O Maracanã teve um autêntico domingo vermelho e preto. Mais vermelho do que preto, em perfeita consonância com o bicentenário do bom velhinho defensor das massas proletárias, Karl Marx, que se celebrou no sábado. As arquibancadas abarrotadas de trabalhadores, por força de uma política de precificação abertamente socialista, viram encantadas o show de bola de Paquetá, Cuellar, Vinicius Jr e Everton Ribeiro pelas esquerdas. Só faltou a Raça e a Urubuzada cantarem a Internacional e o burguês Dourado fazer gol pra rolar piadinhas com a foice, mas nem foi preciso. O veiúdo 2×0 enfiado no tradicional freguês meridional na base da martelada vingou o proletariado rubro-negro.
E até os poucos reacionários da Nação foram forçados a admitir que o Flamengo tem jogado bastante direitinho e justificado a inesperada e longeva (2 rodadas) liderança no Brasileiro. Há quem repute a significativa melhora do time ao talento que Pep Barbieri tem demonstrado em fazer tudo aquilo que o elenco que o escolheu deseja. Um estilo de comando pragmático que, até que dê alguma merda, não tem como ser contestado. Outros atribuem a boa fase aos métodos inortodoxos de incentivo da Fla-Aeroporto e outros ainda à volta do povão classe média ao Maraca. Como disse o vovô Marx, o caminho pro inferno está pavimentado de boas intenções. Os motivos não importam, sigamos a tradição capitalista de comentarismo e nos concentremos no resultado.
Ao contrário da defesa, onde mal fechamos a conta do chá, do meio pra frente o Flamengo mostrou que está bem servido de talentos. Com Arão neutralizado no banco e Everton Ribeiro despertando de seu longo sono letárgico a nossa meiúca, com Paquetá dando show, tem conseguido se impor nas ultimas partidas e isso não vinha acontecendo sob a batuta de Carpegiani. Menção especial ao colombiano Cuellar, que tem sido um ponto de equilíbrio na contenção. O futebol de desarmes e passes certos do sardento meio-campista anulou as gracinhas da gauchada sem-drenagem e tem lembrado o papel do chileno Maldonado naquele time de 2009.
O nosso ataque ainda foi mais ou menos, com baixa taxa de conclusão em relação a quantidade de jogadas ofensivas criadas. Mas a volta de Guerrero, se não acaba definitivamente com o caô, em tese aumenta as possibilidades de que as centenas de bolas centradas na zona do agrião resultem em gols. Geuvânio ainda não convenceu e Vinicius Jr, quando não está humilhando seus marcadores, não pode ser a bola de segurança do time. É injusto com ele. Precisamos de mais alternativas ofensivas. Mesmo com a dibração desenfreada de Paquetá e Vinicius Jr, que fizeram a eterna paquita D’Alessandro dar vários faniquitos enquanto era chapelada sem piedade e empolgaram a massa, ainda não estamos autorizados a oba-obizar plenamente porque o Inter mostrou que não estava na Segundona à toa. Mas com essa improvável invencibilidade de 7 jogos já dá pra fazer uma graça. Quem nunca? Bora, Mengão! Rumo ao Hepta!
É bem verdade que só temos enfrentado times oriundos, egressos ou fortemente identificados com as divisões subalternas do pujante futebol pátrio. Mas se formos puxar a capivara dos demais 19 competidores do Brasileiro sobram só uns 2 ou 3 sobre os quais não respingue a desonra pestilenta da Série B. Que culpa tem o Flamengo se os altos padrões de honradez vigentes na Gávea não são seguidos pelos coirmãos? Nêgo se rebaixa mesmo, e na maior parte das vezes com extremo merecimento.
