Meu pai ainda estava vivo. E eu gostava de pedir que ele me contasse histórias do Flamengo. De títulos, conquistas e de Maracanã lotado. Gostava também daquelas que transgrediam as regras, a ordem natural das coisas, o senso comum. Invasões de campo e vestiário, protestos na arquibancada e jogadores “malucos”. O Flamengo foi “meu príncipe encantado”, com castelos, dragões e muito final feliz. Nas histórias do Mais Querido que meu pai contava só valiam as que terminavam com “e foram felizes para sempre: Flamengo, Torcida, Diretoria e Jogadores”. Ele não saberia contar outras de Flamengo. Até que uma vez, eu quis acompanhá-lo num daqueles jogos de dia de semana, tarde noite, em uma época de provas escolares. O não foi categórico. E minha reação também. Soluçando, em prantos, e com o coração apertado, decretei: “Então não torço mais para o Flamengo, se não me levar pro jogo vou torcer pro Barcelona.” Lembro bem da reação dele. Morri e renasci com apenas um olhar. “Senta aí, Viviane, que eu vou te contar uma história.” 25 de Agosto de 1979. O Barcelona era o atual campeão da Recopa, com um time cheio de estrelas e já de cifras milionárias. O Flamengo chegaria em Cádiz, sede do jogo, quase na hora da estreia. Três dias antes, Zico, Carpegiani, Toninho, Tita e Junior (juntamente com o técnico Cláudio Coutinho) jogavam pela Seleção Brasileira, contra a Argentina, no Monumental de Nuñes, enfrentando quase 20 horas de viagem para disputar a 25ª edição do Torneio Ramon de Carranza. Todos eles entraram em campo. Aos DOIS minutos de jogo, Julio César Uri Geller mais que inspirado, abriu o placar. Em seguida, de falta, Zico marcou uma pintura. Eles ainda diminuíram, não sem antes ficarem uns bons minutos na roda. “O Flamengo, Viviane, VENCEU o Barcelona, avançou na competição e foi campeão”. Eu pedi desculpas ao meu pai, vesti o manto sagrado e fui dormir com a certeza que eu NUNCA trocaria o Flamengo por nada nesse mundo. Meu pai ainda estava vivo.
Nessa época nós não torcíamos com a CND debaixo do braço. Não levantávamos títulos de transparência financeira ou melhor executivo do ano. Vivíamos os bons tempos de taças, gols e campeonatos. Nesse tempo nós vencíamos o Barcelona sem Diretor Executivo de Futebol com salário de mais de CEM MIL REAIS/Mês. Fora o baile. Nesse período nós éramos apenas torcedores especialistas em…TORCER. E torcer SEM censura. Pois até aqueles exilados por NÃO poderem expressar e manifestar suas ideias, opiniões, sonhos, desejos e “torcida” por um país melhor, estavam voltando (alguns no mesmo voo do Flamengo campeão) anistiados para o Brasil. O Flamengo tinha Cantarelli, Toninho, Nélson, Manguito, Júnior; Andrade, Carpegiani, Adílio, ZICO, Reinaldo, Tita, Cláudio Adão, Beijoca e Júlio César Uri Geller. E meu pai ainda estava vivo.
Na primeira rodada do campeonato brasileiro vimos a mediocridade de um elenco limitado, um time mal treinado, uma escalação equivocada sustentada por um discurso fantasioso e por natureza, confuso. Precisamos contratar alguém para tirar as desculpas do Luxemburgo e do respectivo departamento de futebol da “confusão”. Se a diretoria faz um excelente trabalho na administração político e financeira do clube, alguém tem que fazer o trabalho “sujo” nos dias atuais: torcer. Pelo Flamengo, claro. O que parece, só parece, é que se na primeira rodada pós CINCO meses de treino, duas semanas de Atibaia, o Mugni e o Almir – a belíssima aposta do Caetano – em campo (fora os toques para trás, o medo de vencer, a falta de talento para marcar um gol, e do bom e velho TESÃO por estar defendendo as cores e a história do Flamengo), não podemos reivindicar o que nos é de direito: TIME. Pai, afasta de mim esse CÁLICE. [trecho da letra do Chico Buarque inserido aqui para livre interpretação]. Me parece pouco inteligente pensar que torce contra a gestão atual quem faz críticas ao trabalho desenvolvido no futebol. Se queremos que a vice-presidência de futebol tenha êxito, sucesso…RESULTADOS, estamos torcendo por ume gestão PERFEITA. Somando a tão sonhada “contas em dia” (ainda falta muito, lembrem-se) com os títulos. Uma coisa NÃO pode caminhar longe da outra. Ninguém falou que seria fácil conciliar falta de dinheiro com competência para contratar.
