Lacrou nas redes sociais o discurso de Zé Ricardo após a vitória sobre o Vasco, na semifinal da Taça Guanabara. Fala em voos altos do urubu, reforça que todos são igualmente importantes (mais ou menos, né?) e pede união não apenas nas vitórias, mas sobretudo na derrota que mais cedo ou mais tarde há de vir.
É um discurso bacana. E toca fundo, especialmente, o coração de quem se emociona até com imagens do Diego soprando as trinta e duas velinhas do seu bolo de aniversário. Mas convém aquietar a periquita.
Sobre discursos motivacionais, tenho cá minhas restrições.
Obteve um gigantesco número de views, likes e compartilhamentos um discurso do então capitão Rogério Ceni aos demais jogadores do São Paulo, segundos antes do time entrar em campo para enfrentar o Atlético Mineiro, na última rodada da fase de grupos da Libertadores de 2013. O Atlético estava classificado, o São Paulo precisava vencer para ir adiante. O Atlético jogou como quem treinava, ao São Paulo não restava alternativa senão dar o sangue. A vitória por dois a zero permitiu ao São Paulo sobreviver na competição, o que serviu de senha para Rogério Ceni ser saudado como uma espécie de Henrique V do Morumbi, tendo suas palavras equiparadas às do shakespeareano discurso do rei britânico antes da batalha de Azincourt.
Próxima cena: um dos duelos das oitavas de final daquela mesma Libertadores foi – ora, ora – Atlético Mineiro e São Paulo, e o Atlético atropelou: dois a um no Morumbi, quatro a um no Independência. Curioso é que, nos dias seguintes às duas derrotas, não havia discurso algum de Rogério Ceni nas redes sociais. Vai ver, foi isso.
Após a conquista da Copa do Mundo de 2010 pela seleção espanhola, Ronaldo Fenômeno declarou no programa “Central da Copa” que o treinador Vicente del Bosque, que o dirigira no Real Madrid, era um figuraço. Segundo Ronaldo, não havia nada mais prosaico do que as preleções – se é que assim podem ser chamadas – de del Bosque antes das partidas. Com todos prontos para subir ao gramado, em vez de falar de garra, de guerra, de glória ou do dia de São Crispim, o treinador perguntava a cada um como estava se sentindo. Tudo bem? Tudo sob controle? Então vamos pro jogo, vamos fazer o que vocês sabem e o que nós treinamos.
Outro bom depoimento aconteceu na entrevista de Leonardo a Renato Maurício Prado, logo após o esculacho que levamos da Alemanha na última Copa. Nosso lateral campeão brasileiro em 87 garantiu que, salvo uma ou outra exceção, jogadores e treinadores dos clubes europeus não dão a mínima para discursos motivacionais. Jogadores querem saber quais serão suas funções em campo, treinadores procuram assegurar que todos estão cientes do que é para ser feito.
Somos diferentes, bem sei. É bastante possível que, se antes de uma partida decisiva não houver palestra motivacional, o time entenda a ausência das poderosas palavras como falta de confiança. E se o próprio técnico não acredita, quem vai acreditar?
Por falar em crenças e treinadores: tido como um dos melhores técnicos do nosso futebol, Cuca foi campeão brasileiro e da Libertadores enchendo de beijos sua medalhinha de Nossa Senhora de Aparecida. Com o mesmo fervor, embora encaminhado a outra destinatária, Felipão pagou promessa para Nossa Senhora de Caravaggio depois do título na Copa de 2002. Entretanto, os sete a um de 2014 nos permitem deduzir que nem ela suportou tanto atraso e teimosia. Prefiro ficar com a sabedoria e o humor de Neném Prancha e João Saldanha: se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava sempre empatado.
Habituar-se a discursos motivacionais não chega a ser um problema. Superestimá-los, sim. Zé Ricardo deve ser elogiado ou criticado pela eficiência ou a fragilidade dos treinos que promove, pelas escolhas certas ou erradas nas escalações que manda a campo, pelos acertos ou equívocos nas substituições que ordena, pelas variações táticas que monta ou deixa de montar, pelos bons resultados que o time obtém ou pelas vitórias que permite escapar. O resto é blá-blá-blá.
Mas como seguro morreu de velho, tomara que o blá-blá-blá de logo mais, e principalmente o da próxima quarta-feira, estejam inspirados.
A BONECA DO FLAMENGO, A SERELEPE, LINDA E AGITADA NIVINHA, EM MEIO À MASSA RUBRO-NEGRA, SIMPLESMENTE, DE ARREPIAR. UM ESPETÁCULO MARAVILHOSO DE ALEGRIA.
OLHA…, DE VEZ EM QUANDO EU VI ‘DEUS’ NAS IMAGENS LÁ ATRÁS…, TENHO CERTEZA. QUE NÃO SE ENGANEM, ONDE HÁ ALEGRIA ELE SE FAZ PRESENTE…CLARO, VEZ POR OUTRA COLOCAVA AS “MÃOS NOS OUVIDOS” .PRA NÃO OUVIR OS “PALAVRÃO” MAS PARECIA BEM À VONTADE…ERA ELE, .JUUUUUUUUROOOOO…!
E NÃO TÔ LOUCOOOOO, EU VI…TAVA SIM,
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Desculpa aí qualquer coisa, turma.. Depois da euforia de ontem deram-me aqui em casa um calmante.. Tô sedado. Acho que foi a porra de um Revotril. Pensam todos que enlouqueci depois do gol do Gabriel até esse comentário.
Sabem de uma? : FUI… (dormir) rsrsrs Ou o FLAMENGO me deixa mesmo doido de paixão…!
