Na quinta-feira o Flamengo venceu um jogo seminal para a manutenção da própria honra em 2017. Venceu da maneira mais flamengo possível, dando bobeira no início, com jogadores se contundindo gravemente, jogando na mais pura escola do vamo-lá-porra. Impulsionado pela empolgação da arquibancada o Flamengo arrancou a vitória a fórceps e obteve a mínima vantagem do empate para o jogo de volta.
Quem foi ao jogo, e não foram muitos os que se aventuraram num fim de mês de carestia, saíram felizes. Vitória em jogo decisivo é uma das pedras angulares da dieta dos rubro-negros e já fazia uma etapa que não provávamos do requintado acepipe. Tudo indicava que teríamos uma sexta-feira sensacional, com o dever de casa feito e a arcoirizada toda rilhando os dentes para amaldiçoar a nossa sorte. Infelizmente não foi o que aconteceu.
Quem pode perder algum tempo nas redes sociais viu uma histérica reação de alguns torcedores do Flamengo a um nano acontecimento, à uma pratica rotineira entre os clubes que disputam um campeonato nacional; o empréstimo do CT para um clube de fora da cidade jogar o seu rachão. Um assunto de diminuta relevância, e absolutamente nenhum poder de influência nas pretensões esportivas do Flamengo, mas que após ser anabolizada pela inescapável exposição a que o Flamengo está condenado por sua grandeza, se tornou um ótimo veículo para a universalização da ignorância.
É meio que uma epidemia, alguém fica indignado porque o Flamengo não pode emprestar o CT para o Sport, ignorando que o Flamengo quando vai ao Recife jogar com Náutico ou Santa Cruz às vezes treina na Ilha do Retiro, e logo aparece outro ignorante reproduzindo a estultice. Aí um jornalista identifica o filão, um oposicionista aproveita o embalo, um blogueiro oferece sua opinião não solicitada, alguém faz um meme esperto e em pouco tempo tá todo mundo se ocupando, pelos motivos mais errados, de uma questiúncula sem qualquer importância. Repito, sem qualquer importância, nem mesmo simbólica. Desimportante, mas que serve aos mais variados propósitos, inclusive os menos nobres.
Comigo pelo menos foi assim que aconteceu. Li uns tweets raivosos, alguns de gente que muito considero, detonando a postura do Flamengo. Em pouco tempo, e sem qualquer reflexão mais profunda, estava eu lá me juntando ao zurrar geral, gastando caracteres e, claro, do alto da minha vasta experiência em administração de um departamento de futebol, ensinando aos padres, vigários e monsenhores como deve ser rezado um Pai Nosso de raiz. Mal minha.
Mas não é que eu ou a torcida do Flamengo em particular estejamos chatos, ou chorões. Não! Esse é o modo como as redes tem reagido à qualquer coisa, seja ela boa ou ruim. Com muito ruído, sem nenhuma reflexão e o que é pior, evocando a oca logorreia da tradição, família, propriedade e porte de arma. Sai pra lá com esse fundamentalismo de ocasião! Bastou que eu me afastasse por alguns minutos do Twitter e pensasse um pouco sem a influência nefasta dos lacradores para perceber o quão imbecil tinha sido tudo que eu dissera e twitara até então. Fazer o quê? O determinismo geográfico já definiu que o homem é produto do meio. Quando estamos cercados pela ignorância é natural que fiquemos ignorantes também. Felizmente essa moléstia tem cura. Mudei de opinião na boa.
Todo o alvoroço sobre o não assunto do CT se deve em parte ao espírito do capitão William Lynch (procurem saber quem foi) que paira sobre o twitter, onde é facilmente incorporado por médiuns bastante interessados em obter repercussão, seja por este ou aquele motivo. E em parte porque o presidente Bandeira está vivendo a plenitude de sua Lua de Fel com a torcida. Que é, salvo a conquista de títulos relevantes, bastante comum no último ano de mandato de qualquer presidente. Já foi decretado que nada que ele faça ou diga está certo.