Tenho certeza que os responsáveis e envolvidos viram o MESMO jogo que eu. Mas duvido que – mesmo que em um momento de fúria e passionalidade – tivessem vislumbrado a superioridade do Barcelona, como eu vislumbrei, bem antes do Ferran Soriano, lá na minha infância. Mas, eu aprendi a lição. E nunca mais cometi aquela heresia. Com HUMILDADE reconheci minha ignorância. Ainda temos um campeonato inteiro pra chamar de NOSSO. Agora, o Leminski me ensinou que os problemas tem família grande, e aos domingos saem todos a passear: o problema, sua senhora, e outros pequenos probleminhas. Justo aos domingos. Mas, eu cresci ouvindo finais felizes com o Flamengo. Pelo Flamengo. Para o Flamengo. E não aceito nada menos que isso. E o meu pai ainda estava vivo.
Pra vocês,
Paz, Amor & Liberdade de Expressão.
Uma camisa avaliada em 85 milhões e um time e comissão técnica que não valem “vinténs”…Esse é o nosso Flamengo…
Cheguei à seguinte e definitiva conclusão.
Não vou comentar.
É um texto bonito demais e, além do mais, comovente.
Qaulquer coisa que escrevesse, não aduziria nada, até porque tal seria impossível.
BRAVOS, BRAVOS DE PÉ, PATENDO PALMAS E GRITANDO BRAVÍSSIMO 1
Emocionadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Ok, vamos lá.É espetacular a capacidade de relativizar as coisas do tocedor rubro negro!Voltei um pouquinho no tempo e revi as escalações de 20/11/2013, quando o Flamengo empatou com o Atlético Paranaense na CB, equipe que tinha entre seus principais expoentes Éverton e Marcelo Cirino (autor do gol do furacão, belo gol por sinal) e um time que terminou no G4 do Brasileiro e que não tinha nada, nada de mais, aliás dificil achar que era melhor que o Flamengo de hoje, pelo menos no elenco.E o nosso time, o que dizer?tirando Elias e Paulinho (que havia começado a jogar bola a poucos meses); era um time lento, absolutamente medíocre.Com Cadu!Gol do Amaral, que fazia dupla de volantes com Luiz Antônio.Alguém acha muito melhor melhor que Canteros, Cáceres e mesmo Jonas?
Agora, realmente concordo que compramos mal demais, especialmente no mercado latino americano: todo os times que estão jogando pelo menos razoavelmente tem 1 bom meia ou atacante latino, e nós temos o Mugni! Mugni! (o Atlético Paranaense queria!Porque não vendeu????) Ai ai….
Só pra terminar, Robinho nem a pau!E tomara que eu queime a minha língua, mas Petros, se vier, vai esquentar o banco, é medíocre igual ao que já temos na meia cancha.
E essa maldita água que teima em escorrer do meu rosto……
Perfeito Vvi.
Hoje fiz um comentário em uma rádio de esporte do RJ, falando justamente sobre isso. To cansado das pessoas não terem o culhão de falar a verdade e ainda mais, achar que eu não vejo a coisa mais óbvia do mundo: não temos padrão de jogo. Ou se tínhamos antes, quando os adversários ainda se surpreendiam com o nosso esquema tático ultra dependente da velocidade, agora não temos mais.
Definitivamente, não surpreendemos mas nenhum time. Somos mega previsíveis.
E não porque nosso jogadores são ruins. Ao menos, não completamente e não só por isso.
Não tá dando liga….
O Luxa tá muito estranho falando desse jogador que falta “como se não houvesse amanhã” caso ele não chegue. Malandragem, perdemos pro SP porque não conseguíamos fazer o básico um-dois. Nenhum dos jogadores conseguiu sair da marcação na saída de bola. Nossa mira, frieza, espírito de equipe, falta de lidenrança…tá dando a ver….
Foi bem triste e eu cansei…..inclusive de escrever….
Obrigado pelo texto.
Um beijo no seu coração RN.
E no seu pai….
Saúde e paz,
Vivi, não houve como eu não voltar ao passado, após a leitura do seu texto, de momentos comoventes.