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Quero mandar um forte abraço pros amigos Aureo, Moraes, Murtinho, esses caras são feras comandadas pela inteligência de cérebros criativos, altamente elevados. Porém não fica para trás uma galera aqui que dá show na arte de escrever e expor ideias bem articuladas, sensatas, até contraditórias, tudo, em nível superior. Ser FLAMENGO, é bom velho…!
Aliás, tem um comentarista que escreve por aqui, ele é bem laudatório com a nossa comissão técnica em seus extensos comentários, posso dizer que, poderia subir a rampa e ficar lá em cima em destaque com os idealizadores do ‘República’. Textos bem planejados e nitidez de expressão, são tônicas dos seus comentários. Muito bom em que pese eu discordar em 90% da opinião do assunto que abordar. Esta alusão é porque nós ‘ botafoguen…’ (Jesus Cristo me proteja), isso nunca, sou é MENGÃO, rapá, pelo menos, eu, gosto de ser justo…! Porra, véi, o cara escreve tão bem que me deixou foi sugestionado. Excelenete!
Agora FUI, de novo… (…mas tem uma: O ‘Deus” que manjei na multidão quando viu o Mancuello na direita…, torceu o nariz, e olhou pro banco, véi, com aquele olhar de quem procura alguém que lhe dera uma surra, antes. Eu provo eu vi….! Pere, aí…
Quem entrou aqui no meu quarto? Saiam todos, não quero mais remédioooooo, não querooooooo, me largueeeeeeee.. Quem pegou meu Notebook?…
Olha, vou quebrar tudo aqui, viu?
Nãããããããããããããããããããããõ…!
FUI… (NOVAMENTE)….
Porra escrever neste quadro-negro é foda, velho. Erro tudo, Pontuação, crase, concordância verbal, nominal, regência, grafia, plural dos com postos, tempos dos verbos, e mais uns 200 etcéteras.
E a caixa de giz que o Moraes mandou pra mim é ordinária…Mão-de-v aca…!
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Agora vou contar uma: se o Mancuello não se machuca tava em campo fazendo número até agora. O mesmo vale pro Everton, que sentiu e saiu. Que o Zé é burro eu sei, mas cego? A verdade é o seguinte: o adversário há quase 80 dias sem jogar uma partida oficial, apenas amistosos com portões fechados, enquanto teve fôlego botou o FLAMENGO no bolso. Eu vi isso. Bom, o fato é que vencemos e é o que importa…!
Prefiro o Tite…!
Valeu, galera…!
VAMBORA MENGÃO…!
Edvan-Alagoinhas-Ba.
PS – Nem eu posso botar gosto ruim com críticas nesse jogo. Agora não. Prefiro, depois, até elogiar…mas tô atento e com a língua coçando … Ou mostram trabalho produtivo pró FLAMENGO, da eficiência e da eficácia, ou vou pra cima contestando qualquer absurdo daquele jeito.. Ninguém vai enganar mais este clube, chega…!
TEMOS QUE GANHAR MESMO COM MANCUELLO TODO TORTO NA DIREITA…!
Agora vou ali tomar uma…!
Meu camarada Edvan.
Você está intimado a aparecer sempre por aqui, com nosso time ganhando ou perdendo, jogando muito ou jogando nada, para elogiar ou para meter o pau.
Saiu post, seu comentário é obrigatório. Falei?
Abração. SRN. Paz e Amor.
Prezado Murtinho!
Concordo que discursos motivacionais antes de jogos só tem o efeito desejado se o time está treinado e bem preparado fisicamente. No entanto, o que achei mais bacana do discurso do Zé Ricardo no jogo contra o Vasco é que ele ocorreu após a partida, como uma forma de reconhecimento pelo trabalho feito e isso acho fundamental para o bom funcionamento das equipes de todas classes profissionais.
Dou meus parabéns pela postura do Zé de se mostrar como um líder e aplaudir seus comandados e reconhecer seus esforços e resultados.
Para mim, a fala do Zé não tem nada a ver com essa conversinha do Ceni, ou as fatídicas preleções do Joel.
SRN
Meu caro Pedro.
Como já respondi em dois ou três comentários aqui, sim, há diferença entre uma coisa e outra.
Mas, digamos que um discurso motivacional pós-jogo é mais ou menos um discurso motivacional pré-jogo com uma semana de antecedência. (Tá, sofismei, admito.)
O que me incomoda é a mesma coisa que incomoda a você – como ficou claro nas duas primeiras linhas do seu comentário: o pessoal se entusiasma com essas coisas e começa a achar que discurso ganha jogo. Daí, achei que era uma boa a gente discutir um pouco isso.
Abração. SRN. Paz e Amor.
fala murtinho,
tava com saudades dos seus comentários !!!
meu camarada, o flamengo empatou.
agora é ir com tudo na libertadores…
SRN !!!
Meu camarada Chacal.
Eu estava certo de que ia rever o amigo no último encontro da Confraria, mas infelizmente não foi possível comparecer. Fica pra próxima.
Ninguém mais do que eu gosta de participar dessa caixa de comentários aqui, só que nem sempre é fácil. Prometo aparecer sempre que possível.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Zé admite que Fla demorou a “fazer a leitura” de estratégia do Flu no início…
Ue, não é ele que deve e tem que fazer a leitura do jogo adversário?…
Tá precisando então urgentemente de uma cartilha de leitura…
Abraços Murtinho…
Ô Bruxo, eu não sei não.
Mas esse negócio de leitura pra cá, leitura pra lá, isso me lembra o Wallace. E não é bom lembrar do Wallace em dia de jogo de Libertadores.