Se Bandeira tivesse negado o CT para o Sport a grita seria imensa, se o liberasse, como acabou fazendo, o faniquito seria ainda maior. Não tinha saída. Mas é forçoso dizer que isso sequer era um assunto que devesse ser tratado pelo presidente, era pra ser resolvido na esfera da zeladoria do clube. Em uma linguagem mais pedestre, essa pica era do aspira. Que fase vive o Bandeira. Se amanhã ele andar sobre as águas da Lagoa Rodrigo de Freitas vai ser acusado de não saber nadar. Bandeira sabe que tem grande responsabilidade em tudo que acontece com o Flamengo, espero que alguma alma boa já o tenha avisado que se ficar puto é pior.
A verdade incoveniente é que tem muito rubro-negro por aí que, por insegurança, ignorância ou excesso de juventude, ainda desconfia da legitimidade, da exclusividade e da intransitividade do Campeonato Brasileiro de 1987 que conquistamos no campo em 1987 mesmo. E não em um tribunal qualquer em 88, 89, 94, 2010 ou 2017. Ficam parecendo cachorro mordido por cobra, que entra em pânico ao avistar a mais inofensiva das linguiças. E entre todas as linguiças inofensivas que existem não tenho conhecimento de alguma que seja mais inofensiva que o nosso genérico setentrional, o time mais água de salsicha do Brasileiro.
Gostamos sempre de sublinhar a grandeza, a distância astrofísica que nos separa dos outros times e a imperturbabilidade zen do Flamengo diante das gracinhas protagonizadas pelos habitantes das Lilliput da vida. E tá certo, nós somos foda mesmo. Mas nesse caso específico de empréstimo de CT quem fez o papel de time pequeno não foi o genérico. Demos muito mole e nem comemoramos nossa vitória, preferimos colocar em cartaz quem não merece qualquer destaque. Vacilo. Nenhum time se faz grande pela intensidade ou pelo volume do ataque de pelanca de seus torcedores. Taí o Botafogo, eterno médio, pra comprovar.
A uma certa altura da peça o prícipe Hamlet diz pro seu tio Cláudio que “o ser grande não é se empenhar em grandes causas: grande é quem luta até por uma palha, quando a honra está em jogo” e eu, que só vou ao teatro por causa do ar-condicionado e dormi no segundo ato inteiro, digo que essa regra só vale quando a palha tiver alguma serventia. Se a luta for só pra pagar de macho é apenas mais uma história ruim contada por um idiota, cheia de som e fúria e sem sentido algum. Quem sabe esse momento desagradável da nossa micro história não sirva de lição pra alguém? Pra mim serviu.
Mengão Sempre
Depois em que furei nos meus prognósticos e ponto de vista sobre a escalação, ” inapropriada” do César, creio que tudo foi por culpa de São Judas Tadeu que me induziu ao erro. Tomei uma decisão só revelada no PS, abaixo.
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Serei devoto agora de São Balalão…!
FUI…!
Vou continuar por estas bandas e, uma vez mais, fazer o meu público elogio a um técnico, este amplamente vitorioso em sua trajetória,
Trata-se, como todos já advinharam, do nosso El Brujo colombiano, o Reinaldo Rueda.
Um SENHOR TÉCNICO de futebol, a ponto de me obrigar a escrever em maiúsculas.
Em um ambiente, como é notório, altamente perturbado, além do mais em meio a VÁRIAS DISPUTAS, soube, em pouquíssimo tempo, MONTAR UM TIME, utilizando novas peças, que o seu infeliz antecessor teimava em desconhecer.
Mudou, o que se me parece o mais importante, a MENTALIDADE dos jogadores, transformando um time sem alma em um que corre atrás, procurando, sempre e sempre, alcançar metas antes imponderáveis.
Ontem, contra o bom time (surpreendentemente) do Junior, deu um SHOW.
Deixou de lá as besteiras bem típicas do futebol brasileiro, armando um time DEFENSIVO, como tinha que ser, pois tínhamos a vantagem do empate.