Não dá é pro Flamengo ficar escolhendo adversário, tem que aproveitar o bom momento e doutrinar quem aparecer pela frente. Até porque no futebol as fases boas costumam ser curtas e de uma hora pra outra podemos voltar à pasmaceira habitual. Nessa tour-de-force em que os times são oprimidos e os jogadores explorados pra cumprir o calendário antes da Copa do Mundo, com jogos de 3 em 3 dias, o melhor que o faz Flamengo é acumular gordura e baixar as expectativas. Porque até a meia-noite de 31 de dezembro ainda será oficialmente ano de eleição.
E, convém não esquecer, ainda tem a questão da Libertadores pendente. Enquanto não se confirma a obrigatória passagem para as 8as o torcedor do Flamengo seguirá como Getúlio, que confiava desconfiando. Consciente que uma metade do elenco é capaz de tudo enquanto a outra metade não é capaz de nada. Dizem que os materialista dialéticos não tem religião e que enforcarão o último padre com a corda vendida pelo ultimo capitalista, por via das dúvidas, continuarei a depositar a minha fé pequeno-burguesa nos nossos moleques, porque é certo que, num livre mercado ou numa economia estatizada, eles sempre se valorizarão. Saudações, camaradas.
Mengão Sempre
Parabéns Arthur, ótimo texto!
É interessante notar como o alto nível do texto estimula comentários na mesma altura – ou, pelo menos, aproximada. Sai a baixaria, entra o bom humor inteligente.
Um minuto de silêncio estupefato diante de um texto inqualificável (não tenho ideia do adjetivo adequado).
Xii, sençuraram !
Mas que menina bonita !
Quem é a gatinha da foto, com uma fisionomia tão carente !
Pois, Carlos,
mais uma que o nosso Arthur tira do fundo do baú só pra eu ficar tremendo no fundo a minha tumba, trata-se, se eu não me engano, de Monica Belluci
Acho que é a Isabelle Adjani, mas só acho.
Monica Bellucci
Parabéns para o Xisto !
Não era do meu tempo. Muito criança
Eh incrível como a capacidade mental do blogueiro seleciona o publico e os comentário. Excepcional ler uma lufada de ar fresco ante ao ar empestiado da sociedade brasuca.
SRN
Muhlenberg, que texto!
Apesar da conotação esquerdista, muito bom o comentário do Muhlenberg e tudo indica que no último ano de gestão, o Bandeira aprendeu alguma coisa com tantas lambanças e está trazendo a Torcida Magnética de volta como o 12º jogador!
O Barbiere também está de parabéns ao dar vez á garotada da base, mas, ainda falta dar mais oportunidades ao Ronaldo que já tem proposta para sair e ao Jean Lucas e nunca mais escalar Aarão, de preferência vendê-lo para não mais atrapalhar…
O time ainda precisa se reforçar nas laterais e na zaga e não efetivar o Barbiere, pois, além de ser muito cedo, depois da Copa do Mundo o Tite vai ficar disponível…
Acredito que se essa diretoria que não entende de futebol não tiver uma recaída e voltar á desdenhar da Torcida Magnética, o time e seu 12º jogador tem tudo para subir ainda mais de produção e enfim, começar a ganhar títulos…
Vamos que vamos Mengão do meu coração!!!
SRN!!!
Nada demais quando se faz o óbvio…
O que vem acontecendo no time do Flamengo nas últimas semanas é apenas a constatação do óbvio: que o time não jogava coletivamente.
O digníssimo treinador/coordenador técnico Carpegiani havia falhado miseravelmente na construção coletiva do time do Flamengo. As coisas não aconteciam de jeito nenhum ou só aconteciam quando os jogadores resolviam TECNICAMENTE os problemas táticos enfrentados pela equipe. Um lampejo aqui e ali do Vinícius Jr; uma boa arrancada do Éverton; uma falta bem batida pelo Diego e por aí vai (ou ia).
Tabelas, triangulações, infiltrações, boa recomposição, bom posicionamento e compactuação eram conceitos desconhecidos (acho que não) ou ignorados (acho que sim) do nosso antigo treinador. O que fazia com que o nosso time tivesse que ser o mais raçudo possível, pois teríamos que correr muito mais do que o necessário para tentar cobrir os buracos que inevitavelmente apareceriam durante os jogos (por falta de bom posicionamento e bom treinamento).