Agora, acho que o grande jogador tem que saber resolver algumas coisas dentro do campo e ter iniciativa para isso. É uma das coisas que o diferenciam do jogador comum.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Dos males o maior. Depois das atuações bisonhas de Rômulo e Arão, com aquele vazião no meio de campo e com o time levando contra-ataque do contra-ataque, o que mais se ouvia dos entendidos de futebol da nossa imprensa esportiva nos programas de ontem à noite, era essa frase cruel e fatídica: “Com Márcio Araújo, o Flamengo não teria sofrido aqueles gols de contra-ataque”. Se preparem: ele vai voltar.
Eu não entendo esse esquema de Zé Ricardo, se é que ele tem algum. Em todo escanteio ou cobrança de falta próxima a área, em qualquer instante do jogo e com qualquer placar, vai se embora todo mundo para a área adversária tentar o gol. Naquela cobrança de falta errada de Diego que originou o primeiro gol do Fluminense, só tinha Pará no meio de campo e quem voltou na correria desenfreada para fazer o desarme, foram Diego que errou a cobrança de falta e Trauco que errou o chute no rebote. E a zaga? E os volantes? E os dois meias/pontas que sempre terminam o jogo “estrupiados”porque tem que voltar na cobertura? Não entendo isso.
O Fluminense fez o trivial. Abel armou o seu feijão com arroz e engoliu o esquema desembestado de Zé Ricardo. Sem Scarpa, o craque do time, ele armou duas linhas de quatro, colocou dois garotos pra correr na frente e até o centroavante jogou de volante.
E pra finalizar: o que leva uma diretoria a renovar o contrato do inútil Gabriel por mais dois anos? Quando é que alguém com um mínimo de lucidez nessa comissão técnica do Flamengo vai chegar a conclusão que Rafael Vaz não é jogador para o Flamengo? Esse trem virado anda tão obcecado para fazer um gol com a camisa do Flamengo, que tenho certeza que foi ele quem exigiu de Zé Ricardo cobrar pênalti. Cadê Donatti? E que palhaçada é essa de contratar Berrio a peso de ouro para ele ser segunda ou terceira opção no banco de reservas?
É bom Zé Ricardo abrir o olho. As falhas do sistema defensivo, pouco visíveis nos jogos contra pequenos e médios, se escancararam ontem e têm que ser corrigidas imediatamente para a estreia na Libertadores. Vai ser sufoco na quarta-feira. Sofrendo desde já.
Preocupadas SRN.
Grande Marco Túlio!
Como sempre, comentário pra lá de bom.
Alguns dos seus questionamentos eu também citei em resposta a outros comentaristas. Sobre o Rafael Vaz, falo na resposta ao Vagner. Sobre a zaga subindo de forma incompreensível – parece aquelas linhas de passe em que alguém grita “valeu” e todo mundo desembesta pra cima do goleiro – está na resposta ao Marco Gama.
E, claro, “dos males o maior” é uma frase irrepreensível. Vamos torcer para que não aconteça.
Abração. SRN. Paz e Amor.
E aconteceu o que todos esperávamos…
Bastou um tropeço para os arautos do apocalipse aparecerem com teorias fantásticas e frases definitivas. “Nó tático”; ” treinador de verdade”, entre outras definições sem sentido.
O time do Flamengo, ontem, jogou taticamente do mesmo jeito que vem jogando todos os últimos 30 jogos. Posse de bola no campo do adversário; troca de passes para abrir espaço na defesa; giro da bola de um lado para o outro quando não há espaços e infiltração dos meias e volantes para quebrar a última linha de marcação. Alguma novidade até aqui?? Claro que não.
A diferença é que, no jogo de ontem, o time errou demais nas escolhas individuais. Fez o que não costuma fazer e arrebentou o sistema defensivo que vinha de 9 jogos e apenas 2 gols sofridos no ano.
Quantas e quantas vezes nós vimos este time retomar a bola no ataque e recomeçar a troca de passes até a defesa se reorganizar? Muitas, não é mesmo.
E por que raios a galera ontem resolveu querer decidir tudo de uma vez?? E perder bolas e mais bolas no meio e no ataque (com o sistema defensivo aberto, já que atacávamos) pro adversário?? Optaram, várias vezes, pela jogada errada e pagaram caro por isso.
Exemplo disso foram os dois gols de contra-ataque do Flu. No primeiro, o Trauco, mesmo com Diego livre do lado esquerdo para receber a bola, resolveu chutar em gol com uma barreira de 5 jogadores do adversário pela frente. Perdeu a bola e levamos um contra-ataque mortal. Pra complicar, o Pará ainda escorrega no lance e deixa o atacante deles sozinho pra finalizar.
Outro exemplo disso foi a pixotada do Diego. O time voltando da bola parada ofensiva e ele, mesmo assim, tentou acelerar o jogo no meio campo. Errou a cabeçada, matou o Rômulo no lance e ainda deixou a nossa zaga toda de “calça curta” para ser explorada.
Tivéssemos feito o DE SEMPRE, ou seja, dominado a bola e recuado para o jogador desmarcado ou passado para alguém livre na lateral, não teríamos levado 2 gols ridículos com os jogadores correndo para a própria meta. Coisa que não acontecia desde o jogo contra o Corinthians no ano passado.