Como bem afirmou o CUELLAR (este jogador, um caso à parte, pois, graças ao RUEDA, passou a ser a peça mais fundamental do ^novo^ time rubro-negro), jogou uma partida perfeita, no 4-3-2-1, em que pese a PÉSSIMA partida do Everton Ribeiro, junto com o ótimo Paquetá (que o RUEDA soube valorizar como ninguém), um dos dois 2, peças básicas para uma rápida transição para o ataque, alimentando o 1, que, obviamente, era o Felipe Viseu, outro jogador que está se transformando com o Brujo da Colômbia.
O tema é da maior importância, pelo que a ele voltarei, mas fico aguardando a certamente sábia manifestação de autênticos e verdadeiros rubro-negros, podendo citar, para exemplificar, o Legolas e o Romano.
Por ora, também para o RUEDA, as minhas PALMAS DE PÉ, GRITANDO BRAVOS E PEDINDO BIS, COMO NOS VELHOS TEMPOS DO THEATRO MUNICIPAL.
Eufóricas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Perfeitas observações, mestre Moraes.
As minhas ressalvas ficam por conta da não utilização do VJ no segundo tempo, quando o contra-ataque tava escancarado e pela escalação do Trauco. Esse rapaz não tem a mínima condição de ser lateral do Flamengo. Se o tal do Chará não passasse de um Everton melhorado, teríamos levado uma sacolada de gols pelo lado esquerdo da defesa. Tava uma água. Juan tava desesperado. Corremos um risco absurdo. Pela primeira vez na vida dei graças a Deus quando vi o Horroroújo aquecendo pra entrar.
Tem que rever isso aí, até o Pará invertido se sai melhor que ele na defesa.
Agora, não tem nem parâmetro de comparação entre Rueda e Zé.
Rueda 10O% em mata-mata, tem 3 meses de clube e já levou o time à segunda grande final. Se não fosse a desafortunada lesão do Diego Alves e os frangos inacreditáveis do Muralha, já estaríamos com a vaga na fase de grupos da Libertadores garantida.
Outro nível.
As viúvas do Zé nem podem discordar, posto que estão desaparecidas, talvez esperando a Va2ca se classificar tá Liberta pra vir aqui enaltecer suas qualidades. Um tipo muito estranho de “verdadeiro flamenguismo”.
OBS: no dia da final da Sula, completaremos 30 anos do título de 1987, para cuja final nos classificamos com um gol bem semelhante ao do Vizeu, marcado pelo Renato Gaúcho.
Cenário perfeito pra uma grande homenagem aos heróis de 87. Quero vê-los dando a volta olímpica do título junto com o time.
Seria emocionante, justo e uma resposta bem melhor que recurso no STF ou ataques de pelanca generalizados por causa de treino do Ixpó no CT.
Vamos ver se essa diretoria terá essa sensibilidade.
SRN
Excelente idéia do Romano.
Tomara que a Diretoria leia o RPA, para tirar cola.
Gol do Vizeu em comparação com o do Renato Gaúcjo – única diferença, um pela direita, outro pela esquerda.
Outra comparação, que muitos estão fazendo. Vizeu e Fernandinho, contra o Lanús. Embora semelhantes, enquanto o Fernandinho recebeu um presente do lateral Gomes, o Vizeu (para surpresa total minha, cabe reconhecer) deu um ^come^ sensacional no bom
zagueiro de área Peres.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – hoje, a primeira das três partidas decisivas. Temos que GANHAR do Vitorinha, como chama o Edvan.
Grandr amigo e mestre, Carlos Moraes.
Primeiramente, vou agradecer pela lembrança, neste comentário e também em um feito em um post anterior do Murtinho. Inclusive, respondi lá, mas como vieram outros posts depois, acho que nem viu a resposta. Depois colo aqui.
Volto depois também para comentar com mais calma sobre esse assunto. Mas já adianto que concordo com suas colocações.
Forte abraço.