Como disse o Juan depois do fatídico jogo contra o Botafogo: o time correu mais que o adversário; só que correu errado (está registrado no GPS).
E, se estava correndo mais que o adversário, nada de estranho ver o time jogando melhor agora que está correndo CERTO. Ou seja, agora que podemos ver uma construção coletiva do jogo e, COM ISSO, podemos ver o crescimento individual de alguns jogadores que, até bem pouco tempo atrás, a torcida pedia a cabeça.
Não tem tanto mistério. Eu já havia falado sobre isso já no primeiro jogo sob o comando do Barbieri (amistoso contra o Atlético/GO). O time finalmente começava a mostrar traços de triangulações; tentativas de criar superioridade numérica nos setores; infiltrações dos meias na área para criar jogadas de gol e, também, uma melhor estrutura defensiva com as funções mais claramente desempenhadas pelos jogadores.
E a coisa está ficando cada vez mais nítida. A parte coletiva funciona cada vez melhor, fazendo com que a parte individual também cresça.
O 4-1-4-1, que se transforma em 4-2-3-1 com a mudança de posicionamento do Paquetá, é mutante durante o jogo. E tem que ser mesmo, já que os adversários se moldam ao estilo de jogo que o time pratica. Os jogadores parecem ter finalmente encontrado orientações corretas (e não conflitantes) que ajudam demais a todos correrem do jeito certo e no momento certo.
Com isso não quero dizer que o trabalho do Barbieri é perfeito ou algo que o valha. Mas, a carência tática do time era tão grande que até as pequenas coisas ficam escancaradas. E não tem absolutamente nada a ver com raça ou determinação. Tem a ver com orientação e treinamentos corretos. Não por acaso o time passou a sofrer poucos gols de um tempo pra cá. E só não tem 100% de aproveitamento no Brasileirão porque fomos prejudicados na estreia do campeonato em Salvador (eu sei, eu estava lá).
Esse crescimento do conjunto do time ajuda demais a termos resultados bons. E é bom mesmo que tenhamos bons resultados, pois os maus resultados poderiam atrapalhar o desenvolvimento de um bom trabalho coletivo. E a irracionalidade poderia fazer com que, de repente, voltássemos à estaca zero.
Por enquanto, o Barbieri se mostra bastante competente no aspecto de dinâmica de treinamento e convencimento dos atletas sobre o que é importante o time fazer para gerar os resultados. Essa é uma parte importantíssima do trabalho do treinador.
A outra parte ainda não foi testada, ou seja, a parte de fazer ajustes quando as coisas não funcionarem tão bem. E isso abrange tanto a substituição de peças (talvez algum medalhão precise sair do time ou deixar de ser a primeira opção de mudança) quanto a mudança de posição das peças. O que pode gerar conflitos que o nosso jovem treinador ainda não vivenciou e, portanto, talvez não saiba como lidar plenamente.
Mas, falando apenas do aspecto técnico, o nosso treinador vem fazendo um trabalho muito interessante. Conseguia dar um padrão tático que o Carpegiani não passou nem perto de conseguir. E que o Rueda ensaiou fazer, mas não mostrou desempenhos tão satisfatórios como os vistos até aqui com o Barbieri. E olha que o consagrado colombiano treinou o time por muito mais tempo.
Por mim, e não apenas por causa dos resultados, o Barbieri deveria ser efetivado. Mesmo porque, não há treinadores tão indiscutíveis assim dando sopa no mercado. E, já que quase todo mundo pauta as coisas em cima dos resultados, que eles convençam quem ainda não sente firmeza no trabalho (excelente trabalho até aqui) do Barbieri.