Times que jogam com a linha avançada e tocando bolas no campo do adversário correm esse risco. Então, NÃO PODE ERRAR passes bobos em situações específicas de jogo (como a recomposição de bola aérea ofensiva – escanteio ou falta lateral). Isso é fatal para o time, qualquer time. E quando digo “qualquer time” é qualquer time mesmo. Manchester City tomou de 4 do Leicester dia desses. Errou várias vezes a saída de bola e tomou 4 gols quase que exatamente iguais aos do Flu ontem.
Barcelona errou saídas de bola e falhou na recomposição contra o PSG e também levou 4 gols.
Ou seja, se o time se propõe a jogar no ataque, correrá riscos por tomar essa opção. O normal é que esteja sempre mais perto da vitória que do empate ou da derrota. Mas, é um risco inerente à decisão.
Quando o time acerta nas decisões, inclusive dando chutão pra fora quando necessário, não sofremos gols como os de ontem.
Esses erros TÉCNICOS são fruto da desconcentração dos jogadores. Não podem acontecer com a frequência que aconteceram ontem. Pois, nenhum time aguenta tantos erros. A punição é clara.
Tomara que esse ensinamento tenha sido incorporado de vez, pois, ao contrário do que eu andei lendo, não foi problema de posicionamento para a bola parada ofensiva. O problema foi o que fizemos com essa bola depois que a recuperamos. Nos lances de gol do adversário, o posicionamento estava correto, tanto que foram os nossos jogadores que ficaram com o rebote. Mas, infelizmente, tomaram decisões equivocadas em relação ao que fazer depois de recuperar essas bolas.
Felizmente esses erros já foram detectados. E tenho certeza de que os jogadores entrarão mais concentrados e menos ansiosos nos próximos jogos, especialmente os da Libertadores.
SRN a todos!
Fala, Vagner.
Também acho bobagem o endeusamento do Abel por causa de ontem. Se a gente pudesse trazer o Sampaoli, aí o buraco ficaria bem mais embaixo, mas eu já ouvi gente falar em Renê Simões. Como costuma dizer José Trajano, parei.
Tenho receio é, justamente, dos nossos erros nas tais escolhas individuais. Ninguém consegue jogar de modo irrepreensível por noventa minutos, que dirá por um campeonato inteiro, mas nesses últimos anos temos cometido erros atrás de erros em partidas decisivas. E, vamos combinar: os nove jogos com apenas dois gols sofridos não servem de salvo-conduto. Jogamos contra quem?
Não acho que a gente precise mudar tudo, mas é preciso ajustar várias coisas – e rápido. Confesso que não me sinto seguro com Rafael Vaz. Pouca coisa me irrita tanto no time do que quando ele pega a bola, dá um totozinho de vinte centímetros, levanta a cabeça, não vê opção, dá outro totozinho de vinte centímetros, levanta a cabeça, outro totozinho. Toca a porra da bola, cacete, faz o jogo girar. Por outro lado, não vejo solução. Tomara que eu esteja errado, mas nas poucas vezes em que vi Donatti jogar, pelo Rosário Central, não gostei. Se o problema é lentidão, nessa altura da carreira chega a ser maldade pensar em Juan. E se fosse pra lançar Léo Duarte (tenho minhas dúvidas), já deveria ter sido. Não dá pra ser agora. Não vejo alternativa ao Vaz, que não chega a ser mau zagueiro, mas alguém precisa chegar no cara e dizer: para com esse negócio de zagueiro-artilheiro. Pode subir sim, mas não precisa subir em todas. E se a jogada não aconteceu, volta atento. Para de lançar. Nosso meio-campo tem caras que sabem jogar, deixa com eles. Faz o seu e não complica, vai ser melhor pra você e pro time.
Pixotada do Diego é algo que a gente não vê toda hora, mas antes do Diego armar o contra-ataque tricolor, a bola foi pra lá e foi pra cá, foi pra lá e foi pra cá. Por que Réver e Vaz não voltaram? E repito o que já coloquei aqui em resposta a outro comentário: Réver, Vaz, Rômulo e Arão precisam ir em todas as bolas paradas, os quatro juntos? Ontem levamos dois gols com os quatro fora de posição.
E já que você citou o Leicester, óbvio que não vi todos os jogos deles, mas fiquei com a impressão de que os caras conquistaram um título inacreditável jogando de um jeito mais ou menos parecido com o que o Fluminense fez ontem. Futebol tem noventa minutos, não adianta subir todo mundo e querer liquidar a partida em dois lances. Você já deve ter lido o extraordinário livro do Tostão. Ele lembra que, em 70, o Brasil ganhou as três partidas mais difíceis da Copa (Inglaterra, Uruguai e Itália) no segundo tempo. Nosso time ontem foi desnecessariamente precipitado e na maior parte do jogo disputou um peladão, com crateras imensas entre os setores e entre um jogador e outro.
Acho que esse jeito do Flamengo jogar tem tudo para nos levar a muito mais vitórias do que derrotas. Só espero que as derrotas venham somente quando pudermos perder – o que, definitivamente, não é o caso da próxima quarta-feira.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Grande Murtinho,
Falei dos 9 jogos anteriores do ano porque são os exemplos mais recentes. Mas, falei também que não via o time correndo para o próprio gol desde o jogo contra o Corinthians no ano passado.
De lá pra cá, enfrentamos todos os melhores times do país e não demos as pixotadas que demos ontem. Nem perto disso.
O time tem características que precisam ser usadas ao nosso favor. Se os jogadores são bons na marcação com o time posicionado, não podemos levar contra-ataque com a defesa exposta. Então, que se jogue com mais cautela no momento de recomposição do time. Que a bola seja tocada de lado ou para trás com o intuito de dar tempo para a recomposição.
Fizemos isso durantes meses antes de cometer os sucessivos erros de ontem. E não há uma explicação para isso.