SRN
Efetivamente, não li.
Fico aguardando.
Dia 28 está chegando.
Grande festa no arraial dos Elfos.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – outro que está sempre em contato com vocês, transmitindo notícias, é o nosso grande amigo Danilo Bruxolobo. O bom paraense, o cidadão que mais trabalha no Brasil, o Alê, também.
Boa vitória contra o Jr. Curiosamente, os dois piores em campo foram os, em teoria, os nossos melhores jogadores: Everton Ribeiro e Diego, se fossem o Márcio Araújo, estariam pra lá do que malhados como um reles judas de sábado de aleluia. Raciocínio otimista: se ganhamos assim mesmo, imaginem se esses dois jogassem o que sabem.
Pensando bem acho temerário escalar o Cesar…sem ritmo eu não o colocaria. porém, perdido por perdido, eu deixaria o Muralha, assim mesmo. É visto que existe um problema com ele, no meu caso, nem sei se é bom ou ruim, goleiro, concluo, do que vejo, é que tem ojeriza, trauma, medo da bola, , e, se quando em sua direção vier e poder correr pros lados, com o acontece nos pênaltis, se livra bem dela, aliviado. Ocorre que, têm chutes fortes , que pega velocidade sem tempo de se abaixar, outros, à queima-roupa, não espalma ou defende, o seu reflexo é de espantar, enxotar, capaz até de dar um grito de pavor num” ‘Sai daqui, diabo'”…Bem, de todos os meus receios, quem sabe, ele, numa noite de azar as bolas não batem no seu corpo e não entram…Ann?
Melhor arriscar….Mas não seria demais levar um psicólogo na delegação, para que, em caso de ter uma convulsão por contato excessivo com o agente que lhe causa horrores, possa estar bem acompanhado, quem sabe, aplicar-lhe uma injeção que o faça dormir, sossegado…!
Conto com isso….
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Porra, se for pros pênaltis, tamos fudidos…!!
GOLEIRO RUIM DO CARALHO…!!
FUI…!
.
Aproveitando a deixa dessa questão de quem será o goleiro, apropriado, para jogar hoje, tenho a solução. Tá lá na página do Marcelo Dunlop (que cara criativo do encontro com São Judas Tadeu), trouxe-a para cá, com pequenas alterações, para dar ainda mais amplitude e acalmar a todos. Já sei quem vai pro gol, também tenho lá os meus papos com o nosso padroeiro, um pouco prejudicados, ultimamente, por sua vida atual desregrada. Conquanto eu, gosta de tomar umas, ‘morder a batata’….ficar um pouco tungado, etc., Bom, mas vamos ao que interessa; Há mesmo um recurso, leriam, abaixo.
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Ainda em tempo, e até parabenizar a integração ao grupo de blogueiros, muito bem-vinda a entrevista, que pode parecer a todos uma divagação criativa…mas sei que foi real, já tivera eu antes um papo com ‘seo’ Tadeu, muito atencioso, por sinal. A conversa só não prosperou, muito, porque encontrava-se encharcado de vinho…talvez, pra me agradar, foi o que inicialmente pensei, sabe-se, esse negócio de baiano ser solidário um com o outro, me animei quando peremptório, disse, há uns 15 dias::
Fique ‘trankilo’ o Gabriel vai fazer o gol da vitória contra o ‘Filho de Barangaquila… Junior de Barranquilla, corrigi, e perguntei: O Gabriel? É… disse-me com a voz pastosa e embolada; tá jogando um bolão aqui no céu… e não é ´só anjo não, é craque…Vai resolver nosso problema.
Tá, tá bem, São Judas, tá legal…O Gabriel? O Anjo? Sim..Sei….Bom, tenho que ir do transe ao sentido das faculdades reais, respirar o ar atmosférico da terra, sim, isso mesmo que disse… cair na real..,
Abraço e tal, me desvinculei da paranormalidade transcendental, sem que antes tivesse pressentido o som e baque de algo caído….um grito: “Ai, quebrei o femur…” Diabo…!