E, além do trabalho, algumas outras coisas estão agradando muito neste início de caminhada: Jean Lucas efetivado como primeira opção de meio-campo (Arão e Rômulo perderam espaço); Paquetá jogando de 2º homem de meio-campo transformou o time como um todo (melhorou a parte ofensiva e defensiva ao mesmo tempo); Diego Alves voltando ao nível que sempre teve depois de se recuperar totalmente da contusão do ano passado, Léo Duarte mostrando firmeza depois de jogar mais de um jogo em sequência e Vinícius Jr com liberdade para fazer as suas traquinagens em cima dos defensores (mesmo que se equivoque de vez em quando).
Com tudo isso, Éverton Ribeiro, Rodinei e até o Diego subiram de produção. Uns mais, outros menos. Mas, é indiscutível que o trabalho coletivo está privilegiando o desempenho individual desses jogadores. E assim esperamos que continue, com os atletas ganhando mais confiança e voltando a jogar o que nós sabemos que eles podem.
SRN a todos!
Aêêêêê!!!! Uma salva de palmas!!
Primeiro comentário sem desqualificar os demais coleguinhas ou sem querer dar aulas de “verdadeiro flamenguismo”!!!!
Claro que não tinha necessidade do “eu sei, eu estava lá”. Até porque o blog é cheio de cariocas frequentadores do Maracanã, aqueles torcedores que vc dizia serem os culpados por tudo de ruim que acontecia com o Flamengo, os tais da “pressão INSANA”, lembra?
Mas no geral vc tá de parabéns. Que evolução.
Doeu alguma coisa? Tá se sentindo bem?
Hahahaha
Só vou discordar do seu comentário quando diminui o trabalho do Rueda. Se não fosse ele, e o seu Zé Ricardo houvesse continuado, até hoje Juan, Cuellar e Paquetá (os melhores do time) seriam reservas de Vaz, Horroroújo e Gabriel, os queridinhos da panelinha dele, como o foram durante toda sua malfadada passagem.
Tirando isso, estou orgulhoso de vc.
SRN
Totalmente desnecessária a sua opinião.
Aliás, desnecessário é algo inerente à sua pessoa.
Pô, tava indo tão bem, cagou tudo.
Tá vendo, não pode elogiar…
Hahahaha
Que foi? Não pode falar mal do teu namoradinho Zé Ricardo né?
Desculpa, com paixão platônica não se brinca…
HAHAHAHAHAHAHA
O cara entra no meu comentário fazendo ironias idiotas, e sou eu que tenho que ficar dando explicações??
Por que não faz exatamente como eu faço: ignore totalmente com quem você não quer falar ou discutir algo. Já reparou que eu fiz isso há mais de ano contigo e com o outro que também entrou na conversa?
Simples assim: total menosprezo. Ou será que eu terei que falar o óbvio de novo?
Hahahaha
Vc é uma comédia, Vagner BSB-SSA-PQP-VTNC-VSF
Achou que ia me chamar de falso flamenguista e ia ficar por isso mesmo né? Muito inocente….
Vc fica aí querendo dar aulinha de táticas, mas vc não sabe porra nenhuma. Vc cansou de elogiar Zé Ricardo e enaltecer a importância de jogadores como Márcio Araújo, Gabriel e Vaz. Ficou fazendo gracinha e chamando de falso flamenguista e botafoguense quem criticava esses MERDAS que hoje são reservas de times pequenos. Aí quando fomos eliminados de tudo vc culpou…. a torcida.
Agora quer se fazer de vítima.
Diz uma coisa, tá torcendo muito pro va2quim, time do teu namoradinho Zé Ricardo? Ele tá indo muito bem lá não?
Hahahahaha
P-E-R-F-E-I-T-O-!
Terceiro Capítulo – O JOGO
Uma boa exibição, enfim.
Há que se considerar, como bem observado pelo Arthur, que a parte vermelha (que pena !) do RS é fortíssima candidata ao bi-rebaixamento.
D^Alessandro, que já foi bom de bola, já deveria estar atuando no time do Conca. Espero que o Banana não se entusiasme !
