do seu trabalho e concordo com esse excesso de “respeito” que passsamos a ter com os adversários, em especial a vasca, agora discordo na íntegra de sua opinião quanto ao Abel, afinal temos 3 três meses de trabalho e time vem evoluindo na medida do possível com exceção das laterais, estas nosso drama para temporada.
Discordo frontalmente. O time do Abel é pior que o do Dorival e do Barbieri. O time que brigou, até certa altura, pelo campeonato brasileiro do ano passado, é melhor que o time de hoje – mesmo com menos recurso técnico.
tivesse o #foraRodinei feito o gol vc não estaria dizendo isso.
o problema é que tem jogador no plantel que NÃO DÁ pra estar no plantel.
Só isso, ponto final.
Como distante observador, avalio que a rotineira falta de vontade é decorrente de um problema chamado vestiário. Nos bastidores se originam a lerdeza comportamental. Esse problema era de fácil solução, entretanto, a fraca diretoria deu sobrevida a dois dos três mentores que acredito serem os responsáveis por todo esse fracasso acumulado nós últimos anos. São eles: Diogo Alves, Diogo Ribas e Everton Ribeiro.
Ao renovar e perdoar os Diegos, o Clube não mostrou força para fazer uma limpeza ética. Mostrar firmeza de conduta e moralização. Manteve o atraso, o fracasso e a perpetuidade da morosidade.
Como diz a letra daquela canção: “Nada mudou”.
Quanto a falta de definição, o excesso de zelo contribuiu para a perda de alguns lances. No gol perdido pelo lateral, foi ruindade mesmo! Ele não foi o culpado. Culpado foi quem o escalou.
Esse ano promete! Haja paciência e saúde em dia. O coração que resista.
SRN
Discordo totalmente. Diego Alves e Diego Ribas, este último com mais afinco, tem demonstrado jogo após jogo uma raça e vontade que falta claramente em jogadores como o Arrascaeta e Vitinho. É só verificar a enquadrada que o nosso capitão deu ao vivo nesse último quando teve a fatídica derrota aos 48 do segundo tempo contra o Fluminense.
O Arão é outro jogador que volta e meia se desliga da realidade, mas, graças a São Judas Tadeu, parece que esse ano ele está uns 80% mais acordado que no início do ano passado.
Respeito sua opinião, mas o tempo e o senhor da razão. Para quem já esperou três anos…não custa nada esperar ele encerrar a carreira. Tudo não passou de teatro. Jogando para a plateia. Um falso ídolo que engana alguns.
E a minha opinião . Somente.
Disse tudo urublog! Esse time não sabe dar o tiro de misericórdia. Espero, do fundo do meu coração que ele aprenda no torneio continental. SRN