Não contemos com São Judas Tadeu, amigos, na queda, quebrou a perna.. Por causa da idade tá internado…Fiquei muito sentido.
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Tudo bem que não disse coisa com coisa….mas não seria a hora de escalar o Gabriel,? Ann?
Atrair para ele a fluidez diretiva dando-lhe correspondência com o ‘santo’, sem desconstruir, totalmente, o que projetou em ‘água dura’, não?
Bota no gol, porra!
E o gol da vitória, como fica? É mesmo, só se for de pênalti, …Puxa, e agora…?
MAS UMA COISA É CERTA, SE A GENTE PASSAR HOJE, ASSIM QUE FIQUE BOM, VOU ENVIAR UMA GARRAFA DE VINHO PRA ELE…, .JÁ, SEI , VOU MANDAR UM ‘FREI VINÍCIUS..’
CLARO, CLARO,, .O VINÍCIUS, ..POR QUE NÃO PENSEI NISSO ANTES… . É QUEM VAI FAZER O GOL DA VITÓRIA….E…LÁ ATRÁS:
“SAI QUE É SUUUUUUUUUA, GABRIEEEEEEL…!!
…E MELHORAS, SÃO JUDAS TADEU…!
Agora quem vai ali tomar uma, sou eu…!
Titulo do Gremio
Parece que depois de 2009 eles vao nos ajudar mais uma vez.
Autenticos amigos …
srb
As pessoas, menor dúvida existe, escrevem para ser lidas, assim como discursam para serem ouvidas.
Não deveria escrever aqui, neste momento, pois pouquíssimos serão aqueles que lerão, eis que todos os rubro-negros, corretamente, somente estão a pensar no jogo desta noite.
No entanto, como, em parte, envolve este jogo, resolvi escrever, levando em conta também que poucos, muito poucos, tomam conhecimento de discursos proferidos no Congresso Nacional, pelo que perderam a oportunidade de ouvir a maravilhosa e corajosa fala da Senadora Katia Abreu, que acabei de tomar conhecimento pelo 247.
Vou escrever sobre um ERRO meu, no qual tive INÚMEROS companheiros.
Espinafrei o Renato Gaúcho, por quem não nutro, desde sempre, a menor simpatia, embora reconhecendo que foi um excepcional jogador de futebol, pela postura tomada no comando do seu clube de coração, o Grêmio.
Teria, se necessário fosse, a chancela de um rubro-negro fora de série, o amigo, daqueles fiéis, Danilo Bruxolobo.
Temos secura de Flamengo.
Cariocas enfurnados em Brasília, quando o nosso rubro-negro da Gávea pinta por estas paragens, lá estamos nós no Elefante Branco chamado Mané Garrincha.
Até para cair no besteirol inventado pelo Banana, a que se deu o pretensioso nome de Primeira Liga.
Primeira rodada da tosca competição, Flamengo x Grêmio, nós, com outros amigos e parentes, lá presentes.
Aí, vocês me indagam. E o Renato Gaucho (interrogação).
Aí, eu respondo. Que nada, ficou nos pagos e mandou um time reserva, totalmente, viabilizando a nossa vitória, na estréia, até com gol, embora jogando pateticamente, do Berrio.
Estava desenhado, naquele primeiríssimo momento, o projeto 2017 gremista, assumido pelo Renato, com o apoio de dirigentes competentes, que entendem de futebol, o que não é nada comum, convenhamos.
Começado o Brasileirão, os gaúchos deram de ganhar.
Lá pela terceira ou quarta rodada, tão somente, foram até o Recife, para jogar com o fraquíssimo time do Sport, sem levar sequer UM TITULAR.
Perderam, de virada, por 4 x 3.
Na minha pretensa sapiência, espinafrei o técnico.
Totalmente sem necessidade, afirmei.
Ao longo do maior Campeonato deste País em lamentável crise ética e política, foi uma tônica. Aconteceu bem umas DEZ vezes.