Apesar disso, destacadas as atuações do Everton Ribeiro (por mim sempre desanacado anteriormente), Lucas Paquetá e Cuellar.
Um trio de meio-campo exuberante.
Na defesa, alguns furos, mas com o goleiro Diego Alves em magnífica forma.
No ataque, Geuvânio melhor do que nas partidas anteriores, mas deixando claro que não pode ser o titular do time (quem será, não sei dizer), Henrique Dourado enfim assumindo o seu devido lugar, que é o banco, Guerrero fora de forma, mas deixando esperanças e Vinicius Júnior em dia mais para Everton Cardoso do que para ele mesmo.
Em suma, endosso as sábias apreciações (epa !, pagando royalties ao Xisto) do Arthur.
Fraternas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – Parabéns ao Áureo. Comentário alegre, correto e super inteligente.
Caro Mestre Carlos Moraes,
Geuvânio é apenas um reserva que está em má fase técnica há algum tempo.
Não sabemos se conseguirá sair dessa fase antes de ser devolvido pra China no final do ano.
Mas, como foi constatado por muita gente, consegue desempenhar uma função tática ao menos interessante. Algo parecido com o que faz o Romero no Corinthians (dando o máximo na recomposição defensiva).
Só que, para nós, isso ainda é pouco.
Vamos ver como ficará o time com a volta do Diego. E se o Geuvânio ainda terá outras chances de jogar.
Na minha opinião, há jogadores que devem ter oportunidades de começarem o jogo para sabermos de suas verdadeiras condições: Marlos Moreno, por exemplo.
E, quanto ao adversário, não acho que o Inter seja candidato ao rebaixamento. Tem times muito piores que ele. E, no jogo em questão, acho que foi a imposição do Flamengo que fez a diferença.
Basta lembrar que esse mesmo Inter perdeu pro Palmeiras em São Paulo por causa de um erro crasso da arbitragem. E jogou de igual para igual contra um time que vai brigar na parte de cima da tabela.
Na próxima rodada, eles enfrentarão o Grêmio fora de casa. E não vai ser a molezinha que o povo acha. Tenho certeza disso.
Um comentário de uma palavra, o suficiente para definir a inteligência privilegiada do Grão Mestre.
Umas palavrinhas a mais, em defesa do meu Xará, de sobrenome Marx.
Por mero acaso, ainda ontem, no artigo anterior do Arthur, instado, digamos assim, pelos amigos, posto que não lulistas e não de esquerda, Romano e Legolas, o Elfo preferido, alinhavei umas bobagens a respeito do bom velhote, de notória semelhança com o insuperável Papai Noel.
Hoje, farei pouquíssimas ponderações, a saber.
1a) – 100 milhões de pessoas assassinadas. Tenho muitas dúvidas se a conta está certa, mas, indubitavelmente, o Marx nada teve com uma sequer.
2a) – pode ser, se existir mesmo, que o velhote esteja batendo papo com Satanás, mas na companhia de Hitler, Stalin e Bolsonaro, certamente não.
Fraternas SRN
FLAMENGO SEMPRE
ERRATA – Antecipei a ida do Capitão às penumbras satânicas. Apresento minhas escusas pelo equívoco.
Ainda bem que vc escreveu isso – eu queria, mas bateu uma preguiça imensa.
Misturar Marx com Hitler e Stalin é demonstar a ignorancia total que tem .
Como existem abestados confundindo tudo e todos, metendo todo mundo que nao tenha a mesma opiniao dele no mesmo saco.
E nao soh Lula x Cochinhas, como aqui “flamenguistas x nao-flamenguistas” etc etc etc
Eh somente cansativo “falar” com “sujeitos” assim.
Mas parabens, Carlos, vc, do alto dos seus 80 ainda consegue ter a força !
SRN
GENIAL ! ! ! ! !
Arthurzão dando no lombo da burguesada é sempre um clássico.