Erros e mais erros individuais que minaram a nossa zaga e tiraram nossos jogadores de suas melhores características.
Então, não podemos cometer esse erro ESSENCIAL nos jogos.
Se fosse basquete, e eu tivesse um time excelente de jogo de garrafão, mas lento no jogo de transição, jogaria “gastando o relógio” o jogo inteirinho. Jamais entraria na correria do adversário, pois seria “morte” pro meu time.
O mesmo aconteceu ontem. Fomos apressados e aceleramos jogadas que não precisam ser aceleradas. O certo é manter a posse de bola (“gastar o relógio”) e escolher o melhor momento para atacar o adversário. Jamais permitindo que eles acelerem o jogo com o meu time mal postado.
Espero que tenha sido um aprendizado importante especialmente para os jogadores. A de que não adianta tentar ganhar os jogos de qualquer maneira ou apressadamente.
Vamos ver como será o comportamento do time na quarta-feira. E se esses detalhes foram assimilados pelos jogadores.
SRN.
Perfeito. Essa coisa de “discurso motivacional” não passa de uma crendice modernosa, na linha das bobagens dos gurus de auto-ajuda, dos coachings, dos mestres da administração e do pensamento positivo. O que vale é treino, dedicação e perseguição da perfeição. Zico era mestre nas faltas porque treinava até o cair da noite e com inteligência atenta para aprimorar qualidade e limar defeitos. Não precisava de santo, Jesus, água benta, patuá ou mantras New Age.
O sujeito faz um discurso de meia hora, o time ganha, o vídeo viraliza. Quando o time perde, o vídeo some.
Sim, João, é isso aí.
O que conta – além do talento, claro, que Deus tinha de sobra – é trabalhar muito e direito.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Murtinho, o Flamengo não perde essa mania de entregar a paçoca para times pequenos e os foragidos da série B…impressionante!
Aquela cena do Diego correndo o campo inteiro para tentar marcar o Wellington Silva no primeiro gol das Flores foi algo inacreditável. E isso na véspera da estreia na Libertadores. Podem tacar pedra, mas se o Márcio Araújo, com todas as suas limitações, estivesse em campo, essa arrancada jamais teria ocorrido. Ele e o garoto Ronaldo são os únicos que teriam explosão muscular para acompanhar um pique daqueles.
Algo que eu não perdoo do Zé Ricardo: não enxergar um claro desequilíbrio na defesa e no meio-campo do time do Flamengo. O Rever precisa de um zagueiro rápido e inteligente ao seu lado, e esse cara definitivamente não é o Vaz, mas o Leo Duarte, que nem relacionado tem sido (mesmo o Juan, já mais velho, seria melhor opção por tudo que sabe de futebol). O mesmo vale para o meio-campo: embora tenham boa técnica, tanto o Arão quanto o Rômulo são lentos demais. Precisamos de um volante rápido para dar equilíbrio, e só temos 2 no atual elenco: MA e Ronaldo. O primeiro a torcida odeia, e o segundo a última vez que vi em campo foi entrando aos 42 minutos do segundo tempo num jogo da Primeira Liga. Isso desanima qualquer jogador.
Vizeu, Ronaldo e Leo Duarte deveriam estar jogando neste time do Flamengo, ou ao menos sendo as primeiras opções no caso de substituição. Arão tem jogado numa preguiça danada e ainda ficou putinho hj quando foi substituído. Gosto do Rômulo, se é pra sacar um dos 2 no atual momento eu sacaria o Arão. Ambos tem o mesmo nível técnico, mas em termos de comprometimento e seriedade o Rômulo te dado um banho. O Arão desse ano está longe daquele do ano passado. Ponto pro Zé na substituição.
Por fim, o Muralha. O cara tava completamente desconcentrado. Não conheço um time que tenha sido campeão de alguma coisa grande sem um goleiro que passe confiança. Espero que não trema na Liberta.
Sobre o Mancuello nem vou comentar, apático como sempre em partidas decisivas.
Esse primeiro jogo da Liberta vai nos dar uma boa ideia de até onde podemos ir. Preparem os seus corações…
SRN.
Fala, Marco.
Embora todo mundo esteja comentando o erro do Trauco – que errou mesmo -, Diego bateu muito mal a falta que originou o contra-ataque. Tenho a impressão que a disparada dele atrás do Wellington foi por ter se sentido culpado. Um dos problemas é que precisamos dar uma disciplinada nas subidas ao ataque nas bolas paradas. Temos quatro caras – Réver, Rafael Vaz, Rômulo e Willian Arão – bons no jogo aéreo, mas lentos. Se nenhum deles tem velocidade pra voltar, não dá pros quatro subirem ao mesmo tempo. Tomamos assim o primeiro e o terceiro gols.
Não acho que Vizeu, Ronaldo e Léo Duarte deveriam estar jogando. Mas concordo que poderiam, sim, ser as nossas primeiras opções em caso de mudanças em suas posições.
Prometi aqui não falar mais do Márcio Araújo, mas às vezes tenho a impressão de que nunca tomamos gol com ele em campo e que ganhamos vários títulos por causa da presença dele. Menos, né? Aliás: lembra do Márcio Araújo sendo atropelado pelo Calleri, em um dos dois gols do São Paulo no primeiro turno do Brasileiro do ano passado? Lembra do Márcio Araújo correndo atrás – sem conseguir chegar – do Willian Potker, no gol de empate da Ponte Preta no segundo turno? Lembra do Márcio Araújo entregando a rapadura para o Serginho do Vasco, num jogo de semifinal do estadual em que fomos eliminados pelo Vasco? Sim, é importante ajeitar o meio-campo, mas não podemos andar para trás.
