No futebol tem muito safado, e eles estão distribuídos, nem sempre em proporções iguais, nos times, nos clubes, nas federações, na imprensa e nas torcidas. E nisso o mundo do futebol é igualzinho ao mundo da política, da medicina, da engenharia, da música ou da gastronomia. A safadeza é uma característica da condição humana, mas que, para nossa sorte, não é e nunca foi obrigatória.
Para quem não é safado e se conduz através desse mundo com honestidade intelectual e respeito à inteligência alheia a verdade dos fatos nunca é dolorosa, assustadora ou feia demais para ser exposta ou debatida. As coisas são o que são e bola pra frente. Se falar a verdade causar prejuízo à imagem, queda de audiência ou muxoxos da torcida, azar, segue o jogo.
Mas assim como a safadeza, a honestidade intelectual também não é obrigatória. E mal acabou o jogo, e em plena semana de Pentecostes, já tinha um pessoal falando do empate do Flamengo com o River no Monumental como se fosse um grande vexame, enquanto apontavam diversos candidatos a jesuscristinhos para imediata crucificação. Uma cafajestada.
Onde está o vexame? O Flamengo, que até agora só conseguiu ganhar do Emelec nessa Libertadores, em nenhum momento mostrou futebol para sair dessa fase como líder do seu grupo. É um time que está jogando a Liberta com técnico improvisado, elenco capenga, arbitragens antipáticas e jogadores importantes contundidos ou suspensos. Não pode reclamar da sorte por ter se classificado em 2º. Estar entre as 16 melhores, ou as menos piores, equipes do continente parece ser uma recompensa justa pelo o que o Flamengo realizou até aqui.
Que jogadores, dirigentes e comissão técnica declarassem que o Flamengo iria à Buenos Aires buscar a vitória e a liderança do grupo tudo bem, é uma estratégia motivacional obrigatória. Que alguns torcedores tomassem essas declarações como verdades absolutas tudo bem também, não se pode criminalizar a pureza de coração e a cegueira da paixão. Mas na verdade o que o bom senso e o pragmatismo recomendavam era que o Flamengo jogasse no Monumental fechadinho, à Bangu, fechando a casinha e torcendo por uma bola vadia. Que foi exatamente o que aconteceu. Volto a perguntar, onde está o vexame?
Claro que depois do jogo jogado podemos reclamar da falta de mais vontade, ou coragem, para se impor diante de um River que mostrou que não é essa coca-cola toda. Inclusive tivemos reais chances de gol perdidas por afobação, preciosismo e por pura ruindade. Mas eles também tiveram. Agora façam o calculo, que não é dos mais difíceis, do que poderia acontecer se o Flamengo adotasse a estratégia sugerida por alguns brabos, partisse pra cima, já que podia até perder, e tomasse um vareio dos argentinos?
Na torcida, que no caso estaria prenhe de razão, ia brotar a genuína revolta, e esse sentimento seria adubado pelo fluxo piroclástico dos comentaristas de resultado e arcoíristas inconfessos, além das presepadas aeroportuárias de rigueur, tudo temperado pelos inevitáveis oportunismos políticos que são naturais e até esperados em anos eleitorais. Não é muito científico fazer levantamento de prejuízos de uma tragédia que não aconteceu, mas é óbvio que tal chuva de lava incandescente poderia afundar o moral desse time de forma definitiva. O que seria a mesma coisa que não ter se classificado para as oitavas, só que mais vergonhoso.
O empate foi ruim, mas perder seria ainda pior. Diego Alves, Rodinei e Everton Ribeiro deram vários moles. Paquetá e Dourado estão em má fase, mas foram muito piores do que se pode tolerar. Jean Lucas foi mediano, assim como o outro dimenor Vinicius Junior. Leo Duarte, Rhodolfo e Renê surpreenderam positivamente e junto com Cuellar foram os melhores em campo. Ao Barbieri reservo uma critica especial, porque mesmo vendo o jogo de longe conseguiu ser irrelevante, incapaz de passar um Whatsapp pro seu estagiário no banco mexer mais cedo no time.
Ao fim do jogo o estudioso neo-treinador coroou sua não atuação com uma cretiníssima declaração exaltando a invencibilidade. Lamentável. Primeiro que é desanimador ver um cara tão jovem usando de recursos de retórica típicos de treinadores old school especializados em tirar o seu da reta. Em segundo a vasca. E pra finalizar, não é qualquer invencibilidade que poder ser exaltada. A do Flamengo na Libertadores é equivalente a ir na zona, não comer ninguém e ficar feliz porque não gastou dinheiro com as prima. Mandou muito mal o Barbieri.
Não quero pedir cabeças, ainda não tive nem tempo de ter algo contra o Barbieri, mas até acabar a Copa do Mundo e voltar à Libertadores o Flamengo terá tempo mais do que suficiente para encontrar uma maneira de aproveitar o talento dos nossos talentosos, neutralizar a perebice dos nossos perebas e jogar melhor do que está jogando. Ou encontrar um treinador que seja capaz de fazer isso.
Fora isso, não teve vexame. A meta era se classificar pra oitavas e foi cumprida. Agora é sorteio, não dá mesmo pra escolher adversário, e ficar no pote dos 2ºs não é o fim do mundo. Ainda mais porque esse time já nos mostrou que é capaz de perder decisões jogando fora ou em casa com extrema naturalidade. Agora a direção, a comissão técnica e o elenco têm uma belíssima oportunidade de nos mostrar que também são capazes de aprender com seus próprios erros.
Mengão Sempre
E a tal de Meghan mostrou ser uma tremenda pé fria …
O jogo final da Champions, com uma justa vitória do Real Madrid, apesar de jogar contra o ^time misto^ do Liverpool a partir dos trinta primeiros minutos, consagrou DUAS TESES por mim defendidas.
PRIMEIRA – extrema violência dos melhores jogadores.
O maior exemplo, para quem viu futebol por tantos e tantos anos, vem do maior de todos – PELÉ, que era muito violento e mais ainda desleal. Quebrou um bom número de pernas. Não era fácio o grande Negão.
Hoje, vimos o excelente zagaueiro Sérgio Ramos quebrar, deliberadamente, o melhor jogador adversário, o Salah, em lance que o árbitro nem falta marcou.
As imagens da TV não dão margem à menor dúvida. Procurou o braço do adversário, extremamente mais franzino, prendeu-o debaixo do seu, projetando-se ao solo.
Espero que o Egito não venha a perder o seu craque para a Copa do Mundo.
Seria um pecado.
Se tal vier a acontecer, o Sérgio Ramos deveria – MAS NÃO VAI – ser proibido de jogar também a competição.
SEGUNDA – O mal de Guardiola.
Mais uma vez a saída errada de bola por parte de um goleiro resulta em gol.
Já aconteceu tantas e tantas vezes que fico realmente na dúvida se vale a pena correr o risco.
No mais, desta vez a Invencível Armada continuou invicta.
Primeira derrota no dia. Espero que seja a única. Daqui a pouco, o nosso jogo contra o Patético, Pelo visto, a maré não está pra peixe.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Há Quase 37 ano o Flamengo foi campeão mundial de clubes metendo 3×0 no Liverpool. Hoje 26/05/2018 as 15:45 Real Madrid e Liverpool decidem a Liga dos Campeões da Europa, caso o Liverpool ganhe ele decidirá em dezembro o titulo mundial de clubes ,…pode até ser coincidência , mas estamos invictos na Libertadores da América, classificados para as 8ª de final, se formos campeões , teremos novamente reeditada a final de 81. Vamos para cima deles LIVERPOOL!!!!!!!!