O torcedor do Flamengo é, antes de tudo, um crente. O torcedor do Flamengo acredita no peso do Manto, na mística da torcida e no Programa Sócio-Torcedor. E o torcedor do Flamengo sustenta suas crenças, não importa o que aconteça. O crente que vive dentro de cada torcedor do Flamengo é atento e percebe as mínimas manifestações da magia rubro-negra. Porque sabe que elas não aparecem toda hora e nunca, nunca aparecem de graça.
O torcedor do Flamengo, crente que está abafando, se liga em escritas, tabus, feitiços e quebrantos. E quando o cara é torcedor de raiz mesmo nem precisa consultar seus apontamentos para perceber que a estreia do novo treinador Zé Ricardo, egresso da nossa vencedora molecada sub-20, guardava extraordinárias similaridades com a estreia de Andrade no comando do time em 2009.
Repassemos os pontos: Andrade estreou, como interino, dirigindo o Flamengo contra o Santos na Vila Belmiro. Enfrentando um tabu de 33 anos sem vitórias do Flamengo naquele estádio. O Flamengo começou perdendo, mas conseguiu a virada com um gol contra de Pará e outro de Adriano Impera. Zé Ricardo estreou como interino contra a Ponte, que mantinha um tabu de não perder pro Flamengo no Moisés Lucarelli que já durava 17 anos. E todo mundo viu que o Flamengo começou perdendo, mas conseguiu a virada com um gol contra de um seilaquenzinho e um golaço de antologia assinado por Jorge. Como dizia Sancho Panza: Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.
Não que o Zé Ricardo tenha adquirido alguma espécie de invulnerabilidade. Nada disso. A boa estreia tem prazo de validade curtíssimo e na próxima vez em que escalar alguns dos atuais desafetos da torcida, Paulo Victor, Marcio Araújo, Gabriel ou Sheik, não escapará da corneta e dos Fora, Zé! a que fizer jus. Esperemos que o novel treinador não se abale, torcida inteligente é assim mesmo.
E fora essas trivialidades, é num embalo místico que o crente torcedor do Flamengo é obrigado a questionar o mundo lógico que nos cerca. Estão nos deixando sonhar. Como já é tradição no Brasil, e somos tão pobres em tradições, os anos de impeachment na Presidência da República são também anos de Flamengo Campeão Brasileiro. Taí o glorioso ano de 1992 que não nos deixa mentir.
O jogo em si, se analisado pelas lentes da isenção e da imparcialidade, não nos permite maiores oba-obas. E isso não deixa de ser positivo também. Mas o esquema tático bolado por Zé Ricardo é esperto. Pelo que pudemos observar consiste em fazer mais gols que o adversário e em Campinas o esquema funcionou bem. Por mais cansativa que a ideia possa nos parecer, o Flamengo está obrigado, em função de forças muito além da nossa reduzida capacidade de compreensão, a levar a sério a porra do Brasileiro.
Como se sabe, o crente torcedor do Flamengo só conhece dois estados d’alma: o Rumo ao Hepta! ou o Esse Ano Nós Cai! Vamos ficar na torcida com o novo técnico, a nova mentalidade e uma não tão nova palavra de ordem.
Mengão Sempre
Saudações Rubro Negras! Pessoal, temos alguns bons jogadores. O time não deu certo com 4-3-3 e acho que isso será modificado (tava na hora). A grande questão é: quem estiver a frente do time, tem que saber motivar os jogadores. Uma coisa que sempre falo: se não vai na técnica, vai na raça. Acho que o atual momento técnico é péssimo e isso contribuiu com o péssimo desempenho no 4-3-3. Porém, se os jogadores estivessem comendo gramado, certamente estaríamos melhores. Jorge lento demais, Cirino completamente sem raça, arão não marca ninguém, sheik deve se aposentar, Gabriel nunca deveria ter jogado no Flamengo.
Acho que enquanto não chegar um zagueiro bom pra nós, teremos que continuar com Cuellar e Marcio Araujo na proteção.
Pra mim, o time tem que ser esse (enquanto não chega o zagueiro) 4-3-1-2: Muralha, Rodinei, Leo Duarte, Rafael Dumas e Everton. Cuellar, Marcio Araujo, Mancuello e Allan Patrick. Felipe Vizeu e Cirino. (com mancuello jogando um pouco mais recuado). Márcio Araújo é pelo menos veloz. consegue cobrir as subidas dos laterais.
Os melhores do time sem dúvida são Rodinei, Cuellar e Allan Patrick.
SRN