Grande abraço. SRN. Paz e Amor.
Murtinho a um passo de ser chamado de “Botafoguense” pelos professores de rubro negrismo…
Saúdo aquele que ama o Flamengo mais do que eu… Saúdo aquele que ainda não nasceu…
Grande Bruxo, fico feliz em ver você por aqui.
Que botafoguense que nada, rapaz: essas coisas às vezes são ditas no calor da batalha, o negócio é ir em frente. (Lembro de uma discussão sobre um Fla-Flu que tive com meu pai, há mais de quarenta anos, e fui surpreendentemente mal-educado com ele. Até hoje de vez em quando me arrependo daquilo, enquanto ele, poucas horas depois, já estava me provocando de novo. Aprendi muito, mas devia ter aprendido ainda mais com o velho.)
Abração. SRN. Paz e Amor.
fala Danilo,
saúdo aquele que ama menos o flamengo do que eu…
saúdo aquele que já nasceu…pq ninguêm ama mais o flamengo do que eu….pronto falei !
SRN !!!
ps-só o meu filho enzo ama mais….até chorou no gol do guerreiro!
ai fica difícil,mas só ele mesmo.
tchau
Bom dia Murtinho,
Apenas para deixar claro: tb não sou nenhum fã do MA, mas é preciso reconhecer que ele é um volante muito rápido, característica que pode ser bastante útil em determinados jogos. Vc não deve se lembrar, mas tem um lance dele num jogo contra o Botafogo no ano passado (acho que no segundo turno do Brasileirão) que é emblemático: algum jogador do Bota rouba a bola no meio-campo e toca pro Pimpão completamente livre no lado direito do ataque. O MA está a uns 20 metros atrás dele e dá um pique absurdo, toma a frente do Pimpão e sai com a bola dominada. Me lembro que a torcida do Flamengo o aplaudiu de pé neste lance.
Tb me lembro da atuação impecável dele contra o Santos com Lucas Lima, Gabigol, etc. no Maracanã no final do ano passado, assim como outros bons jogos dele contra times grandes.
Realmente não ganhamos vários títulos por causa da presença dele. Na verdade, o único título que ganhamos depois da Copa do Brasil em 2013 (graças ao Elias) foi o carioca de 2014, e quem fez o gol?
Tb prometo não tocar mais nesse assunto, mas realmente não consigo entender tamanha perseguição a esse jogador. O mesmo fizeram com o Pará e o Everton tempos atrás, e com tantos outros jogadores tecnicamente limitados, mas que suam sangue em campo.
Fizemos uma bela campanha no Brasileirão de 2016, como há muito tempo não fazíamos. Quem estava lá em quase todos os jogos? Mas não adianta, sempre vão lembrar dos erros dele, nunca dos acertos. Vão sempre dizer que fizemos boa campanha apesar do MA.
Grande abraço e SRN.
Jogador de futebol não tem que “se matar em campo”, “suar sangue”, “ter sangue nos olhos”, que isso se isso acontecer, é melhor chamar um médico.
Jogador de futebol tem que… jogar futebol.
Parece incrível, mas é isso.
Se pra ser um meia de qualidade precisasse correr como Usain Voltar e sangrar como um lutador de MMA, Pirlo, Xavi e Iniesta seriam grandes bostas.
Volante é uma engrenagem de um sistema defensivo que precisa estar bem posicionado. Os mil contra-ataques que levamos não foram em razão de presença do Rômulo ou dá ausência do MA. Levamos os seguidos contra-ataques porque o time inteiro estava uma grande BAGUNÇA em campo. MA não teria evitado nenhum gol nessas condições, como nunca evitou.
Sinceramente, não assisto jogo do Vice nem campeonato russo. Rômulo pra mim ainda é um ilustre desconhecido e até agora não demonstrou muita coisa que justifique titularidade incontestável.
Agora, pedir volta de MA, depois de 3 anos sem ganhar nem turno de carioqueta com ele em campo…
Aí deve ser algum tipo de masoquismo.
Em tempo, meu primeiro volante titular seria o Cuellar. Mas o Zé decidiu que ele é segundo volante, assim como que o Mancuello é ponta-direita.
Então vamos de Rômulo mesmo. O cara precisa pelo menos de tempo para mostrar se merece a titularidade.
MA já teve 4 anos.
SRN
*Usain BOLT, logicamente, e não Usain VOLTAR.
Até porque voltar, meia tem mesmo. E como. Né Arão?
SRN
Em nenhum momento pedi a volta do MA, apenas disse que ele tem o seu valor por ser o único volante rápido do time (nem vou mais mencionar o Ronaldo pq o Zé Ricardo não dá chance a ele). Rômulo é muito mais jogador que o MA e o próprio Cuellar que vc citou, mas acabou de entrar no time e precisa de mais ritmo de jogo. Quem está precisando correr mais e parar de dar chiliquinho é o Arão.
Raça não ganha jogo, mas só técnica tb não ganha (vide o Ganso). A propósito, Xavi e Iniesta não são apenas jogadores excepcionais, eles correm e muito em campo.
O que mais me assusta é ler coisas do tipo ‘o MA rebaixou o Palmeiras e o Atlético Mineiro’, como se fosse possível atribuir o rebaixamento de um time a um único jogador. Nada pode ser mais leviano.
SRN.