Da minha parte, sempre criticando o técnico.
Dou a mão à palmatória.
Há que se respeitar – É MESMO IMPORTANTìSSIMO – quem tem um projeto e assume as possíveis consequências de um fracasso.
Renato Gaúcho foi este ser CORAJOSO.
Tinha uma META.
Grandiosa, por sinal.
Queria ser, como já fora como jogador pelo mesmo time, o do seu coração, Campeão das Américas, talvez mesmo, para mim exagerando, do Mundo.
Não duvido mais.
Conseguida, brilhantemente, a primeira etapa, tudo pode acontecer daqui pra frente, apesar da minha descrença, imensa, cabe esclarecer.
Não interessa, pelo menos no momento.
É hora de pedir perdão e, principalmente, de reconhecer a correção da decisão tomada.
Quem tudo quer, nada tem.
Renato Gaúcho, com lógica total, optou pelo título maior.
Abriu mão do chamado Brasileirão.
Escreveu o seu nome como o do primeiro brasileiro que, pelo mesmo time, veio a ser CAMPEÃO, como jogador e como técnico, da maior competição de futebol das América, a Taça Libertadores.
PALMAS DE PÉ, GRITANDO BRAVOS E PEDINDO BIS, COMO NOS VELHOS TEMPOS DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Chorar o leite derramado todo mundo sabe que não adianta nada, mas é uma boa terapia para nossas frustrações. Juro, uma última catarse. Revendo pela milionésima vez a primeira falha do Muralha estou convencido que ele falhou duas vezes no lance. A primeira óbvia, quando ele tenta um drible desnecessário e a segundo quando ele poderia ter corrido para cima do jogador santista, fechando o ângulo, até “abafando” a bola, já que o Ricardo Oliveira demorou uma eternidade para controlara a bola na linha de fundo, Muralha preferiu correr para o gol, tentando fechar o canto. Faltou garra, disposição em partir para cima do adversário que ainda não tinha o controle da jogada. “Ninguém sabe o que se passa no coração humano, o Sombra sabe”- Saint Clair Lopes no papel do Sombra na velha Rádio Nacional.
E ouso afirmar: em outros tempos o Flamengo, mesmo com esse timeco, já seria campeão com os pés nas costas nesse Brasileirão. Quer dizer, no tempo que ainda não tinham enterrado a temida mística rubro-negra. Agora resta procurá-la incansavelmente, enquanto isso vamos sofrendo até que ela seja reencontrada.
Desculpem-me, ontem foi dose (tomei umas 10) ter que aguentar a derrota do FLAMENGO daquela forma…Mas cometi exageros e extravagâncias verbais….prometo não repeti-las…A única coisa sensata que disse e reafirmo foi a respeito do Moraes… Sou mesmo seu admirador…! Agora vou tomar uma pílula…
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Que dor de cabeça é essa véi….? Poxa!
Fiquei sabendo que os “verdadeiros flamenguistas” estão na torcida para que o Flamengo não se classifique pela Sula, perca para o Vitória e veja a vaga na Libertadores 2018 ir por água abaixo, com o vasquin terminando o brão na nossa frente, só pra dizer que o Zé que era mesmo o baum.
Então tá.
SRN
O problema do Flamengo é de difícil cura, talvez não seja pra mim que já estou mais pra lá do que pra cá. Eu ouço falar no tal inconsciente coletivo e no qual me insiro (epa!, válido, lúcido e inserido no contexto, lembram-se daqueles outros anos de chumbo?)