Sobre o time:
Diego Alves – Um craque no gol. E um líder nato. Ter jogado café em vândalos naquele episódio do aeroporto, pra mim, só reforça a hombridade dele. Não tem que aturar bandido tentando tocar o terror mesmo não. Ele não agrediu a entidade “torcida do Flamengo” naquele episódio, mas sim se defendeu de babacas. Ponto pra ele. Tudo pra ser ídolo.
Juan – Além de Júlio César, o único que já tem lugar cativo no panteão de ídolos eternos. Temos a honra de vê-lo desfilar sua classe. Infelizmente, a idade pesa e não é mais o atleta exemplar que sempre foi. Em condições, titular absoluto. Quando precisa ser poupado, Rhodolfo ou um dos jovens darão conta.
Réver – Não sou entusiasta, mas é um cabra sério. Tem falhado um pouco demais, mas nunca deixa de mostrar ~ganas~ de vencer. E é sempre uma boa arma pras bolas aéreas, que podem resolver um jogo difícil.
Rodinei e Renê – Entram na cota do “Não tem tu vai tu mesmo”. Não se pode dizer que não entregam o máximo que podem (com duplo sentido). Caras esforçados, sem dúvida. Ficaria com eles mesmo de titulares, pois Pará e Trauco, as opções, conseguem ser piores.
Cuellar – Cracaço de bola. Zé Ricardo tem que virar persona non grata no Flamengo por tê-lo deixado no ostracismo em prol de Márcio Araújo. Detalhe que na confusão do último domingo contra o Inter, em que Dalessandro dava chilique pra todo lado, Cuellar chega se impondo. É essa a maior característica dele: Não se esconder jamais. Candidato a ídolo. Não tem reserva à altura, porém. Já lamento antecipadamente algum jogo em que ele esteja machucado, suspenso ou convocado e voltemos a agonizar com toda a paumolecência de William Arão ou a falta de neurônios de Jonas.
Paquetá – Paquetop! Antes de mais nada: Já é ídolo dos meus filhos, de 7 e 9 anos. Imitam, perguntam por ele (outro dia colando figurinhas do álbum da copa perguntaram sobre Paquetá. Ou seja: ídolo, o que é muito mais que ser um bom jogador). Em campo, simplesmente disputa com Arthur e Luan do Grêmio, que vem jogando por música, o posto de melhor jogador do país. Infelizmente não temos como resistir à força da grana que ergue e destrói coisas belas, e não o garoto não deve desfilar essa habilidade e garra por muito mais que um semestre. Também entra na conta do inexplicável Zé Ricardo tê-lo mantido à sombra de Gabriéis e quejandos.
Diego – Ainda aposto minhas fichas. Acredito que vai voltar menos enceradeira dessa contusão. Tipo de jogador que é melhor ter no nosso elenco, mesmo numa fase não muito boa, do que ver reforçando um Palmeiras ou um São Paulo. Não se esconde. Em boa forma e boa fase, é capaz de ser um diferencial. Aposto na virada. E se não vier essa virada, esse crescimento de produção, pior pra ele, pois tem gente boa pra entrar e como vimos nos últimos jogos não é exatamente essencial.
Éverton Ribeiro – Fisicamente adaptado e bem motivado, é craque de bola. Resolve jogos em dois toques. Outro que estaria destruindo e sendo grande ameaça pra nós se estivesse num Palmeiras, num Corinthians, num Cruzeiro da vida. Contratar esses caras também é enfraquecer os adversários (enviando Márcio Araújo e Gabriel pra outros destinos, melhor ainda). Finalmente parece ter entrado numa curva de produção ascendente. Tem muito a nos proporcionar ainda. Eu acredito.
Geuvânio – Não dá. (merece nem que me estenda). Com Berrío em condições, tem que sair do time.
Vinícius Júnior – Craque. Infelizmente só veremos o início de um astro mundial com as nossas cores. Titular absoluto enquanto estiver aqui. Tem que ser livre pra inventar o que quiser. Deixa o Renê se preocupar com marcar corredor. Vinícius tem só que destruir defesa e expulsar adversário. Graças a deus reforçamos o time com a venda daquele Everton. Um cara no máximo esforçado, destruidor de jogadas, tomando lugar de um gênio como Vinícius Júnior.