Fiquei órfão de pai ainda muito pequeno. Então, fui criado por um cego, professor de francês do Instituto Benjamin Constant, na Urca, que casou com minha mãe.
Pois este cego é personagem do Livro “Histórias do Flamengo”, de Mário Filho, do qual vou transcrever um pequeno trecho, a seguir:
“Uma coisa do Ascânio da Silva sempre espantou o Moreira Leite. Geralmente o Ascânio da Silva escolhe a segunda-feira para a visitazinha à Superball. “Que juiz ladrão, hein, Moreira Leite. O Chico ajeitou a bola com a mão, o juiz não viu. Só um cego é que não podia ver um hands escandaloso daqueles. E o off-side do Djalma? O Djalma na banheira, o juiz não queria era mesmo ver. Ascânio da Silva, cego, vira o hands de Chico, o off-side do Djalma com os olhos do Ari Barroso.” (Histórias do Flamengo, de Mário Filho, pag. 238 – 4ª ed)
Na conquista do primeiro tricampeonato, “O Poeta Cego do Flamengo” escreveu um soneto, “Sonho Realizado”, que encontra-se arquivado nos registros do Flamengo.
O soneto foi escrito na seguinte data: domingo, um a zero.
Não conheci ninguém que amasse o Flamengo mais do que ele, o meu padrasto.
Por isso, tenho certeza de que ele está vendo lá no céu as péssimas participações do Flamengo, nos últimos campeonatos brasileiros, e sofrendo junto com a nossa torcida aqui na terra a angústia da luta pelos 45 pontos.
Então, meu Presidente Eduardo Bandeira de Melo, em homenagem ao passado do nosso Flamengo, contrate reforços de qualidade técnica indiscutível, para disputarmos títulos.
Merecemos todo nós torcedores, os vivos e os mortos.
Sempre Flamengo.
Putzgrila, Aureo Rocha!! Voce é da familia de Ascânio da Silva?!! Que maravilha, que honra poder conviver com a verdadeira elite rubro-negra e humana!
Parabéns!
Repetindo o Arthurzão.
Putzgrila, Áureo Rocha !
Daqui prá frente diferente.
Você e a Vivi querem me matar … de emoção !
Que beleza !
Mais três dias para me recuperar.
SRN, mais do que nunca entusiasmadas !
FLAMENGO SEMPRE
A VOLTA DO QUE NÃO FOI
Frequento quase que diariamente o RP&A e leio muitos comentários, além dos posts dos titulares, é lógico. O nível realmente anda muito alto, pouco sobra para escrever. Mas hoje, mais uma vez peço licença para exercer o democrático direito de encher o saco daqueles que tiverem a consideração de ler meus devaneios em forma de garranchos. Agora que a poeira da guerra política baixou, as duas, a do Flamengo e a deste pobre e roubado Brasil, que o presidente Bandeira de Mello tornou-se o óbvio ululante moderno e está prestes a ser canonizado, quando velhos comentaristas “inimigos mortais” polidamente pedem licença para discordar respeitosamente de uma ou outra opinião, agora, em meio a esse céu de brigadeiro, a gente vê que nem tudo são flores.
UMA TENTAÇÃO CHAMADA ROBINHO
Na prolongada ausência de um ídolo, eis que influentes rubro-negros acalentam o sonho de ver Robinho vestindo o Manto. O jogador, que vem jogando pelo Santos por pouco mais de 500 mil reais por mês, conseguiu sua liberação do Milan e pediu “apenas” 1 milhão por mês com contrato de CINCO anos, segundo informações de jornalistas do SporTV. Não duvido da capacidade do Robinho em dar retorno, haja vista ser um jogador muito carismático. No entanto, mesmo que baixasse a pedida, tanto de grana quanto do tempo de contrato, o Flamengo não possui um time tecnicamente adequado para Robinho chegar, baixar e saravar. Certamente seria uma repetição do fiasco Ronaldinho, que rendeu muito mais no Atlético Mineiro que já estava bem armado quando ele lá chegou.
POR QUE NOSSO TIME É FRACO?
Vou resumir, para tentar não ser chato: não temos uma boa espinha dorsal. O goleiro é bom, tudo bem, apesar de ficar muito assustado nas bolas que lhe são atrasadas. Nossos zagueiros são fracos, defendem razoavelmente bem mas são péssimos no toque de bola, coisa essencial no futebol de hoje. O único que se salva é o negão, mas vive machucado. Os laterais, um é meio maluquinho e o outro joga sempre no limite físico, devido ao problema de peso, porém lateral é importante mas não chega a fazer parte de uma espinha dorsal, não é mesmo?