Pois bem, é muito mais fácil para solucionar nossos problemas com nosso inconsciente achar um bode expiatório ( não o bode que espia, de preferência um que espia e assume suas culpas) da vez , márcios araújos, parás, muralhas, et caterva, do que encarar a dura realidade: nosso time, ou melhor, nosso elenco é uma merda. A perguntinha que eu fiz no outro comentário, não sei se é pontual, ou é a regra: por que nossos pernas-de-pau só o são quando jogam no Flamengo?Eu tenho uma teoria que me dói na alma, e daí o meu pessimismo, que a volta do Flamengo às suas glórias, das quais nunca deveria ter saído, ou perdido, não dá pra eu gozar. A sucessão de administradores horrorendos ( horrendo+horrivel) transformou nosso Clube numa tremenda terra inútil, infértil, velha, que em se plantando não nasce porra nenhuma. Esse é o grande problema dos “grandes presidentes” do passado, eles brilharam mais do que o clube, em troca de três cou quatro títulos, mas cobraram um preço altíssimo: tornar aquele terreno fértil em terra inútil até hoje. Aquela velha anedota do Brasil, o país mais maravilhoso do mundo, mas disse Deus em sua imparcial onipotência: “mas espera só o povinho que eu vou botar lá”. Obs. eu não concordo com a anedota, mas se transplantássemos o Flamengo, caberia bem em relação aos nossos passados presidentes.Eles acabaram definitivamente com a decantada mística rubro-negra. Por isso que acho que o Flamengo atual está no caminho certo, em termos de filosofia administrativa, não quero defender Bandeiras da vida, até acho ele um tremendo pé frio, um cara sem carisma, mas não pra ser culpado de tudo que nos acontece ultimamente como mas um márco araújo da vida. Por isso acho que nesse terreno atual, de mil sapos enterrados, mil ” no meu caminho tinha uma pedra, uma pedra no meu caminho”, nem o maior craque do mundo vai se sentir à vontade. É um miasma maligno que aqueles falsos líderes impregnaram nossos outrora vitorioso terreno. Qualquer time medíocre pode ser campeão, aí está o Curintia, que passou fenômeno igual ao nosso, mas superou, só que eu sou rubro-negro e só vejo o Flamengo e não me interesso por mais porra nenhuma. Para terminar que já estou com os bagos cheios: se os ares do Flamengo fossem outros esse mesmo time de cabeças-de-bagre que temos hoje seria campeão.
A atual classe política dirigente do País, em geral, e, em especial, a trágica Diretoria do nosso Flamengo, Eduardo Banana à frente, detestam, SABIDAMENTE, tudo que possa ser popular, ou seja, o povo, a essência da nacionalidade..
Não seria de se estranhar, via de consequência, que não dessem a menor pelota à sabedoria popular.
Ao longo da semana que passou, depois de nossa brilhante vitória da última quinta, procurei, nos grupos onde também me manifesto, fazer lembrar um velho ditado – ^quem tudo quer, nada tem^.
Defendia uma escalação diferenciada, mesclando a juventude e, onde possível não fosse, os caquéticos.
Francamente, um time que jogara, de forma estressante, na quinta, e que teria um novo jogo no domingo, uma longa viagem aérea, uma partida eminentemente decisiva na outra quinta, mais uma longa viagem aérea de retorno, outro jogo para terminar o Brasileirão, mais uma viagem aérea (evidentemente, em caso de sucesso anterior), jogo na quarta importantíssimo, mais uma viagem de retorno, aí uma folguinha para um jogo mais do que decisivo na outra quarta. NÃO PODERIA FAZER TUDO ISTO IMPUNEMENTE.
Quase que apanhei, tal só não acontecendo eis que, para felicidade minha, não há contato físico nas redes sociais.
Como, indagaram, estes frouxos não podem enfrentar sequer noventa minutinhos.
Nem argumentei. Não adiantaria.
Poderia lembrar à turba ignara que, nada mais nada menos em plena Champions, um dos maiores times do Mundo, o Barcelona, jogando contra um adversário quase tão poderoso, o Juventus da Itália, poupou, durante os primeiros 56 minutos, o maior jogador do planeta, um tal de Messi.
No domingo, teria um jogo importantíssimo pelo Campeonato local, contra o vice-líder, também invicto como ele, na casa do inimigo, lá na belíssima Valência.
Resultado – empatou os dois jogos, por 0 x 0 e 1 x 1, conquistou antecipadamente a primeira posição no seu Grupo e manteve a liderança, com quatro pontos de vantagem, no Espanhol, além de permanecer invicto em ambas as disputas.