Caro Marco,
Seu comentário foi preciso. E não é só leviandade, é a maldade em que ela implica. Criam rótulos e verdades definitivas. E se você, que é um grande Rubro Negro, e não concorda com esse tipo de comportamento, logo acaba rotulado também, como “amante do MA “, fã do MA, entre outras maldades e leviandade. Por isso que muitas vezes acaba em briga e confusão.
Saudações rubro negras
Valeu Roberto, vamos pra cima dos chilenos na próxima quarta, a parada vai ser bem mais complicada.
SRN.
É, Murtinho tá com a corda toda. Dois posts seguidos! Fez-me lembrar dos bons tempos do RPA, lá pro meio do ano de 2015. Quando Murtinho nos presenteava com, no mínimo, um texto semanal e sempre participava dos comentários.
Sobre discursos motivacionais, não conheço muitas histórias. Só me lembro de ter ouvido uma vez o Felipe, dos vices, reclamar que a coisa mais chata do mundo era ouvir o Antônio Lopes, hehehe.
Espero que os discursos do Zé funcionem, pois quarta é o grande dia. O primeiro GRANDE passo rumo ao topo.
SRN
Fala, Legolas.
Muito bom ver você por aqui.
E por falar em Antônio Lopes, todo mundo sabe que o delegado era outro incontrolável beijador de medalhinhas. Tenho nada contra a fé de ninguém, mas sei lá.
Dois posts em 24 horas não dá, foi mesmo exceção, mas tô tentando ajeitar a vida para melhorar a periodicidade e, sempre que possível, entrar aqui para conversar com vocês.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Murtinho, saiba que faz toda a diferença quando consegue interagir assim com o pessoal.
Eu, pelo menos, acho fantástico e foi o que me fez tornar um grande fã seu, além é claro da excelente habilidade no uso das palavras e do seu conhecimento sobre futebol.
Ainda bem que gênios como vc, o Arthur, a Vivi e outros, como era o Bussunda (adorava ler) estão do mesmo lado que eu, hehehe.
Tb não tenho nada contra a fé de ninguém (sou uma pessoa que também tem a sua fé), mas concordo que não se deve confundir as coisas.
Uma pena seus textos não serem diários (barulhos de chicotadas) hehehehe.
Abraços.
SRN
Textos diários, Legolas? Isso seria bem bacana, o problema é que o pessoal aqui em casa tem algumas manias estranhas: comer, vestir, morar, falar no telefone, ir ao cinema. E como é que a gente paga essas contas?
Abração. SRN. Paz e Amor.
Mania esquisita desse pessoal da sua casa heim Murtinho? Eles tem que parar urgentemente com isso e entender que você tem que ficar 24h postando textos no RPA e respondendo comentários.
Pronto, falei.
Hahahahaahahahahahahaha
Abração, meu amigo.
SRN
Não vou falar de discursos motivacionais ou não.
Neste aspecto, apenas vou afirmar que Shakespeare é SIMPLESMENTE INCOMPARÀVEL.
Muito, mas muiíssimo melhor que o de Henrique V, o de Júlio César, ou melhor da peça JC, proferido por Marco Antônio.
MOMENTO ANTOLÓGICO ! ! ! ! !
Para mim, na minha pouco modesta opinião, o auge da criação teatral.
… mas deixemos para lá discursos etc e tal.
Voltemos, isto sim, ao nosso querido esporte bretão, que o nosso Guilhermito, infelizmente, jamais tratou em seus insuperáveis trabalhos.
Cheguei a uma conclusão – Guilhermito está para o Teatro, assim como o sábio Edvan para o RP&A.
Mais um fabuloso gol do mestre de Alagoinhas.
No confronto do nosso esforçado aprendiz com um autêntico Professor das Quatro Linhas, deu o que tinha de ser.
Com isto, mais um mês, pelo menos, sem título para nosotros.
Nem na Taça Guanabara.
Além disso, cada vez MAIS entendo MENOS do esporte.
Uma dupla de E-Q-U-A-T-O-R-I-A-N-O-S simplesmente ENGOLIU o melhor jogador brasileiro no Brasil !
Além disso, e a dupla nossa de zagueiros.
Nem falo pelo penalties perdidos, pois isso foi mais uma burrice do Zé (ESPANTO maior – iria acabar com o perninha de saracura).
Falo pelos gols do Wellinton e do Lucas.
Onde estavam os guapos cavaleiros (INT).
De chorar na rampa.
Não há c. de branco que resista.
Nossa Senhora de Aparecida Ziegler, salvai-nos da hecatombe ! ! !
Extasiadas, às avessas. SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos.
O discurso de Marco Antônio é fantástico, mas eu queria ilustrar o post com uma foto do filme de Kenneth Branagh. Quanto à comparação entre William e Edvan, acho injusta: nosso sábio de Alagoinhas manja muito mais das coisas do futebol e do Flamengo.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Uma ferrari na mão de quem só anda de bicicleta – Zé
OS únicos zagueiros que podem bater penaltis são os argentinos aprende zé, tomou uma aula do Abelão que vergonha
Por enquanto é só COPINHA HÁHÁ¹²³
Meu prezado Anônimo.
Juro pra você que também não entendi a escolha dos batedores. Não sei quem inventou essa história de que jogador experiente tem que bater pênalti. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Agora, deixa eu te falar uma coisa: tenho uma certa dúvida quanto a essa história de Ferrari. Temos um grupo homogêneo, um elenco ajustado, e há boas chances de brigar por títulos, mas também não somos essa Coca-Cola toda não.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Depois de 90 minutos de bagunça, chutões a esmo e chuveirinho como única jogada ofensiva, me resta uma constatação:
Os Zé Ricardistas F.C. têm razão mesmo.