À frente não temos um cara sequer que possamos chamar de volante moderno: tudo nanico, marcam pra cacete mas não armam o jogo, porque são ruins igual aos zagueiros. Aí o cara vem dizer que Canteros joga bola, picas, nosso olheiro na Argentina é cego, só indicou perna de pau. Ao invés de trazerem o Rafael Carioca, por exemplo, que está comendo a bola no Atlético Mineiro, os caras aparecem primeiro com um tal de Feijão e agora com esse maranhense muito esforçado mas que é um perfeito Brucutu, lembram-se do personagem?
Sem essa consistência, pode trazer Robinho, Conca, Montillo e o escambau, que não vai adiantar porra nenhuma. E nisso aí o Vanderlei Luxemburgo tem culpa, pois a diretoria praticamente renovou o elenco de acordo com o que ele pediu. Claro que não havia grana para grandes contratações, para os tais “reforços de peso”, como gostam de chamar, mas o Flamengo hoje é um dos raríssimos clubes que está pagando em dia. Dava para ter montado uma espinha dorsal de melhor qualidade. Porém, o treinador não indicou um que tenha dado certo. Só fala, fala, arruma problema a toda hora, chegou rastejando pelo terceiro processo, conseguiu tirar o Flamengo do sufoco e já voltou a se achar o maioral.
Vou ficar por aqui, que a minha coroa já está chamando. SRN
O que falar do seu texto nega? Um não para um pedido para ir a um jogo também já levei por causa de uma prova. E foi doido!!
Muito bom o comentário da Vivi, assim como o BAP que saiu recentemente da diretoria, ela pede alguém para cobrar resultados, seria perfeito se a própria diretoria não fosse a principal culpada pelo que vem acontecendo com o clube, desde o início não souberam contratar, contratam mal e caro e ultimamente até deram ouvidos ao fraco e desatualizado treineiro nas contratações e manutenção de jogadores e continuam com ele, pelo jeito vão morrer abraçados com ele…
É lamentável que essa diretoria não entenda de futebol, esse ano é a sua última oportunidade de fazer bonito no futebol, as eleições estão aí mesmo e sem bons resultados no carro-chefe do clube, que é o futebol, duvido muito que haverá sequencia no trabalho de saneamento da situação financeira do Flamengo por eles, vão ter que deixar que outros o façam e tomara que esses futuros dirigentes sejam competentes nas finanças e também no futebol, coisa que os atuais dirigentes estão longe de conseguir…
Diretoria, promessa também é dívida, se só sabem pagar dívidas, paguem mais essa: QUEREMOS TIME!!!
SRN!!!
Está rolando uma certa acomodação do time, comissão técnica e diretoria com relação à mediocridade do time. No ano passado o Flamengo precisou admitir que era fraco, que não tinha jogadores capazes para implantar uma filosofia de vira-latas e passar a jogar por uma bola, por um resultado minimamente positivo. A questão é que não fizemos essa transição ainda, e os profissionais estão com medo de serem bons, não acreditam que possam vencer, ficam constrangidos diante da torcida.
Esse processo é perigoso pois não ajuda os perebas a jogarem como craques, e incomoda os jogadores de melhor qualidade pois ninguém gosta de jogar para não perder.
Vamos ver se o Profexô Luxa bambambam vai saber sair dessa situação, porque logo logo estarão pedindo o pescoço dele.
SRN
Os jogadores do Flamengo de ATAQUE e outros como o PICO, o PARÁ e principalmente o JONAS (esse até já sabe), precisam APRENDER a chutar em GOL , PORRA!!!!!!!
E NÃO vejo esse mal todo no PARÁ,…ele tem sido mantido mais PRESO À DEFESA por DETERMINAÇÃO do Luxemburgo….
Perdemos força ofensiva, mas também acabou aquela AVENIDA LÉO MOURA….
Quanto ao LÉO MOURA ter uma BOA SAÍDA DE BOLA, é um engano LAMENTÁVEL e uma MÁ MEMÓRIA dos que pensam assim , pois ele CANSAVA de dar aquele passe pra TRÁS, isso quando não dava um PASSE ERRADO nos pés do adversário que logo enfiava a bola para alguém que jogava sempre às suas costas na famosa AVENIDA LÉO MOURA….Isso quando não cruzava a bola em cima do marcador ou do outro lado do campo ou a ISOLAVA em chutes a gol….