O Flamengo, no entanto, NÃO poderia poupar os seus ^mimados^ jogadores, a não ser o veteraníssimo Juan. Jamais, em tempo algum. Se o Rueda assim pensasse (não sei qual a verdadeira intenção do técnico), o sábio Presidente, além dos Caetanos, dos Lombas etc e tal não deixariam. Execração pública.
O único jogador que deveria mesmo ser mantido (não se considerando a garotada, que tem fôlego para muito mais) seria exatamente o goleiro Muralha.
Por isso mesmo, apresentei uma escalação chegada à maluca. Muralha, Kleber, Léo Duarte, Thuler e René – Marcio Horroroujo, Rômulo Idem e Paqueta – Gabriel (não se compara à dupla do meio de campo), Lincoln e Vinicius Júnior.
Muralha, este sim, um tanto ou quanto fora de jogo, teria que jogar, como jogou, demonstrando, pela absurda falha no primeiro gol, como estava mesmo fora de jogo e, pela do segundo gol, que NÃO pode mais continuar no Flamengo.
Curiosamente, nos mesmos grupos a que pertenço, além do Muralha, culpam o técnico Rueda, por tê-lo escalado.
Passaram a exigir o César.
Sim, aquele mesmíssimo César, herói da Copinha de 2011, que, no jogo da vergonhosa escalação do André Santos, fechou o nosso gol, mas que, por ter falhado em uma ou duas partidas (lembro-me de uma, no Maracanã, contra o Corinthians), foi SIMPLESMENTE execrado pelos mesmíssimos torcedores, assim como por Bandeira, Godinho (ainda não estava gosando férias), Caetano, Jayminho e outros PALHAÇOS que estão jogando o nosso Flamengo à chacota dos torcedores anti.
Tão EXECRADO como passado a diante, para a Ferroviária de Araraquara e para a turbulenta Ponte Preta.
Por conta própria, quis voltar, ficando à deriva, tanto que nem inscrito na Sulameriquem estava.
Tudo isto causa-me REVOLTA.
Não dá para aguentar.
Peço meu boné.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – fiquem tranquilos. Ficarei sem boné, na PIOR das hipóteses, apenas por 24 horas. A paixão rubro-negra é bem maior.
PS 2 – obrigado, Edvan, grande sábio. Viu, escalaria o Gabriel. Torcedores como você, além de amigo, não me deixam abandonar o barco, enquanto estiver de pé.
Ao cão danado, todos a ele, velho e por isso mesmo, sábio ditado. Já tínhamos o Márcio Araújo, caçado a pauladas pela torcida, Pará, já foi bola da vez, enfim, sempre há um judas a ser malhado por aquele sujeito que nunca perdeu um pênalti na vida, nunca desperdiçou uma falta de fora da área, nunca errou sequer um lateral, o diabo é fazer ele deixar seu cachorro-quente e descer da arquibancada. Esse mesmo sujeito, craque insuperável, também cria seus heróis para depois despedaçá-los implacavelmente. O caso em tela(epa!) é o Muralha. Quem criou o Muralha fomos nós. A principiar pelo nome, ninguém se chama “Muralha”impunemente, a não ser por uma fina ironia, o que não é o caso do torcedor rubro-negro. Mais: Paulo Vítor foi execrado precocemente, não cometeu nem metade das falhas de Muralha e já o torcedor, esse gênio da pelota como diziam os antigos cronistas, já queria vê-lo pelas costas e gritava o nome de Muralha para titular. Agora, torcem a orelha e não botam sangue (esse foi tirado do fundo do baú) Bem, pra terminar, o Paulo Vitor está muito bem no Grêmio, assim como o Fernandinho que, inclusive, é titular, Cosme e Damião, digo, Leandro Damião, está muito bem no Inter. Por que será que os jogadores considerados pernas-de-pau por nossa torcida jogam um bolão quando em outros times?