Guerrero – Outro que estaria destruindo num Corinthians, Galo ou Palmeiras. Não vai se matar antes da Copa. Muito mais técnico que Henrique Dourado, que não tem culpa de ser um empurrador de bolas pro gol, figura muito necessária, nenhum demérito. Não acho absurdo os dois em campo. Se complementam.
Menção honrosa: Jean Lucas – Poderia fazer parte do time titular, apoiando Cuellar na marcação e saída. Com isso Everton Ribeiro ocuparia a região mal ocupada pelo Geuvânio, como fez no último golaço contra o Inter. Diego teria seu lugar mais pela meia esquerda, se aproximando de Vinícius e Guerrero. E ainda estaríamos livres da lerdeza de William Arão.
Já temos um problema aí acima: com todos em condições e boa fase, falta vaga pros 10 da linha. Mas esse é um problema melhor do que decidir entre Gabriel e Paulinho, convenhamos.
Meu time titular:
Gol – Diego Alves
Zaga – Juan e Réver
Lateral direita – Rodinei
Lateral esquerda – Renê
Meio – Cuellar – Paquetá – Diego
Ataque – Everton Ribeiro – Guerrero – Vinícius
Palmas de pé!
Arthur, as referências são divertidíssimas, como sempre, mas deixemos os velhote barbudo descansar em paz. O Mengo está voltando e eu também . Volto pra Moscou em junho e já garanti meus ingressos. Seria uma satisfação fazermos uma live do mausoléu de Lenin. Se não tiver mais meus contatos, mas tiver interesse, let me know! SRN
Chama ai que nóis faiz. SRN
Aproveita e faz um minuto de silêncio pelas mais de 100 milhões de pessoas assassinadas.
Alves, vc inventa números ou é uma fenômeno da historiografia moderna?!
Fugindo do comunista Marx, mas relembrando Lenin, parece que o Flamengo, com uma política de um passo para frente e dois para trás, começa a querer encontrar o caminho do sucesso.
Se fomos eliminados nas semifinais do Carioca, hoje estamos apenas a uma vitória para passar de fase da Libertadores;
se a Ilha do Urubu andava não suportando mais de 10 mil pagantes em jogos até importantes, ontem o Maracanã colocou 50 mil numa 4ª rodada do Brasileiro;
se há dez anos jamais lideramos o Brasileiro por duas rodadas iniciais seguidas, agora a liderança é pura alegria – apesar da insignificância dos adversários;
se ontem vociferávamos contra Márcio Araújo, Gabriel e Rafael Vaz, somente para lembrar alguns, hoje nossos olhos brilham com Vinícius Jr, Lucas Paquetá e Cuellar, só para citar alguns.
Eu sempre afirmei que o Maracanã sentia a falta do flamenguista proletário. Entretanto, quem mais o andava frequentando era a grã-fina de nariz de cadáver, do Nelson Rodrigues, aquela que entra no Maracanã e pergunta quem é a bola.
A luta de classes recomeçou no Maracanã. Povão na arquibancada é a palavra de ordem.
Flamenguistas de todos os cantos, uni-vos!
“Estes são os meus princípios. Se você não gosta deles, eu tenho outros.” (Marx, Groucho)
Caralho!!!
Tú é bom!
Arthur, domingo foi foda!
Há muito tempo não vejo a torcida tão vibrante….
Parabéns pelo artigo, muito bom, um dos melhores.
SRN !
espero que lá do inferno que comunga com hitler, stalin e outros trastes o velhote MARX tenha gostado da vitória do Mengão, time do povo.
Roberto Campos, mais conhecido como Roberto Fields, disse uma verdade definitiva: a burrice é incomensurável.
[…] Reprodução: Arthur Muhlenberg | República paz e amor […]