Que MEMÓRIA CURTA, HEIN???rsrsrsrsrsrs
SRN
CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).
Vivi.
Terça-feira, 12 de maio de 2015, exatamente às 21.30 horas, voltando extenuado do Senado Federal (motivo óbvio).
Li o seu maravilhoso ^E meu pai ainda estava vivo^.
Emocionei-me profundamente.
Quando recuperado, volto ao assunto.
De qualquer forma, uma constatação (também óbvia) – você é desumana, sendo mais do que humana.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Vivi, entendo o sofrimento e nostalgia. Vivi a era Zico e sei o que é ser o Flamengo no auge. Mas na era Zico não existiam celulares, internet era, no máximo, filme de ficção científica e por aí vai. O Mundo mudou radicalmente de lá pra cá, em uma velocidade que na história da humanidade, correspondería a séculos de mudança. Ao passo que, no futebol, os Europeus conseguiram (mais ou menos) acompanhar, nós ficamos parados no tempo, como avestruzes de cabeça enterrada, achando que éramos e sempre seríamos os melhores. Nos deixamos ser conduzidos por rapozasfelpudas que ainda infestam e infectam o nosso futebol e acumulamos dívidas e atrazos que não são fáceis de tirar. Nos meus 10, 15 anos de idade, jamais senti inferioridade frente ao futebol Europeu, mas hj isso não é lá verdade.
No meu entender, o mundo mudou e o primeiro passo é aceitar isso. O segundo passo é ter a dignidade de arrumar a casa e, pouco a pouco, arrumar nosso futebol. Acredito que ninguém do Flamengo, a não ser o Profexô, de quem tenho sérias reservas, tenha orgulho do elenco atual, mas é o que dá. Vejo o futebol brasileiro nivelado mais pra baixo que pra cima. Hoje o que nos falta, para ficar bem posicionado nessa média é alguém que saiba minimamente armar esse elenco e infundir vontade, raça, a velha Raça Rubro Negra que anda escondida e somente em flashes aparece.
No mundo atual, se não nos organizarmos, seremos (continuaremos sentdo) engolidos. Acho que estamos no caminho enquanto clube, ainda que me custe, ao pousar de um vôo no domingo a tarde, saber que o Mengão perdeu de 2 x 1 e acabe com meu resto de domingo. Acho que falta primeiramente, comando. Minhas críticas ao Profexô se espalham pelos comentários nesse blog. Não vou voltar a fazê-los hoje.
SRN
Acho irritante termos que viver desse (maravilhoso e emocionante) passado.
Eu lembro desses torneios ramon de carranza, lembro que todo ano o Flamengo jogava torneios na Europa (início dos anos 80!!!!) e GANHAVA A MAIORIA.
agora (o “agora” começou no apito final do empate em 2×2, finalíssima do campeonato de 1992, gols de junior, grade que cedeu, etc) temos que conviver com mugnis da vida, e raros espasmos de triunfo, como no já longuinquo gol do Pet ou nosso título desgarrado de 2009.
Tá foda Flamengo !!!!!
e a propósito sobre o cálice, não é exatamente frase nascida da cabeça do petista chico buarque.
Vem de algum tempo antes, escrito por Mateus (não, não o filho do bebeto)… Cito,
“E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”
(Mt 26:39)
Palavra do Senhor.
Amém. Amém Flamengo.
Parabéns !
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Não acho nosso time tão ruim assim. Não é pra ser campeão, claro, mas não é pra ser rebaixado nem jogar tão mediocremente como jogou contra os fraldinhas do São Paulo.
O trabalho do Luxa voltou a ser o LIXO que era nos últimos anos. Deu aquela arrancada ano passado na base da motivação e do pior qie tá não fica, após a saída do ridículo Nay Franco. Mas esse ano, teve pré-temporada longa, teve o estadual inteiro, e, em maio, ainda não temos um time.
O que falta acontecer para o pofexô perceber que esse esquema com três “atacantes” (entre aspas, porque corredores que não gostam e não sabem chutar a gol podem ser tudo, menos atacantes) não funcionou? Não é possível.