Viramos o foguinho.
Somos todos botafoguenses.
Agora é esperar a aulinha do professor Vagner pra explicar mais essa eliminação.
SRN
Fala, Romano.
Eu não sei, rapaz.
Houve erros pontuais (Diego e Trauco no primeiro gol, o azar de Guerrero no segundo, outro erro de Diego, agora somado à demora de Réver e Rafael Vaz em voltar no terceiro) e o time se desorganizou mesmo. Parecia um time acostumado a jogar futebol de salão, que de repente é jogado num campão de onze contra onze: um monte de buracos e nenhuma compactação. Mas acho que o que mais pesou foi o fato de Diego não estar num bom dia e não conseguir armar as jogadas. Daí nossa pouca produção ofensiva e o excesso de bolas levantadas na área. Tanto que melhoramos – pouca coisa, mas melhoramos – no segundo tempo, quando o cansaço fez a marcação do Flu afrouxar e Diego teve mais espaço para trabalhar.
Muito bom, como sempre, ver você participando aqui no nosso humilde RP&A. Abração. SRN. Paz e Amor.
Há uma diferença fundamental entre os exemplos citados e o discurso do Zé: ele fez aquele discurso no pós-jogo, após a vitória. Assim, nada impede q antes ele tenha feito exatamente o q os citados técnicos europeus fazem antes das pelejas.
Além disso, vi um discurso q não é puramente motivacional. A fala do treinador foi no sentido de enaltecer o trabalho de todo o grupo, meio q dizendo: vcs viram como trabalhar vale à pena? Citou expressamente q o Arão fez a função q estava determinada a ele, e q o Diego estudou como bater pênalti contra o Martin Silva.
Eu concordo plenamente com a crítica quanto à lenga-lenga motivacional tão usada no futebol pentacampeão, mas acho q o discurso do Zé Ricardo não deve ser colocado nesse balaio. É um bicho diferente.
Realmente, já que o “controverso” discurso, possível lenga-lenga motivacional antes da partida, foi na verdade no pós jogo, aí muda tudo. Mas foi uma boa tentativa, afinal, reclamar de técnico virou mania obsessiva, e tudo é válido pra meter o malho no Zé Ricardo.
abs
srn
Fala, Bruno.
Então, rapaz, tem duas coisas nessa história.
1) A primeira linha do texto diz o seguinte: “Lacrou nas redes sociais o discurso de Zé Ricardo após a vitória sobre o Vasco, na semifinal da Taça Guanabara.” Repetindo: “após a vitória sobre o Vasco”. Em nenhum momento escrevi “antes da partida”. De qualquer modo, expliquei isso aí na resposta ao comentário do Luiz Portugal.
2) Você me desculpe, mas eu acho um saco essa proibição de falar mal do Zé Ricardo, da mesma forma que acho um saco a obrigação de falar mal do Zé Ricardo. Pra mim, é simples: acertou, elogios; errou, críticas. Foi justamente isso o que defendi no final do texto: Zé Ricardo deve ser elogiado ou criticado pelo trabalho, e não pela oratória.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Belo comentário, Luiz.
Deixa eu te falar uma coisa: quando acabei de escrever o texto e reli, pensei a mesma coisa que você. Mas decidi publicar assim mesmo, porque me incomoda a supervalorização que esse tipo de coisa passou a ter em nosso futebol.
Ainda sobre a Copa, tenho um exemplo interessante. Eu trabalhava com um redator que se orgulhava de ser amigo de um desses famosos palestrantes motivacionais, e o cara tinha sido convidado para uma palestra adivinhe aonde? Pois é: na concentração da seleção brasileira, antes do jogo com a Alemanha. Todo orgulhoso, o tal redator mostrava fotos do amigo num auditório, com a comissão técnica e os jogadores presentes e atentos. Claro que, após o massacre, a história virou motivo de chacota e a zoeira serviu para diminuir o tamanho do bode pelos sete a um.
Quando o São Paulo foi eliminado pelo Atlético, eu perguntava aos amigos são-paulinos: uai, hoje não tem discurso nas redes sociais? Discurso é muito bonito quando a gente ganha.
O que eu queria era tentar discutir, aqui, se às vezes não damos importância demais a essas firulas motivacionais em detrimento do que verdadeiramente importa: treinos adequados, organização do time, variações táticas etc. Mas seu comentário foi bastante pertinente.
Abração. SRN. Paz e Amor.
Jorge, concordo plenamente com vc quanto à supervalorização do discurso motivacional. Às vezes um momento de inspiração na hora de falar ganha mto mais destaque do q o trabalho do dia a dia e o q se pode perceber de evolução do time, sendo q no final das contas acaba por ter menos efeito prático nos jogos.
De toda forma, acho q a perda do título da Taça Guanabara acabou por enterrar naturalmente essa reação exagerada ao discurso do Zé. Agora, contra adversários mais qualificados, vamos ter q focar mto mais na bola q nosso time vai jogar do q nesses assuntos satélites q acabam aparecendo qnd o time vai bem e começa a rolar aquele cheirinho de oba oba.
Acredito q o q aconteceu no FlaxFlu tenha sido fundamental pra irmos bem na Libertadores, com um choque de realidade capaz de puxar os pés dá Nação de volta pro chão e, como diz o Arthur, entrar no modo “sapatinho frenético”. Não me refiro ao resultado, perder o título não foi nada bom, mas ao desempenho e avaliação da equipe.
ABS. SRN. Parabéns pelo trabalho, sou fã dos seus textos.
É exatamente isso, Luiz.
Obrigado pelos elogios e vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz e Amor.