Ele vai passar o resto da vida esperando a volta do Paulinho e enquanto isso vamos perder de todo mundo com o inacreditável Gabriel aberto nas pontas? Vai esperar o “camisa 10” e deixar o croata (ex-Arsenal e seleção da Croácia) no banco, na reserva de Almir (ex-foguinho e Bangu) e Arthur Maia (ex-reserva do Vitória e América-RN) e até de Mugni?
Não é possível que não haja uma variação, um plano B. Não funciona desde janeiro e vai continuar insistindo?
Pra jogar no 4-3-3, tem que ter um bons jogadores de meio-campo, pelo simples motivo de que HÁ MENOS GENTE O COMPONDO. Não são Jonas, Canteros e Almir que vão dar conta desse recado.
Se não tem bons jogadores de meio, esse esquema não vai funcionar e não adianta ficar dando entrevistas se fazendo de vítima.
Tira a porcaria do Gabriel do time, ele está desde janeiro perdendo bola atrás de bola na lateral do campo, matando nossos ataques e dando todo o tipo de contra-ataques ao adversário, e escala mais um no meio, que se aproxime dos atacantes por dentro da área. Usa o Eduardo, que sabe fazer isso, junto com o Arthur Maia, por exemplo. Teríamos mais um no meio e alguém para o Maia dialogar, tentar uma tabela. Teríamos opções de jogadas com bola no chão. E não só bicudas na direção do Everton e do Cirino e chuveiros pra área pra ninguém o jogo todo.
Mas isso sequer é tentado. O esquema não funciona, mas o pofexô insiste no “pojeto”.
Como pode um cara sair do Bangu, chegar ontem no time e já ser titular contra o SP no Morumbi na estreia do Brasileiro? Que sentido faz isso?
Aí vai o Luxemburgo na coletiva dizer que o time foi mal porque os jogadores estavam jogando pela primeira vez juntos e “não se conheciam”. Então por que os escalou, porra? Tinha lá o croata, que está no time desde o ano passado, QUANDO SALVOU A PELE DELE fazendo gols decisivos em vários jogos e tirando o time da “confujão”, e preferiu o grande Almir, de 32 anos, que estava em fim de carreira no Bangu e cuja maior glória na carreira foi ter sido titular do foguinho. Depois vem se vitimizar na coletiva.
Não dá viu. Pagar fortunas por esses técnicos me(R)dalhões é atualmente a melhor maneira de jogar dinheiro no lixo no futebol.
Leva logo ele São Paulo!
SRN
Romano,
E o que mais me intriga é constatar que a maior parte dos torcedores já percebeu tudo isso que você disse, e o Luxemburgo ainda não.
Que porra de técnico é esse?
Desde o início do ano o Gabriel não joga uma partida de forma decente, mas é o titular absoluto da posição.
Márcio Araújo, outra praga, foi titular durante vários meses.
Passados 5 meses do ano, e Luxemburgo ainda não conseguiu definir um meio de campo eficiente.
Concordo integralmente com o seu perfeito comentário.
SRN.
Modestamente, eu também.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Esse time não tem sangue nuzói.
lindo, vivi!
o tom saudoso me lembrou o poema ‘Aniversário’, do Álvaro de Campos:
[No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
(…)
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!…].
Ao nosso querido Flamengo, o desejo de que retorne logo aos dias de glória dentro dos campos também.
Vivi, texto brilhante! Sou cada vez mais seu fã! Foi decepcionante ver o futebolzinho do time que representou as nossas cores.
Aí mora o cerne do problema dessa diretoria. Eles não conseguem dar aquele tiro certeiro nas contratações. Tipo, esperamos todos esses anos pelo pagamento da dívida do Rodrigo Mendes, aí quem vem? Pará e Bressan. Piada de mal gosto, muito mal gosto. Alguém tem que dar uma dura no elenco, principalmente no Cirino e no Gabriel, pra pararem de ficar toda hora se atirando ao chão, futebol se joga em pé. E o Éverton, pelo amor de deu! Não consegue acertar um cruzamento, não finaliza uma bola certa. Pra não me exaltar mais, vou evitar comentar sobre Almir, Mugni e Arthur Maia. Esses são dignos de pena. Os times aqui da América do Sul tem peças interessantes ao Flamengo, e até mesmo os times pequenos tem bons jogadores a oferecer, como o Petros da Ponte da capital. No mais só nos resta torcer para que o time jogue primeiro com mais vontade de vencer, que nosso técnico pare com as invencionices e volte a apenas treinar o time.